sexta-feira, 30 de outubro de 2015
quinta-feira, 29 de outubro de 2015
Assis: nada de novo...
Curiosa, no mínimo, a análise de Francisco Assis sobre a actuação do PCP e BE na vida democrática.
Ora foi determinante: "os deputados do PCP e do Bloco de Esquerda contribuíram para a tomada de decisões parlamentares da maior relevância pública. Foram determinantes para derrubar governos, concorreram para a aprovação de legislação de inegável importância, participaram activamente no processo de fiscalização da acção executiva".
Ora foi irrelevante: "a extrema-esquerda parlamentar optou deliberadamente por um acantonamento político impeditivo de qualquer participação não só na esfera estrita da governação, como no horizonte mais vasto de definição das grandes prioridades".
Afinal,em que ficamos senhor Assis?
Cavaco Silva, pelos vistos, não está só, nem é o principal agente a pretender dividir o PS para atingir os seus objectivos.
Leiam o artigo de Francisco Assis, no Público de hoje. No que está lá escrito, vê-se que existe, dentro do PS, um ponta de lança, de seu nome Francisco Assis, à espera do falhanço de Costa...
O sentido deste senhor Assis sempre foi este: direita, direita, direita, direita, direita, direita, direita, direita, direita, direita, direita, direita, direita, direita, direita…
Ora foi determinante: "os deputados do PCP e do Bloco de Esquerda contribuíram para a tomada de decisões parlamentares da maior relevância pública. Foram determinantes para derrubar governos, concorreram para a aprovação de legislação de inegável importância, participaram activamente no processo de fiscalização da acção executiva".
Ora foi irrelevante: "a extrema-esquerda parlamentar optou deliberadamente por um acantonamento político impeditivo de qualquer participação não só na esfera estrita da governação, como no horizonte mais vasto de definição das grandes prioridades".
Afinal,em que ficamos senhor Assis?
Cavaco Silva, pelos vistos, não está só, nem é o principal agente a pretender dividir o PS para atingir os seus objectivos.
Leiam o artigo de Francisco Assis, no Público de hoje. No que está lá escrito, vê-se que existe, dentro do PS, um ponta de lança, de seu nome Francisco Assis, à espera do falhanço de Costa...
O sentido deste senhor Assis sempre foi este: direita, direita, direita, direita, direita, direita, direita, direita, direita, direita, direita, direita, direita, direita, direita…
Conselhos...
O Olívia Ribau, no estuário do Mondego, numa foto de António Agostinho desta manhã, cerca das 9 horas. Mais fotos aqui. |
Crónica de Rui Curado da Silva publicada no jornal AS BEIRAS.
Uma conversa comigo...
Escrever este blogue, para mim, é uma coisa normal.
Desde sempre me fascinou o desafio da página em branco.
Ainda mais, quando nada me obriga a fazê-lo.
Eu sei que na Aldeia, escrever publicamente é perigoso.
Não tenho, como nunca tive, medo de me manifestar, através da opinião e do testemunho.
Não sou isento. Aliás, ninguém é isento. Todos fazemos escolhas. Todos tomamos partido. Uns, de forma mais serena, outros de forma mais ponderada.
Mas, nos tempos conturbados e perigosos que vivemos, não ter medo, salvo raras excepções, não é um estado de espírito inato. Resulta de uma aprendizagem de anos, na qual as nossas relações com os outros e a Aldeia global em que vivemos, nos foi construindo a pessoa que somos permanentemente em construção.
Escrito isto, que fique claro que não pretendo, nem acredito, que a minha opinião mude algo na minha Aldeia, na minha cidade, no meu país ou à face da terra.
A minha motivação é simples e singela: limita-se, apenas, a desabafar, a partilhar emoções, ou criticas azedas, ao que nos vai acontecendo, por culpa de quem decide por nós o rumo das nossas vidas.
A minha escrita, por aqui, é, sobretudo, uma conversa comigo. No fundo, ando por aqui a aliviar o corpo, o espírito e a alma.
Confesso que tenho dificuldade em engolir e calar, quando ouço o homem que está há mais tempo na política nacional afirmar isto: "como sabem nunca tive nem tenho qualquer interesse pessoal, desde o primeiro dia do meu mandato, até ao último dia do meu mandato guiar-me-ei sempre, sempre, sempre pelo superior interesse nacional".
"Não que a narrativa tenha alguma novidade, é velha de mais e é a cara do sujeito. Estamos todos carecas de saber que, sempre escondido atrás do interesse nacional, não dá um único passo sem saber se é bom ou mau para o seu umbigo. Estamos todos fartinhos de saber que o político no activo que mais tempo de vida política leva, que há trinta e tal anos não faz outra coisa que não carreira política, não é político. Mas está acima deles, e abomina-os. Sabemos todos muito bem que ainda está para nascer alguém mais sério, mesmo que do seu lastro tenham saído muitos dos intérpretes dos maiores crimes de colarinho branco que o país conheceu. Todos - repito, todos - impunes!
Apenas porque quer fazer de nós testemunhas forçadas da sua narrativa. Já não se limita a repeti-la até á exaustão, vai mais longe. Já passou a fase da mentira que por tão repetida passa a verdade. Depois de tão repetida, a sua narrativa já não é apenas verdadeira, é indesmentível, sobejamente confirmada, e amplamente testemunhada."
"Como sabem". Como sabemos...
Termino com uma citação de Albert Camus. "Quando se medita muito sobre o homem, por ofício ou vocação, acontece-nos sentirmos nostalgia dos primatas. Esses ao menos não têm segundas intenções."
Desde sempre me fascinou o desafio da página em branco.
Ainda mais, quando nada me obriga a fazê-lo.
Eu sei que na Aldeia, escrever publicamente é perigoso.
Não tenho, como nunca tive, medo de me manifestar, através da opinião e do testemunho.
Não sou isento. Aliás, ninguém é isento. Todos fazemos escolhas. Todos tomamos partido. Uns, de forma mais serena, outros de forma mais ponderada.
Mas, nos tempos conturbados e perigosos que vivemos, não ter medo, salvo raras excepções, não é um estado de espírito inato. Resulta de uma aprendizagem de anos, na qual as nossas relações com os outros e a Aldeia global em que vivemos, nos foi construindo a pessoa que somos permanentemente em construção.
Escrito isto, que fique claro que não pretendo, nem acredito, que a minha opinião mude algo na minha Aldeia, na minha cidade, no meu país ou à face da terra.
A minha motivação é simples e singela: limita-se, apenas, a desabafar, a partilhar emoções, ou criticas azedas, ao que nos vai acontecendo, por culpa de quem decide por nós o rumo das nossas vidas.
A minha escrita, por aqui, é, sobretudo, uma conversa comigo. No fundo, ando por aqui a aliviar o corpo, o espírito e a alma.
Confesso que tenho dificuldade em engolir e calar, quando ouço o homem que está há mais tempo na política nacional afirmar isto: "como sabem nunca tive nem tenho qualquer interesse pessoal, desde o primeiro dia do meu mandato, até ao último dia do meu mandato guiar-me-ei sempre, sempre, sempre pelo superior interesse nacional".
"Não que a narrativa tenha alguma novidade, é velha de mais e é a cara do sujeito. Estamos todos carecas de saber que, sempre escondido atrás do interesse nacional, não dá um único passo sem saber se é bom ou mau para o seu umbigo. Estamos todos fartinhos de saber que o político no activo que mais tempo de vida política leva, que há trinta e tal anos não faz outra coisa que não carreira política, não é político. Mas está acima deles, e abomina-os. Sabemos todos muito bem que ainda está para nascer alguém mais sério, mesmo que do seu lastro tenham saído muitos dos intérpretes dos maiores crimes de colarinho branco que o país conheceu. Todos - repito, todos - impunes!
Apenas porque quer fazer de nós testemunhas forçadas da sua narrativa. Já não se limita a repeti-la até á exaustão, vai mais longe. Já passou a fase da mentira que por tão repetida passa a verdade. Depois de tão repetida, a sua narrativa já não é apenas verdadeira, é indesmentível, sobejamente confirmada, e amplamente testemunhada."
"Como sabem". Como sabemos...
Termino com uma citação de Albert Camus. "Quando se medita muito sobre o homem, por ofício ou vocação, acontece-nos sentirmos nostalgia dos primatas. Esses ao menos não têm segundas intenções."
quarta-feira, 28 de outubro de 2015
Mas o que é que isso interessa?... De Cavaco já alguma coisa interessa?..
Cavaco não se arrepende de "uma única linha" do que disse...
Porque é que eu não estou assim tão confiante?...
A Figueira tem tido azar com as escolhas que os partidos têm feito para presidente de câmara.
Quando o PSD escolheu "um peso pesado", escolheu um profissional da política.
Quando o PSD e o PS escolheram "independentes", ficámos onde nos encontramos: no limbo, que é uma excelente e interessante maneira de não ser "nem carne, nem peixe".
Gere-se à vista, faz-se qualquer coisa, vai-se andando...
Tivemos a actual maioria absoluta da vereação camarária de um partido de Esquerda, o PS, a tomar decisões liberais que nenhum outro, PSD e anteriores vereações PS, ousou tomar.
Refiro-me, muito concretamente, às reuniões à porta fechada.
Imaginem o que seria uma gestão PSD a implementar uma medida destas na Figueira?
Seria combatida e criticada como uma tomada de decisão de direita.
Como foi o PS, foi considerada e aceite pela maioria dos figueirenses, como uma medida de oportunidade, qualificada mais de centro, ou mais de esquerda.
Depende dos "oportunistas"...
Ontem, ficámos a conhecer o frágil governo de Cavaco Silva, de Passos Coelho e de Paulo Portas, no fundo o governo que interessava a António Costa.
Espero que esta venha a ser a situação que venha a interessar à maioria de nós...
Quando o PSD escolheu "um peso pesado", escolheu um profissional da política.
Quando o PSD e o PS escolheram "independentes", ficámos onde nos encontramos: no limbo, que é uma excelente e interessante maneira de não ser "nem carne, nem peixe".
Gere-se à vista, faz-se qualquer coisa, vai-se andando...
Tivemos a actual maioria absoluta da vereação camarária de um partido de Esquerda, o PS, a tomar decisões liberais que nenhum outro, PSD e anteriores vereações PS, ousou tomar.
Refiro-me, muito concretamente, às reuniões à porta fechada.
Imaginem o que seria uma gestão PSD a implementar uma medida destas na Figueira?
Seria combatida e criticada como uma tomada de decisão de direita.
Como foi o PS, foi considerada e aceite pela maioria dos figueirenses, como uma medida de oportunidade, qualificada mais de centro, ou mais de esquerda.
Depende dos "oportunistas"...
Ontem, ficámos a conhecer o frágil governo de Cavaco Silva, de Passos Coelho e de Paulo Portas, no fundo o governo que interessava a António Costa.
Espero que esta venha a ser a situação que venha a interessar à maioria de nós...
NAVAL VAI ENTREGAR RECEITA DO JOGO DE SOLIDARIEDADE ÀS FAMILIAS DOS PESCADORES MORTOS NO NAUFRÁGIO DO OLIVIA RIBAU
A Direcção da Associação Naval 1º de Maio promove sábado, dia 31, pelas 12 horas, na sua sede do Estádio Municipal Bento Pessoa um encontro com os familiares dos pescadores falecidos no Naufrágio do arrastão "Olívia Ribau" ocorrido no passado dia 6 de Outubro, para a entrega do valor apurado na causa de solidariedade promovida pela equipa figueirense no decorrer do encontro com o Paços de Ferreira inserido na III Eliminatória da Taça de Portugal.
O valor apurado na receita do citado encontro foi de 5.425.00€ importância que poderá ter de ser corrigida face à eventualidade desta esta importância ser passível de ser taxada com IVA, aguardando os dirigentes figueirenses o parecer da Federação Portuguesa de Futebol.
O valor apurado na receita do citado encontro foi de 5.425.00€ importância que poderá ter de ser corrigida face à eventualidade desta esta importância ser passível de ser taxada com IVA, aguardando os dirigentes figueirenses o parecer da Federação Portuguesa de Futebol.
Via Marcha do Vapor
terça-feira, 27 de outubro de 2015
Tradição – favores, pagam-se com favores...
Cá está ela outra vez, a tradição, a tal que muitos queriam ver a subordinar a Constituição da República Portuguesa.
Vejam o que disse o catedrático de Coimbra João Calvão Silva, especialista em direito bancário, no parecer que escreveu sobre Ricardo Salgado para que este o entregasse ao Banco de Portugal para obter o reconhecimento da idoneidade perdida: "a oferta de 14 milhões de euros do empresário José Guilherme a Ricardo Salgado justifica-se com o “bom princípio geral de uma sociedade que quer ser uma comunidade – comum unidade –, com espírito de entreajuda e solidariedade".
Recorde-se: na altura o Banco de Portugal ponderava retirar a idoneidade de Salgado. Acabou por recuar ante o parecer assinado pelo actual presidente do Conselho de Jurisdição do PSD e o escolhido para a pasta da Administração Interna do governo indigitado hoje.
Calvão da Silva elogiou o “espírito de entreajuda e solidariedade" que levou um construtor civil a transferir 14 milhões de euros para uma offshore do banqueiro.
Olhem que bonito?
A generosidade desinteressada é tão comovente...
Vejam o que disse o catedrático de Coimbra João Calvão Silva, especialista em direito bancário, no parecer que escreveu sobre Ricardo Salgado para que este o entregasse ao Banco de Portugal para obter o reconhecimento da idoneidade perdida: "a oferta de 14 milhões de euros do empresário José Guilherme a Ricardo Salgado justifica-se com o “bom princípio geral de uma sociedade que quer ser uma comunidade – comum unidade –, com espírito de entreajuda e solidariedade".
Recorde-se: na altura o Banco de Portugal ponderava retirar a idoneidade de Salgado. Acabou por recuar ante o parecer assinado pelo actual presidente do Conselho de Jurisdição do PSD e o escolhido para a pasta da Administração Interna do governo indigitado hoje.
Calvão da Silva elogiou o “espírito de entreajuda e solidariedade" que levou um construtor civil a transferir 14 milhões de euros para uma offshore do banqueiro.
Olhem que bonito?
A generosidade desinteressada é tão comovente...
Mar agitado fustiga a orla marítima figueirense e fecha a barra...
foto António Agostinho |
Devido à forte agitação marítima, esta tarde a sul da Cova o mar atacou a duna refeita antes do verão deste ano.
A estrada de acesso ao Cabedelo foi cortada pela Protecçaõ Civil da Figueira da Foz, ao trânsito e aos peões, junto ao Campo de futebol do Grupo Desportivo Cova-Gala.
A barra da Figueira da Foz encontra-se fechada a toda a navegação.
Um pormenor da foto: apesar de já estarmos a 27 de outubro, esta tarde ainda se encontrava no local a plataforma, em madeira, de acesso à praia logo a sul do molhe sul. Esperemos que a Câmara seja célere na sua remoção.
Mais fotos aqui.
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