terça-feira, 12 de maio de 2020
A causa que o homem tinha? ...
Fazer pela vidinha...
Pobre causa, eventualmente, poderão dizer vocemessês, ao ouvir a criatura, qual pentelho, fazer o que sempre fez: mais uma vez, armar-se ao pingarelho.
Pobre causa, eventualmente, poderão dizer vocemessês, ao ouvir a criatura, qual pentelho, fazer o que sempre fez: mais uma vez, armar-se ao pingarelho.
Coimbra aprova alargamento das esplanadas
"As esplanadas, na área do concelho de Coimbra, vão poder ocupar muito mais área, desde que garantam a segurança e respeitem as regras de boa vizinhança. A medida foi ontem aprovada pela Câmara de Coimbra, no âmbito dos apoios ao comércio, muito afetado pela situação de pandemia do covid-19.
Esta iniciativa política insere-se no conjunto de medidas de apoio ao comércio, ontem aprovadas.
A mais relevante é a isenção de taxas pela ocupação de espaço público e de publicidade em todos os estabelecimentos na área do município – com excepção para as instituições bancárias, de crédito e seguradoras".
Esta iniciativa política insere-se no conjunto de medidas de apoio ao comércio, ontem aprovadas.
A mais relevante é a isenção de taxas pela ocupação de espaço público e de publicidade em todos os estabelecimentos na área do município – com excepção para as instituições bancárias, de crédito e seguradoras".
A «estória» do Swell Café resumida em 62 mil + 20 mil + cerca de 30 mil euros desperdiçados por falta de planeamento...
Imagem via Diário as Beiras. Para ver melhor, clicar na imagem |
Imagem Diário as Beiras |
Publicação no Diário da República, 2ª série, nº 212, de 29 de Outubro de 2015.
E lá foram 62 mil + 20 mil + cerca de 30 mil.
Penso que se esta chamada obra de requalificação do Cabedelo tivesse sido bem planeada teria sido possível evitar este desperdício de dinheiro público.
A Figueira, neste momento, é um caso sério da destruição gratuita de uma cidade. Ao mesmo tempo, é um caso extremo de incompetência recheado de mentiras. Depois de Buarcos, da "baixa da cidade", temos também o Cabedelo. Em "breve éramos" para ter o Jardim Municipal.
Em linguagem popular da Aldeia, todas as obras em curso no concelho da Figueira da Foz estão empachadas. Será por mero acaso ou obra do destino?
A Figueira, neste momento, é um caso sério da destruição gratuita de uma cidade. Ao mesmo tempo, é um caso extremo de incompetência recheado de mentiras. Depois de Buarcos, da "baixa da cidade", temos também o Cabedelo. Em "breve éramos" para ter o Jardim Municipal.
Em linguagem popular da Aldeia, todas as obras em curso no concelho da Figueira da Foz estão empachadas. Será por mero acaso ou obra do destino?
Via SOS CABEDELO fica, mais uma vez, a pergunta:
"Que conceito de REABILITAÇÃO URBANA é este que afasta a comunidade que ao longo das últimas décadas tem construído aquele lugar?"
segunda-feira, 11 de maio de 2020
Já que precisamos de espaços bem arejados, porque não o alargamento excepcional da área das esplanadas?
"Pessoalmente aceito os riscos inerentes ao regresso a cafés e restaurantes, onde acima de tudo é necessário que haja uma boa ventilação dos espaços permitirá reduzir riscos. Ou procurar estar mais tempo no exterior, usar esplanadas e o convívio em espaços abertos. Essa será uma mudança bem-vinda, tomar mais refeições no exterior apesar do desconforto do vento típico da Figueira. Fazem muita falta espaços e restaurantes onde se possa conviver ao ar livre. Talvez agora venham a surgir aumentando a oferta e aproveitando o bom clima que temos. Digo isto seguindo os conhecimentos adquiridos na faculdade, e pela vivência em vários países, onde se dá mais valor aos espaços bem arejados. O ar mais poluído é o interior. Muita gente tende a esquecer isto. Tal como SARS CoV 2 é mais transmissível em espaços fechados mal ventilados. Haverá sempre riscos associados à retoma da vida social que devemos aceitar sob pena de um excessivo isolamento. A responsabilidade de cada um está em proteger os mais vulneráveis, assumindo perante terceiros que temos o vírus, ajustando comportamentos e mantendo um nível restrito de contactos sociais. Há quem proponha a existência de “bolhas sociais”, onde o mesmo conjunto de pessoas convive socialmente. Sou adepto desta ideia e até aceito o “tracing” informático via telemóvel. Manter a distância física e simultaneamente reavivar o contacto o social é o desafio mais importante no cenário que se segue desta pandemia do COVID19. A vida social retomará gradualmente o seu curso e regressaremos à normalidade. Estou otimista quanto ao funcionamento da economia, e dos espaços que permitem a vida em comunidade, desde cafés até às salas de espetáculo. É necessário relembrar que o vírus não anda aí pelo ar, nem se transmite via aérea, sendo a via indireta (por superfícies) muito improvável. Transmite-se sim por projeção de gotículas, seja por espirros ou quando falamos na proximidade de uma outra pessoa, especialmente em espaços fechados."
Via Diário as Beiras
Via Diário as Beiras
André Ventura
Eu sei que estou a jogar o jogo dele: André Ventura, quer é que falem dele.
Já sabemos que é exímio na arte da mentira, da deturpação de factos e da instigação do ódio.
Porém, como bom demagogo que é, contradiz-se quase todos os dias. Isso é fácil de demonstrar: até o próprio André Ventura acha que André Ventura não tem razão.
Já sabemos que é exímio na arte da mentira, da deturpação de factos e da instigação do ódio.
Porém, como bom demagogo que é, contradiz-se quase todos os dias. Isso é fácil de demonstrar: até o próprio André Ventura acha que André Ventura não tem razão.
O que vêm os seus seguidores neste oportunista político, que tem todos os defeitos dos restantes, não acrescenta nada de novo e não se importa de utilizar O MAIS RELES OPORTUNISMO, é que não consigo compreender...
... “é necessário reforçar a capacidade de os países se organizarem numa definição de políticas conjuntas de saúde e económicas de combate à pandemia” para que “não se agravem as desigualdades entre os países com consequências para todos”...
Via OBSERVADOR
Covid-19: "1/4 das pessoas de famílias que ganhavam até 650 euros perdeu todo o rendimento."
Já “nas categorias de rendimentos superiores a 2.500 euros, apenas 6% de pessoas perderam o seu rendimento”, adiantam os dados do “Opinião Social”, o questionário do Barómetro Covid-19 da ENSP que acompanha semanalmente a perceção dos portugueses da pandemia."
Covid-19: "1/4 das pessoas de famílias que ganhavam até 650 euros perdeu todo o rendimento."
Já “nas categorias de rendimentos superiores a 2.500 euros, apenas 6% de pessoas perderam o seu rendimento”, adiantam os dados do “Opinião Social”, o questionário do Barómetro Covid-19 da ENSP que acompanha semanalmente a perceção dos portugueses da pandemia."
domingo, 10 de maio de 2020
Ainda bem que tenho muitos leitores como o Rui Azevedo
Rui Azevedo
No final, a moral é sempre a mesma...
E estamos longe das fábulas de Fontaine...
Nas fábulas de Fontaine existia uma moral a aprender.
("Certo dia, estava um Leão a dormir a sesta quando um ratinho começou a correr por cima dele. O Leão acordou, pôs-lhe a pata em cima, abriu a bocarra e preparou-se para o engolir.
- Perdoa-me! - gritou o ratinho - Perdoa-me desta vez e eu nunca o esquecerei. Quem sabe se um dia não precisarás de mim?
O Leão ficou tão divertido com esta ideia que levantou a pata e o deixou partir.
Dias depois o Leão caiu numa armadilha. Como os caçadores o queriam oferecer vivo ao Rei, amarraram-no a uma árvore e partiram à procura de um meio para o transportarem.
Nisto, apareceu o ratinho. Vendo a triste situação em que o Leão se encontrava, roeu as cordas que o prendiam.
E foi assim que um ratinho pequenino salvou o Rei dos Animais.
Moral da história: Não devemos subestimar os outros.")
Na história da sabedoria individual, há alvos a abater.
Como se aqueles que se inquietam não fossem o futuro.
Aqueles que nada colocam em causa, são a estagnação.
A boa notícia é que os espíritos inquietos nunca morrem.
No final, a moral é sempre a mesma...
E estamos longe das fábulas de Fontaine...
Nas fábulas de Fontaine existia uma moral a aprender.
("Certo dia, estava um Leão a dormir a sesta quando um ratinho começou a correr por cima dele. O Leão acordou, pôs-lhe a pata em cima, abriu a bocarra e preparou-se para o engolir.
- Perdoa-me! - gritou o ratinho - Perdoa-me desta vez e eu nunca o esquecerei. Quem sabe se um dia não precisarás de mim?
O Leão ficou tão divertido com esta ideia que levantou a pata e o deixou partir.
Dias depois o Leão caiu numa armadilha. Como os caçadores o queriam oferecer vivo ao Rei, amarraram-no a uma árvore e partiram à procura de um meio para o transportarem.
Nisto, apareceu o ratinho. Vendo a triste situação em que o Leão se encontrava, roeu as cordas que o prendiam.
E foi assim que um ratinho pequenino salvou o Rei dos Animais.
Moral da história: Não devemos subestimar os outros.")
Na história da sabedoria individual, há alvos a abater.
Como se aqueles que se inquietam não fossem o futuro.
Aqueles que nada colocam em causa, são a estagnação.
A boa notícia é que os espíritos inquietos nunca morrem.
Da série, é assim que a Figueira Vale Mais?... (CONTINUAÇÃO)
“(…) A nossa pobreza não pode ser motivo de ocultação. Quem deve sentir vergonha não é o pobre, mas quem cria pobreza”.
Mia Couto,in E se Obama Fosse Africano?
"O Programa Figueira Vale Mais, aprovado por unanimidade na reunião de Câmara de 04 de maio de 2020, pretende apoiar munícipes em situação de carência económica e fragilidade social, através de um sistema de vales destinados à aquisição de bens de primeira necessidade, em estabelecimentos do comércio local, num montante total de 50€ por mês para cada elemento do agregado."Algum dos senhores autarcas que aprovaram, por unanimidade, esta medida, quando a votaram, pararam para pensar?
Por exemplo, se, porventura, por perda de rendimentos, iam para para uma fila de apoio social receber um cheque de 50€, para depois terem de ir a um estabelecimentos do comércio local adquirir os bens de primeira necessidade?
Se, humilhados e vencidos, na vossa condição de cidadãos, ao olharem para um país que alimenta e promove milhares de pulhas e ladrões que não ganharam honestamente um único dos milhões que exibem, sem um pingo de vergonha na cara (alguns ainda aproveitaram a actual crise para ganhar mais algum), não sentiriam repulsa?
Espero que nenhum autarca figueirense tenha o desaforo de aproveitar a primeira entrega dos 50€ para fazer propaganda política, utilizando as fragilidades alheias.
Já vi coisas dificeis de imaginar. Por exemplo: “Não tem vergonha de vir aqui buscar comida?” Foi assim que uma repórter da TVI interpelou há 4 dias uma pessoa que se encontrava na fila de um centro de apoio para levar alimentos. Também já vi alguns jornais em fotos de capa mostrarem gente necessitada que vai tapando como pode a cara, para não ser submetida a maior humilhação. Vi ainda, algumas empresas que se aproveitam do momento para lançar campanhas publicitárias com palavras bonitas e imagens emocionantes, a enaltecer o seu próprio altruísmo.
Será que já não existe respeito pelos que mais precisam em alturas como esta? Será que não percebem a dificuldade que é para muitos submeterem-se a uma sociedade que recrimina, goza e pisa quem está na mó de baixo?
A falta de carácter, de respeito e de amor pelo próximo é a maior pobreza da sociedade portuguesa. Andam por aí muitos que apontam o dedo e comentam em surdina a indigência dos outros. E há, também, quem tire disso benefícios políticos.
Não deveria poder valer tudo.
Um contributo para a «estória» do devoluto edifício "O Trabalho", antigo centro comercial, com escritórios e habitação nos pisos superiores...
É a partir de 1858 que a Figueira começa a receber uma grande afluência de banhistas. A partir de 1861 forma-se a “Companhia Edificadora” que começa a construir o hoje conhecido como Bairro Novo, na sua origem “Bairro Novo de Santa Catarina”, a poente do núcleo inicial.
A partir aproximadamente da década de 60, a dinâmica de crescimento alterou-se profundamente por causa da pressão exercida pelos interesses turísticos e imobiliários, tendo como resultado o alastramento caótico da cidade ao qual nem os sucessivos planos de ordenamento têm sabido ou conseguido pôr travão eficaz.
Hoje, a cidade continua a sofrer com iniciativas urbanas desajustadas. No entanto tem-se assistido a diversas iniciativas para que volte a ganhar maior importância enquanto destino turístico e simultaneamente se torne mais dinâmica durante os meses que não só os de Verão. É neste sentido e com esta perspetiva futura que este trabalho surge.
18 de agosto de 1987 - A Companhia de Seguros O Trabalho , solicita licença, pelo prazo de 90 dias, para a execução de enchimento de fundações e muros de suporte.
31 de agosto de 1988 - Na consequência do indeferimento da Câmara Municipal, levado a cabo numa sessão realizada a 31 de maio de 1988, à construção de mais um piso no prédio, que já estava em obras iniciais, os proprietários contactam o exmo. Presidente da Câmara porque “Analisando as razões em que foi fundamentada a deliberação, a requerente julga dever esclarecer V. Exa. … das razões do pedido que ora renova”. A empresa justifica acreditar que não excede os limites do já aprovado anteriormente (a março de 1984 e posteriormente, com condições e contrapartidas mais concretas, em novembro de 1986).
O anteprojeto previa 16 191 m2 de área total de construção. Esta área total fora diminuída, em 739 m2, aquando da elaboração do “projeto final”, que eliminava um andar de habitação e aumentava um ao comércio. No entanto, a Seguradora, acabou por voltar atrás na decisão de eliminar um piso de habitação e apresentou à Câmara uma proposta para a criação de um “recuado” com a totalidade de 984 m2. Os proprietários consideram que “adicionada esta área temos sensivelmente a área de construção autorizada aquando da aprovação do ante-projeto. O andar cuja construção ora solicita está, assim, praticamente, dentro dos limites da construção… com um acréscimo insignificante num empreendimento de tal dimensão… A sua não execução… representa considerável prejuízo”.
Situações desta natureza, em que a Câmara auferia certos valores em consequência da autorização de mais construção em altura, aconteceram pontualmente e sobretudo na década de 80. A titulo de exemplo: os edifícios na Avenida Brasil, voltada para o mar, a passarem de r/c+2 pisos para r/c+5+1, sob o valor de 100 contos por metro de fachada.
20 de junho de 1989 - É emitido um novo parecer, por parte da Câmara Municipal em que, questões de áreas dos últimos projetos aprovados são descriminadas para manter e justificar o indeferimento anterior:
Um estudo prévio que apresentava 11 212 m2 de área total de construção foi aprovado em reunião, a 14 março de 1984. Este respeitava todo o Regulamento Geral das Edificações Urbanas (R+EU) porque a partir do segundo piso, o edifício desenvolvia- se em socalcos, a 45 graus.
A 1 de setembro de 1987, foi aprovado um projeto, que apresentava 10 725 m2 de área total, embora não respeitasse um artigo do R+EU, uma vez que só apresentava um recuo, para o conjunto a partir do 4º piso.
A 19 de fevereiro de 1988, foi apresentado pelo proprietário, um estudo que previa a inclusão de um 7º piso, que foi indeferido, por contrariar a volumetria prevista no Plano de Urbanização. A Seguradora mostrou-se insistente e renovou o pedido, chamando a este acrescento, falsamente, de “recuado”. No entanto a Câmara considerou que tal iniciativa iria agravar, o já em incumprimento, 59º artigo do RGEU. A Câmara sugere que a este piso, caso permaneça o desejo da sua construção, a sua aprovação pode ser feita mediante as alterações: subtração das quatro salas que se destacam da fachada e recuo de 3 metros da fachada em relação ao plano vertical que agora forma, não incluindo a caixa de escadas neste movimento.
31 de outubro de 1989 - No decorrer da construção do novo edifício foi indeferida por unanimidade a proposta de reformulação do piso 7, tendo em conta o último parecer da Câmara Municipal. Também foi vetado o acrescento ao projeto, de um 8º piso, com vista à instalação de uma casa de máquinas, caixa de escadas e duas salas para reunião do condomínio.
14 de agosto de 1990 - A Direção Regional do Ordenamento do Território do Ministério do Planeamento e da Administração do Território, em carta dirigida à Câmara Municipal, releva o facto da construção do novo edifício estar a ser feita num “local classificado no plano eficaz como zona residencial onde as construções podem ser isoladas ou em banda com o máximo de r/chão e 2 andares” alertando para o facto da construção não respeitar estas e outras condicionantes, o que “poderia eventualmente vir a ser sancionado”. Dão abertura à Câmara para qualquer tipo de deliberação."
sábado, 9 de maio de 2020
Uma pesada herança que poderia ser uma janela de oportunidade... (6)
"Antes de se apresentar uma solução, há que perceber um pouco da situação do malfadado edifício “O Trabalho”.
Este edifício obteve aprovação do projeto em 1987, em reunião de câmara com 5 votos a favor de vereadores de todos os partidos, PS, PSD, PRD e PCP, tendo a obra sido finalizada em 1992. É composto por 8 andares e 2 pisos subterrâneos de estacionamento. O rés-do-chão, 1º, 2º e 3º andar com frações comerciais e de serviços e do 4º ao 7º andar com habitações.
O terreno onde foi construído tem 2513 m2 e a área de construção é de 11911 m2 acima do solo, mais 1750 m2 em cave. O que perfaz um índice de construção de 4,7. Uma volumetria manifestamente exagerada, uma total desintegração urbana e uma péssima imagem urbanística, incrementadas por tipologias desajustadas (e, provavelmente, por outros motivos obscuros), levaram a que nenhuma fração habitacional fosse vendida e a que as poucas frações comerciais vendidas fossem abandonadas. Encontrando-se há largos anos totalmente devoluto, foi classificado por perito qualificado, como uma “ruína” urbanística, uma vez que, sendo um edifício relativamente recente e construído em betão armado, não apresenta riscos estruturais e, portanto, não é uma ruína física. O proprietário foi quase sempre a empresa Açoreana, Companhia de Seguros, SA, tendo sido recentemente vendido à empresa do ramo imobiliário, Atlantitradiction Lda. O que certamente todos quereríamos era demoli-lo, terminando com o estigma, os problemas de salubridade e com a má imagem que dá ao Bairro Novo, zona tão nobre da cidade. No entanto, o proprietário teria de ser indemnizado, uma vez que não quer perder os seus direitos adquiridos. E, tendo em consideração que o seu valor patrimonial é de cerca de 9 milhões de euros e que o custo de demolição seria aproximadamente de 1 milhão, o município teria de gastar uns largos milhões de euros para o demolir, caso o conseguisse expropriar. Não contando com o risco que a própria demolição traria aos edifícios circundantes
Portanto, julgo que a solução possível passará pelo proprietário fazer uma reabilitação profunda com qualidade, retirar-lhe o estigma, promovendo uma oferta imobiliária que não exista na Figueira da Foz!"
Via Diário as Beiras
José Rentes de Carvalho completa 90 anos de idade no próximo dia 15...
Rentes de Carvalho. “Perdemos a liberdade em dias e ninguém se queixa. Tenho medo".
- Estamos a ligar-lhe para a Holanda, onde vive parte do ano. Deixe-me perguntar como está a viver este momento de confinamento e como vê a pandemia de Covid-19?
- O confinamento já não me assusta coisa nenhuma, e o vírus também não me assusta. Se vier, vem, se me matar, matou. Não me importa. O que me assusta enormemente, de um modo que me tira a respiração, é a maneira como, em todo o mundo, os cidadãos aceitam a falta de liberdade. Se um dia destes um governo anunciar que há um enorme perigo e que vem aí outro vírus, as pessoas dizem adeus à liberdade, não querem saber de nada! É um medo tão estranho. As pessoas saíram de si, e não pensam no futuro, nem nada, nem numa tragédia que pode ser uma ditadura. Perdemos a liberdade em três ou quatro dias e ninguém se queixa. Eu fico assustado. Isso para mim é tão estranho e tão fora do natural, que me pergunto se o mundo endoideceu?! E tenho medo, acredite que tenho medo!
Subscrever:
Mensagens (Atom)