quarta-feira, 15 de julho de 2020

Nem tudo considerado legal é ético

Foto Luís Fidalgo
"...uma boa governança permitirá sempre preservar paisagens, lugares, monumentos e outras representações do passado, que são expressões da memória colectiva e de um tempo que se prolonga pela matriz identitária da população e com o qual se conhecerá melhor o mundo em que vivemos.
Vem isto a propósito de uma obra licenciada para um bar, tapando parte significativa da muralha de continuidade do forte de Santa Catarina, imóvel classificado de interesse público. Não se percebendo, por não se conhecer, a fundamentação legal que deu respaldo ao parecer da Direcção Regional de Cultural do Centro e consequentemente à autorização da construção pela Câmara Municipal, estamos em crer que tal decisão se mostra ofensiva da paisagem cultural, em nada valorizando o espaço, em que o executivo camarário corrobora ao permitir o apagamento visual da memória colectiva na continuidade da leitura da muralha, agora escondida como algo a esconjurar, sem maior importância do que um estabelecimento de bebidas.
É pena que assim seja, tanto desconhecimento do valor património cultural para as sociedades, dos direitos e responsabilidades que lhe são relativos e que todos, individual ou colectivamente, temos direito de beneficiar e a responsabilidade de respeitar numa sociedade democrática, protegendo e preservando o interesse público."
VP, via Na ponta da língua

Cada um de nós decide, individualmente, se toma posição activa contra o que está a acontecer na Figueira. 
Os cenários visíveis, projectam as consequências dos actos que, em cada momento, os actores praticam.
Alguns que ocupam o topo político na Figueira, sabem que numa democracia a valer, não têm hipótese de  consolidar-se no poder.  Convivem mal com a  liberdade e julgam sempre os outros em função do bloqueio a que o seu acantonamento os acabou por remeter.
Há muita democracia por cumprir, muita abertura de mente por desenrolhar, muita cidadania por exercer e consolidar.
A "ética" anda a todo o tempo na boca de dirigentes e governantes locais. Tudo se justifica pelo cumprimento da "ética".  Também, ninguém "avança na ilegalidade, conscientemente."
Confesso (mas, o problema pode ser meu): nunca percebi muito bem o que a "ética" do poder,  tem a mais do que o meu conceito de ética.
Proteger os amigos, os que cegamente nos apoiam, pode ser uma virtude. Ou pode ser um problema. 
Se, do ponto de vista pessoal, poderão ser merecedores de elogios, já do ponto de vista colectivo, social, associativo, político, do interesse público e do princípio da equidade a que está obrigado quem exerce funções políticas, tal poderá constituir défice. 
É esta a diferença que nos divide: quando o conceito em causa é a ética, a minha exigência é a mesma para todos: para os amigos e para os outros. 
Isso, já me trouxe problemas? Já. Vou mudar? Nem já, nem nunca.


Imagem via Diário as Beiras

A lei é outra coisa. 
A Direcção Regional de Cultura do Centro (DRCC) realizou uma visita técnica ao Forte de Santa Catarina e constatou que a ocupação, por um bar, “não se encontra devidamente autorizada”
A DRCC questionada sobre o bar do Forte de Santa Catarina e dos dois campos de padel e um bar junto àquele imóvel classificado, terreno concessionado ao Ténis Clube da Figueira da Foz pela administração portuária, cuja construção e exploração está a cargo de uma empresa ligada aos corpos gerentes do Ténis Clube, "afiançou que tudo foi feito dentro da legalidade."
Cá está, na minha opinião, um belo exemplo de algo que todos sabemos: nem tudo o que é considerado legal, é ético

terça-feira, 14 de julho de 2020

Covid-19: caso positivo de menino na Figueira da Foz coloca 28 crianças em isolamento

Criança terá sido infectada por um familiar que estava em isolamento

Via TVI
Foto Pedro Agostinho Cruz
«Um menino, aluno de um jardim-de-infância da Figueira da Foz, testou esta terça-feira positivo para Covid-19, situação que levou ao isolamento de outras 28 crianças e quatro funcionários da instituição, disse à agência Lusa fonte da autoridade de saúde.
Em causa está um aluno do pré-escolar do 2.º Jardim-Escola João de Deus da Figueira da Foz, que terá sido infectado em contexto familiar e que já estava em isolamento.
Em declarações à agência Lusa, o delegado de saúde da Figueira da Foz, José Farias, confirmou o caso positivo do menino "com três ou quatro anos", acrescentando que as crianças e outras pessoas que com ele tiveram contacto no jardim-de-infância "foram para casa e estão em isolamento".
"O que é fundamental é promover o isolamento, é isso que permite quebrar uma eventual cadeia de transmissão", declarou o delegado de saúde.
Ainda segundo José Farias, o teste à criança, residente na Figueira da Foz, foi realizado na segunda-feira e o resultado conhecido hoje. Este caso "já estava ancorado" num "contexto familiar" do menino, que está em isolamento com a família e onde "provavelmente" foi infectado.
O médico de saúde pública disse ainda que as 28 crianças que foram colocadas em isolamento em casa "não se cruzaram" com outros alunos do jardim-de-infância.
Também o presidente da autarquia da Figueira da Foz, Carlos Monteiro, confirmou à Lusa o caso de infecção do menino, assegurando que "estão a ser tomadas todas as medidas" e que a situação está a ser acompanhada pelo delegado de saúde.»

"Este Parque de Campismo, Foz do Mondego, nasceu há 32 anos". Tal ficou a dever-se "por efeitos de um pedido da Câmara Municipal da Figueira da Foz à Federação Portuguesa de Campismo e Caravanismo (assim designada na altura) hoje, Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal , com o intuito de acabar com o campismo clandestino que proliferava na altura, na praia do Cabedelo". (2)

"Há três opções para o Cabedelo: nada fazer, para assim se valorizar um certo estado mais selvagem do local; intervir, sobretudo reabilitando, o que pressupõe que esta é uma área degradada, e portanto o objetivo é a melhoria das condições físicas do local mas mantendo as funções que tem no momento; ou intervir requalificando, a partir de uma alteração funcional do espaço, para proporcionar uma redistribuição da população e das atividades económicas (defendo inequivocamente esta última).
Venho referindo há alguns anos que o Cabedelo é um diamante por lapidar, porque esta metáfora nos remete para um processo, artesanal, que tem de servir para aperfeiçoar o formato do diamante, mas também poli-lo; assim, a qualidade da lapidação é fundamental para determinar o valor da jóia, fornecendo-lhe ainda brilho e beleza, mas envolve um risco, proporcional ao valor inicial acrescido do valor incorporado: o de estragar tudo.
Até agora, esta empreitada, iniciada há quase dois anos e anunciada como a primeira fase de Requalificação Urbana do Cabedelo e orçada em 3,25 milhões de euros, tem sido sucessiva e infelizmente alterada sem que se lhe perceba um qualquer sentido estratégico.
Em relação ao Parque de Campismo, ora se disse que estava prevista a sua mudança de local, ora se afirmava que a intenção da Câmara era acabar com ele; depois, face a nova legislação, percebeu-se que não havia área suficiente para aprovar o Parque que está em espaço da Administração Portuária…
E agora o ultimato da posse administrativa do Parque no final deste mês, em plena época balnear, sem que se saiba afinal em que fase da Obra de 7,5 milhões de euros estamos, porque, de acordo com o que foi dito em julho de 2018, a primeira fase (a concluir em 2019 ) não contemplava a área ocupada por este equipamento considerado provisório.
O Cabedelo é valioso demais para que se continue a permitir tal desorientação."

Via Diário as Beiras

AS CONTAS DE MARCELO

A Presidência da República custou aos portugueses 15,8 milhões de euros em 2019, dos quais 11,1 milhões de euros (70,9%) foram "Gastos com Pessoal". Compreende-se melhor a rábula da recandidatura e o tom crescente dos fretes à medida que se aproxima o final do ano...

P. S. A Presidência da República custa aos contribuintes portugueses o dobro do que os espanhóis pagam com a Casa Real espanhola.

É só dificuldades...

Via DIÁRIO AS BEIRAS : "As duas camadas de geocilindros instaladas pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) a sul do 5.º molhe, junto à Praia da Cova, estão danificadas." Continuando a citar o DIÁRIO AS BEIRAS: "Alguns dos sacos gigantes de areia, com formato cilíndrico, colocados na parte inferior foram destruídos pelo mar e pela madeira que deu à costa no fim de 2019, empurrada pelas cheias do Baixo Mondego."
Fim de citações.
Se no Cabedelo vão correr com os campistas, porque é que na Cova não correm com os banhistas? E já agora: em Buarcos porque é que não correm com a estátua do Pescador e o empreteiro, no "casco velho" com os moradores e o empreiteiro (os comerciantes estão a desaparecer pelo processo de definhamento em curso), no Bento Pessoa com a pista de atletismo e o empreteiro, etc. e tal...
Senhores políticos: e se se tivessem organizado e feito o trabalho de casa nas obras de Buarcos, "casco velho", Bento Pessoa, Cabedelo e se tivessem previsto a protecção dos geocilindros naquele local nos meses de Julho e Agosto?
A culpa é sempre dos outros. Sobretudo, dos que não se cansam de denunciar o estado a que a Figueira chegou...
Mas, a culpa não é vossa: o povo da Figueira merece este PS...
O presidente MONTEIRO manda no PS. O PS manda na CÂMARA. A CÂMARA manda em todos os figueirenses. 
A maioria dos figueirenses desistiu de pensar, para deixar-se manobrar por quem tem planos de dominação absoluta.
Está visto: cada um é para o que nasce. 
E o PS nasceu para isto: PARA DOMINAR ABSOLUTAMENTE A FIGUEIRA!


Imagem via Diário as Beiras

Vergonhoso: abutres a colocar-se em posição para o festim...



"Se um carro de bombeiros não chega para espantar os abutres, usam-se dois e da próxima talvez levem com um hilecóptero em cima! Um aplauso aos Bombeiros de Aljustrel e de Cuba! Bombeiros Aljustrel"

Via Edgar Canelas

INSPIRAÇÃO

Quando as musas envelhecem
criam rugas os espelhos

que elas
são sempre belas

como nunca foram.

Joaquim Namorado

Fraudes nos subsídios europeus davam para pagar duas vezes a TAP

segunda-feira, 13 de julho de 2020

Nada

"Este Parque de Campismo, Foz do Mondego, nasceu há 32 anos". Tal ficou a dever-se "por efeitos de um pedido da Câmara Municipal da Figueira da Foz à Federação Portuguesa de Campismo e Caravanismo (assim designada na altura) hoje, Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal , com o intuito de acabar com o campismo clandestino que proliferava na altura, na praia do Cabedelo".

"A posse administrativa do parque de campismo do Cabedelo não deve ser descartada. Se vários anos de diálogo manso não resultaram, talvez seja hora de decisões mais musculadas. O caso do parque de campismo remete-nos para a questão do ordenamento do território. Neste campo há um excesso de direitos e garantias privadas em prejuízo da comunidade o que dificulta a ação das autarquias, e muitas vezes o poder local claudica. Diga-se que a comunicação social também não ajuda, quando há demolições mostram-se os proprietários sempre como vítimas do sistema quando são eles muitas vezes os delinquentes.
A tibieza perante a ocupação indevida do território tem dado péssimos resultados. Basta observar a faixa costeira entre o rio Mondego e a Leirosa, desde muros até estradas em cima da duna, quase “todos os crimes urbanísticos” estão presentes nesta zona do concelho. Muitos autarcas, desde vereadores a presidentes de Junta, achavam, e alguns ainda acham, normal que haja construção nas dunas e violação das mais elementares regras de ordenamento.
Neste âmbito uma palavra de algum otimismo. Nos últimos anos aumentou a força da lei perante o incumprimento das violações e os autarcas estão mais sensíveis à necessidade de preservar a integridade do território. Agora que a violação do PDM dá perda de mandato efetiva, havendo alguns (poucos) casos de sentença judicial.
A Câmara Municipal, e as Juntas de Freguesia, precisam inequivocamente de entender que a zona de interface terra-mar é para ser tratada com pinças. Os ecossistemas dunares, onde se encontra o parque de campismo do Cabedelo, são os mais eficazes na defesa contra a erosão costeira e o avanço do mar. Há muito mais estruturas a remover, se desejarmos um território mais resiliente às alterações climáticas, já visíveis no aumento da intensidade das tempestades e na subida contínua do nível médio das águas do mar."
Via Diário as Beiras

ELEIÇÕES CDS-PP

CONVOCATÓRIA
Ao abrigo das disposições estatutárias e regulamentares convoco o Plenário Concelhio De Figueira da Foz para reunir no próximo dia 16 de Julho de 2020, entre as 18H00 e as 20H00, na Sede Concelhia sita na Rua Bernardo Lopes, 11 –3080-395 Figueira da Foz, com a seguinte Ordem de Trabalhos:
1. Eleição da Mesa do Plenário Concelhio;
2. Eleição da Comissão Política Concelhia;
3. Eleição de 4 delegados à Assembleia Distrital.
Lisboa, 6 de Julho de 2020.
O Secretário-Geral
(Francisco Tavares)

O Dr. Carlos Monteiro está no poder (quase) há 11 anos. Fica uma pergunta: quem acabou com a tradição dos chapéus na marginal?...

imagem via Diário as Beiras
Chapéus há muitos....

"2.1.4.1 - CONCESSÃO DA EXPLORAÇÃO DE ESPAÇO INTEGRADO NO FORTE DE SANTA CATARINA – ADITAMENTO AO CONTRATO"

Foto Carlos Tenreiro
"A Câmara Municipal deliberou, por maioria, com cinco votos a favor do Presidente e dos Vereadores Carlos Monteiro, Ana Carvalho Oliveira, Mafalda Azenha e Miguel Pereira, e três votos contra dos Vereadores do Partido Social Democrata, Ricardo Silva, Alda Marcelo e Ana Cunha, aprovar a minuta do aditamento ao Contrato de Concessão de Exploração do Espaço Integrado no Forte de Santa Catarina, celebrado com a Araújo Monteiro & Maria Monteiro, Lda."

Fica o registo: os vereadores Carlos Tenreiro e Miguel Babo não estiveram presentes na reunião camarária realizada no dia 11 de Novembro de 2018, pois foram substituídos por Alda Marcelo e Ana Cunha. 
Diga-se, em abono da verdade, que esta substituição foi caso raro: assim, de memória, penso que tanto com Miguel Babo, como com Carlos Tenreiro, terá acontecido duas vezes no actual mandato autárquico que começou em outubro de 2017.

A salvaguarda do património cultural na Figueira da Foz: o caso do Forte de Santa Catarina

Estou como a Alice Mano-Carbonnier, ao comentar uma postagem da Isabel Maria Coimbra:
"Deixe-me ver se eu entendi bem... Em relação às construções na Zona de Protecção do Forte, a Direcção Geral do Património Cultural não sabe de nada e vai agora mandar cópia desta resposta à Direcção Regional, a quem compete dar parecer (antes das obras começarem...digo eu). Quanto aos fins para que foram usados o pátio, a capela e as salas de baluartes, a mesma Direcção Geral não aprovou nada do que lá está (pelos vistos nesse caso a responsabilidade já é da Direcção Geral e não da Direcção Regional...), mas vai agora mandar averiguar "in loco". É isto?
Vai ser enriquecedor conhecer os próximos episódios desta novela."
 Recuemos a 12 de Novembro de 2018.
"2.1.4.1 - CONCESSÃO DA EXPLORAÇÃO DE ESPAÇO INTEGRADO NO FORTE DE SANTA
CATARINA – ADITAMENTO AO CONTRATO
Pela Subunidade Orgânica de Património, foi presente a minuta de aditamento ao Contrato de Concessão de Exploração do Espaço Integrado no Forte de Santa Catarina, celebrado com a Araújo Monteiro & Maria Monteiro, Lda., documento que aqui se dá por integralmente reproduzido, constituindo o anexo número quatro à presente  ata. -------------------------------------------------------------------
Os atuais titulares da empresa concessionária, pretendem implementar uma nova dinâmica àquele espaço que passa pelo aproveitamento integral do interior do Forte, aumentando a qualidade do serviço, através da criação de novas valências interligadas com a exploração do espaço afeto à restauração, potenciando o Forte na sua amplitude e tornando o espaço mais atrativo, passando também pelo aproveitamento integral da fortificação, criando nos espaços existentes, atividades que abranjam o Forte na sua amplitude bem como, a cobrança de entradas. -----------------------------------------------------------------------
O Presidente, remeteu o processo a reunião de Câmara Municipal para decisão. ----
A Vereadora Ana Carvalho Oliveira explicou que o Forte de Santa Catarina foi concessionado. A empresa tem sido vendida, sendo já a terceira vez que é vendida. Os presentes donos, têm muita experiência na área da restauração.
Fizeram bastantes obras de beneficiação e querem explorar o espaço de uma forma mais integrada e, no fundo, aquele aditamento é para clarificar algumas coisas que não estavam propriamente descritas no contrato, nomeadamente, poderem abrir o espaço até mais tarde, ocupar o espaço todo do Forte, para a Câmara Municipal estava implícito, mas não estava escrito no contrato. Poderem cobrar bilhetes de entrada após o horário que está definido como entrada livre ao público. Fazerem festas, eventos, poderem ter cá fora através do pagamento das taxas devidas, um quiosque de gelados e uma esplanada. Pretendem, igualmente, alterar um corrimão e uma série de questões, colocar uma plataforma elevatória para um terraço, porque eles estão a ocupar um dos terraços com uma esplanada. Existe uma infraestrutura, com uma janela que permite colocar a plataforma elevatória, no fundo, o aditamento serve para clarificar e especificar mais o contrato, para que não haja dúvidas. -----------------------------------------------------------
O Vereador Ricardo Silva referiu que aquela proposta de aditamento ao contrato concessão de exploração do espaço integrado no Forte de Santa Catarina é um assunto de interesse público, assim, não se entende de todo, que o mesmo não viesse a uma reunião aberta ao público e à comunicação social, para discussão e aprovação. ----------------------------------------------------------------------
O Forte de Santa Catarina é um património do Estado e de interesse público, para o PSD, o aditamento suscita algumas dúvidas quanto à legalidade do mesmo. O espaço do Forte de Santa Catarina já reabriu no início de agosto. Só agora está a ser discutido o contrato de aditamento. Nestes 2 meses foram cobradas entradas, até a realização de uma festa privada, conforme o cartaz que estava à entrada do mesmo. Se não havia aditamento em vigor, a Câmara Municipal autorizou que fossem cobradas entradas nesse período. Existem documentos que comprovem?
Pelo contrato, só o espaço da restauração é que está concedido e a festa foi em todo o Forte de Santa Catarina. Quem cedeu o Forte de Santa Catarina, para uma festa privada, foi a Câmara Municipal ou o concessionário? A Câmara Municipal sabe quantas entradas foram cobradas no Forte neste período, desde a abertura?
No entender do PSD, o Estado cedeu o espaço interior do Forte de Santa Catarina para a restauração e a restante área para iniciativas da Câmara Municipal. Num folheto municipal de 2017 tem um horário de segunda, quarta e quinta das 9:30h às 18:30h, à sexta-feira e sábado das 9:30h às 22h e encerra à terça. No contrato de concessão entre maio e setembro das 10h às 22h. De outubro a abril das 10h às 18h e o encerramento à segunda-feira entre os meses de outubro a abril. O concessionário na página do seu Facebook tem um horário de Inverno de terça a sexta-feira das 17h às 23:30h, de sábado e domingo das 11h às 23:30h.
Qual a razão do Forte de Santa Catarina estar fechado nos finais de setembro logo a seguir àquela festa privada no Forte. Tendo a Capela do Forte de Santa Catarina sido reparada há poucos anos e sendo o imóvel de interesse público, deve possuir uma zona especial de proteção e, neste momento, é transformada num bar. A zona especial de proteção permitiu essa instalação? Há algum parecer da Direção-Geral do Património Cultural que autorize a sua transformação em bar? O concessionário também instalou durante o Verão à entrada do forte um contentor que é uma gelataria. O local também não viola a zona de proteção? Foi autorizado? Que taxas é que a Câmara Municipal recebeu? E relativo a este aditamento, houve algum parecer da Direção-Geral de Património, sob a alteração  CÂMARA MUNICIPAL deste contrato. Para o PSD, este ponto deveria ser retirado da reunião de Câmara Municipal. O PSD irá fazer uma queixa à Direção-Geral do Património Cultural. ---
O Presidente respondeu, sem embargo da Vereadora Ana Carvalho Oliveira dar algumas notas técnicas, que a posição do Vereador Ricardo Silva o surpreendia porque, enfim, partilhamos de uma economia liberal, de uma economia de mercado e partilhamos também de um outro desígnio que é a utilização de espaços públicos a benefício da comunidade. Portanto, essas parcerias são difíceis, e vem de uma exploração com um grave prejuízo para quem lá esteve, porque, de facto, pensava que ia ter o melhor dos mundos e investiu muito dinheiro e perdeu muito dinheiro e no fundo, cedeu a posição contratual, tal qual estava previsto no próprio contrato, ou seja, a exploração foi cedida a uma pessoa coletiva, a pessoa coletiva transferiu o seu capital social e, portanto, há aqui um decurso normal e uma continuidade da exploração aceitável nos termos da lei, nomeadamente no Código Comercial e, portanto, nos termos da Contratação Pública, porque aí não há problema nenhum, nada de novo que obrigasse a vir a reunião, a uma discussão pública, sendo um documento que irá à Assembleia Municipal, no exercício de gestão normal. Depois, existem questões que vão surgindo que não estão contempladas, nomeadamente a questão da exploração para fins, restritos ou estritamente privados e essas, não estando contempladas, no contrato de concessão, passaram a ser, até pela celeuma que criaram. Quando está omisso, não quer dizer que esteja proibido, pelo contrário, o que está omisso quer dizer que é permitido, no entanto, deve ficar claro, até pelo critério de equidade, ou seja, obrigar o concessionário ao estrito cumprimento da lei e do contrato, essa é a obrigação de relevante interesse público, manter o espaço íntegro, e a benefício dos visitantes no horário que foi protocolado e que foi acordado.
Portanto, se não foi respeitado, tem claramente que ser respeitado e, portanto, durante este horário, será absolutamente proibido qualquer evento de caráter estritamente privado. O estritamente privado fora do horário, não estando proibido, passa a ser permitido, com outro tipo de tutela mais difusa, como seja, a ASAE e a autoridade tributária, que terão de fazer a fiscalização.
Portanto, terá de ser integralmente cumprido, e facultado o acesso no horário, que está no acordo. A questão da capela, conter uma gelataria, não será propriamente uma questão da Direção-Geral de Património, seria mais do arcebispado de Coimbra, mas já está livre de votos, portanto, não existe essa questão, mas em relação ao património tem de ficar intacto. A Câmara Municipal  CÂMARA MUNICIPAL tem de obrigar o concessionário a respeitar o património. Não é permitido qualquer tipo de intervenção, que possa desfigurar o património existente. ------
A Vereadora Ana Carvalho Oliveira acrescentou que quanto aos horários não têm essa indicação, mas podem mandar verificar, mas não têm qualquer indicação, o restaurante, julga que esteve fechado um período, mas, julga que foi aberto ao público. ------------------------------------------------------------------------
Todas as obras realizadas pelo novo concessionário, foram apresentadas à Direção Regional de Cultura do Centro, que não aprova usos, aprova pequenas obras que se possam fazer aí e que possam danificar o património ou a zona de intervenção, assim como os campos de Padel, que ainda agora foram instalados junto à Muralha que também é classificada, tiveram que colher a aprovação da Direção Regional Geral de Cultura do Centro, bem como um equipamento que lá vai ser colocado pelo Clube de Ténis também junto às muralhas, os respetivos projetos foram ajustados em função dos requisitos da Direção Geral de Cultura. O contentor da gelataria foi aprovado tal como a respetiva localização. ----------------------------------
Relativamente à cobrança de bilhetes, o contrato com a Câmara Municipal não proíbe, o que o contrato obriga é que esteja aberto no caso do horário de Verão até às 10h da noite e pelo que tem conhecimento, a festa iniciava-se às 10h da noite e, portanto, pelo menos na sua perspetiva e quando colocaram toda aquela área a concessionar, não lhes passava pela cabeça que viessem outros explorar a parte de fora do Forte, por esse motivo, o aditamento está a ser feito, para que não hajam dúvidas. --------------------------------------------------------------
O Presidente concluiu dando nota que era bom que estas empresas satisfaçam as duas vertentes, ou seja a visitação do espaço e que seja um espaço vivo e, de facto, que haja ali eventos e participação ativa das pessoas. Fica muito satisfeito que as pessoas, quando fazem este tipo de protocolos, tenham lucros. -
A Câmara Municipal deliberou, por maioria, com cinco votos a favor do Presidente e dos Vereadores Carlos Monteiro, Ana Carvalho Oliveira, Mafalda Azenha e Miguel Pereira, e três votos contra dos Vereadores do Partido Social Democrata, Ricardo Silva, Alda Marcelo e Ana Cunha, aprovar a minuta do aditamento ao Contrato de Concessão de Exploração do Espaço Integrado no Forte de Santa Catarina, celebrado com a Araújo Monteiro & Maria Monteiro, Lda, documento que constitui o anexo número quatro à presente ata, que resulta da vontade dos atuais titulares da empresa concessionária, pretenderem implementar uma nova  dinâmica naquele espaço."

Foz do Mondego, na voz de um trabalhador do parque

"Este Parque de Campismo, Foz do Mondego, nasceu há 32 anos"
Tal ficou a dever-se "por efeitos de um pedido da Câmara Municipal da Figueira da Foz à Federação Portuguesa de Campismo e Caravanismo (assim designada na altura) hoje, Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal , com o intuito de acabar com o campismo clandestino que proliferava na altura, na praia do Cabedelo".
Os efeitos positivos foram enormes. "Os campistas clandestinos não se foram embora e tornaram-se campistas legais no Cabedelo, satisfeitíssimos com a solução encontrada". Todavia, "não deveria ter sido essa, a pretensão da CMFF. (E desde essa altura, este Parque de Campismo foi votado ao desprezo). Daí até agora, a CMFF nunca ajudou em coisa nenhuma este Parque de Campismo. Pelo contrário. A FCMP quis sempre melhorar este Parque de Campismo e foi sempre travada com ameaças para o encerramento do Parque"
Aconteceu o previsto: "o Parque foi adquirindo este aspecto envelhecido". Surgiram, entretanto,  imprevistos. 
"Veio a tempestade Leslie, que quase destruiu o Parque na totalidade. Alguém viu a CMFF oferecer alguma ajuda?" 
Mais recentemente, "chegou o Covid 19. Houve alguma preocupação da CMFF?" 
Na gestão do dia a dia, "quando o Mar galga cá para fora, enche a estrada de areia e pedras, são as reclamações do passeantes do Cabedelo que forçam a intervenção da Câmara, as reclamações do Parque e seus campistas não são ouvidas
Ficamos com a triste sensação até, de que, esta CMFF é muito bairrista. Os que vêm de fora não são bem vindos esquecendo-se que são os que vêm de fora que trazem divisas.
Repare-se para os 4 postes para colocação de bandeiras à entrada do Parque. Desde o início falta a 4 bandeira, a da Câmara Municipal. Nunca nos venderam, muito menos ofereceram a bandeira. Porquê? Todos os Parques de Campismo da Federação têm a bandeira da respectiva Câmara Municipal hasteada. Todos os Parques da FCMP têm sido acarinhados e recebido ajuda da respectiva Câmara Municipal. Este não. Porquê? Será que este Parque está a dar prejuízo ao Município? Até para se obterem os mapas da cidade para serem distribuídos a nacionais e estrangeiros com o intuito de dar a conhecer a cidade da Figueira da Foz, sempre foi um problema difícil de resolver. Acreditam nisto?
Tirem as vossas próprias ilações."

Luís Raul Serrenho

domingo, 12 de julho de 2020

O povo da FIGUEIRA merece este PS...

RFM SOMNII Réveillon | 31 dezembro, 1 e 2 de janeiro

"O RFM SOMNII e a Câmara Municipal da Figueira da Foz juntaram-se para, na passagem para 2021, se voltarem a encontrar com os fãs d’O Maior Sunset de Sempre (e não só!), no RFM SOMNII Réveillon, uma festa de 3 dias que nasce da vontade do presidente da edilidade, Carlos Monteiro, e que procura restabelecer a normalidade da oferta cultural e de lazer na região.

Nos dias 31 de dezembro de 2020, 1 e 2 de janeiro de 2021, a Figueira da Foz será palco de uma festa que terá uma componente musical temática:
31 dezembro: Anos 90 até aos dias de hoje;
1 janeiro: Puro RFM SOMNII, nomes da vanguarda da música eletrónica;
2 janeiro: Mais comercial e apelativo, fecha o evento com um grande espectáculo."


O presidente MONTEIRO manda no PS. O PS manda na CÂMARA. A CÂMARA manda em todos os figueirenses. 
Quando a luta aquece o PS FIGUEIRA enlouquece.
A maioria dos figueirenses desistiu de pensar, para deixar-se manobrar por quem tem planos de dominação absoluta.
Está visto: cada um é para o que nasce. 
E o PS nasceu para isto: PARA DOMINAR ABSOLUTAMENTE A FIGUEIRA!

O estado a que a Figueira chegou!..

Cito a senhora vice presidente da câmara Municipal da Figueira da Foz, ontem numa crónica no jornal Diário as Beiras.
«Do que mais me custa é ouvir figueirenses dizerem mal da Figueira. Não consigo compreender, mas talvez o problema seja meu, que não tive o privilégio de nascer na Figueira, mas tive o livre arbítrio para a escolher, para cá viver, e não lhe consigo ver defeitos. Quando constantemente dizemos mal do nosso concelho nas redes sociais, na comunicação social ou até num qualquer convívio na rua, realçando apenas as coisas que estão menos bem, corremos o risco de desvalorizar todo o nosso potencial económico. Pois, tal como dizia um velho anúncio, “Se eu não gostar de mim, quem gostará?”

Cito Salgueiro Maia, na noite de 24 para 25 de Abril.
"Meus senhores, como todos sabem, há diversas modalidades de Estado. Os estados sociais, os corporativos e o estado a que chegámos. Ora, nesta noite solene, vamos acabar com o estado a que chegámos! De maneira que, quem quiser vir comigo, vamos para Lisboa e acabamos com isto. Quem for voluntário, sai e forma. Quem não quiser sair, fica aqui!"

Continuando as citações, cito Carlos Ferreira: "A senhora vereadora não quer perceber que não se fala mal da Figueira, mas do estado a que a Figueira chegou. Não se trata da campanha mas de publicidade enganosa promovida pelo município."
Prosseguindo ainda com as citações, cito um leitor atento do OUTRA MARGEM
CeterisParibus disse...
"Mal da Figueira? Não, Senhora Vereadora. Fala-se sim do mal que se faz à Figueira. E nesta premissa, partilho da sua indignação.
E sim, há aspectos da "autarquia" que devem ser melhorados, nomeadamente a qualidade dos autarcas.
Quanto ao foro "próprio", releia o que escreveu, sopese-o com o direito à liberdade de expressão ( 37° da CRP ), e se entender emendar a mão, estou certo que ninguém lhe leva a mal."

A crise - esta crise - em que a Figueira já está mergulhada, começa a trazer à superfície aquilo que eu ando a denunciar há muitos anos: a Figueira tem um problema democrático
Os media que publicam coisas sobre a Figueira estão dominados ideologicamente e condicionados financeiramente.  Na Figueira, existe uma coisa terrível e que causa danos irreparáveis, que tem nome: chama-se ditadura da opinião
Sou do tempo em que os jornalistas andavam atrás das notícias e os leitores compravam jornais para saber as últimas.  Nesse tempo, a  televisão  e a rádio não faziam concorrência à imprensa. Ser jornalista era um orgulho. Os leitores eram fiéis aos títulos.
Hoje em dia, há quem pretenda culpar as novas tecnologias, a Internet e as redes sociais pela crise dos jornais. Discordo. Os jornais (e a comunicação social em geral) é que se foram  suicidando. Muitos jornalistas contribuíram para isso.  
Continua a haver bons jornalistas. Todavia, o sector ficou dominado por gente  sem escrúpulos,  que aproveitou o  jornalismo para se ligar com o poder político e económico.
Sempre existiu este tipo de jornalistas. Mas, há anos atrás, no meio  todos sabiam quem eles eram. Hoje em dia, é mais fácil aos jornalistas camuflarem essas ligações.

Concluíndo.
Os políticos gostam de órgãos de informação controlados.
Por isso, foi sem surpresa que li as palavras da senhora vice presidente da câmara municipal da Figueira da Foz.
Os políticos e alguns jornalistas não gostam de blogues e do facebook.
O que os políticos odeiam nos blogues e no facebook, não são os disparates que às vezes vemos. Não são esses, que os políticos mais temem. O que eles receiam mesmo é aquilo a que eles não estão nada habituados: a opinião livre. Que o cidadão comum faça chegar a sua opinião a outros cidadãos comuns, sem que essa opinião seja filtrada pelos assessores.