Vamos ao enredo da fita mais importante actualmente em exibição na Figueira.
Uma fita cinematográfica, nunca é a realidade. É, ao limite, a realidade que o espectador vê.
A maior parte dos filmes, porém, amputam essa realidade.
O momento da criação está no facto de o autor ir além do que se vê e conseguir transmitir isso ao espectador.
Aí sim, o filme foi conseguido e o seu autor ganhará um lugar de excepção.
Será Carlos Monteiro, um autor capaz?
Daqui a 4 anos veremos...
Se a noite fosse de Óscares, o filme de Carlos Monteiro – "de professor de biologia a presidente da Câmara", era o mais premiado.
O actual vereador consegue várias estatuetas, algumas ilustres desconhecidas (caso do Miguel Pereira, em sexto, e Mafalda Azenha, em quarto). Alcança, ainda, outras bem conhecidas, como o caso de Luis Ribeiro que deixa Rui Duarte no mato sem cachorro e num magistral golpe de rins, aceita ir em Sétimo lugar na lista da AR.
Outra “estatueta”, menos conhecida, é Raquel Ferreira, actual secretária coordenadora da secção da Figueira, ligada à sensibilidade de Iglésias, que aceitou um “desonroso” nono lugar na lista da Assembleia Municipal, se tivermos em conta o lugar de Mafalda Azenha (quarto lugar na lista da Câmara).
É caso para dizer, que todos temos um preço, e neste caso, não é fixo nem certo, poder-se-á dizer que é mais preço de saldo.
Mário Paiva, uma “estatueta” repetida, tem o preço certo, e não é o Fernando Mendes, mas acertou em cheio na montra. Para além de ver a mulher (Mafalda) no quarto lugar, ainda é contemplado com o 12 lugar na lista da AM. Tudo a troco dos votos internos do PS, prometidos ao professor de biologia Monteiro.
O resto da lista da AM, já previsível, é monteirista.
O caminho parece estar aberto a Monteiro, para o filme da sua ambição - chegar a presidente do PS/Figueira e, principalmente, suceder ao edil Ataíde.
Mas, até ao fim deste filme, muita fita vai correr no pano branco ou rosa.
Quatro anos é muito tempo...
Contudo, os filmes começam sempre na hora certa. Principalmente, quando chegamos atrasados...
Assim como posso elogiar um filme, sob o ponto de vista estético e não concordar nem com a ética, nem com as ideias expressas, em nada me incomoda a apreciação dos méritos de uma boa publicidade...
quinta-feira, 3 de agosto de 2017
A "mercearia" figueirense continua a crescer!..
Foto sacada daqui |
Em 2009, recorde-se, esta zona passou a parque verde "virtual" em 3 D!..
No outono do ano da graça de 2016, começou a desenhar-se o futuro retail park figueirense.
Aos poucos, as superfícies comerciais estão a ocupar o espaço.
Sublinhe-se: o último espaço que resta à Figueira para um verdadeiro parque verde.
Entretanto, avançam as obras de um novo supermercado, junto à piscina do Ginásio (Minipreço). Em Buarcos, em frente ao centro de saúde, decorrem trabalhos de terraplanagem para um espaço comercial com supermercado (do Grupo Sonae). Na Baixa da cidade, na rua da República, também progridem as obras para mais um supermercado (do Grupo Sonae). Em todos os casos, como se comprova, são espaços comerciais de conhecidos grupos nacionais e internacionais, tal como as restantes oito médias e grandes superfícies existentes na cidade.
O comércio tradicional sente-se ameaçado.
Só o Pingo Doce tem três lojas na cidade. Por sua vez, o Lidl tem duas, o Jumbo uma, o Intermarché uma e o E.Leclerc uma.
Perante a vaga de novas superfícies, têm-se levantado vozes contra, fazendo coro com os comerciantes locais. Os contestatários questionam a equação sobre os postos de trabalho gerados pelos recém-chegados e os que se perdem com o encerramento de espaços comerciais pré-existentes.
Na opinião pública e publicada figueirense debate-se, também, o impacte urbanístico e ambiental que as novas superfícies produzem nas zonas onde se instalam.
Por sua vez, a autarquia tem respondido que, ao licenciá-las, limita-se a cumprir a lei.
“O investimento privado na nossa cidade é bem-vindo e necessário. Cria postos de trabalho, aumenta a oferta de produtos e a concorrência estimula a melhoria da prestação dos serviços”, defende hoje em dclarações publicadas pelo jornal AS Beiras, Nuno Lopes, vice-presidente da Associação Comercial e Industrial da Figueira da Foz (ACIFF) para o sector do comércio. “Enquanto defensora do comércio de proximidade, a ACIFF defende que estes investimentos deviam ser realizados na Baixa da cidade, contribuindo para o desenvolvimento do seu tecido empresarial e repovoamento das zonas históricas”.
No seu ponto de vista, “a instalação de grandes superfícies na periferia origina a dispersão dos consumidores, não contribuindo para o aumento da habitabilidade dos centros urbanos, que, na nossa opinião, passa por uma aposta clara na revitalização do comércio e recuperação imobiliária”.
Entretanto, ao que foi possível apurar pelo jornal AS BEIRAS, a Zara já não deverá instalar-se na Baixa, ao contrário do que foi avançado.
Até agora, não houve contactos formais e, ao que tudo indica, aquela loja-âncora não vai mesmo ostentar o seu símbolo na cidade, pelo menos nos próximos tempos...
Neste momento, na Figueira, se há sector económico onde se verifica uma concorrência feroz, é na mercearia...
Não esquecer: dois dos portugueses mais ricos, são merceeiros...
Depois de dizer que não era candidata...
foto sacada daqui |
... Fernanda Lorigo é recandidata pelo PS a Quiaios!..
quarta-feira, 2 de agosto de 2017
Olá mar! Olá as tuas ondas!..
foto sacada daqui |
foto sacada daqui |
Já te vi de todas as formas, mas não posso dizer que te conheço.
Sabes que passo horas a observar-te, em especial as tuas ondas!
Mas, também as tuas cores, as aves que em ti habitam, os peixes que escondes, as plantas que fazes crescer, os animais que alimentas, a forma como te estendes no areal e até as tuas temperaturas.
E gosto de coleccionar notícias de ti...
E se a lista do ti´taide for esta?..
Miguel Pereira, a novidade. Cristão novo no PS. Funcionário da UGT. E missionário monteirista. |
2 -Carlos Monteiro
3 -Ana Carvalho
4 -Mafalda Azenha
5 -Nuno Cid
6 - Miguel Pereira
Nota de rodapé.
Se assim acontecer - e tudo indica que sim - nota-se, claramente, um reforço da linha monteirista, com a consequente perda de terreno do calculismo táctico político de João Portugal, Rui Duarte e Luís Ribeiro.
De notar, que João Paredes e José Iglésias não contaram nas autárquicas de 2017, pois demarcaram-se, há muito, deste processo eleitoral.
Pelos nomes acima, verifica-se que é, claramente, uma lista afecta a uma tendência do PS figueirense, logo nitidamente redutora e enfraquecida.
Vamos ver se dá para alcançar a maioria absoluta desejada pelo ti´ taide!..
No que se transformormou a Figueira nos últimos 40 anos!..
Como é que uma cidade, outrora conhecida como a Rainha das Praias de Portugal, chegou ao estado em que está?
Certamente não foi porque os autarcas que passaram pelo poder local eram comunistas...
Pode ter sido, porém, em parte, porque o João Baião, o David Carreira, a Merche Romero, o Futre, o Saul Ricardo, o Emanuel, foram reis e rainhas do Carnaval, Rita Pereira foi miss biquini, em 2002, e rainha do carnaval, em 2011, ou porque gastaram uma pipa de massa para trazer o "investidor" Figo para a Figueira, para ficar com o "Pecado", na Morraceira!..
Na Figueira, foram mudando os políticos, mas o Carnaval tem sido sempre o mesmo...
Pobre Figueira da Foz, uma das poucas terras que conheço, que pouco ou nada ganhou com a democracia.
Nos últimos anos, então, foi tão mal governada que não conseguiu travar a decadência.
Longe vão os tempos em que tínhamos aquele orgulho que vinha do final do século XIX.
Graças a alguns políticos mal conseguidos e a meia dúzia de famílias tão pobres, tão pobres, mas tão pobres e sem outros dotes além do dinheiro, o progresso económico acabou por morrer na Figueira da Foz.
A Figueira, hoje, é uma cidade e um concelho cada vez mais pobre.
Quem acompanhou a nossa cidade nos últimos 40 anos, sabe que em 2017, com Sunset e Desportos na Praia há menos turismo, menos indústria, menos desenvolvimento e, até, menos menos cultura.
Mas mais desemprego.
Uma vergonha!
Obrigado PS e PSD.
Obrigado a todos, em especial àquela meia dúzia de famílias, que de uma forma ou de outra, participaram neste ciclo de empobrecimento da Figueira.
Obrigado a todas as pessoas que constituem as famílias reais desta desgraçada Figueira, que a vão continuar a desgraçar com o seu voto em 1 de outubro próximo.
Bem hajam.
Bem aventurados os pobres de tudo, incluindo de espírito, pois será nosso o Reino dos Céus!
Certamente não foi porque os autarcas que passaram pelo poder local eram comunistas...
Pode ter sido, porém, em parte, porque o João Baião, o David Carreira, a Merche Romero, o Futre, o Saul Ricardo, o Emanuel, foram reis e rainhas do Carnaval, Rita Pereira foi miss biquini, em 2002, e rainha do carnaval, em 2011, ou porque gastaram uma pipa de massa para trazer o "investidor" Figo para a Figueira, para ficar com o "Pecado", na Morraceira!..
Na Figueira, foram mudando os políticos, mas o Carnaval tem sido sempre o mesmo...
Pobre Figueira da Foz, uma das poucas terras que conheço, que pouco ou nada ganhou com a democracia.
Nos últimos anos, então, foi tão mal governada que não conseguiu travar a decadência.
Longe vão os tempos em que tínhamos aquele orgulho que vinha do final do século XIX.
Graças a alguns políticos mal conseguidos e a meia dúzia de famílias tão pobres, tão pobres, mas tão pobres e sem outros dotes além do dinheiro, o progresso económico acabou por morrer na Figueira da Foz.
A Figueira, hoje, é uma cidade e um concelho cada vez mais pobre.
Quem acompanhou a nossa cidade nos últimos 40 anos, sabe que em 2017, com Sunset e Desportos na Praia há menos turismo, menos indústria, menos desenvolvimento e, até, menos menos cultura.
Mas mais desemprego.
Uma vergonha!
Obrigado PS e PSD.
Obrigado a todos, em especial àquela meia dúzia de famílias, que de uma forma ou de outra, participaram neste ciclo de empobrecimento da Figueira.
Obrigado a todas as pessoas que constituem as famílias reais desta desgraçada Figueira, que a vão continuar a desgraçar com o seu voto em 1 de outubro próximo.
Bem hajam.
Bem aventurados os pobres de tudo, incluindo de espírito, pois será nosso o Reino dos Céus!
PJ investiga alteração ao PDM de Cascais suspeita de beneficiar fundo imobiliário
O caso está a ser investigado por suspeitas de "instrumentalização" da Fundação Aga Khan
A princípio o projeto prometia: a construção de uma academia da Fundação Aga Khan ia servir de âncora a um projeto imobiliário na zona de Birre, em Cascais. Câmara, fundação e dono do terreno, o fundo imobiliário Lusofundo, até assinaram um memorando de entendimento. Isto foi em 2014. Pelo caminho, a Aga Khan desistiu da ideia, mas o proprietário do terreno não, avançando com a intenção de urbanizar. O caso está a ser investigado pela Unidade Nacional contra a Corrupção da Polícia Judiciária e pelo DIAP de Lisboa, por suspeitas de "instrumentalização" da Fundação Aga Khan para justificar uma alteração à qualificação do terreno no Plano Diretor Municipal de Cascais.
Há duas semanas, além de buscas à Câmara de Cascais, a Judiciária fez ainda buscas na Norfin, entidade gestora do fundo Lusofundo, e na Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo, segundo informações recolhidas pelo DN junto de várias fontes.
O foco dos investigadores está na alteração ao plano diretor municipal, em 2014, que transformou um conjunto de terrenos agrícolas urbanizável em área urbana. Porém, segundo o presidente da autarquia Carlos Carreiras disse ao DN, com uma "capacidade construtiva menor do que a que existia no anterior PDM, uma vez que o terreno está numa área classificada como "estratégica e de desenvolvimento"".
As suspeitas à volta de todo o projeto começaram logo em 2014, aquando da assinatura do memorando, que previa uma reclassificação da área, "permitindo utilizações diferentes das atualmente em vigor". "A operação urbanística visa a criação de lotes urbanos e/ou parcelas independentes, compostos por uma área de construção aproximada de 160 mil m2", referia ainda o documento.
Tais indicações levaram a que muitos movimentos cívicos de Cascais começassem a questionar a decisão por suspeitas de uma megaurbanização às portas da praia do Guincho, paredes-meias com o Parque Natural Sintra-Cascais. "Nestes terrenos, o índice de construção é de 0,35, abaixo de outras áreas do concelho e isto já demonstrámos em tribunal noutros processos", garantiu, por sua vez, Carlos Carreiras.
Certo é que, em novembro de 2015, já depois de o presidente da câmara ter anunciado a saída do compromisso da Fundação Aga Khan, a Norfin avançou na mesma com um pedido de licenciamento para os terrenos, como consta do Relatório e Contas da Lusofundo de 2015. No documento, refere-se que o "processo de negociação" entre o fundo e a fundação Aga Khan "foi concluído sem se ter obtido uma base de entendimento viável para as partes interessadas", acrescentando-se que a 3 de novembro "deu entrada nos serviços municipais o processo de licenciamento da operação de loteamento".
O assunto foi, ainda antes das buscas da Judiciária, discutido numa reunião de câmara, em junho deste ano, durante a discussão e aprovação de uma moradia nos terrenos em causa. Clemente Alves, vereador do PCP, afirmou, segundo a ata da reunião, que a construção desta moradia era apenas uma "cunha" que a Norfin procurava abrir, "para depois assegurar que a porta ficará aberta para o cometimento do atentado ambiental que se pretende levar a cabo no espaço, onde antes esteve prevista a academia Aga Khan". Uma posição secundada por Maria Teresa Gago, vereadora socialista na autarquia, recordando que "quando houve a proposta da Fundação que tinha às cavalitas uma urbanização a ser construída ali", o PS também entendeu que tal era "o abrir de porta para construções futuras naquela zona". A vereadora acrescentou que o PS nada tinha contra a instalação da academia, mas o projeto para a construção de uma moradia era "o reflexo" de que não há a academia, mas mantém-se a construção.
Em resposta, Carlos Carreiras rejeitou a acusação do "abrir a porta", declarando que quem "escancarou a porta" foi o PS quando, em 1997, aprovou o anterior plano diretor municipal. "Aí, sim, estavam previstas grandes intervenções para naquela zona", referiu.
Mas, por que motivo é que a Fundação Aga Khan desistiu do projeto? Questionada pelo DN, a fundação declarou que a "desistência ficou a dever-se ao facto de, a dada altura do processo, se ter apercebido de que uma parte das forças vivas locais não apoiava qualquer tipo de construção naquele local".
Em algum momento, a Fundação Aga Khan sentiu-se usada, instrumentalizada para dar cobertura a um projeto imobiliário? "Não. A Fundação defendeu sempre um processo negocial transparente e claro", foi a resposta obtida pelo DN.
As dúvidas sobre esta desistência mantêm-se, porém, tendo em conta declarações de Carlos Carreiras ao DN. Segundo o autarca, "a academia estava a negociar com outros municípios". Porém, continuou o presidente da Câmara de Cascais, "as intenções que manifestaram inicialmente tinham o nosso interesse". "As que que colocaram no final já não eram assim e não vou dizer mais, porque não quero ofender a rede Aga Khan", concluiu o autarca.
A princípio o projeto prometia: a construção de uma academia da Fundação Aga Khan ia servir de âncora a um projeto imobiliário na zona de Birre, em Cascais. Câmara, fundação e dono do terreno, o fundo imobiliário Lusofundo, até assinaram um memorando de entendimento. Isto foi em 2014. Pelo caminho, a Aga Khan desistiu da ideia, mas o proprietário do terreno não, avançando com a intenção de urbanizar. O caso está a ser investigado pela Unidade Nacional contra a Corrupção da Polícia Judiciária e pelo DIAP de Lisboa, por suspeitas de "instrumentalização" da Fundação Aga Khan para justificar uma alteração à qualificação do terreno no Plano Diretor Municipal de Cascais.
Há duas semanas, além de buscas à Câmara de Cascais, a Judiciária fez ainda buscas na Norfin, entidade gestora do fundo Lusofundo, e na Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo, segundo informações recolhidas pelo DN junto de várias fontes.
O foco dos investigadores está na alteração ao plano diretor municipal, em 2014, que transformou um conjunto de terrenos agrícolas urbanizável em área urbana. Porém, segundo o presidente da autarquia Carlos Carreiras disse ao DN, com uma "capacidade construtiva menor do que a que existia no anterior PDM, uma vez que o terreno está numa área classificada como "estratégica e de desenvolvimento"".
As suspeitas à volta de todo o projeto começaram logo em 2014, aquando da assinatura do memorando, que previa uma reclassificação da área, "permitindo utilizações diferentes das atualmente em vigor". "A operação urbanística visa a criação de lotes urbanos e/ou parcelas independentes, compostos por uma área de construção aproximada de 160 mil m2", referia ainda o documento.
Tais indicações levaram a que muitos movimentos cívicos de Cascais começassem a questionar a decisão por suspeitas de uma megaurbanização às portas da praia do Guincho, paredes-meias com o Parque Natural Sintra-Cascais. "Nestes terrenos, o índice de construção é de 0,35, abaixo de outras áreas do concelho e isto já demonstrámos em tribunal noutros processos", garantiu, por sua vez, Carlos Carreiras.
Certo é que, em novembro de 2015, já depois de o presidente da câmara ter anunciado a saída do compromisso da Fundação Aga Khan, a Norfin avançou na mesma com um pedido de licenciamento para os terrenos, como consta do Relatório e Contas da Lusofundo de 2015. No documento, refere-se que o "processo de negociação" entre o fundo e a fundação Aga Khan "foi concluído sem se ter obtido uma base de entendimento viável para as partes interessadas", acrescentando-se que a 3 de novembro "deu entrada nos serviços municipais o processo de licenciamento da operação de loteamento".
O assunto foi, ainda antes das buscas da Judiciária, discutido numa reunião de câmara, em junho deste ano, durante a discussão e aprovação de uma moradia nos terrenos em causa. Clemente Alves, vereador do PCP, afirmou, segundo a ata da reunião, que a construção desta moradia era apenas uma "cunha" que a Norfin procurava abrir, "para depois assegurar que a porta ficará aberta para o cometimento do atentado ambiental que se pretende levar a cabo no espaço, onde antes esteve prevista a academia Aga Khan". Uma posição secundada por Maria Teresa Gago, vereadora socialista na autarquia, recordando que "quando houve a proposta da Fundação que tinha às cavalitas uma urbanização a ser construída ali", o PS também entendeu que tal era "o abrir de porta para construções futuras naquela zona". A vereadora acrescentou que o PS nada tinha contra a instalação da academia, mas o projeto para a construção de uma moradia era "o reflexo" de que não há a academia, mas mantém-se a construção.
Em resposta, Carlos Carreiras rejeitou a acusação do "abrir a porta", declarando que quem "escancarou a porta" foi o PS quando, em 1997, aprovou o anterior plano diretor municipal. "Aí, sim, estavam previstas grandes intervenções para naquela zona", referiu.
Mas, por que motivo é que a Fundação Aga Khan desistiu do projeto? Questionada pelo DN, a fundação declarou que a "desistência ficou a dever-se ao facto de, a dada altura do processo, se ter apercebido de que uma parte das forças vivas locais não apoiava qualquer tipo de construção naquele local".
Em algum momento, a Fundação Aga Khan sentiu-se usada, instrumentalizada para dar cobertura a um projeto imobiliário? "Não. A Fundação defendeu sempre um processo negocial transparente e claro", foi a resposta obtida pelo DN.
As dúvidas sobre esta desistência mantêm-se, porém, tendo em conta declarações de Carlos Carreiras ao DN. Segundo o autarca, "a academia estava a negociar com outros municípios". Porém, continuou o presidente da Câmara de Cascais, "as intenções que manifestaram inicialmente tinham o nosso interesse". "As que que colocaram no final já não eram assim e não vou dizer mais, porque não quero ofender a rede Aga Khan", concluiu o autarca.
Cabedelo, mar e terra
Neste mar do Cabedelo, agora aparentemente calmo,
advinha-se alguma tormenta e muito dano,
talvez mesmo, a morte da onda apercebida!..
Na terra deste Cabedelo, ainda tão humano,
advinha-se muita luta e muito engano...
Mas, há tanta gente ainda adormecida!..
terça-feira, 1 de agosto de 2017
Querem transformar a vila de Buarcos na Veneza portuguesa?..
Como a ANC-Caralhete News tinha anunciado, em devido tempo, isto é, antes da revisão do PDM, cá está a mercearia e a impermeabilização dos solos.
A luta tem de continuar...
Embora possam ser treinadas, as nossas capacidades são contingentes.
Há quem seja vidente.
Há quem seja clarividente.
Há quem peregrine por causa de aparições.
Há quem seja, apenas, atento e persistente.
Há dias em que penso assim.À medida que os anos passaram, apesar de me considerar um gajo bem disposto, creio que fui deixando pelo caminho alguma capacidade de sorrir.
E porquê?
Porque a vida se encarregou de me retirar essa capacidade.
Ela tem dias tão chatos e os preconceitos tantos, que me foi matando alguma capacidade de superação das contrariedades.
Mas, a luta, também aqui, continua!..
Freguesias figueirenses: o tempo já não está para ingenuidades......
“São Julião Forever” , uma crónica hoje publicada no jornal AS BEIRAS, por Isabel Maranha Cardoso, economista. Passo a citar.
"Após a Reorganização Administrativa Territorial Autárquica e a terminar os 4 anos de mandatos políticos conferidos pelo povo, na Figueira passou-se de 18 Assembleias de Freguesia para 14, extinguindo-se Brenha, Borda do Campo, Santana e São Julião, era tempo, julgo, de avaliarmos o “modelo” imposto, à revelia das regras da democracia, das agregações, fusões e extinções. O Governo afirmou os seus propósitos desde o início ao dizer “corrigir os erros da extinção de freguesias a regra e esquadro” defendendo um “princípio de avaliação” apenas para “correção de erros manifestos”. No silêncio da iniciativa partidária, sendo o assunto incómodo para todos, todos sublinho, dos que fizeram aos que deixaram fazer…, um cidadão figueirense levou a cabo uma petição popular congregando uma vontade de mudança, a reposição das 2 Freguesias da Figueira, a de Buarcos e a de São Julião. Exercendo por certo um direito de cidadania, a petição ditou igualmente a avaliação feita ao “modelo” ao pedir a reposição do anterior. Embora a unanimidade desejada não tenha sido possível, os Partidos cumpriram satisfatoriamente o seu papel ao reconhecerem a legitimidade da petição. Chegando à Figueira, vindos da A14, um sinal de trânsito antes da 1.ª rotunda, premonitoriamente mantém-se grafitado com “São Julião Forever”! Persiste num verde bem vivo como que a indicar-nos a reposição das “velhas” Freguesias. Afinal nem os sinais do tempo, nem a vontade de mudança nos farão perder a esperança!"
Nota de rodapé.
Antes do mais, a meu ver, neste assunto que envolve algum melindre para os Partidos, convém esclarecer que aquilo que, em 2012, Miguel Almeida, com a colaboração do Movimento 100% e o alheamento do PS, impôs às freguesias figueirenses, não foi uma reforma político-administrativa, mas, apenas um conjunto de alterações avulsas, coercivas e apressadamente gizadas, feitas à medida do chamado plano de reajustamento, ou Memorando de Entendimento (ME), celebrado pelo estado português sob a batuta do governo socialista de Sócrates com a Troika (FMI, CE e BCE), e com o acordo do PSD e CDS-PP.
Não sou defensor de que tudo, nomeadamente no que concerne às organizações humanas, é eterno.
Daí, encarar como perfeitamente natural reformas dos sistemas político-administrativos. Contudo, essas reformas têm de assentar em estudos fundamentados e tendo em conta a realidade.
Reformas político-administrativas coerentes e sérias, só se justificam quando ocorrem três condições fundamentais: necessidade comprovada de reforma (através do resultado de trabalhos científicos, do debate e acção política e de comparações/imposições internacionais), existência de tempo e de recursos para promover a reforma mais adequada às circunstâncias e, finalmente, vontade de promover a reforma por uma via democrática no referencial constitucional em vigor.
Em 2012, creio que não será estultícia apontar que não se verificou nenhuma das três condições formuladas (salvo a imposição da Troika, que não é coisa pouca).
Aceito que há sempre o momento para pormos em causa tudo o que até aqui fizemos.
Uma altura para fazermos um balanço, de preferência, o mais desapaixonadamente possível.
Ponderar tudo que ocorreu, para sabermos como estamos e como aqui chegámos.
Não falo de arrependimentos, mas de olhar a vida de frente.
No caso concrecto da Figueira, continuo a pensar o mesmo: colocar a questão em 18, 10 ou apenas uma freguesia, quanto a mim, é um falso problema.
A meu ver, a verdadeira questão é: para que servem as freguesias?..
E como servem!..
E a quem servem...
"Após a Reorganização Administrativa Territorial Autárquica e a terminar os 4 anos de mandatos políticos conferidos pelo povo, na Figueira passou-se de 18 Assembleias de Freguesia para 14, extinguindo-se Brenha, Borda do Campo, Santana e São Julião, era tempo, julgo, de avaliarmos o “modelo” imposto, à revelia das regras da democracia, das agregações, fusões e extinções. O Governo afirmou os seus propósitos desde o início ao dizer “corrigir os erros da extinção de freguesias a regra e esquadro” defendendo um “princípio de avaliação” apenas para “correção de erros manifestos”. No silêncio da iniciativa partidária, sendo o assunto incómodo para todos, todos sublinho, dos que fizeram aos que deixaram fazer…, um cidadão figueirense levou a cabo uma petição popular congregando uma vontade de mudança, a reposição das 2 Freguesias da Figueira, a de Buarcos e a de São Julião. Exercendo por certo um direito de cidadania, a petição ditou igualmente a avaliação feita ao “modelo” ao pedir a reposição do anterior. Embora a unanimidade desejada não tenha sido possível, os Partidos cumpriram satisfatoriamente o seu papel ao reconhecerem a legitimidade da petição. Chegando à Figueira, vindos da A14, um sinal de trânsito antes da 1.ª rotunda, premonitoriamente mantém-se grafitado com “São Julião Forever”! Persiste num verde bem vivo como que a indicar-nos a reposição das “velhas” Freguesias. Afinal nem os sinais do tempo, nem a vontade de mudança nos farão perder a esperança!"
Nota de rodapé.
Antes do mais, a meu ver, neste assunto que envolve algum melindre para os Partidos, convém esclarecer que aquilo que, em 2012, Miguel Almeida, com a colaboração do Movimento 100% e o alheamento do PS, impôs às freguesias figueirenses, não foi uma reforma político-administrativa, mas, apenas um conjunto de alterações avulsas, coercivas e apressadamente gizadas, feitas à medida do chamado plano de reajustamento, ou Memorando de Entendimento (ME), celebrado pelo estado português sob a batuta do governo socialista de Sócrates com a Troika (FMI, CE e BCE), e com o acordo do PSD e CDS-PP.
Não sou defensor de que tudo, nomeadamente no que concerne às organizações humanas, é eterno.
Daí, encarar como perfeitamente natural reformas dos sistemas político-administrativos. Contudo, essas reformas têm de assentar em estudos fundamentados e tendo em conta a realidade.
Reformas político-administrativas coerentes e sérias, só se justificam quando ocorrem três condições fundamentais: necessidade comprovada de reforma (através do resultado de trabalhos científicos, do debate e acção política e de comparações/imposições internacionais), existência de tempo e de recursos para promover a reforma mais adequada às circunstâncias e, finalmente, vontade de promover a reforma por uma via democrática no referencial constitucional em vigor.
Em 2012, creio que não será estultícia apontar que não se verificou nenhuma das três condições formuladas (salvo a imposição da Troika, que não é coisa pouca).
Aceito que há sempre o momento para pormos em causa tudo o que até aqui fizemos.
Uma altura para fazermos um balanço, de preferência, o mais desapaixonadamente possível.
Ponderar tudo que ocorreu, para sabermos como estamos e como aqui chegámos.
Não falo de arrependimentos, mas de olhar a vida de frente.
No caso concrecto da Figueira, continuo a pensar o mesmo: colocar a questão em 18, 10 ou apenas uma freguesia, quanto a mim, é um falso problema.
A meu ver, a verdadeira questão é: para que servem as freguesias?..
E como servem!..
E a quem servem...
segunda-feira, 31 de julho de 2017
Fogo em Quiaos...
Deflagrou pelas 15 horas um incêndio em Quiaios.
Via Figueira TV
De acordo com a página da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), pelas 16:30, o combate às chamas mobilizava 235 operacionais, apoiados por 58 viaturas, além dos 11 meios aéreos.
Via Diário de Notícias
Via Figueira TV
De acordo com a página da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), pelas 16:30, o combate às chamas mobilizava 235 operacionais, apoiados por 58 viaturas, além dos 11 meios aéreos.
Via Diário de Notícias
Pensem, pelo menos um pouco...
Imagem sacada daqui |
A meu ver, pretende transmitir algo para a mente e a ideia dos figueirenses, que o lirismo serôdio e acéfalo, da maioria deles, aceita sem pestanejar.
De harmonia com a tal ideia dominante, na Figueira e no Pais, existe um cenário democrático, de convívio fácil, aberto e fraterno, entre eleitores e eleitos.
Isto é, na representação política existe um vínculo directo entre eleitores e eleitos.
Porém, em rigor, esse vínculo, na Figueira, não é - aliás, nunca foi - directo, palpável e, muito menos, objectivo.
Embora, para alguns, pareça, o vínculo entre eleitores e eleitos, em especial neste 4 anos de maioria absoluta de João Albino Ataíde, foi sempre mediado pela força - fosse ela a bruta. Fosse a verbal.
Também, é certo, por algum consenso - esse obtido, pela adesão incondicional e interesseira de alguns (poucos...) ou pela alienação da maioria.
Observem a gestão destes 4 de maioria absoluta de Joaõa Albino Ataíde, nos últimos 4 anos e digam, no momento próprio, de sua justiça...
Nos 8 anos passados, para este candidato, o enterro não foi o único compromisso social inadiável?..
Imagem sacada daqui |
Será que ele quer dizer que o seu compromisso solene é, apenas, com a Figueira?
Será que ele quer dizer, que devemos remar todos no mesmo sentido para que a Figueira reencontre novamente o caminho, 8 anos adiado (em grande parte por culpa dele), do sucesso?
Para resumir, digo que isto me preocupa.
Lembra-me outro tempo...
O tempo da homilia salazarenta e do caminho único...
De União Nacional!..
Na Figueira, quase 246 anos depois do seu nascimento, continua a ser oportuno recordar Manuel Fernandes Tomás, "O Patriarca da Liberdade" e da consciência cívica...
Hoje, na sua habitual crónica das segundas-feiras no jornal AS BEIRAS, Teotónio Cavaco, deputado municipal do PSD, fala de Manuel Fernandes Tomaz.
"A morte de Manuel Fernandes Tomaz, a 19 de novembro de 1822, impediu-o de continuar a sua luta em prol de um Portugal mais justo, mais livre, mais elevado, mas também o preservou de assistir à incapacidade dos seus contemporâneos em aplicar as bases da Declaração dos Direitos do Homem, fundamento principal da “sua” Constituição de 1822. Manuel Fernandes Tomaz é reconhecido como o honrado e austero liberal que libertou o nosso País do jugo estrangeiro, liderando uma revolução “que se fez por aclamação, porque ninguém a ela naquele tempo se opôs e foi universalmente recebida e festejada como a restauradora da pública felicidade”, de acordo com José Liberato Freire de Carvalho, e iniciando, com a Constituição de 1822, “a organização jurídica da democracia”, segundo Joaquim de Carvalho. Quase 195 anos após a sua morte, será desapropriado ou demagógico chamar-lhe “o mais ilustre de todos os fi gueirenses”? Nós, como sociedade democrática - a qual está, assim, por imperativo ideológico, baseada em valores (como o da tolerância, da cooperação, do compromisso, por exemplo, conforme nos mostrou Fernandes Tomaz) -, todos juntos, não conseguiremos trabalhar com o intuito de, em 2020, por ocasião do duplo centenário da Revolução-mãe, centrarmos na Figueira da Foz, terra natal de Manuel Fernandes Tomaz, as comemorações nacionais desta épica efeméride?"
"Conseguiremos?", é a pergunta de Teotónio Cavaco.
Pois, eu não sei e tenho muitas dúvidas.
Entretanto, há muita trabalho pela frente.
A Figueira é o berço do Patriarca da Liberdade e uma Terra aberta e disponível para a democracia.
Contudo, isto, da democracia, tem muito que se lhe diga.
Quase 246 anos depois do seu nascimento, como entender e aceitar que tivessem sido impostas e realizadas, por um executivo camarário PS, com maioria absoluta, tendo como presidente de Câmara o Dr. João Ataíde, reuniões camarárias à porta fechada?..
Ele há males que vêm por bem e bens que vêm por mal.
Um destes é a maioria absoluta...Tenham juízo, portanto, no próximo dia 1 de outubro...
Por obra e graça do senhor que ocupa o cargo de presidente da câmara de uma cidade com tradições democráticas e aos vereadores que aprovaram a novidade, pós 25 de Abril de 1974, recordo que na Figueira a primeira reunião de Câmara, em cada mês, ficou vedada à presença de público e imprensa.
Lembro ao eleitorado figueirenses que quem se deixa chicotear, merece-o...
Noto, com preocupação, que na Figueira a Liberdade foi ameaçada e a cidade de Manuel Fernandes Tomaz, PATRIARCA DA LIBERDADE,o mais ilustre de todos os figueirenses, não soube lutar por Ela. Na minha opinião, a começar pela maioria dos eleitos nas últimas eleições. O que não me admira, pois “A QUALIDADE DOS NOSSOS POLÍTICOS É O REFLEXO DO PADRÃO ÉTICO DOS ELEITORES”.
Recordar Manuel Fernandes Thomaz, um figueirense que «fez à Pátria mui relevantes serviços, e morreu pobre» é uma obrigação de todos nós.
Porém, a meu ver, não deve ser apenas no dia 24 de agosto de cada ano: hoje e sempre, "...vale a pena celebrar a liberdade, relembrar a biografia deste figueirense ímpar da História, a dimensão do corajoso e impoluto lutador pela liberdade, um homem livre, honrado e de bons costumes. O seu exemplo persiste e serve de referência ..." [palavras proferidas por José Guedes Correia. Jornal O Figueirense, 27/08/2010, p. 14]
A Figueira é uma terra cruel.
Foi preciso morrer na miséria e na amargura para, postumamente, reconhecerem o devido valor a Manuel Fernandes Tomaz...
"A morte de Manuel Fernandes Tomaz, a 19 de novembro de 1822, impediu-o de continuar a sua luta em prol de um Portugal mais justo, mais livre, mais elevado, mas também o preservou de assistir à incapacidade dos seus contemporâneos em aplicar as bases da Declaração dos Direitos do Homem, fundamento principal da “sua” Constituição de 1822. Manuel Fernandes Tomaz é reconhecido como o honrado e austero liberal que libertou o nosso País do jugo estrangeiro, liderando uma revolução “que se fez por aclamação, porque ninguém a ela naquele tempo se opôs e foi universalmente recebida e festejada como a restauradora da pública felicidade”, de acordo com José Liberato Freire de Carvalho, e iniciando, com a Constituição de 1822, “a organização jurídica da democracia”, segundo Joaquim de Carvalho. Quase 195 anos após a sua morte, será desapropriado ou demagógico chamar-lhe “o mais ilustre de todos os fi gueirenses”? Nós, como sociedade democrática - a qual está, assim, por imperativo ideológico, baseada em valores (como o da tolerância, da cooperação, do compromisso, por exemplo, conforme nos mostrou Fernandes Tomaz) -, todos juntos, não conseguiremos trabalhar com o intuito de, em 2020, por ocasião do duplo centenário da Revolução-mãe, centrarmos na Figueira da Foz, terra natal de Manuel Fernandes Tomaz, as comemorações nacionais desta épica efeméride?"
"Conseguiremos?", é a pergunta de Teotónio Cavaco.
Pois, eu não sei e tenho muitas dúvidas.
Entretanto, há muita trabalho pela frente.
A Figueira é o berço do Patriarca da Liberdade e uma Terra aberta e disponível para a democracia.
Contudo, isto, da democracia, tem muito que se lhe diga.
Quase 246 anos depois do seu nascimento, como entender e aceitar que tivessem sido impostas e realizadas, por um executivo camarário PS, com maioria absoluta, tendo como presidente de Câmara o Dr. João Ataíde, reuniões camarárias à porta fechada?..
Ele há males que vêm por bem e bens que vêm por mal.
Um destes é a maioria absoluta...Tenham juízo, portanto, no próximo dia 1 de outubro...
Por obra e graça do senhor que ocupa o cargo de presidente da câmara de uma cidade com tradições democráticas e aos vereadores que aprovaram a novidade, pós 25 de Abril de 1974, recordo que na Figueira a primeira reunião de Câmara, em cada mês, ficou vedada à presença de público e imprensa.
Lembro ao eleitorado figueirenses que quem se deixa chicotear, merece-o...
Noto, com preocupação, que na Figueira a Liberdade foi ameaçada e a cidade de Manuel Fernandes Tomaz, PATRIARCA DA LIBERDADE,o mais ilustre de todos os figueirenses, não soube lutar por Ela. Na minha opinião, a começar pela maioria dos eleitos nas últimas eleições. O que não me admira, pois “A QUALIDADE DOS NOSSOS POLÍTICOS É O REFLEXO DO PADRÃO ÉTICO DOS ELEITORES”.
Recordar Manuel Fernandes Thomaz, um figueirense que «fez à Pátria mui relevantes serviços, e morreu pobre» é uma obrigação de todos nós.
Porém, a meu ver, não deve ser apenas no dia 24 de agosto de cada ano: hoje e sempre, "...vale a pena celebrar a liberdade, relembrar a biografia deste figueirense ímpar da História, a dimensão do corajoso e impoluto lutador pela liberdade, um homem livre, honrado e de bons costumes. O seu exemplo persiste e serve de referência ..." [palavras proferidas por José Guedes Correia. Jornal O Figueirense, 27/08/2010, p. 14]
A Figueira é uma terra cruel.
Foi preciso morrer na miséria e na amargura para, postumamente, reconhecerem o devido valor a Manuel Fernandes Tomaz...
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