sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

5.ª edição do “Maior Sunset de Sempre, RFM SOMNI”, que se vai realizar de 8 a 10 de Julho na Praia do Relógio da Figueira da Foz

100, 200 mil, são apenas números.
A mim dão-me jeito para adormecer. Não adormeço mas, tal como os jornais, descubro números incríveis. 
Sunset quer dizer, na língua portuguesa, pôr do sol, decadência, ocaso...
Por outra palavras, o outro lado do espelho e ao mesmo tempo o reflexo, ensolarado, dos restantes dias do ano na Figueira.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Que agradável descoberta: Fernando Campos, um talentoso blogger, um mestre nos bonecos e um especialista em futebol!

Johan Cruyff, "talvez, o melhor jogador de futebol de todos os tempos", desenhado pelo Fernando Campos
"O futebol é mesmo como a vida. Pode ser a miséria nefanda, rotineira e mercenária que se vê todos os dias na televisão; mas também pode ser algo magnífico, generoso e belo, que realmente valha a pena pelo simples prazer do jogo. Mas é mais raro."
Para mim, que estou a milhas do talento do Fernando, futebol já foi paixão, agora é divertimento. 
E pronto. Quem gosta, gosta... Quem não gosta, não gosta... Aliás, não costumo discutir gostos...
Até há quem goste do  Mateus rosé!.. 
No entanto, para mim que gosto de vinho, o Mateus rosé é um vinho de merda...
Em Portugal, os portugueses dividem-se em dois tipos. Os que percebem de futebol; e os que não percebem de futebol
Portugal é dos portugueses. E os portugueses somos muitos. Muito diferentes. Essa é uma das nossas riquezas.
Em Espanha, todos os 22 jogadores fazem o sinal da cruz antes de entrar no campo. Se funcionasse, seria sempre empate."
Que agradável surpresa...
Ainda bem que o Fernando escreve assim sobre futebol. E sobre a vida...

A espuma dos dias...

Um título de primeira página, com pompa e circunstância, para a fotografia, dado à estampa esta semana na imprensa figueirense: "Figueira prepara adaptação do município às alterações climáticas".
Para abreviar e resumir, anotei da página 3, AS DEZ PRIORIDADES ESTUDADAS NO MUNICÍPIO!
Passo a citar:
"1. Constituição de equipa municipal multidisciplinar para estudar estratégias  
2. Alimentação artificial das praias a sul  
3. Criação de cadastro rural  
4. Introdução nos instrumentos de gestão de território de normas que evitem edificação em          zonas de risco  
5. Dinamização da bolsa de terras para uso de terrenos abandonados  
6. Introdução de melhores práticas no planeamento e gestão de bens naturais municipais  (parque arbóreo e zonas verdes)  
7. Aumentar a resiliência da floresta aos incêndios com introdução de espécies adequadas  
8. Aumentar a resistência dos sistemas dunares  
9. Prever a criação de um sistema de deteção e gestão municipal 
10. Protecção da ilha da Morraceira e das Lagoas da Vela e das Braças."

É óbvio que qualquer cidadão, minimamente informado e preocupado, perante o quadro actual de vulnerabilidades e as previsões climáticas,  concorda que a erosão costeira e os incêndios florestais são as maiores preocupações no concelho da Figueira da Foz. 

Curiosamente, porém, a Câmara da Figueira ainda recentemente iniciou obras de Concepção (ideias)/Requalificação e Reordenamento da Praia e Frente de Mar da Figueira da Foz e Buarcos onde vai gastar 2 milhões de euros, praia da Figueira essa, cujas areias são necessárias para repor as praias do sul!.. 
Isto é gestão integrada e sustentável da zona costeira entre as diversas entidades públicas?
Por outro lado, que ideia peregrina é essa da municipalização do areal da praia que está na mente dos responsáveis pela autarquia figueirense?

Cito MANUEL LUÍS PATA, ("um modesto marítimo figueirense que sempre amou a sua Terra e sempre sofreu com as consecutivas asneiras que LHE foram feitas ao longo da sua longa vida") e pergunto "se alguma empresa privada arriscaria o seu capital nessas obras; porém, já não temos a mesma opinião sobre as mentalidades administrativas do Estado, porque os dinheiros a gastar são do erário público e ninguém exige responsabilidades pelas enormes asneiras que se têm cometido no nosso degradado país, sendo a Figueira uma das grandes vítimas, porque há asneiras que vão servindo de suporte às novas asneiras."

Nesta tarefa diária de comentar a "espuma dos dias", muitas vezes, esquecermos o que provoca essa espuma que tenta submergir-nos. 
Nem sempre comentamos o que é importante para a vida dos cidadãos. 
Mas, será que isso existe para quem manda na Figueira? 
Para eles, o que conta verdadeiramente não são as obras de fachada realizadas ao sabor e de harmonia com os calendários eleitorais?

E pronto. Esta é, apenas, mais  uma postagem simples que por aqui fica. 
Sem a grandeza das opiniões dos intelectuais no poder, no fundo os que definem,  põem em prática e gastam o nosso caroço com as suas ideias e conveniências políticas. 
É, contudo, uma história que atormenta os meus dias. 
Desculpem se incomodei alguém importante com mais esta banalidade que me incomoda e preocupa.
Voltarei certamente a este assunto um dia destes.
Citando Rui Curado da Silva, "precisamos de ir muito mais além nas políticas ambientais municipais."

Porque a memória costuma ser curta...

... fica uma curta reflexão sobre as pensões.

"O governo PSD/CDS-PP fez opções políticas que tiveram impacto significativo sobre as pensões dos portugueses que, na maioria dos casos, descontaram uma vida inteira para verem ser-lhes retirado o que era seu por direito. O PS, em campanha, prometeu mais do que agora está a dar, é certo, mas entre um aumento de meia-dúzia de tostões e o corte de 600 milhões de euros que o anterior governo se preparava para aplicar, quer-me parecer que a maioria dos portugueses preferirá a primeira opção. E não deixa de ser curioso que aqueles que ontem procuravam aumentar ainda mais os cortes sobre as pensões venham agora falar em justiça social e hipocrisia
Que grande lata!"

Em tempo.

Porque a memória costuma ser curta, recorde-se que o PPD/PSD até já foi do tempo em que a "SOCIAL-DEMOCRACIA QUE DEFENDIA VISAVA A CONSTRUÇÃO IRREVERSÍVEL DO SOCIALISMO"!
Hoje é difícil perceber o que realmente será. 
Nuns dias é liberal, noutros vive pendurado na manjedoura estatal, por vezes e conservador e quando a coisa corre mal abre uma gaveta na São Caetano, sacode o pó e tira de lá a social-democracia. 
Tem dias em que é mais troikista do que a Troika mas se as eleições estiverem à porta corre a distribuir aumentos e nomeações na função pública. 
Em campanha compromete-se a não aumentar impostos, chegado ao poder impõe um brutal aumento da carga fiscal e, regressado à oposição, indigna-se com todo e qualquer aumento de impostos. 
As contradições, tal como as orientações ideológicas, multiplicam-se e a indefinição é absoluta. 
Alguém me explica que PSD é este?

Peter Pereira - fotojornalista natural da Cova Gala... *

*“Vivi nos Estados Unidos a maior parte da minha vida, mas tenho orgulho de ser português, de promover o país o quanto posso e vou sempre considerar-me português”.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

E o acordo da esquerda não há meio de colapsar!

"Os juros da dívida e a direita ressabiada em depressão colectiva"...

«Social-Democracia Sempre!»

Impacto, nas crianças e jovens, de cortes em mínimos sociais ao longo dos últimos quatro anos. Num contexto de aumento muito significativo da pobreza e do desemprego. Os gráficos dispensam grandes comentários, não acha Dr. Pedro Passos Coelho?
Daqui

José Afonso

Ontem, com um estranho silêncio, passaram 29 anos sobre a morte do cantor e compositor José Afonso, uma das maiores referências da música popular portuguesa.
Falecido a 23 de Fevereiro de 1987, com 57 anos, Zeca Afonso, como também é conhecido, começou a sua carreira com a gravação de fados e baladas de Coimbra. Porém, viria a ser pela interpretação de canções, onde a mensagem era tão importante quanto a melodia, que ficaria a ser conhecido.
Ainda antes do 25 de Abril, gravou em Londres, Madrid e Paris, sempre tendo em atenção a realidade portuguesa, álbuns como «Traz Outro Amigo Também», «Cantigas do Maio», «Eu vou ser uma toupeira» e «Venham Mais Cinco».
Um mês antes da revolução, o cantor interpretou «Grândola, Vila Morena» no Coliseu de Lisboa, ao lado de Adriano Correia de Oliveira, Fernando Tordo e Manuel Freire.
Em 1983, já numa fase avançada da sua doença, regressou ao Coliseu de Lisboa para o seu último espectáculo. As homenagens multiplicaram-se e foi condecorado com a Ordem da Liberdade.
Dois anos depois, Zeca Afonso edita o seu último disco, "Galinhas do Mato", no qual, devido ao estado da doença, não consegue interpretar todas as músicas previstas.
Actualmente, muitas das músicas de Zeca Afonso continuam a ser gravadas por diversos artistas portugueses e estrangeiros. A sua obra continua a ser reconhecida e apreciada. E merece ser ouvida.

A incoerência...

No encerramento do debate de ontem, houve troca de críticas entre Governo e a oposição. 
O executivo disse que o plano B é executar o orçamento com rigor. Passos Coelho disse que o Orçamento do PS é mau.
Foi a justificação apresentada pelo PSD e por Passos Coelho para justificar o voto contra
Se o PSD chumbou o OE2016 porque, no seu entendimento, é mau, logo, está justificado do seu ponto de vista o chumbo.
Contudo, na mesma lógica, como é que o PSD justifica o voto a favor dos Orçamentos que apresentou para 2012, 2013, 2014 e 2015, muito piores que o de 2016?..
Passos Coelho tem algo que o distingue: mantém a incoerência. A incoerência fica-lhe tão bem que, às vezes, até parece coerência!
Quando é que Passos  e a direita vai aceitar o óbvio?
Passos Coelho continua com o crachá da bandeira nacional ostentado na lapela.
Mais uma vez, a sua incoerência é coerente com a sua natureza impostora. 
Tenta mostrar a imagem daquilo que não é - um patriota -  fiel ao princípio de que, nesta república de imbecis, as aparências realmente iludem e atraem simpatias e votos…

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

UMA NOTÍCIA DE 23 DE FEVEREIRO DE 2016!..

Acórdão inédito multa Cavaco Silva em 700 euros!..
O Presidente da República é apenas um dos ex-candidatos presidenciais, multados pelo Tribunal Constitucional por irregularidades nas contas das campanhas das presidenciais de 2011...

PASSO A PASSO ATÉ AO PASSOS FINAL...

Esta tarde, Passos Coelho, no encerramento do debate do Orçamento do Estado para 2016, disse que é "o principal elemento de união" da esquerda!..
Pedro Passos Coelho continua  em campanha eleitoral. 
E em campanha vale tudo. 
Chamem-lhe populista. 
Ele quer lá saber...

O contador de estórias emocionantes

Durão Barroso: 
"Agora não sou da política e o meu nível de sinceridade está sempre a aumentar".
Este “senhor da guerra”, que foi líder do PSD, nunca percebeu o que um dia foi dito por Francisco Sá Carneiro:
“Não há nada que pague a sinceridade na acção política, como em tudo”.
“Saber estar e romper a tempo, correr os riscos da adesão e da renúncia, pôr a sinceridade das posições acima dos jogos pessoais, isso é política que vale a pena”.

Não era a Paulo Portas que a verdade submarina costumava vir à tona?..

Passos Coelho abandonou, por minutos, de forma ostensiva, o hemiciclo depois de um ataque violento do primeiro-ministro sobre o que o presidente do PSD terá dito, "lá fora", sobre o Orçamento do Estado. António Costa sugeriu mesmo que Passos, "com a sua voz maviosa", andou a dizer que tinha convencido os seus parceiros para serem meigos com Portugal.
A sonoridade ambígua da palavra motivou protestos entre deputados do PSD e do CDS, mas "voz maviosa" significa ser "agradável, suave, doce, terna"...

Foi neste momento que Passos Coelho saiu da sala...

Poema de um anónimo chinês

Nasce o sol trabalhamos 
Põe-se o sol descansamos. 
Cavamos um poço, para beber, 
Lavramos um campo, p´ra comer: 
O imperador e o seu poder... 
- Queremos lá saber! 

Um caso de estudo

Alerta Costeiro 14/15

Falar do medo...

Parece que, a avaliar pelo relato do Diário de Coimbra, há gente «com medo no Bairro Social de Brenha».
Um grupo de moradoras do Bairro Social de Brenha esteve ontem na reunião de Câmara a manifestar os seus temores pela alegada «insegurança», que sentem no local onde habitam. «Tenho medo de sair à rua, alguém tem de fazer alguma coisa», dizia uma das senhoras, falando nas «ameaças» de que tem sido alvo e dos «seis pneus cortados à navalhada», nas duas viaturas da sua família. «Há vandalismo, ninguém cuida de nada e toda a gente estraga», afirmou.
Quem viveu em ditadura, sabe que o medo, em democracia, combate-se falando alto e bom som, coisa que não se podia fazer durante a ditadura, com imprensa silenciada. 
Mas o medo existe também em democracia.
Por exemplo, além doutros medos, existe o  medo de «perder o emprego». Tal acontece porque  talvez  o emprego tenha sido oferecido em troca de silêncio (regra de ouro do sistema «job for the boys»)... 
O medo é um dos inimigos da democracia; deve combater-se com coragem e dignidade.  
Se têm medo, falem, como fez este grupo de moradoras do Bairro Social de Brenha.

O resultado de 2015 pode ter sido o pior dos últimos três anos...

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Paço de Maiorca:um «crime financeiro» e «negócio ruinoso», mas (digo eu...), «com charme»!.. (2)

foto sacada daqui
"Há 18 anos a câmara municipal decidiu, por unanimidade, adquirir o paço de Maiorca. Nos meses seguintes à compra fizeram-se obras de recuperação do edifício e jardins e, em 1999, foi aberto ao público.
Nos belíssimos jardins do Paço, realizaram-se os Encontros Internacionais de Música de Maiorca, assim como, espectáculos de arte equestre, que constituíram um enorme sucesso. Infelizmente, o espírito que presidiu à ideia de Pedro Santana Lopes quando decidiu a sua compra, foi-se esboroando com o passar do tempo.
Em 2004 o Paço é encerrado ao público e inicia-se o caminho para transformação num hotel de charme. O edifício passa para a posse de uma empresa criada entre a Figueira Grande Turismo e o grupo Quinta das Lágrimas e em 2009, iniciam-se as obras para converter o Paço em hotel.
Durante o decorrer dos trabalhos é decretada a insolvência do empreiteiro e a obra parou uns meses. Retoma sobre orientação da empresa de fiscalização e em 2011 a câmara decide mandar parar por imbróglios jurídicos e financeiros e falta de entendimento com o parceiro de negócio. Ou seja, depois de investidos 4.2 milhões de euros e faltando 1 milhão para terminar, a obra para, e está há cinco anos sem qualquer cuidado na preservação do investimento realizado.
Uma coisa é ser contra, tal como eu, do modelo de negócio que se criou, mas coisa diferente é a irresponsabilidade de não cuidar do investimento já efectuado. Este executivo já leva seis anos de mandato, parece-me tempo suficiente para encontrar uma solução definitiva para o Paço."
O Paço, uma crónica de Miguel Almeida, hoje publicada no diário AS BEIRAS.

Em tempo.
Será que os figueirenses já esqueceram que o negócio do Paço de Maiorca e a ruinosa parceria público-privada com a Quinta das Lágrimas, são da responsabilidade de executivos municipais PSD, liderados pelo dr. Santana Lopes e pelo falecido eng. Duarte Silva?.. 
Recordando Nelson Fernandes, em novembro de 2012. 
“Tudo isto sem dúvida que correu bem para a Quinta das Lágrimas. Isto é um buraco para a Câmara mas não é o pior. Isto é um padrão do que aconteceu no mandato anterior. Parceiros há aí aos montes, é preciso é escolhê-los bem como fizeram no mandato anterior”.
Miguel Almeida, que eu conheço há longos e bons anos, sempre viu a política como um negócio de ocasião. 
Naquilo que fez, sempre foi competente.
Como é um democrata e um espírito aberto, nunca deixa de colocar a possibilidade de negociar com a concorrência directa as hipóteses de negócio. 
Miguel Almeida, no fundo é um empresário de sucesso, num mundo sem futuro, para aqueles que não encaram a política como um negócio de ocasião.