No dia seguinte já se começa a ver que, ao contrário do que Montenegro dizia, havia boas razões para a greve geral! E ela existiu.
O Governo desvalorizou a paralisação e ficou sozinho.
Ventura recuou e pôs em causa medidas chave da reforma. Na manhã do dia de greve, pela manhã, Ventura - o único parceiro que restava para negociar o pacote laboral - deu uma entrevista à Antena 1.
Ventura recuou e pôs em causa medidas chave da reforma. Na manhã do dia de greve, pela manhã, Ventura - o único parceiro que restava para negociar o pacote laboral - deu uma entrevista à Antena 1.
Nessa entrevista, Ventura (que
começou por criticar a greve
geral quando foi anunciada)
fez um recuo estratégico, criticando Luís Montenegro por
ter sido “casmurro, teimoso e
quis desrespeitar quem trabalha”. E, de caminho, foi pondo
em causa três das quatro traves
mestras que a ministra do Trabalho Maria do Rosário Palma
Ramalho definiu na pedra.
O mais explícito foi o da
abertura à contratação por
outsourcing para as áreas das
empresas onde houver despedimentos: “Se alguém despediu quase todos os trabalhadores, é porque vai pagar
menos, dar menos direitos
às pessoas e gerar mais precariedade”, apontou André
Ventura. Mas a lista de medidas que criticou alargou-se às "questões de precariedade" (o Governo quer aumentar a
duração dos contratos), assim
como à permeabilidade aos
“despedimentos” (cuja reintegração deixa de ser obrigatória em caso de ilegalidade),
outra das críticas maiores das
centrais sindicais. Em síntese, rematou Ventura, “o Governo optou por uma linha
liberal que dá ideia a quem
trabalha que pode ser despedido a qualquer altura, que
vai perder direitos e que só
interessa quem manda”.
Entretanto, em sede de concertação social: encontro com parceiros adiado.
Será que Montenegro ainda não compreendeu as razões da realização da greve geral?

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