quarta-feira, 9 de outubro de 2019

"Helena Teodósio demitiu-se da Distrital de Coimbra do PSD"

Via Campeão das Províncias

"A presidente da Câmara de Cantanhede demitiu-se do cargo de vice-presidente da Comissão Política Distrital de Coimbra do PSD.

A decisão, segundo a própria, “está tomada desde o encerramento do processo de constituição da lista candidata às eleições legislativas do passado dia 06 de Outubro e que só não foi entretanto tornada pública para não prejudicar a campanha e o resultado eleitoral do partido”.

A até agora número dois do órgão presidido por Paulo Leitão refere que não avançou antes com a demissão porque não quis “causar o mínimo sobressalto ao trabalho de mobilização que era necessário fazer para que o PSD-Coimbra viesse a alcançar uma expressão eleitoral condizente com a história da sua forte implantação a nível distrital”. E sublinha: “fiz questão de cumprir escrupulosamente o meu compromisso de lealdade para com a Comissão Política Distrital”, sendo “precisamente esse compromisso de lealdade que me leva a formalizar agora a demissão, invocando para o efeito as razões inerentes às críticas que formulei, em sede própria, ao modo como estava a ser constituída a lista de candidatos”.

Na carta enviada ao presidente da Mesa da Assembleia Distrital, a presidente da Câmara de Cantanhede admite que tenha havido “circunstâncias conjunturais que concorreram para que resultado eleitoral do PSD no distrito de Coimbra tivesse sido bastante mais penalizador do que o registado a nível nacional”, mas considera que o processo de constituição da lista “não pode deixar de ser incluída no inventário dos factores que conduziram ao desfecho que se conhece”.

Helena Teodósio afirma-se “de consciência absolutamente tranquila, não só porque fiz o que estava ao meu alcance para que tivesse sido estabelecida uma estratégia conducente a uma votação expressiva, mas também porque me empenhei, conjuntamente com a Comissão Política Concelhia, em fazer passar a mensagem do PSD no contacto directo com as pessoas, o que, creio, muito contribuiu para a vitória em Cantanhede, um dos dois únicos concelhos do distrito em que isso aconteceu”.

Por essa razão, diz que defendeu no âmbito da Distrital, “que uma estratégia ganhadora teria de passar por escolhas mobilizadoras para voltar a ganhar a confiança dos eleitores e não por uma lógica de preenchimento de lugares em função de certo tipo de influências, quando não mesmo de imposições”. No seu entender “antes de se decidirem os nomes, deveria ter sido definido um perfil ideal dos candidatos a submeter a sufrágio, no pressuposto de que com esta nova abordagem, seria possível corresponder melhor às expectativas dos eleitores”.

Segundo Helena Teodósio, o processo acabou por ser “muito condicionado pela falta de critérios que permitissem ultrapassar as «dinâmicas de capelinha» que têm marcado a constituição das listas concorrentes às eleições legislativas,  dinâmicas essas que de resto ajudam a explicar o declínio da implantação do PSD no distrito de Coimbra, conforme se tem visto nos últimos actos eleitorais”.

A terminar, a autarca de Cantanhede refere que esteve “sempre muito consciente das dificuldades em inverter essa tendência”, mas que foi para isso mesmo que aceitou ser vice-presidente da Comissão Política Distrital, “confiando que estava a participar no início de um novo ciclo que haveria de levar o PSD à expressão eleitoral que já teve no distrito”. Manifestando-se desiludida, diz que vai continuar a sua intervenção política a nível partidário, “de acordo com os valores do PSD em que se revê e que sempre defendeu”.

A demissão de Helena Teodósio da vice-presidência da Distrital do PSD mereceu já o apoio incondicional da Concelhia de Cantanhede, que alega para o efeito a sua total concordância com os argumentos aduzidos, em sintonia com as posições tomadas conjuntamente sobre o processo de constituição da lista candidata às eleições legislativas pelo distrito de Coimbra."

Grandes notícias figueirenses...


Imagem via Diário as Beiras

Como é que a Figueira pode avançar, se ninguém se quer chatear?..

Uma síntese que foi todo um programa para quem governou nos últimos 30 anos em Portugal

A culpa é da falta de "liberdade económica". A sério?

"Desde a década de noventa privatizaram quase tudo o que havia para privatizar - empresas industriais, bancos, seguradoras, empresas de transportes e de energia, até o tratamento de resíduos.

Liberalizaram o sistema financeiro e a circulação de capitais, resultando no aumento explosivo do endividamento privado.

Desregulamentaram por três vezes as leis do trabalho, facilitando os despedimentos, os horários flexíveis e os contratos atípicos.

Escancararam as portas aos privados na saúde e na educação.

Abdicaram de uma moeda própria, deixando o financiamento do Estado nas mãos de especuladores internacionais.

Agora vêm dizer que o mau desempenho da economia portuguesa nas últimas décadas se deve a falta de "liberdade económica" e ao excesso de intervenção do Estado. A sério?"


Via  

Porque ganha o PS na Figueira?

Na Figueira, de 2009 para cá, o PS, tendo como cabeça de lista João Ataíde, ganhou e reforçou a votação nas autárquicas.
Assim aconteceu em 2013 e em 2017.
Agora que João Ataíde abandonou definitivamente a Figueira da Foz (está eleito como deputado), fica a pergunta: porque ganha o PS?
Ganhou em 2017, por maioria absolutíssima, porque fez um trabalho de excelência nos mandatos anteriores? 
Ganhou porque João Ataíde, nos mandatos anteriores, se rodeou de equipas de grande qualidade a acompanhá-lo?
Ganhou porque os eleitores do concelho da Figueira, conhecendo o seu trabalho, reconheceram em João Ataíde e na sua equipa, autarcas competentes e capazes?
Ganhou porque os partidos da oposição não apresentaram candidatos convincentes, em quem o eleitorado acreditasse ao ponto de neles votar?
Ou foi reforçando a sua votação, de 2013 para cá, porque os figueirenses entenderam que só com maioria absoluta, também na Assembleia Municipal, se acabariam os poucos obstáculos levantados, entre 2009 e 2013, pela oposição, que poderiam entravar o trabalho que se tem desenvolvido no município da Figueira nesta nova era socialista, que dura desde 2009?
Ou João Ataíde ganhou, de 2009, para cá, porque sim?..
Se assim for e assim sendo, Monteiro em 2021, não vai ter problemas. 
O que poderá ser um problema para a Figueira e para os Figueirenses...

Animação

“Variações” anima noite de fim-de-ano na Figueira da Foz


«A banda sonora do filme “Variações”, sobre a vida de António Variações, realizado por João Maia e protagonizado por Sérgio Praia, vai ser a “estrela” a animar a noite de fim-de-ano da Figueira. Na “bagagem”, trazem temas do disco “Variações - Banda Sonora” com canções do artista, que morreu aos 39 anos, em Junho de 1984.»

Viúva Rosa

Por Pedro Marta Santos

"Só os mais pequenos ganharam. Mas todos - até a demissionária Cristas - surgiram enfiados em blazers azuis, num uníssono tonal de camisas celestes, ardósia, cobalto, ametista, ou sob blusas de brancos orquídea. O tom hermenêutico mais fúcsia da noite pertenceu de novo a Rio. A frase é imortal: "existiu uma derrota na medida em que um ganhou e o outro não ganhou" (a doirada Lili Caneças de 1989 não diria melhor). Costa, no seu clássico carmim, incapaz de esconder o Maquiavel carmesim que lhe palpita o coração, sublinhou a "campanha assente em casos e ataques pessoais", numa referência verde tropa a Tancos.

Tanto Rio como Costa demonstram que a brutal honestidade de umas eleições põe sempre os candidatos a nu, sem Photoshop, naquele marron rosado onde se notam a celulite e as gordurinhas. Se o poder é o mais colorido dos afrodisíacos, a sua ausência é a cinta bege da lingerie política. Resta uma verdade a preto e branco: sem o PC ou o BE, o PS caminhará solteiro e de sorriso amarelo. Será agora António Costa uma viúva rosa?"

terça-feira, 8 de outubro de 2019

Um jornalista

Amílcar Matos

"Durante 15 dias acompanhei Jerónimo de Sousa na Campanha para as Legislativas. De manhã à noite. Todos os dias no norte, no centro e no sul. Foram reuniões, palestras, visitas, viagens, comícios, arruadas... Ficou a imagem do homem e não do político.
Jerónimo de Sousa foi operário e por isso respeita e valoriza os trabalhadores. Conseguimos ver isso todos os dias a todas as horas. Jerónimo não tem filtros é um homem simples e é o que chamamos de 'boa gente'. Nem sempre as notícias foram boas... as sondagens, as manchetes... mas Jerónimo de Sousa foi sempre o mesmo. Respeitou o trabalho dos jornalistas, colaborou sempre que lhe foi pedido e nenhum dia deixou de dar o seu 'bom dia'.
O homem Jerónimo de Sousa tem que ser escrito com H dos grandes. Até depois da derrota nas urnas Jerónimo de Sousa cumprimentou-me com a mesma delicadeza com o mesmo respeito.
Outros já o não fizeram por derrotas mais pequenas.
Talvez tenha sido a última campanha de Jerónimo de Sousa. Foi um gosto ter conhecido de perto um líder politico que faz política mas que sabe respeitar quem o confronta.
As perguntas que lhe fiz nem sempre foram as mais 'simpáticas' mas 'ele' soube sempre separar a política de tudo o resto. Hoje tenho uma certeza. Se amanhã tiver que o confrontar com a pior das perguntas ele vai responder como entender mas depois vai ser o homem que mostrou ser.
Pode não ganhar as eleições mas o meu respeito e a minha admiração ganhou."

Quem pensa que os blogues estão mortos está equivocado...

Via Doutor Carlos Tenreiro

... "um bloger local que diz votar na CDU mas que vai dando uma ajudinha aquela direcção partidária (vá-se lá saber porquê…), “postando” uns comunicados esquizofrénicos emitidos e assinados pelo PSD local (num estilo ultrapassadíssimo de fazer politica), qual ave de mau agoiro, quanto mais os publica, piores são os resultados do PSD (e também os da CDU…)."

Nota 1.
No fundo é isto.
"Esse blogger que deu cabo do PSD e da CDU, naturalmente, portanto, servindo o PS, só pode ser merecedor da minha admiração... 
À blogger do catano..."

Nota 2.
O que de mais significativo qualquer figueirense pode dar à Figueira,  é o valor supremo de Liberdade. Isto é: ser um ser único insubstituível, cuja dignidade é inegociável e irrevogável. 
A vida tem agruras e obstáculos.
No fundo, o importante é conseguirmos elevarmos-nos acima das bestas e das pulsões mais primitivas.

Vídeo produzido pelo PCP no rescaldo das eleições legislativas de 2019

Via Jose Paulo Fernandes-Fafe

"EXEMPLO | Gosto de ver coisas bem feitas. Venham elas de onde vierem, sejam de quem forem. Este vídeo produzido e veiculado pelo PCP no rescaldo das eleições de domingo é o exemplo de como se podem fazer coisas bem feitas. Tanto em termos estéticos, como de posicionamento estratégico. Concordemos, ou não, com eles."

Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz vai ter nova ambulância

A direcção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz decidiu, no passado domingo, dia 6, adquirir uma nova ambulância (igual à das  fotos) pelo valor de 49 mil euros. Esta decisão tem a ver com a necessidade operacional, no que à renovação de frota diz respeito, com a formação especifica para TAS, para novos 9 elementos, que se vai iniciar a 15 de outubro.
A aquisição desta Ambulância de Socorro vem colocar a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz numa posição confortável de recursos nesta área.
Esta nova ambulância chega à Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Figueira no próximo mês de Novembro. 

Nota:
Postagem feita a partir de um mail enviado pelo presidente da Direcção da AHBVFF.

Da série o povo não precisa que ninguém o "lixe" ele "lixa-se" a ele próprio...

Portugal já não é excepção

"Portugal já não é excepção. A extrema-direita populista (Chega, IL) entrou na Assembleia da República.

Com a legitimidade política adquirida, a extrema-direita alcança uma acrescida visibilidade que lhe permitirá crescer mais. A TVI e a TVCorreio da Manhã vão certamente promovê-la e, para não perderem audiência, o resto das TVs irá atrás. Afinal, a comunicação social é hoje um negócio e a RTP também não anda longe desta lógica mercantil.

A extrema-direita continuará a crescer se não a atacarmos na raiz, secando o húmus que a alimenta, e isso faz-se eliminando as causas do mal-estar que lhe dá votos.

Para mim, era evidente que isto ia acontecer porque o governo da 'geringonça' foi apenas um paliativo para uma degradação sócio-económica e moral que, vinda lá de trás, foi dramaticamente aprofundada com a troika.

Na comemoração dos 45 anos do 25 de Abril, fiz um discurso que identifica as causas desta crise da democracia. Leiam o texto todo (aqui)."

Jorge Bateira, via blogue Ladrões de Bicicletas

Alfredo Pinheiro Marques sobre Diogo Freitas do Amaral - 05.10.2019 (e Diogo Freitas do Amaral sobre Alfredo Pinheiro Marques [14.03.2013])

 DIOGO FREITAS DO AMARAL - 05.10.2019

"Hoje tiveram lugar em Portugal as cerimónias fúnebras, com honras de Estado, de Diogo Freitas do Amaral, considerado um dos fundadores do horizonte político-partidário da democracia portuguesa iniciada em Abril de 1974: o criador, em parceria com Adelino Amaro da Costa, de um dos quatro partidos políticos então legalmente constituídos, o CDS, o partido mais conservador e situado mais à direita no espectro político português que então se iniciou sob o regime democrático (ao mesmo tempo do PS, de Mário Soares, do PPD, de Mário de Sá Carneiro, e do PCP, de Álvaro Cunhal).

Esta sua evocação, na ocasião do seu falecimento, é agora aqui feita pelo signatário destas linhas, Alfredo Pinheiro Marques, e pela associação científica por si dirigida, o Centro de Estudos do Mar (CEMAR), respectivamente como autor e como entidade associativa editora do livro A Maldição da Memória do Infante Dom Pedro e as Origens dos Descobrimentos Portugueses (Figueira da Foz: CEMAR, 1994 [1995]), nos termos, e pelas razões, que a seguir se explicitam.

Diogo Freitas do Amaral foi um político — condição na qual veio a ser considerado como o paradigma do "Centro-Direita" e da Democracia Cristã em Portugal (embora depois também tenha vindo a desenvolver intervenções públicas no âmbito de outros quadrantes ideológicos mais diversificados), veio a ser candidato à Presidência da República Portuguesa, etc. —, mas foi, também, e sobretudo, um conhecido especialista de Direito Administrativo e Constitucional, professor catedrático da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (onde, de resto, havia sido discípulo de Marcelo Caetano, ele próprio, no passado, um jurista já particularmente apontado para os temas da História da Administração Pública).
Diogo Freitas do Amaral foi um professor de Direito que se mostrou especialmente interessado, informado, e até mesmo interveniente, à sua própria maneira, nas matérias da historiografia portuguesa e das respectivas problemáticas, controvérsias e debates.

Mostrando estar atento aos contributos verdadeiramente significativos e inovadores, e que vão ficar para sempre para o futuro dessa historiografia (mesmo quando tais contributos são insidiosamente censurados, feitos desaparecer, e silenciados pelas mediocridades mafiosas do presente, que pontificam nos compadrios, carreirismos e cobardias dos corporativismos académicos e universitários), Diogo Freitas do Amaral, professor catedrático de Direito da Universidade de Lisboa (e de outras universidades portuguesas e estrangeiras), quis escrever e quis tomar posição — e, por isso, escreveu e tomou posição — acerca da censura e silenciamento do livro A Maldição da Memória do Infante Dom Pedro e as Origens dos Descobrimentos Portugueses (1995) e acerca da insidiosa perseguição movida em Portugal contra o seu autor, Alfredo Pinheiro Marques. Um autor que ele nem sequer conhecia pessoalmente (e a quem, no entanto, apesar disso, tomou a iniciativa de escrever). E um livro, silenciado, que ele teve que descobrir e encontrar por si próprio.
Um livro e um autor que, ainda que ideológica e politicamente não lhe fossem próximos (nem cujas teses certamente pudessem ser por si acompanhadas, na totalidade das revolucionárias e polemicíssimas novas interpretações que afirmaram, para a História de Portugal, desde 1995), considerou em todo o caso como merecedores de terem tido outro tratamento: de terem sido ouvidos e discutidos (em vez de terem sido, à maneira portuguesa, insidiosa e cobardemente censurados, silenciados, perseguidos, e feitos desaparecer).

Não conhecendo qualquer endereço postal actualizado para contacto com o Alfredo Pinheiro Marques autor de A Maldição da Memória… (após a censura e infame perseguição final que foi o vergonhoso afastamento desse autor em Novembro de 2004 da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra onde havia sido docente ao longo dos últimos vinte e dois anos…), o professor catedrático de Direito Administrativo da Universidade de Lisboa endereçou a sua carta, com a sua tomada de posição, em Março de 2013, para o endereço postal da Câmara Municipal de Mira (!)… certamente por julgar que essa autarquia havia estado ligada à edição do livro A Maldição da Memória… Um equívoco, compreensível, uma vez que, de facto, desde sempre tinham existido muitas cooperações, e colaborações em edições de livros (sempre de maneira graciosa e desinteressada), de Alfredo Pinheiro Marques, e do CEMAR, com essa autarquia portuguesa da Beira Litoral. Tal autarquia havia mesmo sido a que havia dado o honrosíssimo exemplo nacional (pioneiro, em Portugal inteiro…) de, em Dezembro de 1996, erguer em bronze a primeira de todas as estátuas do Infante Dom Pedro de Coimbra, Regente de Portugal, assassinado em Alfarrobeira (a obra belíssima, e inultrapassável, do grande Escultor Alves André). Mas, em todo o caso, foi um equívoco, pois A Maldição da Memória do Infante Dom Pedro… ("… o livro que mudou para sempre a História dos Descobrimentos e a História de Portugal…"…) havia sido publicado em Julho de 1995 na Figueira da Foz somente pelo CEMAR (e os seus custos de impressão haviam sido então integralmente custeados pelo próprio autor Alfredo Pinheiro Marques, que fez questão de assim assumir ele próprio, sozinho, esse seu contributo principal para a historiografia portuguesa e para a História de Portugal).

Na sua missiva de 14.03.2013 — cujo original desde então se guarda no "Arquivo Alfredo Pinheiro Marques" no ABCD-Arquivo Biblioteca e Centro de Documentação do CEMAR na Figueira da Foz (Buarcos) juntamente com muitas outras tomadas de posição de muitas outras personalidades, dos mais diversos e contraditórios quadrantes, acerca desse livro maldito e silenciado de 1995 — o professor da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa quis fazer a justiça de escrever o seguinte (acerca de um autor, e dos seus livros, em relação aos quais, obviamente, nem sequer se encontrava próximo, e eventualmente poderia nem manifestar concordância em muitos aspectos concretos): "(…) Li há tempos, por empréstimo de um amigo meu, o seu extraordinário e corajoso livro "A maldição da memória do Infante D. Pedro e as origens dos Descobrimentos portugueses", Figueira da Foz, 1994. Reli-o agora, juntamente com os dois livros que se lhe seguiram, "Vida e obra do 'Príncipe Perfeito' D. João II", 1997, e "Para o silêncio da História", 1999.  Parecendo-me que o Dr. Alfredo Pinheiro Marques levanta um problema que tem toda a razão de ser; que é inacreditável o silêncio (e a calúnia) em torno das suas teses, e que estas merecem, no mínimo, ser discutidas, embora possam não ser todas fundadas, ou de alcance tão vasto como o que o seu autor lhes atribui — venho, por este meio, felicitá-lo pelo seu combate a favor da descoberta da verdade científica. (…)" [sic].

Diogo Freitas do Amaral, em 14.03.2013, quis escrever isso para nós. E, por isso, nós, agora, em 05.10.2019, quisemos escrever isto para ele, revelando publicamente essa sua atitude.

Uma atitude tanto mais surpreendente por vir do quadrante de onde veio. Ao mesmo tempo que tantos indivíduos — tantos, e tantos… —, na patética "comunidade científica" e na infeliz historiografia universitária portuguesa dos fins do século XX e dos inícios do século XXI (uma "comunidade" e uma historiografia sempre, miseravelmente, iguais a si próprias…), e tantos deles até ditos "colegas" e "amigos" (sic)… e tantos deles ainda e sempre impunes pelas censuras que praticaram em entidades oficiais do Estado Português como a Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses (CNCDP), ou a Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (FLUC), ou a Câmara Municipal de Montemor-o-Velho (CMMV), etc.… e tantos deles ditos tão "progressistas" e tão "de esquerda" (sic)… sempre se calaram, prudentemente… E sempre se perfilaram, cobardemente, como cúmplices e coniventes (e até mesmo como activos agentes…) da mais abjecta censura científica e do mais vergonhoso silenciamento historiográfico.

Essa "comunidade" académica e historiográfica portuguesa dos fins do século XX e dos inícios do século XXI, e todos aqueles que nela ganham e gastam o abundante dinheiro público da "Cultura" e da "História" de um pobre país sempre à beira da falência (infelizmente, na situação trágica que é a de Portugal nestas décadas), encontram-se, de facto, desde 1995, numa situação gravíssima, insustentável, e vergonhosa: uma situação que vai cobrir de infâmia e de ridículo todos aqueles que, neste tempo, não tiveram a isenção, a independência, e a coragem, de dela se demarcarem, e deixarem a sua posição expressa.
Desde Julho de 1995… a data da publicação de A Maldição da Memória…
E mais ainda desde Novembro de 2004… — a data da perseguição e censura final (despedimento, da carreira universitária e da função pública, ao fim de vinte e dois anos de serviço…!) praticadas contra o autor desse livro maldito.  A perseguição e censura final que foram levadas a cabo impunemente na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (FLUC) ao mesmo tempo das criminosas perseguições que, paralelamente, de uma forma indissociável, também se iniciaram nesse mesmo mês de Novembro de 2004 (e com os apoios logo então prestados do interior dessa mesmíssima FLUC para a sua célebre plagiadora serial… a plagiadora, formada e protegida nessa Faculdade, que se atreveu a perseguir judicialmente quem havia denunciado os seus crimes seriais de plágio…). As criminosas perseguições contra o Alfredo Pinheiro Marques autor de A Maldição da Memória que começaram a ser perpetradas também nos arredores rústicos de Coimbra (Câmara Municipal de Montemor-o-Velho…), onde chega a sombra do arrogante e provinciano feudalismo, dito "académico", conimbricense (da Universidade que, anedoticamente, andou durante anos a afirmar publicamente em Portugal, nos inícios do século XXI, que queria possuir, e iria possuir, seu [!], um tribunal judicial...!).
As perseguições, em Montemor-o-Velho, nos arredores de Coimbra, pelas quais Portugal já começou, desde 2015, a ser condenado em Estrasburgo no Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, por violação do Direito à Liberdade de Expressão (22.01.2015, CEDH nº 26671/09).

A verdadeira diferença está em todos aqueles que, neste mundo — sejam de que quadrante forem — são capazes de ter a isenção, a independência, e a coragem, de se demarcarem, e tomarem posição.
Esses serão os que um dia deverão ser também lembrados, juntamente com as grandes obras que a mediocridade mafiosa do presente, no seu tempo, infrutiferamente, tentou censurar e silenciar, e impedir de chegar ao Futuro."

Alfredo Pinheiro Marques
Centro de Estudos do Mar (CEMAR)

segunda-feira, 7 de outubro de 2019

Resultados eleitorais no concelho da Figueira: 2019 comparado com 2015...

"O que defende o Chega?"

Da série postagens inofensivas que não ofendem ninguém...

Imagem via Diário as Beiras
Nota 1:
O PARQUE DE CAMPISMO
"Era (é) um equipamento essencial para o turismo figueirense, cujos utentes oscilavam à época entre os 15 e os 18 mil - mais concretamente 18 113, com 130 064 dormidas, em 1982 - número reduzido presentemente a pouco mais de metade, com 9 492 utentes em 2017.
Toda a actuação relativamente ao Parque foi no sentido de preservar ao máximo a privacidade e tranquilidade dos seus utentes, evitando visitantes estranhos - um parque de campismo não é nenhum "jardim zoológico"... - com excepção dos convidados dos próprios campistas, que os vinham buscar à recepção.
Muito recentemente, um responsável autárquico demonstrou a sua ignorância ao anunciar a intenção de o transformar num equipamento misto aberto à população da cidade." 

Do livro FIGUEIRA DA FOZ Memória de um mandato e os anos perdidos, de Joaquim de Sousa, página 91.

Nota 2:
Se bem me recordo, a primeira edição do Sunset, presumo que um bom contribuinte no nível da ocupação do Parque Municipal de Campismo nos últimos 7 anos, realizou-se em 2012.

A minha única desilusão das Legislativas de 2019...

Imagem sacada ao blogue O Sítio dos Desenhos
A malta do distrito de Coimbra deixou o violino no saco, ao violinista em que também votei e não estou arrependido.
Foi pena. Que ricos concertos não perdeu o Povo Português e a Assembleia da República!..

E interesse municipal?..

Imagem via Diário as Beiras