terça-feira, 19 de maio de 2015

Um jardim à beira mar plantado de dívidas, com um Plano de Saneamento Financeiro com visto do Tribunal de Contas

Em nota de imprensa a autarquia  informou ontem, que "o Município da Figueira da Foz obteve o visto do Tribunal de Contas,  que se encontrava pendente, relativo a um empréstimo destinado à substituição de um outro, contraído no âmbito do Plano de Saneamento Financeiro (PSF)."
Com a obtenção deste visto do Tribunal de Contas, o Município da Figueira da Foz “completa, por agora, o processo de renegociação dos empréstimos contraídos no contexto do PSF”.
A nota de imprensa, recorda  que relativamente a duas das entidades bancárias (CGD e BPI) “foi possível estabelecer um acordo de redução da taxa de juro (menos 2,25 pontos percentuais em ambos os casos) ao passo que, relativamente à terceira (Novo Banco) um tal acordo não foi possível”, pelo que “o Município partiu para a substituição deste empréstimo tendo obtido junto do Crédito Agrícola-Baixo Mondego um crédito com redução da taxa de juro de 3,35 pontos percentuais face ao anterior, operação que se viu agora confirmada pelo Tribunal de Contas”.
Segundo o documento da autarquia, "a estimativa da redução dos gastos com juros da dívida bancária cifra-se, para o ano de 2015, em cerca de 300 000 euros e, para o ano de 2016, em cerca de 500 000 euros."
Do resultado deste processo de renegociação/substituição da dívida resulta, na opinião da autarquia figueirense,  “com muita clareza um abaixamento sensível do dispêndio com juros, ficando assim o Município numa posição de maior capacidade financeira para aumentar e melhorar a dotação de serviços públicos que presta aos cidadãos, às empresas e às instituições do concelho”.
Depois de lida a nota informativa e dissecado o seu conteúdo, verifica-se que a Figueira continua com o fantasma da dívida nos olhos. 
Entretanto, conseguiu borrifá-los com água da torneira.
Contudo, a realidade é que município da nossa cidade, continua a ser  um jardim à beira mar plantado de dívidas.

“Pára-me de repente o pensamento”, quinta-feira de novo no CAE

Depois da primeira exibição ter esgotado, o Centro de Artes e Espectáculos repete a projecção do filme realizado por Jorge Pelicano “Pára-me de repente o pensamento” , quinta-feira, pelas 21H30.

Carlos Cidade, antigo sindicalista coordenador e agora vereador em Coimbra

Carlos Cidade fez comigo parte de uma direcção do então Sindicato dos Empregados de Escritório de Coimbra, nos idos anos da década de 80 do século passado.
Li aqui, que  foi “condenado” a pagar 1.500 euros ao Estado, por ter substituído trabalhadores da recolha do lixo durante uma greve, segundo o sindicato do sector.
Carlos Cidade, nos idos da década de 80 do século passado, era dirigente sindical, coordenador da União dos Sindicatos de Coimbra, a estrutura regional da CGTP e militante  do Partido Comunista. Agora, é  militante do PS, vereador no município de Coimbra  e tem o pelouro do Ambiente e Qualidade de Vida, que abrange a recolha de resíduos sólidos urbanos. 
Por isso, foi acusado de um crime de prevaricação, por ter recorrido a trabalhadores da empresa multimunicipal ERSUC para substituir os trabalhadores  da Câmara de Coimbra, que aderiram a uma greve de quatro dias, há um ano, convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL).
A denúncia “por conduta criminosa” tinha sido apresentada pelo coordenador regional do STAL, Aníbal Martins, contra Carlos Cidade e o presidente da Câmara Municipal, Manuel Machado.
Sublinhe-se que o arguido conhecia a proibição de substituir  trabalhadores em greve (então proibida por lei) – como escrevi acima, tinha exercido funções de dirigente sindical.
Mesmo admitindo,  que a preocupação primeira do antigo sindicalista e  agora vereador  dr. Carlos Cidade, foi  “assegurar um interesse comunitário”, como a salubridade pública,  e admitindo também que “cumpriu a sua obrigação ao pagar os 1500 euros e a cidade, nos quatro dias da greve, esteve limpa”,  o que quer dizer que o  lixo, nesses dias,  saiu de casa e repousou  no aterro onde foi  tratado e transformado, ninguém se preocupou com os  homens que o recolheram  e  transportaram.
Esses, foram tratados pelo antigo sindicalista e agora vereador do ambiente na Câmara de Coimbra, dr. Carlos Cidade, como  lixo residual -  que é aquele se agarra  às mão e que faz a diferença entre o lixo que produzimos e o que tratamos.

segunda-feira, 18 de maio de 2015

30 anos de "normalidade"...


Em 1985, um dos compradores duma máquina destas, então muito na moda, foi Cavaco Silva que decidiu fazer a rodagem do bólide, realizando uma viagem de Lisboa até à Figueira da Foz.
Precisamente há 30 anos e dois dias, Cavaco Silva chegou à Figueira da Foz para falar "olhos nos olhos" aos congressistas. No dia seguinte foi eleito presidente do PSD, numa inesperada reviravolta que continua a garantir não ter sido planeada. 
Ficou aberto, a partir daí, o caminho para a desgraça a que chegámos. Poucos meses depois, a 6.10. de 1985, com a vitória do PSD nas eleições legislativas realizadas nesse dia, tornou-se DDT… 
Teve aí início um longo reinado que ainda dura: 10 anos de PM e 10 de PR. 
E tudo começou desta forma exemplar: “Cavaco ganhou o congresso, depois de chegar atrasado aos trabalhos e de ter entregue a lista fora de horas com assinaturas forjadas por Alberto João Jardim.” 
Passados 30 anos sobra uma interrogação: as nossas forças, já muito desgastadas, aguentarão ainda os futuros problemas?...

Festa ou violência?...

Ontem, ao fim da tarde, o Benfica sagrou-se bicampeão nacional e a equipa juntou-se, noite dentro, a milhares de adeptos na rotunda do Marquês de Pombal, em Lisboa, para comemorar.
Os festejos acabaram com garrafas a voarem e intervenção policial.
Todo o país teve oportunidade de assistir, em directo, via televisão, a  algo que transcende tudo o que é aceitável, para quem goste de viver em sociedade.
Confesso que por ter adormecido no sofá frente ao televisor, só hoje de manhã tive a dimensão desta tragédia que ninguém merece – nem sequer o  futebol…
Por isso, as responsabilidades têm de ser apuradas – e rapidamente.
Num país moderno e civilizado nada disto deveria acontecer.
Contudo, como estes desvios comportamentais e degradantes foram uma triste e lamentável realidade, que os responsáveis por toda esta violência, completamente desnecessária e estúpida, sejam responsabilizados como não poderá deixar de acontecer.
Para que saiba, sublinhe-se que estamos em Portugal, um país europeu e democrático - segundo o que nos andam a prometer os políticos, desde 25 de Novembro de 1975.

Quando a pátria que temos não a temos/ Perdida por silêncio e por renúncia/ Até a voz do mar se torna exílio/ E a luz que nos rodeia é como grades

Isto, nunca deveria ser possível  acontecer num País que teve 
"a madrugada que eu esperava 
O dia inicial inteiro e limpo 
Onde emergimos da noite e do silêncio"... 
(Sophia de Mello Breyner Andresen)

O homem que foi espancado por um agente da PSP em frente aos dois filhos – crianças que ainda tiveram de ver o avô a ser também agredido –, após o jogo Benfica-Vitória de Guimarães, foi interrogado esta segunda-feira de manhã pelo Ministério Público. À saída do Tribunal de Guimarães, José Magalhães negou ter insultado os agentes da PSP. "Algum dia eu imaginei que ia ser agredido? Algum dia eu ia faltar ao respeito a um agente da autoridade?", questionou. "O meu pânico foi pelos meus miúdos estarem a ver o que se estava a passar."

Antes que o vácuo tome conta de todos e nos imobilize...

Nem um gesto, nem uma palavra e nem a mínima sugestão de violência, se pressente nas palavras do jovem que foi um dos alvos desta gente
A calma e as palavras deste jovem, para mim, só é comparável ao peso da multidão portuguesa, de braços para baixo, encurralada nas portadas institucionais. 
Nem uma palavra mais dura sequer na entrevista dada à SIC "por este jovem agredido que diz que publicação do vídeo foi acto de vingança"!...

A Figueira continua a esconder as verdadeiras feridas com a mentira astuta...

“No mandato anterior deste executivo camarário, foi lançado um concurso de ideias para o areal da praia. No início dos anos 90, Aguiar de Carvalho já tinha encomendado um estudo para o areal que veio a servir de suporte ao plano de pormenor que no mandato de Santana Lopes se iniciou. Entendeu o actual executivo fazer tábua rasa de todo esse trabalho e na senda do que já havia feito com o logótipo que se tornou marca do concelho, resolveu que tinha que ter o seu próprio projecto. Desse concurso de ideias resultou um projecto vencedor que foi dado à estampa em plena campanha eleitoral em outdoors colocados na avenida marginal. Um investimento de 110 Milhões de euros era o necessário para o cumprimento dos sonhos do executivo camarário. Após os 60 mil euros gastos no prémio do concurso de ideias, seguiu-se uma adjudicação à equipe vencedora, de mais 50 mil euros, para que desenvolvesse o projecto que justificaria a intenção da câmara de municipalizar parte do areal. Recorde-se que foi com base nesta ideia que se deixou de limpar a praia para justificar junto da tutela que aquela enorme extensão de areal, não deveria ser considerada como praia. Afinal, sabemos agora, que o projecto que se vai desenvolver é um projecto minimalista que nada tem haver com o que foi apregoado. O executivo camarário sabia bem da impossibilidade de desenvolver este plano, mas enfim, funcionou bem na campanha eleitoral e é mais uma promessa a juntar a tantas outras, que de reais só mesmo os outdoors que as anunciaram.”

Em tempo.
Na nossa cidade, como aconteceu desde que tenho memória, os responsáveis políticos optaram sempre por esconder as verdadeiras feridas com a mentira astuta ("o embuste", como escreve hoje na sua habitual crónica no jornal AS BEIRAS, Miguel Almeida).
Dois exemplos, apenas, da mania das grandezas da elite local, para não nos alongarmos muito.
Todos nos lembramos certamente ainda do projecto megalómano da ligação entre a Figueira e Fátima, em TGV monocarril, no tempo do falecido Aguiar de Carvalho ou do Estádio de Lavos, do tempo do mediático Santana Lopes.
João Ataíde, também aqui, não quereria fazer diferente e lá anunciou a "bagatela" de 110 Milhões de euros para o projecto para transformar, uma vez por todas, a outrora Praia da Claridade na futura Praia da Calamidade
Até agora, porém, a vegetação na Praia da Calamidade, é a única testemunha viva e pujante do megalómano projecto... 
Como sabemos, estas coisas, agora (apesar do actual executivo camarário ter no seu seio um competente vereador e, ao mesmo tempo, também um talentoso especialista em Teatro, tanto na escrita de peças como na encenação...) são mais difíceis de credibilizar... 
As curvas do destino amedrontam os bichos e também deviam servir para colocar juízo na cabecinha dos homens. 
As garras da mentira podem ser apenas a face do desespero que se tornou visível... 
E aquilo que podia ser, simplesmente, uma jogada política pode transformar-se num aterro para cadáveres políticos. 
Areia e lixo não faltam na Praia da Calamidade.

Parabéns também a você, pequerrucho...

"Lopetegui felicita os que ajudaram o Benfica a ser campeão"...

domingo, 17 de maio de 2015

Estão à vontade para escolher qual será o nosso caso...

"Nós temos provas dadas", afirmou Passos Coelho.
Claro que estas provas só estão acessíveis a dois tipos: ou aos ricos; ou aos estúpidos.

Não havia necessidade...


A pinça da paciência com que costumo escrever, conseguiu retirar as impurezas do texto que pensava publicar, depois de ter visto a primeira página do Jornal de Notícias de hoje, um jornal que se considera a si mesmo "um título incontornável no panorama da imprensa portuguesa".
Felizmente, dentro de mim, moram as armas dos obstinados - a paciência e a persistência - e burilei o texto.
Mas, sinceramente, a meu ver era escusada esta utilização de mau gosto do maior ícone vimaranense e um dos maiores do nosso País.
Eu sei no sitio em que vivo. 
Eu sei que o jornal - tal como a televisão e a rádio - tem de dar o entretimento predilecto do povo - o futebol
Eu sei que o futebol não ajuda a sair da crise. 
No entanto, para a maioria, os pontapés no couro servem para desopilar, esquecer os problemas e, sobretudo,  para insultar uns senhores que antigamente vestiam de preto.

É de pensar renovar o voto

"Começa-se mesmo a perceber no país que o resultado das eleições não está fechado. Desenganem-se aqueles que acham que têm um direito natural a governar" - Pedro Passos Coelho, ontem à noite em Guimarães.

Os portugueses sabem com o que podem contar com Passos Coelho e Paulo Portas.
4 anos deram para ver e sentir.
Mas, eles ainda não completaram a obra. Falta algo: ainda não foram capazes de tornar a mão-de-obra ainda mais barata para as empresas.
Não é uma incerteza este desígnio de Passos e Portas se ganharem as próximas legislativas. Foi o próprio Passos que o afirmou um dia destes no Parlamento.
Por conseguinte, as coisas estão claras e límpidas: o capital é quem mais ordena.
O "aguenta aguenta" como Ulrich sabe, não foi uma distracção, foi uma afirmação segura de um modelo de pensamento e de gestão que pauta Portugal e o mundo.
A nós, cabe o dever e a obrigação de carregar,  às costas e de bolsos vazios, os bancos e as grandes empresas, financiadores das campanhas  laranja e azul, tudo pseudo-católico e bons chefes de família abençoados pela Santa Madre Igreja.
Há lugares à espera para alguns dos "bons meninos"  que fizerem, sem discutir, o que lhes mandam fazer.
O emprego, segundo o senhor Primeiro-ministro, tem custos elevados para as empresas.
Sublinhemos a clareza de raciocínio deste governo.
Coitadas das empresas que para terem trabalhadores ainda têm a obrigação de lhes pagar um salário. Bons e gratificantes tempos, eram os do trabalho servil, de sol-a-sol, supervisionados de chibata na mão.
Há pessoas e governos que vivem fora de tempo - que saudades da escravatura...
O trabalho, em Portugal, ainda é pago, em média, a 581€ mensais. 
Uma completa e desnecessária exorbitância, portanto!..
A terminar: no entanto, se acham que este governo tem direito a governar mais 4 anos - votem!
Depois vão queixar-se ao Camões...
Quando estamos a poucos meses de renovar o voto, convém não esquecer que "o rating da República que estava no lixo antes da chegada do "Messias", no lixo ficou. A dívida pública, nuns lastimáveis 93,4% do PIB em 2010, está hoje, depois da terapêutica, nos 128,9% do produto. E o défice, alfa e ómega de toda a narrativa, não é líquido, de acordo com todas as instituições internacionais, que cumpra o objectivo de ficar abaixo dos 3%. Mas há as taxas de juro em mínimos históricos, dizem-nos em jeito de medalha no currículo. Pois, mas convém explicar que, mesmo aí, o mérito não é do médico mas do "canhão Draghi" e da intervenção do Banco Central Europeu."

sábado, 16 de maio de 2015

Disponibilizem a praia da Figueira para a expansão das hortas...

"Após os 40 anos, muitos sentem o apelo de “voltar ao cultivo da terra”. Esse fenómeno é visível até nas crescentes vendas de livros sobre “a horta em casa”. Conheço vários “horticultores modernos” que sentem prazer em cultivar, fertilizar, sachar, regar, apanhar, etc. Enfim, cuidar da terra. Os mais conscientes fazem-no de forma biológica, sem herbicidas nem pesticidas. Espanto-me com a quantidade de laranjas, alfaces, limões, couves, tomates e muitos outros produtos da época que são colhidos pela minha mãe na sua horta. É um espaço pequeno, pouco maior que uma sala grande, confinado entre muros e paredes. À primeira vista, aquele espaço “não daria para nada”, mas o trabalho e o engenho humano fazem milagres e de um pedaço de terreno pouco produtivo brota vida. Este tipo de contributo de todas “as mães e pais agricultores” para a economia é importante: produtos saudáveis colhidos da terra directamente para o prato, sem intermediários nem desperdício. Qual será o impacto no PIB? Quantos milhões de euros se produzem assim? Além do benefício que a actividade proporciona para a saúde física e mental dos horticultores. Na Figueira, o actual executivo municipal incentivou a criação de hortas urbanas, desde 2009. Uma aposta ganha contra a opinião dos conservadores da nossa praça para os quais um “espaço verde tem que ter relva”. Precisamos ainda de mais. E por que não disponibilizar mais zonas verdes municipais (relvados e prados abandonados) para este fim?"

O texto acima, que a meu ver é interessante e merece ser divulgado e lido, é a crónica publicada hoje no jornal AS BEIRAS, assinada pelo eng. João Vaz. 
Como escrevi há tempos aqui, «não sou adivinho. Não tenho grandes fontes privilegiadas. Portanto, resta-me andar o mais atento possível e tentar ler os sinais. 
A Ana já explicou alguma coisa. A ideia é "perder características de praia", para "se poder fazer lá alguma coisa". O António explicou muita coisa. "Esta é a única praia que conheço que era lavrada", disse o vereador, que considerou "positivo o surgimento de condições naturais no solo que possam vir a permitir à autarquia reclamá-lo para equipamentos, já que está a «deixar de ser praia"
Complementado o que escreve o eng. João Vaz, hoje, no jornal AS BEIRAS, apesar de saber que estamos num momento delicado, porque a Figueira está em plena travessia do deserto, no que a ideias políticas diz respeito, e eu como figueirense estou a suportar um calor quase insuportável, mesmo assim, vencendo o medo, fica o meu desinteressado contributo: e porque não disponibilizar os espaços verdes da praia outrora da Claridade, agora da "Calamidade",  para a desejada expansão das hortas urbanas?..
Os tomates já lã estão... Plantem alfaces para complementar a salada...

Essa proactividade não há meio de chegar?...

Estamos quase na época alta, mas a cidade continua suja e triste. 
No Bairro Novo, cheira a mofo, os ácaros por lá continuam, apesar das palavras escritas que nos hão-de guiar um dia: "... não conseguimos perceber como pode a Açoreana, empresa proprietária do chamado edifício "O Trabalho", fazer perpetuar e permitir a degradação constante do mamarracho que todos conhecemos, para mais situando-se numa zona nobre da cidade e de grande fluxo de turistas e locais..." 
E continuamos no desalento, sem nunca chegarmos a "proactivos"
Os anos vão passando, eles pelo poder lá vão estando e, com eles lá, o desânimo, a infelicidade, a amargura acumulam-se.
E qualquer dia já não somos os mesmos - estamos a envelhecer. 
Quem vai continuar é o rio, imponente, a correr para o mar, a correr sabe-se lá para onde!.. 
A Figueira cá continua, no seu ramerrão, governada por politicozinhos, que é o que merece uma "cidade imoral".

Balanço de uma semana com a Figueira na montra mediática: estamos no bom caminho...

Balanço da notícia da semana em Portugal:
"As miúdas mereciam um enxerto de porrada, as miúdas já tiveram a sua dose e estão arrependidas, os pais das miúdas é que são os culpados porque não lhes deram educação, os pais das miúdas é que são os culpados porque não lhes deram porrada, os pais das miúdas não têm culpa nenhuma e são gente de bem e estão de rastos, as miúdas deviam ir para um internato, as miúdas deviam ter uma nova oportunidade, se o miúdo fosse meu filho eu ia à Polícia, se o miúdo fosse meu filho eu ia atrás das miúdas para lhes dar uma coça, o miúdo fez bem em não se defender, o miúdo nem se tentou defender, o miúdo alguma coisa deve ter feito, as miúdas não tinham noção da gravidade do que faziam, as miúdas sabiam bem como era grave e até paravam a porrada quando pressentiam alguém, a escola é que tem a culpa, os pais é que têm a culpa, a sociedade é que tem a culpa, as redes sociais é que têm a culpa, eu nem consegui ver mais que dez segundos que quase tive um afrontamento, eu não vi mas contaram-me." 

Tudo isto, apenas, porque os telemóveis têm câmara de filmar!.. 
Em nosso redor a degradação humana avança e o travão não funciona. 
Hoje, o que interessa a dignidade de uma  vida, que valor têm os princípios ou as ideias? 
Hoje, o que conta é o telemóvel que usas e as filmagens que consegues fazer com ele...

sexta-feira, 15 de maio de 2015

"A minha política é o trabalho" (... os portugueses merecem mesmo um Salazar em cada século...)

"70% dos jovens entre os 15 e os 24 anos admitem ir trabalhar para o estrangeiro"... 
Na mesma faixa etária, 57% dizem não se interessarem “nada” por política.

Via jornal Público

Acidente na Ponte Edgar Cardoso

Uma foto desta manhã...

Cuidado com a anarquia (já todos associámos a anarquia à falta de tomates...), pois um pouco mais abaixo há tomates a crescer na praia...
Recordemos, a propósito,  as palavras do vereador António Tavares. 
«Esta é a única praia que conheço que era lavrada», disse então o vereador, que considera positivo o surgimento de condições naturais no solo que possam vir a permitir à autarquia reclamá-lo para equipamentos, já que está a «deixar de ser praia»"
O vereador, como sabemos, é um intelectual conceituado... E há uma poesia, um cinema, uma pintura que são um itinerário místico... 
Todavia, fica o alerta, os maiores disparates, as maiores tragédias, começaram quase sempre com as melhores das intenções!..
Portanto, cuidado com a anarquia patente pelas ruas, pelas praças, pelas Aldeias e, sobretudo, pelas praias...
Quem sai de casa, logo pela manhã, não tem necessidade de tropeçar em trabalhos inesperados...