terça-feira, 20 de agosto de 2019

Começa a ser tempo de pensar o futuro...

Via Diário de Coimbra: "Obras não têm os melhores resultados"

"As obras que a autarquia está a efectuar de requalificação da zona histórica da cidade preocupam a direcção da ACIFF (Associação Comercial e Industrial da Figueira da Foz), que, apesar de representar cerca de um milhar de empresários, não foi consultada, tendo “apenas” assistido à apresentação pública do projecto (que entretanto sofreu alterações). Todavia, o presidente da instituição assegura que essas preocupações têm sido transmitidas à autarquia, «por escrito e verbalmente» e que o presidente Carlos Monteiro se tem mostrado «colaborativo e disponível»."

Como se nota pelas declarações de Carlos Moita, presidente da ACIF, apesar de preocupado com o "impacto negativo" que as obras estão a ter no comércio tradicional, mostrou ser um cidadão avisado. E fez bem.
Do meu ponto vista, Carlos Monteiro não tem qualidades para ser presidente de câmara, mesmo duma cidade como a Figueira da Foz.
Igualmente do meu ponto de vista, há muito que muitos figueirenses perceberam, que é incapaz de ter qualquer espécie de empatia para com o que lhe causa incómodo  –  leia-se, os críticos.

Daí todos os cuidados serem sempre poucos para lidar com o actual presidente da câmara municipal da Figueira da Foz, Doutor Carlos Monteiro. 
E Carlos Moita, que domina a arte da cartomancia e é perspicaz, sabe isso muito melhor do que muitos, incluindo eu...

No tempo em que não havia redes sociais, era assim que as pessoas comuns escreviam no espaço consignado aos leitores dos jornais...

Exmo Senhor Director

Deixe-me começar  esta humilíssima epístola por felicitar o jornal que V. Exa. superiormente  dirige. 
Que Deus lhe dê muitos e bons anos nessa hercúlea  e gloriosa tarefa.
O assunto que me leva a incomodar V. Exa.,  e a partilhá-lo com os seus leitores, é o seguinte : 

"Venho informar que, ao contrário do que foi anunciado, o projecto de Remodelação do Jardim Municipal (o tal que tem um custo de 800.000,00€) não consta da ordem de trabalhos da reunião de câmara de dia 20 de Agosto, Terça Feira, a realizar pelas 15h nos Paços do Concelho.
Esta reunião é pública."

Agradeço, penhorado, a atenção de V. Exa.

"Os governos não ganham greves por 3-0"

“O governo não ganhou 3-0 à greve porque, se quisermos ir pela analogia futebolística, era árbitro e não equipa no terreno. O seu papel era o de impedir que o direito à greve não colidisse com a satisfação de necessidades fundamentais e a sua alegria por tê-lo conseguido deveria ficar contida a ter sido um árbitro eficaz” escreve, num blogue que vale a pena visitar, Paulo Pedroso.
"O governo não ganhou 3-0 à greve porque, se quisermos ir pela analogia futebolística, era árbitro e não equipa no terreno. O  seu papel era o de impedir que o direito à greve não colidisse com a satisfação de necessidades fundamentais e a sua alegria por tê-lo conseguido deveria ficar contida a ter sido um árbitro eficaz.
A escolha de um agradecimento aos militares pelo seu contributo na redução dos efeitos da greve para início de périplo aos que diminuíram os efeitos da greve, sendo provavelmente merecida, é também um erro de perspectiva de um Primeiro-Ministro de esquerda. Os primeiros a quem há que agradecer é aos trabalhadores que acataram os serviços mínimos - e parecem ter sido bastantes - senão a requisição civil não seria tão limitada e circunscrita.
Quando um Primeiro-Ministro agradece antes de mais e primeiro que a todos os outros aos militares o seu papel na limitação dos efeitos de uma greve, desculpem, mas a minha  alma de esquerda fica dorida."

Promover o quê senhor autarca socialista?.. Romarias fascistas, não!..


segunda-feira, 19 de agosto de 2019

PUBLICIDADE INSTITUCIONAL (à borla...)

Qualquer notícia serve para colocar
 a imagem de Carlos Monteiro...
Realiza-se amanhã, terça-feira, a Reunião de Câmara do mês de agosto, no Salão Nobre do Edifício dos Paços do Concelho. Os trabalhos iniciam-se às 15h00.
A agenda relativa aos pontos a serem discutidos e votados em reunião, pode ser consultada na página do município.

Para assistir à reunião online:
https://www.veedeeo.me/veedeeoBroadcast?vn=722846

Agora falta esperar pela reunião de terça-feira...

Fim da greve

«No sétimo dia, "Deus" já havia terminado a obra que determinara; nesse dia descansou de todo o trabalho que havia realizado.» (Génesis 2:2)
(Substitua "Deus" por aquilo que entender.)

Motoristas de todas as substâncias perigosas, uni-vos!

«A greve não é um direito consagrado pela lei? Os trabalhadores não têm o direito de lutar por melhores condições de trabalho? Os motoristas não são trabalhadores de pleno direito?
Então ide foder-vos todos: os que estão contra os trabalhadores, os patrões, os que defendem os patrões, os sindicatos que gostam de greves fofinhas que não prejudiquem ninguém e que estão controlados pelos Partidos, a Justiça comprada e a Comunicação Social vendida.
E os Partidos políticos da Direita à Esquerda (o PCP e o Bloco deviam ter especial vergonha). E este Governo totalitário que, entre os patrões e os trabalhadores, é tão isento como a dupla Hugo Miguel/Luís Godinho a arbitrar os jogos do Benfica. Sim, este Governo totalitário, presidido por alguém que tem a traição no sangue e que fez toda a sua carreira política a apunhalar os colegas de Partido. Faz o que faz em minoria, dêem-lhe a maioria absoluta. Dêem.
Ah, e o estacionador em lugares de deficientes também pode ir.»

Ajustes directos: questionar despesa pública é discutir as regras segundo as quais se rege a relação entre o Estado e os privados... (continuação)

Em 2017, foram 17 096,48 € para montar e desmontar palcos.

Em 2019, para o mesmo efeito, foram 10 982,56 €... Isto é poupança em 2019, ou gestão larga em 2017?.. Será que uma câmara com tantos funcionários não pode disponibilizar 2 para montar e desmontar palcos?..

Ajustes directos: questionar despesa pública é discutir as regras segundo as quais se rege a relação entre o Estado e os privados...

domingo, 18 de agosto de 2019

Que grande domingo

Foto António Agostinho
... finalmente, em Agosto, um dia a meu gosto.
Por aqui, o verão foi na quinta-feira...

António Fernandes Aleixo, poeta popular portugês

Alexandre Soares dos Santos

Se Alexandre Soares dos Santos o afirmou, quem sou eu para duvidar!..

Não me agrada a exaltação tão magnânima sobre a morte de Alexandre Soares dos Santos,  ex-patrão do Pingo Doce, ao que dizem, o segundo homem mais rico de Portugal.
Transformar um empresário em herói da pátria não me parece boa ideia...
Todavia, isso não significa que se menospreze quem tão bem soube vender iogurtes de pedaços, lâminas para a barba, bacalhau demolhado da Noruega, gel de banho, champôs anticaspa, couves, fruta, esfregonas, detergentes, carnes, conservas, etc., etc. etc.. Um retalhista também pode ser detentor de habilitações culturais e políticas fora do comum. 
Fica este pensamento sublime: "cada companhia deve pagar de acordo com o que pode", disse um dia o empresário em Carcavelos, Cascais na apresentação da nova School of Business and Economics, que vai contar com o apoio da Jerónimo Martins. 
O melhor e mais rico retalhista que alguma vez teve Portugal,  tem muitíssima razão. 
Somos um povo MISERÁVEL.Temos um governo MISERÁVEL. Temos uma média salarial MISERÁVEL. Temos uma classe política MISERÁVEL. Temos uma classe empresarial MISERÁVEL. 
Resumindo e concluindo: somos todos uns MISERÁVEIS, pois aguentamos tudo impávidos e serenos... Como dizia o outro: o MISERÁVEL povo aguenta, ai aguenta, aguenta... 
E aguentou. Até os insultos de um retalhista, podre de rico, à custa de muitos benefícios que só um país como Portugal lhe proporcionaria - nomeadamente, à custa da destruição do comércio tradicional e do emprego que gerava, a desertificação dos centros das cidades, benefícios fiscais, exploração de mão de obra barata...  
Recorde-se que já há vários anos a família Soares dos Santos, principal accionista (56,14%) da rede de supermercados Pingo Doce e Recheio, transferiu o seu capital para a Holanda. Dito de outro modo: deixou de pagar impostos em Portugal. 

GABRIEL GARCÍA MÁRQUEZ:

"O segredo de uma velhice agradável consiste apenas na assinatura de um honroso pacto com a solidão."

sábado, 17 de agosto de 2019

À atenção do Senhor Vereador da Cultura...

Imagem sacada daqui
Desde novembro de 2002, que na praia do Cabedelo, está perpetuado o nome do falecido Mário Silva, um artista plástico de referência, culturalmente inserido na geração de 1960, que pautou a sua carreira por uma acção cultural, humorística e literária de contestação e crítica à sociedade.
Imagem sacada daqui
“Foi uma homenagem que o encheu de orgulho, pois foi na Figueira que aprendeu a amar", afirmou o pintor um dia à comunicação social.
E o seu busto em bronze, da autoria do escultor Agustín Casillas, lá continua.
Foi uma homenagem feita ainda em vida ao artista – Mário Silva tinha na altura 73 anos - à sua rebeldia e mestria. 
A propósito: o Senhor Vereador da Cultura já sabe o que vai acontecer à praceta depois de concluídas as chamadas obras de requalificação (mais de  destruição...) do Cabedelo?

Bom sábado

Centeno está de férias?..

"As negociações entre o Sindicato dos Motoristas de Matérias Perigosas e a Antram falharam, mais uma vez, e a greve vai continuar. Depois de mais de 10 horas de reunião, mediada pelo Goveno, as duas parte não chegaram a um acordo.
À saída da reunião, Pedro Pardal Henriques, assessor jurídico do SNMMP, acusou a Antram de não querer negociar, mas mantém a disponibilidade para se sentar à mesa com os patrões."

Perante as acusações de fraude fiscal, o ministro das Finanças ainda não apareceu, nem disse nada. 
E a Administração Tributária não avança com a comunicação de um inquérito?

Há algo de errado nisto tudo!

«Tentei perceber o que estará em causa, sendo que uma entrevista de um motorista profissional me deixou preocupado: a regulação existente apenas lhe permite um dia em casa com a família em cada quinze dias! Os restantes são passados nas estradas da Europa. A partir de um salário-base inferior a 700 euros, o vencimento é composto por trabalho suplementar, subsídios de risco e de trabalho noturno. Por estes 28 dias de trabalho completo recebe então um pouco mais do que 1000 euros líquidos. Finalmente, para as três refeições diárias e dormida, tem um suplemento de 35 euros em ajudas de custo, sendo óbvio que este valor o obriga a dormir no próprio camião, bem como a um exercício impossível de suporte às outras despesas. Estou por isso chocado com a campanha instalada nas redes sociais, feita através da manipulação de um recibo de vencimento de um destes profissionais. Alimentada em muitos casos por responsáveis políticos, de quem se deve esperar sempre algum sentido ético, por mínimo que seja».

Perante o que se passou a noite passada, António Costa está no fio da navalha. E é obrigado - face à ausência de Mário Centeno, silencioso e em parte incerta (férias sem telefone, televisão e internet?) -, a promover o diálogo e a dar respostas às questões de fraude fiscal, bem como a todas as outras questões da mais elementar justiça social e de reposição da legalidade.
Os portugueses começam a perceber muita coisa…
"A Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (Antram) não esteve presente na reunião que decorreu no ministério, mas fez chegar uma proposta para o Governo discutir com o sindicato, segundo Pedro Nuno Santos." [Expresso]
A ANTRAM não esteve presente. Apenas participou o sindicato e o delegado do patronato, perdão, o Governo.
Negociar significa discutir os pontos em desacordo para se encontrar uma solução que sirva ambas as partes. Que legitimidade tem Pedro Nuno Santos para negociar em nome da ANTRAM?

Como lidar com ilusionistas?

Via Município da Figueira da Foz 

“Surf no Crowd”, um projecto exemplar que pretende revolucionar as praias da Região de Coimbra.

"O projecto "Surf No Crowd", promovido pela Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra (CIMRC), que pretende revolucionar as praias da Figueira da Foz, Cantanhede e Mira, através da prática de surf em praias pouco densificadas e detentoras das melhores ondas, foi publicamente apresentado na passada quarta-feira, no rooftop do Turim Boulevard Hotel, em Lisboa.
No evento apresentado por Luísa Barbosa, apresentadora e animadora de rádio, marcaram presença a secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, o secretário de Estado do Ambiente, João Ataíde, o presidente da CIMRC, José Carlos Alexandrino, o representante do Turismo do Centro de Portugal, Jorge Loureiro, a representante da Comissão e Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, Isabel Damasceno, o presidente do Instituto Superior Engenharia de Coimbra (ISEC), António Mário Velindro, o secretário executivo da CIMRC, Jorge Brito, os embaixadores do projeto, Cláudia Pinto, Gonçalo Cadilhe e Miguel Blanco, bem como os representantes dos municípios envolvidos no projeto – Cantanhede, Mira e Figueira da Foz – e da Ubiwhere, entidade responsável pela sua execução.
Destacando o facto de as pessoas procurarem cada vez mais destinos únicos, onde se sintam integrados, bem como a necessidade de ter produtos que sustentem o turismo durante todo o ano, a secretária de Estado, afirmou que o "Surf No Crowd" é um projecto exemplar e que demonstra que as CIM são "parceiras fundamentais" para o desenvolvimento dos territórios.
José Carlos Alexandrino, por sua vez, referiu que o projecto permitirá que, a partir deste momento, as praias sejam alvo de uma forte campanha de estruturação, qualificação e comunicação que irá, "sem dúvida, aumentar a sua notoriedade a nível nacional e internacional".
O presidente da CIMRC sublinhou que a tranquilidade, a autenticidade, as condições ideais para o surf, as escolas de surf, as maiores ondas direitas da Europa, os agentes privados, a arte xávega e, acima de tudo, a vontade de fazer acontecer, são os principais factores que farão do projecto, um projecto vencedor.
A apresentação da prancha oficial - sustentável e inteligente - que está a ser concebida em laboratório experimental, coube ao presidente do ISEC, António Mário Velindro, que não hesitou em afirmar que tem a certeza de que, daqui para a frente, "o surf e a Região de Turismo de Coimbra ficarão mais beneficiados".
Segundo o presidente do ISEC, os materiais ecológicos e reciclados estão a ter destaque na construção da nova prancha e a mesma garantirá melhor desempenho biomecânico, facilitando no processo de aprendizagem dos novos surfistas.
A ideia da prancha sustentável nasceu na Associação de Desenvolvimento Mais Surf, com sede na Figueira da Foz, entidade onde, num futuro breve, será o laboratório experimental."


Julgo ainda não ser consensual, mas muitos já deram por ela: a doença profunda de que a região centro padece chama-se ilusão. 
Ela manifesta-se de múltiplas formas. 
Arrogância, fuga para a frente, incapacidade de racionalizar e argumentar e, acima de tudo, negação. 
Com esta listagem creio que, qual psicólogo, o primeiro passo a interiorizar é perceber que não é com pura racionalidade que se convence o doente, nomeadamente se utilizarmos um estilo assertivo recheado de argumentos. Adoptar esta postura só leva a que o iludido se feche e adopte uma atitude defensiva, tornando impossível a sua cura. 
Preferível é deixar o doente falar e facultar-lhe espaço suficiente para se espalhar, algo que só o tempo e as circunstâncias que a realidade vai impondo, conseguem fazer valer. Sobra usar da paciência que este exercício impõe, o que convenhamos não é a atitude mais fácil, para quem no dia-a-dia é chamado ao combate político.
A prova de que a racionalidade é ineficaz pode ser verificada na forma leviana como o poder actua. 
Portanto,  mais vale flanquear o ilusionista, não o confrontando directamente, o que seria uma absoluta perda de tempo.
Mais vale ir falando para o povo sobre as consequências das ilusões que lhe andam a impingir. 
Todos sabemos que para salvar a região centro é necessário outro milagre - só o de Fátima já não chega. Atendendo ao significado da palavra, sendo, como sabemos, milagre algo de sobrenatural, portanto, fenómeno oposto às leis da natureza, não é suposto ele acontecer aqui enquanto instrumento disponibilizado por estas entidades, para num ápice resolver os problemas da nossa região. Isto tinha-se resolvido, há muito, com pessoas e políticos competentes, com conhecimentos e experiência para o fazer, dotadas de bom senso,  prudentes,  responsáveis e, acima de tudo, que tivessem colocado os interesses colectivos acima de vaidades e agendas pessoais. 
O que faltou não foi dinheiro, nomeadamente fundos comunitários, mas sim honestidade, inteligência e estratégia na sua utilização.
As ondas, essas, estão lá, pelo menos desde que tenho memória.

sexta-feira, 16 de agosto de 2019

Bloco de Esquerda critica gasto de 19 Milhões em dragagens na Figueira da Foz para combater erosão costeira

"Miguel Figueira, do SOS Cabedelo, critica a iniciativa governamental, contestando quer o valor de investimento – que fica a seis euros por m3 de areia, quando os dados de que o movimento dispõe apontam para dois euros por m3 através do sistema de «bypass», três vezes menos – quer o facto de a intervenção ter sido anunciada antes de concluída a análise custo / benefício para avaliar qual o melhor sistema, cujo concurso público, orçado em 300 mil euros, já foi lançado.
O movimento cívico defende ainda a retirada de areia já depositada na praia da Figueira da Foz, para combater o fenómeno da erosão costeira a sul.
A Figueira da Foz possui o maior areal urbano da Europa, 110 hectares localizados entre o molhe norte do porto comercial e a vila piscatória de Buarcos, o equivalente a 154 relvados de futebol, o que significa que metade da cidade caberia na praia.
A distância entre a avenida marginal e o mar ultrapassa os 700 metros no seu ponto mais largo e continua a aumentar. A situação agudizou-se em 2011, desde o prolongamento em 400 metros do molhe norte do porto comercial, um investimento de 14,6 milhões de euros, que teve também reflexos na erosão das praias a sul, com destruição da duna de protecção costeira em vários locais."

Via NDC

Empresa da Figueira da Foz acusada de irregularidades

"O Sindicato da Hotelaria do Centro acusou, hoje (17), a concessionária da restauração e bares do Casino da Figueira da Foz de cometer irregularidades na contratação de trabalhadores, algo que a empresa nega.
Utilizando a sua ligação ao meio da formação profissional, o proprietário da empresa tem ao longo dos anos desta concessão usado e abusado no recurso a trabalhadores com estágios curriculares, findo os quais ou elabora, com alguns dos jovens, candidaturas a estágios profissionais, de que beneficia, ou faz-lhes contratos a termo certo, quase nunca efectivando nenhum”, lamenta o sindicato, que refere, ainda, “irregularidades em contratos, de validade jurídica duvidosa, desde logo porque tendo a concessão um início e um fim de contratualização com a Sociedade Figueira Praia”, proprietária do casino, as razões invocadas para justificar o vínculo contratual precário são “quase sempre de acréscimo temporário de trabalho”.
No entanto, tais razões “não terão legalidade” à luz do direito do trabalho, segundo a organização, que dá o exemplo de um trabalhador “desde Setembro ao serviço da empresa sem que esta tenha feito o seu registo na Segurança Social”.
Face a esta alegada “situação clandestina”, por orientação do sindicato, o trabalhador em causa dirigiu-se à entidade patronal e “solicitou os seus recibos de vencimento, tendo-lhe sido negados”.
Junto da Segurança Social, “confirmou que não tinha sido sequer inscrito” para efeito de descontos pela empresa Creative Catering, de Renato Oliveira.
Numa resposta escrita enviada à agência Lusa, a concessionária afirma que “a situação do trabalhador (…) foi criada a pedido do próprio, que solicitou à empresa estágio profissional, mas já se encontra nesta data inteiramente regularizada”.
O sindicato, por sua vez, adianta que, de seguida, “a empresa, sentindo esta pressão, já com a intervenção do sindicato, suspendeu o trabalhador e impediu-o de acesso ao local de trabalho”.
O trabalhador não foi suspenso. Foi-lhe apenas comunicado que deveria gozar as férias a que contratualmente tem direito, tal como lhe foi referido por escrito. A conselho do sindicato, (…) não acatou, recusou-se a assinar a recepção da respectiva comunicação e tem-se apresentado diariamente na empresa”, informa a Creative Catering.
O sindicato tinha previsto apresentar hoje uma queixa à inspecção da Segurança Social, pedindo que “todos os contratos individuais dos trabalhadores e trabalhadoras ao serviço da empresa de restauração, na concessão do casino, sejam verificados”.
A firma de Renato Oliveira acusa o sindicato de “divulgar informação falsa, que já fez plasmar na comunicação social, difamando com isso o bom nome da empresa, que está recentemente no mercado e tem a sua situação contributiva integralmente regularizada”."

Via Campeão das Províncias