quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

Combustagem na Figueira, uma história que já vem de longe...

Esta notícia foi publicada pelo jornal Diário as Beiras, em 2004 ou 2005...

Da série, a Figueira está sem chama. Os figueirenses, parecem-me desiludidos, resignados e cansados... (4)

Ouvir e pedonalizar
 
"Sou a favor da devolução às pessoas do espaço público que se encontra sequestrado pelo transporte individual movido a combustíveis fósseis. Múltiplos exemplos em Portugal e na Europa demonstram que a pedonalização é uma ótima solução para o comércio tradicional.

No entanto, são recorrentes as queixas dos comerciantes nos primeiros anos de pedonalização, em especial a partir do momento que os carros deixam de ter acesso à porta do seu negócio. Em particular, é importante ter em conta os casos de negócios que dependem de transporte frequente de grandes volumes (móveis, alcatifas, tapetes, etc.). É por isso essencial que o executivo local informe, oiça e responda às angústias e anseios dos comerciantes antes de iniciar o processo de pedonalização, evitando repetir o autismo de anteriores processos (na própria rua da República ou na Rua 5 de Outubro em Buarcos).
Nos tempos que correm, as populações e sobretudo os jovens são cada vez mais sensíveis às questões ambientais. Reganhar o espaço público à circulação automóvel será uma entre muitas medidas fundamentais a implementar nas próximas décadas, fomentando o uso da bicicleta e dos transportes públicos.
Adicionalmente, a pedonalização de ruas comerciais contribui para reforçar o comércio local e para combater o alastramento das grandes superfícies comerciais que transferem a riqueza gerada localmente para a Holanda.
Não esqueçamos que a Figueira é um concelho extenso, onde outras localidades beneficiariam muito com a pedonalização temporária ou permanente de artérias, especialmente junto em localidades costeiras potenciando a época balnear. A Praia da Tocha é um bom exemplo dessa solução.
Em certas cidades europeias a pedonalização funciona ao final da tarde e à noite. As mesmas ruas que serviram a circulação automóvel em horário laboral, ao final da tarde são bloqueadas (em Bolonha, Itália, são usados belos vasos móveis com arbustos e pequenas árvores), permitindo a instalação de mesas de café e de restaurante propícias a agradáveis finais de dia acompanhados de animação cultural e artística."

Via Diário as Beiras

E Condeixa aqui tão perto...

Campeões da Europa

«"Desde 2016 não ganhámos apenas o Campeonato da Europa de Futebol e o Festival da Eurovisão".
Mário Centeno, ministro das Finanças, no discurso antes da votação do Orçamento do Estado para 2020 [minuto 07:34].»

Telenovela das podas, que mete árvores para abater e os concursos que vêm aí para plantar árvores na cidade...

Imagem via Diário as Beiras

Como os ricos se tornaram mais ricos


"Um documentário esclarecedor sobre alguns dos efeitos negativos do longo período de taxas de juro baixas que atravessamos, que potencia bolhas especulativas no setor imobiliário ou nos mercados de ações e obrigações, inflacionando o valor dos ativos detidos pelos mais ricos.
Embora seja preciso ter em conta que a expansão monetária permitiu a ligeira recuperação das economias desenvolvidas após a crise financeira de 2007-08, além de ter reduzido os encargos com juros da dívida a vários países, não deixa de ser importante perceber os efeitos perversos desta política (sobretudo ao nível da desigualdade) e a necessidade de a complementar com outras medidas, como a aposta na expansão orçamental ou o reforço da regulação financeira. Em qualquer caso, vale a pena ver o documentário."

Daqui

Corrupção...

 "Galp pagou mais de 300 mil euros a consultores suspeitos de corrupção. Raúl Morodo e o filho Alejo, genro de Dias Loureiro, foram consultores da petrolífera portuguesa e são os principais visados na investigação das autoridades espanholas por suspeitas de participarem num esquema de corrupção que envolve a petrolífera estatal venezuelana, a PVDSA, noticia esta quinta-feira o jornal “Público”.
O esquema envolve a petrolífera estatal venezuelana PDSVA e, segundo o mesmo diário, António Vitorino e a sua antiga sociedade de advogados, a Cuatrecasas, são o elo de ligação entre Raúl e Alejo Morodo (pai e filho), a Galp e a petrolífera venezuelana."

Via Jornal Económico

O dia mais negro da magistratura

"Para quem tinha dúvidas, percebe-se agora muito bem a razão de Joana Marques Vidal ter sido corrida do cargo de PGR.
Mas se dúvidas existissem, eis o que disse, ao Expresso, António Ventinhas, presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público: “É o regresso ao tempo do dr. Pinto Monteiro e das decisões secretas e inexplicáveis”. Porquê? “Porque de futuro não se saberá se quem assina as peças processuais é efetivamente o autor ou um superior hierárquico, na sombra, a dar ordens no processo, sem qualquer conhecimento dos juízes ou dos advogados. É gravíssimo”. 

Para Rui Cardoso, ex-presidente do sindicato do MP, não há mesmo dúvidas: “04.02.2020, foi o dia mais negro da história democrática do Ministério Público português: morreu como magistratura. Nasceu uma verdadeira autocracia, com um nível de hierarquia que nem na administração pública existe. Todos os agentes do Ministério Público (que não mais podem ser chamados magistrados) são apenas uma longa mão da vontade do/a Procurador/a-Geral da República”, escreveu no Facebook. E mais ninguém diz nada? Será que Rui Rio concorda com este parecer? E o resto da oposição?"

Vitor Rainho

Da série...

A música portuguesa a gostar dela própria: há mãos para aplaudir?.. (25)



As obras do Municipal Bento Pessoa: adjudicaram a obra e só depois se lembram da base para o tartan!..

Texto via Diário as Beiras
"As obras de requalificação do Estádio Municipal José Bento Pessoa estão paradas desde novembro, sendo retomadas quando o processo de consulta ao mercado para a construção da base da pista de tartan ficar concluído.
Em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS, a vereadora Mafalda Azenha justificou a paragem com o “estado do tempo” e as referidas alterações ao projeto.
A autarca adiantou que espera ver as “obras concluídas até à próxima época desportiva”. O início da empreitada do relvado sintético tem data de 2 de agosto do ano passado, com um prazo de execução de 90 dias e um custo de 284 mil euros. 
A base da pista de tartan, por sua vez, deverá custar cerca de 90 mil euros.
“A intervenção de fundo era o campo de relva sintética. Depois, percebemos que, se colocássemos a massa asfáltica à frente, podíamos dar um passo para a pista de tartan. Tendo dado esse passo, convidámos técnicos da Federação Portuguesa de Atletismo para nos dizerem qual é o traçado que fica melhor naquela envolvente. Temos esperança de, a curto prazo, termos lá uma pista de tartan”, elucidou, por sua vez, o presidente da câmara, Carlos Monteiro.
Obra incluirá base da pista de tartan
Questionado por que razão o projeto inicial não incluiu a infraestrutura da pista de atletismo, Carlos Monteiro respondeu que, “na altura, não havia dinheiro”. Entretanto, acrescentou: “Como o custo inicial veio muito abaixo, libertámos alguma verba para podermos tratar da envolvente”. E avançou que “vai ser lançado o concurso para a pista”. Todavia, ressalvou, para já, será apenas a base, para, depois, quando houver verbas, poder avançar a conclusão.
Tanto Carlos Monteiro como Mafalda Azenha afirmaram que a paragem das obras não se deve a erros de execução. Por outro lado, garantiram que não serão eliminadas bancadas do estádio municipal. “Não há necessidade de eliminar bancadas”, afirmou a vereadora. “Se fosse necessário, eliminávamos-las, porque a única parte da bancada que queremos manter é a que fica a poente”, salvaguardou o presidente."
J.A.

Da série, a importância do poder e da política nas nossas vidas (2)

Imagem via Diário de Coimbra
Quando os responsáveis políticos não têm valores, sobrevivem alimentando uma base eleitoral com base em favores empresariais e relações de compadrio, assegurando assim um mínimo de votos que lhes permite sobreviver no poder.
Isso é grave, pois está a contribuir para perpetuar o atraso no seu concelho. Não são apenas as instituições políticas que definham. É todo o concelho que é afectado, sofre e empobrece, o que compromete o seu desenvolvimento a médio e longo prazo.

Camões, de quem não sabemos nada da sua vida, a não ser que escreveu a obra prima da literatura portuguesa e recebeu uma tença do rei, qual visionário, quando escreveu nos Lusíadas que "Um fraco rei faz fraca a forte gente", acertou em cheio com a realidade que se vive na Figueira em 2020.

A importância do poder e da política nas nossas vidas

O poder e a política, são questões centrais no nosso dia a dia.
Numa cidade como a Figueira, estar no poder é fundamental.
O poder promove tudo. Até empresas de amigos, dispensando-as de serem competitivas. Em vez de ajudar a promover os empreendedores mais capazes, promove a mediocridade. Vingam as empresas dos amigos, no geral fracas e geridas por  empresários incompetentes.
Fica a perder competitividade a economia local. Em vez de se promoverem empresas competitivas e empresários com valores, promovem-se empresários oportunistas e geram-se empresas subsidio-dependentes.
O mesmo sucede com a contratação de trabalhadores. Os critérios de selecção assentam no compadrio e no amiguismo, prática cada vez menos usada no mundo empresarial, que tem noção dos custos deste tipo de procedimentos.
Lamentavelmente, porém,  ainda é comum encontrar este tipo de maus hábitos no Estado.  E, mais amiúde ainda,  nas autarquias.
Um concelho assente em favores a empresas e num sistema de selecção de trabalhadores, mesmo os quadros, assente no amiguismo,  conduz a uma sociedade em crise, onde os empresários menos competentes asfixiam os que competem com base na honestidade e na competência. 

Quando os responsáveis políticos não têm valores, sobrevivem  alimentando uma base eleitoral com base em favores empresariais e relações de compadrio, assegurando assim um mínimo de votos que lhes permite sobreviver no poder.
Isso é grave, pois está a contribuir para perpetuar o atraso no seu concelho. 
Os cidadãos competentes, normalmente os mais capazes, não têm tempo nem paciência para aturar a incompetência política.  Para sobreviver, optam por procurar outras paragens. É o concelho que perde. Não são apenas as instituições políticas que definham. É todo o concelho que é afectado,  sofre e  empobrece, o que compromete  o seu desenvolvimento a médio e longo prazo. 
Camões, de quem não sabemos nada da sua vida, a não ser que escreveu a obra prima da literatura portuguesa e recebeu uma tença do rei, qual visionário, quando escreveu nos Lusíadas que "Um fraco rei faz fraca a forte gente", acertou em cheio com a realidade que se vive na Figueira em 2020.

A coisa bate certo uma com a outra!..

Nada mais natural: para "ajardinamentos diversos – requalificação do Estrato Arbóreo", contrata-se uma empresa de construção civil...   
Quem não sabe ler, olhe para o boneco...

Jody Fernandes Rato vai tomar posse como Comandante dos Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz

A Cerimónia Protocolar de Posse do novo Comandante Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz, Jody Fernandes Rato, tem lugar no próximo dia 15 de fevereiro de 2020, sábado, pelas 17h00, no Quartel‑sede da corporação.
Jody Rato sucedeu a João Moreira.

O novo comandante tem uma vida dedicada aos bombeiros (é bombeiro desde 1989, há 31 anos) tendo iniciado a sua carreira no Corpo de Bombeiros Voluntários de Condeixa-a-Nova. Neste longo período, para além de ter assumido outros desafios profissionais ao serviço do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e da Escola Nacional de Bombeiros (ENB), incluindo uma missão internacional em 2006, exerceu os cargos de Adjunto de Comando em Condeixa-a-Nova e de Comandante no Corpo de Bombeiros Voluntários de Góis.
Formador certificado, Jody Rato, de 42 anos, detém inúmeros cursos de formação específica na área da proteção e socorro, nomeadamente, no que respeita ao INEM, na área dos fogos florestais e rurais, em Operações Aéreas, Máquinas de Rasto, Combate a Incêndios Urbanos e Industriais ou Preservação de Provas, entre outras.
Para exercer o cargo de comandante dos BVFF, Jody Rato deixa a função de formador externo da Escola Nacional de Bombeiros, que exerce há 20 anos, recentemente em Técnicas de Desencarceramento, Emergência Pré-Hospitalar e Condução Defensiva.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

A música portuguesa a gostar dela própria: há mãos para aplaudir?.. (24)

Onde vai o PS desencantar esta gente?

Da série, a Figueira está sem chama. Os figueirenses, parecem-me desiludidos, resignados e cansados... (3)

Sonho realizável

"Adoro cidades e vilas com vias pedonais aprazíveis. 
Vão existindo várias de norte a sul, e estas artérias sempre se distinguem pelo movimento de pessoas que aqui e ali param para uma conversa e elo ambiente cosmopolita de cafés e esplanadas que atraem visitantes. Por outro lado, são normalmente vivas do ponto de vista comercial.
É este quadro que desde há muito sonho para a Rua da República: a sua transformação em via pedonal buliçosa, promovendo uma maior interação entre os transeuntes e o convite a compras, fora das claustrofóbicas e impessoais superfícies de maior dimensão. Ao longo do aproximado meio km da rua, muitas têm sido as lojas a encerrar, mantendo-se alguns resistentes, teimando em apresentar produtos de qualidade, resistindo apesar da pressão das demasiadas superfícies que “assolam”a cidade.
A artéria sempre se afirmou pelo seu comércio, já quando se chamava R. das Lamas ou R. do Casal das Lamas ou quando adoptou o nome de R. do Príncipe Real, talvez pela proximidade do belíssimo teatro Príncipe D. Carlos, de tão curta e infausta história! Ganhou o actual topónimo em 1910 e por ela desfilaram republicanos de boa cepa, com destaque para a pequena Cristina Torres, à data  com dez anos.
Sim, defendo a rua como pedonal, até pela existência de duas artérias paralelas, a Fernandes Tomás e a Saraiva de Carvalho, sufi cientes para o escoamento do trânsito que entra na cidade. E imagino um  incremento do comércio nesta via estruturante, histórica, com a implantação de pequenos quiosques, bares e as imprescindíveis esplanadas, acauteladas do vento que por ali volteia!
Sei que os comerciantes deverão ser consultados sobre a matéria e que poderão existir vozes discordantes. Mas bem alertados para o sucesso deste tipo de ruas noutros locais do País, poderão ficar convencidos.
Obviamente caberá à Câmara Municipal um papel vital no processo e aproveito para aplaudir as iniciativas promovidas recentemente na Rua República. Fez alguma falta o tráfego?
Não se mobilizaram as pessoas para usufruírem da “novidade”?
A velhinha República só terá a ganhar com uma alteração profunda do seu paradigma, sendo o seu repovoamento outra questão a reflectir."

Via Diário as Beiras