quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Futuro PSD/FIGUEIRA: Tenreiro + Babo - Ricardo Silva?.. Ou, Ricardo Silva - Tenreiro + Babo?..

Imagem sacada daqui
As oposições são para as ocasiões. Será esta a ocasião para Carlos Tenreiro e Miguel Babo?
As relações entre o militante Carlos Tenreiro e o independente Miguel Babo, de um lado, e a estrutura local do PSD/Figueira, do outro lado, são tensas desde a campanha eleitoral para as autárquicas de 2017.
O processo de candidatura de Tenreiro foi uma comédia.
Aliás, na véspera da apresentação pública da candidatura, Carlos Tenreiro esteve para não ser o candidato do PSD à autarquia. Na altura, presidia à Concelhia Manuel Domingues.
Carlos Tenreiro, na edição de hoje do jornal DIÁRIO AS BEIRAS,  acusa Ricardo Silva de ter “tiques de tiranete”.

Carlos Tenreiro não aceita que seja a Concelhia a mandar na vereação. “Os vereadores são seres pensantes”, defendeu. E acrescentou: “Ao afirmar publicamente que quem manda na vereação é a Concelhia, trata-se duma declaração infeliz, com tiques de tiranete, que descredibiliza o autor da mesma e de quem o acompanhar, assim como afecta o bom nome e a matriz do PSD”.
Carlos Tenreiro lembra que Ricardo Silva, que foi seu director de campanha, “foi a mesma pessoa que apoiou publicamente João Ataíde (PS), nas eleições autárquicas de 2009, contra a recandidatura de Duarte Silva (PSD), contribuindo para uma das piores derrotas que o PSD sofreu localmente”.
A pior, foi mesmo a que Carlos Tenreiro sofreu em 2017.
Contactado pelo DIÁRIO AS BEIRAS, Ricardo Silva limitou-se a dizer que se trata de “um assunto interno do partido”. Por outro lado, rematou: “O combate objectivo do PSD visa a câmara e não atacar os militantes do PSD”


Embora não me reveja nas opções e opiniões políticas de Ricardo Silva, não posso deixar de manifestar a minha admiração por um politico que se move por ideias, defende convicções e assume corajosamente a luta por aquilo que julga estar certo. Sendo um caso raro nos tempos que correm, na Figueira e no País, fica o registo.
Por aquilo que já deu para perceber, Ricardo Silva veio baralhar os habituais  esquemas dos figueirinhas, que detestam ser confrontados e, muito menos,  ser incomodados.
O normal, é fazerem panelinha uns com os outros. 

Veja-se, o post de Carlos Tenreiro sobre o caso dos 32 000 pinheiros.

Ricardo Silva já mostrou que com ele é diferente: vai direito ao cerne dos problemas.
Porreirismo não é a sua praia.
Basta assistir às reuniões de câmara, que decorrem à porta aberta, para dar conta dos incómodos que já deu ao presidente da câmara e aos vereadores da "situação".
Vê-se que, da oposição, é o único que estuda os problemas e tem opinião consistente e fundamentada.

Presumo que não deve ser fácil para Ricardo Silva confrontar-se com os "reis do charme mediático figueirense", Babo e Tenreiro.
É possível que no cenário político figueirense actual, Ricardo Silva pouco poderá fazer contra as máscaras mediáticas, que servem perfeitamente num cenário de administração camarária ordinária.
Para ultrapassar o cenário de crise, a Figueira terá de ficar nas mãos de políticos de carne e osso e com conteúdo político conhecido.
Por isso, será natural que, na Figueira, muitos políticos  passem e Ricardo Silva fique.

2º Seminário Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas

Palavras do vice-presidente da APA, Pimenta Machado “... a Figueira da Foz tem pela frente grandes desafios”. Além de ser uma zona costeira, o concelho é atravessado pelo Mondego, “um rio muito difícil”

João Ataíde, defendeu  que “as alterações climáticas são um dos principais desafios que o município tem de enfrentar no século XXI”. O primeiro alerta chegou em janeiro de 2013, através de um temporal, com “um impacto brutal” para a natureza, tendo afectado severamente a Serra da Boa Viagem. Um ano depois, deu à costa uma tempestade chamada “Hércules”, mostrando toda a sua força destruidora. Em 2017, foi a vez do furacão “Ofélia” e dos incêndios. Há cerca de um mês, a tempestade “Leslie” provocou “um impacto significativo e transversal”. “Esta realidade mostra-nos que é urgente adaptarmo-nos à nova realidade”, defendeu o edil e anfitrião do segundo seminário da rede de autarquias para a adaptação local às alterações climáticas, que se realizou no Centro de Artes e Espectáculos (CAE) da Figueira da Foz e reuniu autarcas portugueses e especialistas nacionais
e estrangeiros. “Já vamos a correr atrás do prejuízo e já vamos tarde”, alertou João Ataíde. No entanto, defendeu que “impõe-se” não deixar de correr.


A demagogia e o populismo  estiveram na Figueira, na passada sexta-feira, de forma refinada e com apoios mediáticos.
Discussão sobre os temas concretos e que são importantes, não houve, a não ser meia dúzia de bocas sem sentido...
Os velhos processos ainda contam...

terça-feira, 20 de novembro de 2018

Tragédias anunciadas...

O estado a que isto chegou!..
Em 11 de Dezembro de 2006, já lá vão quase 12 anos, OUTRA MARGEM publicou uma postagem que, infelizmente, está mais actual do que nunca.


O desastre ocorrido ontem na pedreira de Borba, tal como outros acidentes de má memória, revelam um Estado de incúria criminosa e um cinismo político que ultrapassam todos os limites.
Está aqui bem representado ao que chegámos em Portugal...
UM ESTADO SEM PRIORIDADES...

Industriais do mármore dizem que "tragédia" de Borba poderia ter "sido evitada"...

No Portugal de hoje, os cidadãos têm de ter  medo do futuro...
Eu que o diga, que vivo na freguesia de S. Pedro...

Com este "embaraço" perdemos todos...

"Decorreu no CAE um seminário dedicado às alterações climáticas. Mais uma vez quem ganhou foi o movimento de cidadania SOS Cabedelo e quem perdeu a Câmara Municipal. Num protesto bem representado e silencioso, lembraram aquilo que a cidade há muito adia e não faz. Aquilo que empurra para outros, o estudo da solução bypass que afinal dizem que é da APA… e em falta!…
Mas pergunto: quantas diligências já fez a Câmara Municipal junto do Governo para se estudar a solução, quantas audiências a Ministros pediu, quantas vezes foi à AR, quantos convites às entidades que estudam estas questões fizeram para virem ver do que se fala, quantas acções de sensibilização promoveram? Nada! Não lhes interessa.
A simples constatação de que tal era viável seria “politicamente” um desastre. Afinal de contas só em épocas eleitorais todos fingem simpatizar com a ideia e querem ouvir nas suas acções de campanha a preconizada solução… depois nada mais acontece… Foi em Setembro de 2011 que Cidadesurf ganhou o prémio, 7 anos depois continua-se a adiar o estudo para podermos retirar as conclusões e quem sabe, estarmos certos.
A proposta da reposição artificial da deriva litoral através de um bypass, a solução defendida e que neste adverso tempo de alterações climáticas, de erosão costeira e de deriva litoral pode vir a ser uma solução para a cidade. Cidade que está perdida… numa deriva teimosa que insiste em ignorar o que, com a urgência, já deveria ter sido ponderado."


"O embaraço". Crónica publicada no DIÁRIO AS BEIRAS, por Isabel Maranha Cardoso.

Qual é o problema da CMFF para decidir sobre a localização do centro de reciclagem e valorização de produtos orgânicos naquele local? Basta o estrito, restrito, rigoroso e exacto cumprimento da lei e deixa de haver problema. Cumpra-se a lei.

Os deputados do PS eleitos pelo círculo de Coimbra – Cristina Jesus, Pedro Coimbra, João Gouveia e Elza Pais –, visitaram ontem Maiorca, São Pedro e Marinha das Ondas.
Na  visita ao local para onde está projectado um centro de reciclagem e valorização de produtos orgânicos, última etapa da deslocação dos deputados do PS ao concelho, os representantes do movimento que se opõe à instalação do equipamento deixaram claro que são contra a localização, perto de habitações e restaurantes.
O processo de licenciamento encontra-se em análise na Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro.
Se for deferido, caberá à Câmara da Figueira da Foz passar a licença de construção. No entanto, o presidente da autarquia, João Ataíde, tem frisado que, caso o processo chegue àquela fase, tentará encontrar uma localização alternativa, distante das habitações.
O vice-presidente da câmara, Carlos Monteiro, que acompanhou as visitas dos deputados do PS, segundo O DIÁRIO AS BEIRAS reiterou aquele compromisso de João Ataíde. E garantiu que “o Plano Director Municipal (PDM) não foi feito à medida” daquele projecto, respondendo a insinuações feitas pelos interlocutores do movimento, no local.
Sinceramente, há muito que não percebo a posição da Câmara.
O PDM que entrou em vigor no dia 18 de setembro de 2017, é explicito e não deixa lugar a dúvidas, nos seus artigos 62 (j - unidades de recolha, tratamento, eliminação, desmantelamento e valorização de resíduos) e 63.
Fica a pergunta:  porque é que a Câmara da Figueira da Foz, no estrito, restrito, rigoroso e exacto cumprimento da lei, não disse ainda que é contra o projectado centro de reciclagem e valorização de produtos orgânicos naquele local?..

Carlos Barbosa de Oliveira, uma Alma Inquieta

Não o conhecia pessoalmente, mas fui leitor do seu blogue durante muitos anos.
A despedida no Rochedo, já tinha acontecido. Como sempre, um testamento de coragem:

"a Magana, afinal foi condescendente e pretendeu dar-me oportunidade para me despedir dos leitores do CR (Crónicas do Rochedo) que ontem completou 11 anos e lhes agradecer toda a simpatia, generosidade e compreensão que tiveram comigo durante o tempo em que o CR durou. Creio ser uma data bonita para me despedir, dar por terminada a minha aventura na blogosfera e vos dar a garantia de que, seja qual for o sítio para onde a Magana me leve, tudo farei para continuar a ser a alma irrequieta e inconformada que fui neste planeta. O qual - diga-se - não me deixa saudades, pois está cada vez mais mal frequentado, por pessoas obnubiladas pelo consumismo, sem qualquer sentido de decoro, que desconhecem os princípios básicos da educação e não se importam de ser governadas por crápulas do tempo da Idade da Pedra, que pretendem pôr os ponteiros do Relógio do Tempo a andar para trás."

 
Via a Barbearia do Senhor Luís, soube que partiu um dia destes, um ser "irrequieto, inconformado, indomável e sem medos."
"Um rochedo duro de moer – como o mexilhão - , com muito Mundo feito saber, com muita onda, boa onda."
Um rochedo que produzia “palavras que chegam em ondas, envoltas no cheiro da maresia”.

Isto por aqui, tem cada vez menos para dar...
"Este país não é para gente. É para selvagens covardes!"

Quebra mares, mais um apoio para combater a erosão costeira


segunda-feira, 19 de novembro de 2018

A visita dos deputados e outros políticos ao quinto molhe...

"Deputado do PS quer estudo sobre transposição de areias na Figueira da Foz".
Imagem Pedro Agostinho Cruz
Quatro deputados do PS, eleitos pelo círculo de Coimbra, puderam ver hoje, com os próprios olhos, as consequências da erosão costeira naquele local a sul do estuário do Mondego.
Sobre a visita de hoje e as consequências da erosão costeira a sul do Mondego, nomeadamente junto ao chamado «quinto molhe», na praia da Cova, onde a duna de protecção praticamente desapareceu e o mar entra pela floresta anexa a habitações, Pedro Coimbra considerou o cenário "preocupante".
"Temos aqui populações, temos casas bem próximas deste foco de erosão", frisou o deputado, lembrando, no entanto, que a APA tem em curso uma intervenção no local orçada em cerca de 500 mil euros.
Os trabalhos de recuperação já se iniciaram - no mesmo local onde há uns anos foi efectuada uma duna de protecção que o mar veio a destruir.

Contudo, hoje estavam parados, alegadamente devido ao agravamento das condições climatéricas e do estado do mar nos últimos dias.
Registe-se que as obras tiveram início na passada quinta-feira, com a chegada de algumas máquinas. Tudo o que foi feito na sexta e sábado foi levado pela mar.
Alguma coisa não está a correr bem. Por exemplo, a época do ano em que a obra se está a iniciar não parece a mais acertada e conveniente para o bom e eficaz andamento das obras...
Mas a notícia foi a visita de 4 deputados do PS, acompanhados de uma prole imensa, ao "quinto molhe".

Depois da duna destruída vieram ver o vestígio dos escombros.
A destruição é também isto: ficarmos reduzidos a uma vereda estreita. 

Já que ninguém ouviu, em devido tempo, quem previu o que era previsível, ao menos que a visita tenha servido para alertar a consciência de quem de direito para a solução, neste momento nada fácil, de um problema que traz o coração ao pé da boca dos habitantes da Cova e Gala.

Crónicas na Rádio Beira Litoral - O rio da minha Aldeia

Programa elaborado pela junta de freguesiade S. Pedro ...


Para ver melhor, clicar na imagem

Neste momento, estão almoçar no Palheiro do Avô, passe a publicidade.
Convenhamos: têm de arranjar estrutura para visitar todas as rotundas de S. Pedro!..

A ARBORIZAÇÃO DA FIGUEIRA DA FOZ INICIOU-SE NA SEGUNDA METADE DO SÉCULO XIX

Mais um belíssimo trabalho de Fernando Curado, ao mesmo tempo uma lição de cultura cidadã e cívica, ao serviço da cidade e do concelho da Figueira da Foz e à história do seu património cultural, que merece ser divulgado.

Colégio Nossa Senhora do Rosário da Figueira da Foz encerra em 2019

"O Colégio Nossa Senhora do Rosário da Figueira da Foz está a leccionar o último ano lectivo."

Via DIÁRIO AS BEIRAS

As obras a sul do quinto molhe: 3 dias para nada...



Os deputados do PS, eleitos pelo círculo eleitoral de Coimbra, estão hoje de visita ao concelho da Figueira da Foz. 
O périplo começou na extensão de saúde de Maiorca (10H30) e dentro de pouco, a ser cumprido o programa, estarão em São Pedro (por volta das 12H00)
Ao que julgo saber irão até ao quinto molhe, presumo que para  verem as obras que tiveram início na passada quinta-feira...
Do que foi feito quinta, sexta e sábado nada resta...
Presumo que todos sabiam o temporal que estava previsto para o fim de semana...

Dez anos depois continuo o mesmo e francamente o confesso: não tenho queda para herói e lido mal com pressões e ameaças.

Para quem não conhece a «estória» e  diz que só ataco o Ataíde e o Carlos Monteiro, fica uma postagem de 13 de novembro de 2008.
Para quem, como eu, tinha já uma larga e longa experiência em órgãos de informação, nacionais e regionais, navegar nestas águas livres, desde 25 de Abril de 2006, foi algo de diferente, pois navegar contra ventos, marés e correntes, sem motor auxiliar, não é tarefa fácil e, muito menos, simples.

Escrever num blogue, com a divulgação que este alcançou junto da população local, numa Terra pequena, abordando temas locais, passou a ser um risco enorme, até físico, pois há gente muito sensível à discussão pública dos temas que deveriam interessar a todos, mas, ao que parece interessa, o mais possível, preservar da opinião dos verdadeiramente interessados.
Como, possivelmente, encontraram dificuldades em conotar o blogue politicamente, tentaram descobrir aqui a teia de uma conspiração protagonizada por perigosos agitadores.
Com os diabos, o 25 de Abril de 1974 já foi há 44 anos!...

Eu, francamente o confesso, não tenho queda para herói e lido mal com pressões e ameaças.
Por isso, tenho ignorado e desvalorizado os episódios que já aconteceram.
Francamente: desconhecia, em absoluto, esta capacidade de, mesmo sem o querer, fazer ferver a água, onde se banham, há muito, algumas pessoas de quem me fui afastando nestes últimos anos... 
Mas, por favor, repito mais uma vez, não se enervem, não ameacem, tenham calma.
Confesso: continuo a não ter mesmo queda para herói.

Centro Integrado de Valorização de Resíduos...

Via AS BEIRAS


"Hoje, dia 19 de Novembro de 2018, deputados de Coimbra eleitos pelo Partido Socialista, irão fazer visita de trabalho no local onde pretendem instalar o Centro Integrado de Valorização de Resíduos.
O encontro no referido local está aprazado para as 15,30 horas.
Será pertinente, muito importante, mobilização de pessoas para o local como demonstração do nosso desagrado quanto à localização.
Os marinhenses poderão evidenciar, informar e esclarecer os senhores deputados da Assembleia da República sobre efeitos nefastos e incómodos que causam à população o aumento de poluição em relação à que já existe, bem como cheiros nauseabundos e produção de pragas de mosquitos."

Via Manuel Cintrão