Porém, a Praia da Claridade celebrizada no século XIX, quando o extraordinário desenvolvimento da Figueira da Foz e as condições naturais da paisagem atraíam banhistas de todo o país, celebrizada e imortalizada por Ramalho Ortigão, perdeu encanto e qualidade de vida.
A Figueira dos dias de hoje, é uma cidade e uma construção que se tornou numa catástrofe onde a assimetria e a desconformidade foram levadas ao limite.
E o limite, na Figueira, não é o céu.
Pode ser o simples facto de, na Figueira, ser sempre carnaval.
Na Figueira, esse sonho tem sido possível...
Portanto, nada mais natural, que este executivo camarário - na minha modesta opinião, o pior executivo camarário que geriu os destinos da Figueira da Foz, desde que tenho memória - se sinta na obrigação de mantê-lo e assegurar o engenho e arte de o ir tornando realizável.
A ele, ao carnaval...
E ainda bem que assim pensa quem de direito.
A vida são dois dias, o carnaval são três e a saúde é um estado transitório que não augura nada de bom!
E enquanto o pau vai e vem, folgam as costas.
Viva o carnaval!
A folia, mesmo que artificial, e o bom humor, são duas das melhores peças de vestuário que alguém pode usar na sociedade...