Diziam os antigos na minha Aldeia: "gaivotas em Terra é sinal de tempestade no Mar".
Contudo, nos dias de hoje, tantas gaivotas em terra, não será também por terem de andar à procura de algo para comer, em Terra, por escassez de peixe no Mar?
Não constituirá isto um sinal preocupante de desequilíbrio ambiental?
E, ao que parece, não aprendemos nada. Cito quem sabe mais do que eu: Rui Curado da Silva.
"Rapa-se a encosta toda até à vala menor que atravessa as Abadias. Todo este volume de terra que ajudava a reter a água em tempo de enxurradas será substituído por solo impermeável que irá despejar a grande velocidade a água das chuvas até à vala. A isto juntam-se os pequenos cursos de água que estão a ser entubados, que farão verter a água na vala sem compasso de espera. Estão criadas as condições para cheias. Veja-se a água que inunda já as obras depois das chuvas dos últimos dias. A Figueira está ser literalmente entubada pelas grandes superfícies.
Que bonita que a Figueira está a ficar... Esventrada pelos supermercados, raspada, impermeabilizada junto a leitos de valas. Depois vão chorar quando houver cheias. Este executivo camarário não manteve a sua palavra durante a campanha eleitoral de 2017 quando se debateu a praga de supermercados na Figueira. Este executivo não protege a Figueira dos apetites imobiliários das grandes superfícies, Já não é a venda em caixa o principal negócio destes grupos, é sim a compra e a valorização de terrenos. Aquilo que se designa por especulação imobiliária."
Está na hora dos investidores, no ramo da "mercearia", na Figueira, até porque o mercado, por cá, está a ficar saturado, começarem a pensar em alternativas.
Que tal irem investir na Gronelândia, onde as temperaturas começam a ser amenas no Inverno.
Já, agora, aproveita-se a oportunidade para alertar igualmente os operadores turísticos e empreendedores imobiliários.
O Tempo está a mandar-nos avisos claros. Os que pensam que mandam continuam a ignorar "estas anomalias atmosféricas"...
Um dia será tarde de mais...
Façam o favor de ser felizes. Um dia os vossos filhos e netos vão respirar consumismo, betão e merda. Mau de mais, para poder ser considerado de esquerda, é o mínimo que se pode dizer sobre o actual executivo camarário, cujo presidente, por sucessão, não por eleição, é, neste momento, o Senhor Doutor Carlos Monteiro. O filme vai continuar em exibição na Figueira. A história, é outra coisa e estará sempre inacabada.
"Bom dia a quem ainda resiste".