quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Um pôr do sol na outra banda...

foto António Agostinho
Um pôr do sol na outra banda, também é um pôr do sol que nos enche de harmonia. 
Quem é capaz de se sentir irritado ou agreste perante uma maravilha destas?
Porém, o que é bom, nesta vida, ou faz mal ou é pecado!.. 
Por exemplo, podiam resguardar a zona que está nas traseiras desta foto do que lhe faz mal: o desleixo e o abandono a que está votada!..
Mas, quem é que consegue fugir do pecado, quando toca aos valores do "cimento"?
É triste ver numa zona tão nobre, que deve fazer do roteiro turístico concelhio, o desmazelo nas traseiras daquela varanda atlântica.
Os poderes públicos, que têm a obrigação de cuidar e dar um aspecto atraente aos espaços sobre sua responsabilidade, deveriam dar mais atenção àquilo, que com um mínimo de cuidado, seria para sempre recordado por quem nos visita... 
Mas, é o que temos. E, se calhar, também não podemos exigir mais aos merceeiros, com vistas curtas, que governam este concelho... 
Tenhamos esperança. Ontem, já era tarde. Contudo,  talvez amanhã ainda se possa  ir a tempo de cuidar  do espaço nas traseiras daquela varanda debruçada sobre o atlântico, espaço que fica entre o cemitério de Buarcos e o Teimoso!
Os "caixotes" construídos estão lá...
Para quem lá habita, fica o  privilégio de ver o mar aberto a partir de casa. 
Claro que não o  mar total, mas uma parte dele. E como deve ser estimulante acordar e poder olhá-lo, todos os dias vestido de cores diferentes, tal como se os humores o transmutassem. 
E  para quem percebe do assunto, a conjugação do seu aspecto com os ventos do dia, transmite logo que tempo fará nesse dia....

Viva a República


Nota de Rodapé.
Ao contrário do que nos querem fazer acreditar, Portugal não é uma república das bananas! 
(...o clima não ajuda!..)

Gosto de espaços alindados, bem tratadas e cuidados. É só cirandar um pouco, que os encontramos por este concelho afora e adentro, onde menos se espera... A Lagoa da Vela é disso um óptimo exemplo!..

Quem é que diz que, nesta altura, não há coisas lindas na natureza? Bem sabemos, que  este tempo não está para flores, mas a natureza é generosa e sempre linda!  São as flores do tempo e estão aí para que possamos sorrir... Apesar do tempo que passa estar mais para politiquice do que para flores!..
A Lagoa da Vela, situada em Bom Sucesso, Figueira da Foz, está abandonada, poluída e assoreada há décadas. 
A morte de peixes é habitual.  
Uma dádiva da natureza, que apenas precisava de ter sido cuidada ao longo dos anos continua a definhar.
Em 2010, o presidente da Câmara da Figueira da Foz, João Ataíde, defendia que a requalificação da lagoa da Vela devia ser liderada pelo município, junta de freguesia do Bom Sucesso e Administração da Região Hidrográfica do Centro (ARHC).

Anos antes, era o golfe. Em 2004, a autarquia da Figueira da Foz queria ser esclarecida pelo Governo acerca da viabilidade do campo de golfe da Lagoa da Vela, sob pena dos promotores desistirem do projecto.
Como nada se faz, em anos de eleições autárquicas criam-se associações de defesa da Lagoa de Vela (foi assim, por exemplo, em 2013...) compostas por muitos  ex-autarcas, também eles responsáveis pelo abandono dos equipamentos.

Este ano, mais uma vez, foi assim com a criação de mais uma associação, esta composta por ex-autarcas do Bom Sucesso e Ferreira-a-Nova.
Entre os seus membros está apenas uma mulher e não existem jovens!..
Vamos ver se não será, apenas,  rampa de lançamento para as próximas próximas autárquicas?

Para quem não entenda a insignificância das Juntas de Freguesia, aqui está um belo exemplo... 
Temos é de nos concentrar no essencial.
Mas, para isso, era preciso que houvesse a coragem de lutar contra o lobby instalado nos paços do município, onde se decidem os investimentos megalómanos, em vez de se preservar o nosso património e riqueza natural.

... 90 dias (2 meses + 29 dias)?..


Lembram-se da "estória" do americano? 
Entretanto, foi assinado o contrato de empreitada “Mobiliário Urbano para o Concelho –Quiosques”...  
A não esquecer: o prazo de execução da empreitada é de 90 dias!..

terça-feira, 4 de outubro de 2016

Assembleia Municipal lembra-se de Jorge Pires Lobo e Manuel Luís Pata

Via AS BEIRAS

A função do dinheiro, papel sujo, é mesmo esta: ser usado pelos políticos para manter a cidade limpa...

“O primeiro veículo 100% elétrico ao serviço da limpeza urbana na Figueira da Foz, de dimensões reduzidas, está apto a percorrer as mais estreitas vias, recolhendo lixo de papeleiras e efectuando lavagens na espaço urbano, sem poluição sonora ou química.
Pensado especialmente para a zona antiga da cidade, Bairro Novo e Vila de Buarcos, o novo veículo ligeiro de mercadorias, com o custo de 31.355€ (I.V.A. incluído), tem uma capacidade de 500 litros de água e uma autonomia de 80 quilómetros, características que permitem intervir no espaço público de forma discreta e eficaz.”   


Nota de rodapé.
Já entrámos em época baixa...
Que pena o veículo não ter vindo, pelo menos, 3 meses antes.
Esperamos que estejam reunidas as condições para que  no próximo verão não haja ruas nauseabundas e a tresandar a cheiro a urina!..

E se devolvessem a beleza à Figueira?..

Foto  António Agostinho. Mais fotos aqui.
Passear pelas praias, na outra margem – que é onde adoro estar, apesar de ir, quase todos os dias, à cidade... - e não ver as torres da avenida marginal, no outro lado, é impossível!
Aliás, estes imponentes marcos da paisagem figueirense, constituíram a única forma de estragar aquela paisagem magnífica. São verdadeiros marcos que pontilham este horizonte e o marcaram, espero que não para sempre...
Até parece que na Figueira, o bonito é chato.
Mas, pela amostra acima, mais chato, ainda, é ser feio.  
Venceram-nos pelo cansaço.

O espelho de água junto ao Forte de Santa Catarina...

Para ver melhor, clicar nas imagens
Uma crónica de 2014 no Figueira na Hora, constatava que "algo falhou na concepção do espelho de água que  cá se instalou junto ao Forte de Santa Catarina." Pedro Silva, o seu autor, "não sabia se a culpa foi do director, do arquitecto ou do engenheiro."
Decorria o mês de agosto de 2013, véspera de eleições autárquicas, e João Ataíde era um autarca orgulhoso com a inauguração das obras da zona envolvente do Forte de Santa Catarina.
Passados pouco mais de 5 meses, em Dezembro do mesmo ano, o presidente da Câmara da Figueira da Foz incumbiu os serviços das Obras Municipais da elaboração de um relatório sobre o lago do Forte de Santana Catarina.
O documento, explicou João Ataíde, pretendia indagar sobre as “fugas de água, se havia erro de projecto ou se havia que imputar responsabilidades ao construtor”.
Esta obra, recorde-se, teve de ser intervencionada em 2014, para rebaixar o piso, “dois ou três centímetros”, na zona mais alta, para, segundo o vereador Carlos Monteiro, “evitar o desperdício de água com a ondulação”!..
Ainda estou para saber, é se essa intervenção conseguiu resolver o problema da "evaporação, outra das razões apontadas pela edilidade para o elevado consumo de água que se regista no lago!.."
Posso estar enganado, mas pelas fotos de ontem, será que vão novamente fazer obras no espelho de água?..
Se assim acontecer, oxalá que, finalmente, consigam reparar a fuga, para “evitar o desperdício de água com a ondulação” e a "evaporação"!..
Houve tempos, também na Figueira, em que as entidades públicas, através de pequenas, mas insubstituíveis obras, mostravam que se preocupavam com os seus habitantes. 
Hoje, no tempo das obras do regime, tudo é faraónico, tudo é feito para dar no olho e vai-se perdendo a noção daquilo que é realmente necessário. 
São opções de quem foi escolhido pela maioria dos poucos figueirenses que ainda votam, mas, a meu ver, não é este o caminho para se viver melhor cá pela santa terrinha.
Mas, a maioria dos figueirenses é que sabe...
Por mim, limito-me a solicitar que, ao menos, a praga das obras mal feitas, não seja um obstáculo para “devolver à Figueira a excelência de outros tempos”, na perspectiva de João Ataíde que é quem manda e pode.
E quem pode, pode!

À atenção do (ainda) vereador Tavares...

"Houve um comboio literário que foi até Óbidos e o Oeste agradeceu"...

Nota de rodapé.
Este ano, o FOLIO — Festival Literário Internacional de Óbidos fez-se também fora das muralhas da vila histórica. 
Uma parceria firmada entre a organização do evento e a CP permitiu que o festival começasse todos os dias na plataforma da Estação do Rossio, em Lisboa. 
Foi daí que partiu o Comboio Literário, às 10h25 e 17h55, com uma programação especial, que incluía exposições, workshops, livros e poesia. 
Por aqui, será que já não têm noção do que é sempre "mais do mesmo"?..

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

O regulamento de benefícios fiscais de apoio ao investimento...

“Após um processo que demorou demasiado, estiveram em votação dois regulamentos. O que os vereadores eleitos pelo PSD apresentaram há um ano e outro apresentado recentemente pelo executivo socialista, que, obviamente, pela força da maioria, foi aprovado.
É um regulamento sem ambição, que apenas cumpre os mínimos, como é, infelizmente, timbre deste executivo. Para cumprir os objectivos que se exige de um regulamento com este fim, faltou-lhe um golpe de asa.”

Resumindo: na opinião do Miguel Almeida, é “Poucochinho”.

Dizem que é mais um socialista encartado. Será?.. Dizem. Nunca dei por ele...

O Malhão de Águeda é, seguramente, a dança mais popular do centro de Portugal.
Que eu saiba, apenas é suplantada por uma outra dança, esta sim, mais moderna: a dança dos jobs for the boys, muito bem ensaiada e exemplarmente dançada pelos partidos do arco da governação...
No fundo, é uma verdadeira malhação
Nem nisso são originais!  

Leiam esta história publicada no Expresso...

A ligação de Mira a Quiaios é uma estrada? Já foi. Agora é um queijo suíço...
"...de bicicleta do Porto à Figueira da Foz?"
Atentem nas fotos e nas legendas..
Imagens do nosso concelho, é só estradas com buracos...
Nos outros concelhos, ciclovias e alcatrão!
Figueira, Figueira da Foz... cidade cosmopolita, que já foi a Rainha das Praias de Portugal!.. A tal Praia da Claridade, que transformaram em Praia da Calamidade!

Não digam que os alertas vêm dos profetas da desgraça...

Confesso que é algo que não domino. 
Portanto, longe de mim, estar para aqui  a brincar com um assunto tão sério, de forma leviana...
Parece-me, no entanto, que  vale a pena dar atenção a isto.
Imobiliário chinês é a “maior bolha da História”
Bancos de todo o mundo mundo, preparai-vos para ser resgatados...

Se fazes tudo por falhar e consegues, foi um fracasso ou um sucesso?..

Serviços de consultoria financeira
Data de celebração do contrato 17-05-2016
Preço contratual 14.960,00 €
Prazo de execução 180 dias (5 meses e 27 dias)"
Nota de rodapé.
Registe-se, que a Figueira no ano da graça de 2016, é o concelho que lidera a taxa de desemprego no distrito de Coimbra!..
É obra! Em frente...

domingo, 2 de outubro de 2016

Um artista em bicos de pés...

Para Passos Coelho e para o artista ao seu lado direito, a fome e a subsistência abaixo dos níveis mínimos reconhecidos pelas instituições nacionais e internacionais não são uma indignidade porque para eles não existem os conceitos de humanidade e de respeito pelos seus concidadãos. Felizmente que nos livrámos de gente tão indigna...
De Pedro Passos Coelho, primeiro-ministro, em 25 de Outubro de 2011: "Não vale a pena fazer demagogia sobre isto, nós sabemos que só vamos sair desta situação empobrecendo - em termos relativos, em termos absolutos [...]" ao que se seguiram 4 anos de Governo Pedro Passos Coelho/ Paulo Portas/ Cavaco Silva, que não tinha um "modelo de baixos salários para o país" e com os sacrifícios distribuídos "equitativamente" entre os mais pobres, que ficaram 25% ainda mais pobres, para Pedro Passos Coelho, primeiro-ministro no exílio, em 2 de Outubro de 2016 a acusar o Governo e construir uma "sociedade mais pobre e mais injusta". Qual Governo?

daqui

Peniche

Prisão política, por João Taborda da Gama: alguém de direita, a escrever o óbvio no Diário de Notícias...  
«Preservar património é dever. Concessionar monumentos é necessidade. Fazer um hotel no Forte de Peniche é barbárie. (…) 
É preciso poder ir ao forte, estar por lá, deambular nas celas, no recreio, sem bares de gin tónico nem massagens ayurvédicas, ouvir o vento, ouvir o mar, como ao menos ouviam os que lá estavam, e perceber, por fim, a irredutibilidade da liberdade.» 

Controlo de praga!..


Quem disse que a Figueira não é concelho tropical?.. 
Pelo menos, temos vegetação própria dessas paragens! 
Olhem bem para a foto. 
Desde já sublinho que me refiro às palmeiras.
Isto, antes que apareçam comentários laterais ao assunto em causa.... 
Viva então o tropicalismo figueirense. 
E a saúde que respiram as palmeiras figueirenses!..

A inovação figueirense: um presidente de visão está sempre à frente do comum dos mortais que apenas consegue ter visões...

"O que dizer? Vamos esperar pelos catos, piteiras, vegetação xerofila, uns pinheiros mansos, uns arbustos dão jeito (as casa de banho publicas estão fechadas), e depois é a loucura total.-Verão todo o ano com farnel, melão e garrafão, na mega antepraia vai ser Figueira sunset party. Turismo segmento alforge. 
PS- afinal ate tenho que dizer - as mesas até que são giras e o material é do melhor, duram de certeza mais do que três mandatos. Sustentabilidade."
Um comentário de João Paredes, no facebook, a uma foto de António Flórido.

Nota de rodapé.
A Figueira é uma  cidade especial e  engraçada. Continua uma urbe peculiar, única, que vegeta numa espécie de limbo muito seu.
A  sua  localização geográfica e a nostalgia de que foi, é, e há-de continuar a ser - um destino turístico de excelência - tornou-a   permeável e  dependente do exterior.
No principio do século passado, sobretudo dos visitantes espanhóis e dos banhistas de alforge portugueses; agora, de todos...
Por isso, adora que  a  visitem.
Como raramente lhe  prestam atenção, gosta de receber bem e  de impressionar com aquilo que tem  de peculiar: simpatia, gastronomia, serra, rio, mar e (agora) praia com mesas dignas de um parque de merendas de Aldeia, para servir o tal "turismo segmento alforge"...
A Figueira é pequena cidade, onde  o tipicismo das suas gentes pode ser incorporado como uma mais valia turística. 
Acrescenta-se vida numa  zona turística de renome e de excelência como é a nossa praia e promove-se um convívio sadio entre visitantes figueirenses, criando-se assim um conceito inovador e um modo bem diferente de fazer turismo.