foto sacada daqui |
Nos belíssimos jardins do Paço, realizaram-se os Encontros Internacionais de Música de Maiorca, assim como, espectáculos de arte equestre, que constituíram um enorme sucesso. Infelizmente, o espírito que presidiu à ideia de Pedro Santana Lopes quando decidiu a sua compra, foi-se esboroando com o passar do tempo.
Em 2004 o Paço é encerrado ao público e inicia-se o caminho para transformação num hotel de charme. O edifício passa para a posse de uma empresa criada entre a Figueira Grande Turismo e o grupo Quinta das Lágrimas e em 2009, iniciam-se as obras para converter o Paço em hotel.
Durante o decorrer dos trabalhos é decretada a insolvência do empreiteiro e a obra parou uns meses. Retoma sobre orientação da empresa de fiscalização e em 2011 a câmara decide mandar parar por imbróglios jurídicos e financeiros e falta de entendimento com o parceiro de negócio. Ou seja, depois de investidos 4.2 milhões de euros e faltando 1 milhão para terminar, a obra para, e está há cinco anos sem qualquer cuidado na preservação do investimento realizado.
Uma coisa é ser contra, tal como eu, do modelo de negócio que se criou, mas coisa diferente é a irresponsabilidade de não cuidar do investimento já efectuado. Este executivo já leva seis anos de mandato, parece-me tempo suficiente para encontrar uma solução definitiva para o Paço."
O Paço, uma crónica de Miguel Almeida, hoje publicada no diário AS BEIRAS.
Em tempo.
Será que os figueirenses já esqueceram que o negócio do Paço de Maiorca e a ruinosa parceria público-privada com a Quinta das Lágrimas, são da responsabilidade de executivos municipais PSD, liderados pelo dr. Santana Lopes e pelo falecido eng. Duarte Silva?..
Recordando Nelson Fernandes, em novembro de 2012.
“Tudo isto sem dúvida que correu bem para a Quinta das Lágrimas. Isto é um buraco para a Câmara mas não é o pior. Isto é um padrão do que aconteceu no mandato anterior. Parceiros há aí aos montes, é preciso é escolhê-los bem como fizeram no mandato anterior”.
Miguel Almeida, que eu conheço há longos e bons anos, sempre viu a política como um negócio de ocasião.
Naquilo que fez, sempre foi competente.
Como é um democrata e um espírito aberto, nunca deixa de colocar a possibilidade de negociar com a concorrência directa as hipóteses de negócio.
Miguel Almeida, no fundo é um empresário de sucesso, num mundo sem futuro, para aqueles que não encaram a política como um negócio de ocasião.
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