terça-feira, 27 de outubro de 2020

Ouçam de uma vez por todas o que disse Manuel Luís Pata: "devemos procurar a todo o custo aproximar o Mar da Cidade, como no tempo em que a Figueira era a Rainha das praias"

Na edição de hoje do Diário as Beiras, Teotónio Cavaco, responde à pergunta «que pode a câmara fazer para “aproximar” a cidade do mar através do areal urbano?», desta forma.
«O prolongamento, em cerca de 400 metros, do molhe norte, em 2011, acrescentou dimensão a um triplo problema, cujas variáveis, ligadas, parecem não possibilitar uma solução que a todas resolva completa e satisfatoriamente: a progressiva falta de areia a sul, a acumulação galopante de areia a norte e a navegabilidade na barra do rio.
Entendendo a necessidade da referida obra, muito cara mas imprescindível sobretudo para a sustentabilidade de um porto comercial tão estratégico quanto merecedor de atenção e investimento internacional, nacional e mesmo regional (é o único entre Aveiro e Lisboa), é inegável que aquela acentuou a erosão nas praias a sul, a destruição da duna de proteção costeira em vários locais (sobretudo na praia da Cova), e a retenção de areia na praia da Figueira em cerca de 230 mil metros cúbicos, como refere Nunes André “23 mil camiões que, se dispostos em fila contínua, ocupariam os mais de 300 quilómetros de ligação por autoestrada entre Lisboa e Porto” – a cada ano.
Ora, esta situação é insustentável para as populações a sul, em constante estado de alerta, e para o turismo, cada vez mais sazonal e dependente de uma praia cada vez mais afastada da cidade-mãe.
Assim, a pergunta desta semana, dramaticamente atrasada 40 anos (o Programa Base de Urbanização da Marginal Oceânica – areal da praia – teve início em junho de 1981) devia ser: o que é que a Câmara já devia ter feito para aproximar a cidade do mar através do areal urbano?

Primeiro, definir claramente se quer tirar areia (aproximar o mar da cidade) ou aproveitá-la (aproximar a cidade do mar); depois, envolver todas as Entidades, nacionais e internacionais, que possam estar relacionadas com a jurisdição e administração dos espaços; finalmente, cativar parceiros que sejam desafiados a interessar-se por uma Figueira do século XXI. Ou seja: durante mais uns meses, isto continuará a ser ficção científica!…» 

Nota OUTRA MARGEM:
 Só, para mais uma vez, avivar a memória, e por o seu conteúdo ser do maior interesse, vamos recuperar, com devida vénia, extratactos de uma carta do SENHOR MANUEL LUÍS PATA, publicada no dia 26 de Março de 2007, no “Diário de Coimbra”, pág. 8, na secção Fala o Leitor, com o título:

«“Erosão das Praias”

Permitam que me identifique:
Foto Pedro Agostinho Cruz
Manuel Luís Pata, nascido há 82 anos na povoação da Gala (à beira do mar), Figueira da Foz e filho, neto e bisneto de marítimos. Também eu como os meus ascendentes, segui a vida do mar, onde aprendi a ser homem. O mar foi para mim um grande Mestre… E a vida que escolhi levou-me a conhecer novos horizontes!...
Vivi 20 anos em Moçambique. Cinco na marinha mercante e quinze na província da Zambézia, catorze dos quais a governar um dos navios da Sena Sugar Estates, o “ Mezingo”.
Sou um simples cidadão que ama a sua Pátria. É esta a razão que me leva a lutar pelo bem do meu pobre País, que continua a ser destruído, não pela natureza, mas sim pelo ser humano!...

Qual a principal causa da catástrofe que se avizinha?

Os molhes da barra da Figueira da Foz

Foram estes “Molhes” que provocaram a erosão das praias a sul da Figueira, e foi o “ Molhe Norte” que originou a sepultura da saudosa “ Praia da Claridade”, a mais bela do país. Embora seja de conhecimento geral, quão nefasto foi a construção de tais molhes teimam em querer acrescentar o “Molhe Norte”, como obra milagrosa… Santo Deus! Tanta ingenuidade e tanta teimosia!... Quem defende tal obra, de certo sofre de oftalmia ou tem interesse no negócio das areias!..»

Apesar de algumas  vozes discordantes – principalmente de homens ligados e conhecedores do mar e da barra da Figueira – foi concluído o prolongamento do molhe norte.
Os resultados, infelizmente, estão à vista: já morreram várias pessoas à entrada desta nossa barra.
As dragagens  realizadas na enseada, na barra e no rio, na opinião de Manuel Luís Pata – velho e teimoso lutador contra as obras que têm sido feitas, nomeadamente o prolongamento do molhe norte, a que chama a obra “madastra”, fazendo alertas para o que iria acontecer – são a “principal causa da assustadora erosão da costa marítima, principalmente e S. Pedro de Moel para o norte”
Ao contrário de Leixões, cujo molhe está curvado a sul, mas  está construído em local fundo, onde por isso o mar não rebenta, na foz do Mondego, devido ao constante assoreamento provocado pelas areias que vêm do norte, o mar rebenta mesmo á saída da barra, tornando-a na opinião de muitos pescadores com quem convivemos todos os dias, neste momento, a pior barra do país para os pequenos barcos de pesca.
Como evitar isto?
Na opinião de Manuel Luís Pataum exemplo de perseverança, só há uma alternativa: “fazer o molhe a partir do Cabo Mondego para sul, o que não só serviria de barragem às areias, como também abrigaria a zona do Cabo Mondego e Buarcos, evitando-se assim as investidas do mar na marginal e que ainda há pouco tempo causaram importantes estragos na zona da Tamargueira."

Como me disse ao longo dos anos o velho e experiente Homem da foto acima, nas inúmeras e enriquecedoras conversas que ao longo da minha vida com ele tenho tido, e que foram a base deste texto,  “a Figueira nasceu numa paisagem ímpar. Porém, ao longo dos tempos, não soubemos tirar partido das belezas da Natureza, mas sim destruí-las com obras aberrantes. Na sua opinião, a única obra do homem  de que deveríamos ter orgulho e preservá-la, foi a reflorestação da Serra da Boa Viagem por Manuel Rei. Fez o que parecia impossível, essa obra foi reconhecida por grandes técnicos de renome mundial. E, hoje, o que dela resta? – Cinzas!..
Manuel Luís Pata deixou-nos em Abril de 2017. Continua a fazer muita falta à Figueira...

Vem aí dinheiro...


«O concelho da Figueira da Foz, onde, há dois anos, a tempestade provocou prejuízos de 38 milhões de euros, nos setores público e privado, foi um dos mais castigados pela intempérie. Tem direito a receber 800 mil euros de comparticipação do Estado, pela reparação de equipamentos públicos. Na sua alocução, o presidente da câmara e anfitrião, Carlos Monteiro, realçou que ainda falta o Estado restituir à autarquia os 60 por cento (400 mil euros) das verbas que esta avançou às colectividades e instituições de solidariedade social com instalações afetadas pela tempestade. Por outro lado, o autarca considerou “injusto” as juntas de freguesia não terem tido direito a apoios do Estado no âmbito do mesmo fundo.»

Recorde-se:

Em 18 de outubro de 2018 – cinco dias após a tempestade que atingiu diversos concelhos da região Centro – o Conselho de Ministros determinava que, “sem prejuízo da conclusão do processo tendente ao apuramento mais rigoroso dos danos sofridos” “dadas as circunstâncias excepcionais verificadas” – estavam reunidas as condições, no âmbito do Orçamento do Estado de 2018 – para a “concessão de auxílios financeiros aos municípios afectados através do Fundo de Emergência Municipal sem necessidade de declaração de calamidade pública”, o que ainda não aconteceu.

Em 17 de Fevereiro de 2019, Condeixa e Figueira da Foz queixavam-se de falta de apoios para recuperar da tempestade Leslie...

O novo livro de Pedro Rodrigues

 ALICE DO LADO ERRADO DO ESPELHO. 

PRÉ-LANÇAMENTO: ENVIO A PARTIR DE 20 DE NOVEMBRO

E se um dia acordássemos do outro lado do espelho? E se a maçã vermelha de Eva fosse a mesma que a Branca de Neve trincou? Será que a Rapunzel cortou o cabelo para evitar o contacto social? E o Lobo: porque é sempre ele o mau da fita? Estaria a profecia da Bela Adormecida certa? E a Cinderela: precisaria, ela, de ir ao baile para ser feliz? De uma coisa devemos estar certos: o mundo pode ruir com um póquer de ases — mas voltará a erguer-se como um castelo de cartas.

Pré-venda: https://culturaeditora.pt/products/alice-do-lado-errado-do-espelho

A Figueira ainda não morreu definitivamente... Mas, por este caminho, já não falta muito...

Via Diário as Beiras

Figueira, uma terra de políticos incompetentes
Neste concelho, manda o executivo camarário mais incompetente de que há memória, suportado numa maioria absolutíssima e mais acéfala que se poderia imaginar. 
Uma oposição, em grande parte conivente e folclórica, também impreparada, compõe o ramalhete. Dois terços do principal partido da oposição, comporta-se como uma espécie de Dupont do Dupont que está no executivo. Estes dois terços da oposição, ávido e faminto de umas migalhas que lhe caiam da mesa, vai fazendo o seu papel de dividir o que sobra da oposição. 
Chega, CDS e os dois terços da oposição que têm sido a muleta da situação, não estão a dormir para acabar com o resto...
Embora não pelos mesmos motivos, tal como o "recauchutado" socialista Dr. João Paredes, considero, também, que "está de parabéns o Presidente da Câmara - Dr. Carlos Monteiro e toda a equipa do executivo camarário"

Covid-19: Figueira com mais 29 casos (mais 22%)...


 Via Diário as Beiras

Cristina Ferreira e as presidenciais

 Via Luis Osório


«Sigo Cristina Ferreira para me ajudar a compreender o mundo.

É a mais popular apresentadora de televisão em Portugal.

E é tudo menos parva.

Sabe o que faz, sabe o que diz e sabe os efeitos das suas opiniões. Sabe também aproveitar em seu benefício o que aparentemente são fragilidades (suburbana, ostracizada pelas elites). É o paradigma de My Fair Lady. Insinuante e quase ingénua (sem o ser). Uma mulher simples sem ser vulgar (sendo-o bastas vezes).


Em tempo de discussão presidencial – perfilando-se já candidatos para 2025 –, a apresentadora e agora diretora de programas da TVI (pobre Nuno Santos) já confessou que pode ir a jogo.

E deixem-me dizer uma coisa quase pornográfica.

Ela pode ganhar.

Num país tão pouco politizado, e com tão baixos índices de compreensão sobre os mecanismos sociais, económicos e políticos, porque não? Seria levar à máxima a ideia de que a democracia se transformou num recreio onde o que verdadeiramente é importante passa por estarmos animados em permanência. E quem melhor do que Cristina Ferreira para o conseguir? Quem melhor do que ela para transformar o Palácio de Belém num gigantesco estúdio de televisão em que, 24 horas por dia, poderíamos ver o que a Presidente fazia, com quem reunia, os seus almoços e jantares, as reprimendas que daria ao primeiro-ministro, as visitas guiadas à residência oficial, os segredos dos governantes estrangeiros, os detalhes dos banquetes oficiais, as noites de sono e tudo sobre os seus assessores, cozinheiros, maquilhadores, massagistas, mestres de cerimónias, amores?


E para acabar, diria o seguinte. O desejo de se candidatar a Belém também diz sobre a presidência de Marcelo Rebelo de Sousa. Ele é tão próximo das pessoas, tão Papa Francisco, tão aparentemente pouco institucionalista, que levou Cristina a considerar que pode desempenhar bem a função. Cristina Ferreira não o afirmou, mas acha que Marcelo é um excelente apresentador de televisão e que aquilo que ele faz ela poderá também fazer. Se Marcelo é amado pelo país, ela também o é.»

O PS e a decisão sobre as presidenciais...

Foto LUSA/MáRIO CRUZ

Inicialmente, a reunião chegou a estar agendada para 24 de Outubro... 
Data anterior, 24 de Outubro, coincidia com o dia de reflexão nas eleições regionais dos Açores. 
Decisão só será tomada a 7 de Novembro. 
Partido quer cumprir restrições aprovadas em Conselho de Ministros...

segunda-feira, 26 de outubro de 2020

Covid-19. Hospital de Gaia já admite possibilidade de haver uma seleção dos doentes a tratar

 
Via SICN

Viagens ComSentidas...

«Se as viagens nos transmitem alargados conhecimentos , meus caríssimos responsáveis pela cultura da Figueira da Foz e das suas freguesias, não queiram ficar com uma batata gelada que vos trará no futuro o frio nas vossas consciências no serviço público da Figueira da Foz, encaixotando no palmarés, os Diálogos, cada vez mais necessários neste tempo transformado, em que fugimos uns dos outros. Peço ao senhor motorista, desta vez não do Casal Novo do Rio (Barca), que não se esqueça do destino, nem de percorrer o caminho sem trocar por carnavais ou festinhas ao pôr-do-sol. Querem-se corpos nus, ou mentes libertas para o conhecimento do outro e tolerância activa?»

Pelas juntas de freguesia...

Vila Verde vai mudar de instalações. Maiorca, idem. Alqueidão e Alhadas estão em obras de remodelação...

Via Diário as Beiras

Obras na baixa: tudo vai correr. A falta de pedra vai acabar «em breve»... (2)

Imagem via Diário as Beiras


Manuel António Pina: "empenhar-se ao máximo, sabendo que é irrelevante. É essa a grandeza do ser humano"

«... em relação ao jornalismo, quando observamos a nossa galáxia, percebemos que é uma entre milhões, que o nosso sistema está num braço modesto da galáxia e que o nosso planeta se encontra entre biliões de outros. Esta normalidade dá-me uma sensação de imensa paz, porque me permite relativizar-me a mim e aos meus problemas. 
Aprendi com os grandes tipógrafos, às vezes estava na chefia de redacção cheio de problemas com os títulos e eles diziam-me: “Não se preocupe que amanhã isto é para embrulhar o peixe.” 
A dimensão do infinitamente grande e do infinitamente pequeno dá-nos a consciência de que tudo é para embrulhar peixe.
“A grande dignidade da vida e do jornalismo está em ter a consciência plena de que aquilo acaba a embrulhar peixe, mas fazê-lo o melhor possível em cada momento. Fazer o mais honesto, empenhar-se ao máximo, sabendo que é completamente irrelevante. É essa a grandeza do ser humano.”»

Manuel António Pina, jornalista e escritor português, vencedor do Prémio Camões 2011, em entrevista ao jornal “i”, 18-02-2012.

Filme do Turismo Centro de Portugal vence grande prémio em festival

Via Diário de Coimbra

«O filme ‘A Vida é Agora’, do Turismo Centro de Portugal, é o grande vencedor da competição nacional da 13.ª edição do Festival Internacional de Cinema de Turismo - Art&Tur, realizado em Viseu. O filme, produzido pela empresa leiriense Slideshow para o Turismo Centro de Portugal, venceu o grande prémio destinado à melhor produção portuguesa em competição no evento que decorreu entre terça-feira e sexta-feira. ‘A Vida é Agora’, realizado por Simão Lopes e Tiago Cardoso (Slideshow), “é um sinal de esperança e renascimento, gerado em plena pandemia”, adianta o Turismo do Centro em comunicado enviado à agência Lusa. A fonte refere que o filme “partilha uma mensagem de esperança e de renascimento, após o mundo ter despertado em 2020 para uma realidade imposta pela pandemia de covid-19”

domingo, 25 de outubro de 2020

A Figueira continua sem um museu do mar...

"Faltam paredes"... 
 
Reportagem via TVI

Figueira: foi uma vez...

Figueira, um concelho a empobrecer.

Essa é que essa, como escreveria o Eça...

Não a empobrecer por causa da pandemia, que apenas agravou e tornou indisfarçável esse empobrecimento, mas de antes, de mais de 4 décadas sem rumo. 

Sem emprego para os jovens e a morrer de envelhecimento.

Fechou-se a maternidade, que vinha do tempo da «outra senhora». Ter filhos, na Figueira, ou na maternidade da A14, passou a constituir um misto de loucura e coragem. 

Figueira, que foi uma vez uma terra de liberdade. 

É claro, que não perdeu liberdade em termos formais. Neste concelho, em matéria de liberdade, sempre se  publicitou muito mais do que aquilo que se concretizou. 

Mas a perder liberdade de facto. Famílias com menos oportunidade de escolha na educação a dar aos seus filhos. Casais com menos rendimento e maiores encargos, com menos infraestruturas públicas que impostos, sem horários nem apoios, impossibilitados de terem filhos. Trabalhadores sem expectativas de promoção. Empresários sem incentivo para promoverem. Jovens qualificados, sem saídas profissionais.

Figueira, que foi uma vez, terra de esperança, que desistiu de si e do futuro. 

Figueira, um concelho que continua  agarrado à grandiloquência do passado. Mas, um concelho sem qualquer visão de futuro. Um concelho onde é sempre carnaval: demasiadamente ocupado em gastar no dia-a-dia o dinheiro que existe, sem querer investir solidamente num futuro sustentável e sem qualquer aposta na sua emancipação. 

Um concelho em que os jovens qualificados só “fora”  podem esperar oportunidades. 

Um concelho ao longo de décadas domesticado pelos partidos políticos, com avenças e lugarzinhos para distribuir pelos indefectíveis, sem que a competência seja - vagamente sequer - critério. 

Um concelho de jovens sem expectativa de futuro, presos ao presente em casa dos pais. 

Um concelho sem esperança, onde para pagar uma dívida que deveria estar mais do que prevista em termos de orçamento, em vez de tentar um acorde de pagamento recorre a mais um empréstimo, empurrando com a barriga para a frente, para ter mais dinheiro disponível, para continuar a fazer disparates urbanísticos.

Figueira, uma terra de políticos incompetentes.

Neste concelho, manda o executivo camarário mais incompetente de que há memória, suportado numa maioria absolutíssima e mais acéfala que se poderia imaginar.

Uma oposição, em grande parte conivente e folclórica, também impreparada, compõe o ramalhete. 

Dois terços do principal partido da oposição, comporta-se como uma espécie de Dupont do Dupont que está no executivo. 

Estes dois terços da oposição, ávido e faminto de umas migalhas que lhe caiam da mesa, vai fazendo o seu papel de dividir o que sobra da oposição. 

Chega, CDS e os dois terços da oposição que têm sido a muleta da situação, não estão a dormir para acabar com o resto...

A Figueira ainda não morreu definitivamente

Mas, por este caminho, já não falta muito.

Bom domingo

Todos somos pessoas

Todos somos mortais.

Os super-homens e as super-mulheres também. 

(Nascem, crescem, amam, odeiam, são poderosos, são frágeis, têm calor, têm frio, vivem momentos felizes, vivem outros de desespero.)

Todos somos alguém.

Vivemos.

Sofremos. 

Morremos.

Todos somos mortais.

Todos somos pessoas.

Umas más, outras boas.

Ninguém é igual.

Mas, todos, somos o coração de Portugal.

Até numa simples vacina nem todos somos tratados como iguais...

sábado, 24 de outubro de 2020

Novo livro de Cavaco Silva


«Nem dado»...

«Até parece que alguém está a pagar o livro requentado de um tardio Cavaco Silva, escrito para comemorar os 25 anos em que deixou o Palácio de S. Bento. Ninguém já se recorda, mas Cavaco Silva - que ainda hoje se acha como não sendo nem de direita nem de esquerda, como o afirmaria todo o sujeito que é de direita - saiu envolto no tabu de deixar o poder entregue aos mais turvos interesses, ao que parece pressionado por provas entregues à comunicação social do enriquecimento ilegal de diversos ministros, igual fruto do seu papel de introduzir - através de políticas deliberadas e desejadas - o projecto neoliberal em Portugal

Na sua autobiografia política escreveu que se afastou porque se tinha vindo "cansando da vida partidária", que "estava a ficar farto", que os "comportamentos oportunistas e mesquinhos de alguns dirigentes partidários desenvolveram" nele "uma crescente sensação de fastio e vontade de reencontrar outras envolventes humanas, outras linguagens, outras atitudes" e que "era com sacrifício que participava nas reuniões dos órgãos de direcção do partido e escutava os discursos dos chamados barões ou de certos dirigentes"