O mundo que temos é este em que vivemos. Portanto: «não importa para onde tentamos fugir, as injustiças existem em todo o lado, o melhor é encarar essa realidade de frente e tentar mudar alguma coisa.» Por pouco que seja, sempre há-de contribuir para aliviar...
“No mandato anterior deste executivo camarário, foi lançado
um concurso de ideias para o areal da praia. No início dos anos 90, Aguiar de
Carvalho já tinha encomendado um estudo para o areal que veio a servir de
suporte ao plano de pormenor que no mandato de Santana Lopes se iniciou.
Entendeu o actual executivo fazer tábua rasa de todo esse trabalho e na senda
do que já havia feito com o logótipo que se tornou marca do concelho, resolveu
que tinha que ter o seu próprio projecto. Desse concurso de ideias resultou um projecto
vencedor que foi dado à estampa em plena campanha eleitoral em outdoors
colocados na avenida marginal. Um investimento de 110 Milhões de euros era o
necessário para o cumprimento dos sonhos do executivo camarário. Após os 60 mil
euros gastos no prémio do concurso de ideias, seguiu-se uma adjudicação à
equipe vencedora, de mais 50 mil euros, para que desenvolvesse o projecto que
justificaria a intenção da câmara de municipalizar parte do areal. Recorde-se
que foi com base nesta ideia que se deixou de limpar a praia para justificar
junto da tutela que aquela enorme extensão de areal, não deveria ser
considerada como praia. Afinal, sabemos agora, que o projecto que se vai
desenvolver é um projecto minimalista que nada tem haver com o que foi
apregoado. O executivo camarário sabia bem da impossibilidade de desenvolver
este plano, mas enfim, funcionou bem na campanha eleitoral e é mais uma
promessa a juntar a tantas outras, que de reais só mesmo os outdoors que as
anunciaram.”
Em tempo.
Na nossa cidade, como aconteceu desde que tenho memória, os responsáveis políticos optaram sempre por esconder as verdadeiras feridas com a mentira astuta ("o embuste", como escreve hoje na sua habitual crónica no jornal AS BEIRAS, Miguel Almeida). Dois exemplos, apenas, da mania das grandezas da elite local, para não nos alongarmos muito. Todos nos lembramos certamente ainda do projecto megalómano da ligação entre a Figueira e Fátima, em TGV monocarril, no tempo do falecido Aguiar de Carvalho ou do Estádio de Lavos, do tempo do mediático Santana Lopes. João Ataíde, também aqui, não quereria fazer diferente e lá anunciou a "bagatela" de 110 Milhões de euros para o projecto para transformar, uma vez por todas, a outrora Praia da Claridade na futura Praia da Calamidade. Até agora, porém, a vegetação na Praia da Calamidade, é a única testemunha viva
e pujante do megalómano projecto... Como sabemos, estas coisas, agora (apesar do actual executivo camarário ter no seu seio um competente vereador e, ao mesmo tempo, também um talentoso especialista em Teatro, tanto na escrita de peças como na encenação...) são mais difíceis de credibilizar... As curvas do destino amedrontam os bichos e também deviam servir para colocar juízo na cabecinha dos homens. As garras da mentira podem ser apenas a face do desespero que se tornou visível... E aquilo que podia ser, simplesmente, uma jogada política pode transformar-se num aterro para cadáveres políticos. Areia e lixo não faltam na Praia da Calamidade.
A pinça da paciência com que costumo escrever, conseguiu retirar as impurezas do texto que pensava publicar, depois de ter visto a primeira página do Jornal de Notícias de hoje, um jornal que se considera a si mesmo "um título incontornável no panorama da imprensa portuguesa". Felizmente, dentro de mim, moram as armas dos obstinados - a paciência e a persistência - e burilei o texto. Mas, sinceramente, a meu ver era escusada esta utilização de mau gosto do maior ícone vimaranense e um dos maiores do nosso País. Eu sei no sitio em que vivo. Eu sei que o jornal - tal como a televisão e a rádio - tem de dar o entretimento predilecto do povo - o futebol. Eu sei que o futebol não ajuda a sair da crise. No entanto, para a maioria, os pontapés no couro servem para desopilar, esquecer os problemas e, sobretudo, para insultar uns senhores que antigamente vestiam de preto.
"Após os 40 anos, muitos
sentem o apelo de
“voltar ao cultivo da terra”. Esse fenómeno é visível
até nas crescentes vendas de
livros sobre “a horta em casa”.
Conheço vários “horticultores modernos” que sentem
prazer em cultivar, fertilizar,
sachar, regar, apanhar, etc.
Enfim, cuidar da terra. Os mais
conscientes fazem-no de forma biológica, sem herbicidas
nem pesticidas.
Espanto-me com a quantidade de laranjas, alfaces,
limões, couves, tomates e
muitos outros produtos da
época que são colhidos pela
minha mãe na sua horta. É um
espaço pequeno, pouco maior
que uma sala grande, confinado entre muros e paredes. À
primeira vista, aquele espaço
“não daria para nada”, mas o
trabalho e o engenho humano
fazem milagres e de um pedaço de terreno pouco produtivo
brota vida.
Este tipo de contributo
de todas “as mães e pais
agricultores” para a economia é importante: produtos
saudáveis colhidos da terra
directamente para o prato, sem
intermediários nem desperdício. Qual será o impacto no
PIB? Quantos milhões de euros se produzem assim? Além
do benefício que a actividade
proporciona para a saúde física
e mental dos horticultores.
Na Figueira, o actual executivo
municipal incentivou a criação
de hortas urbanas, desde
2009. Uma aposta ganha
contra a opinião dos conservadores da nossa praça para
os quais um “espaço verde
tem que ter relva”. Precisamos ainda de mais. E por que
não disponibilizar mais zonas
verdes municipais (relvados
e prados abandonados) para
este fim?"
O texto acima, que a meu ver é interessante e merece ser divulgado e lido, é a crónica publicada hoje no jornal AS BEIRAS, assinada pelo eng. João Vaz. Como escrevi há tempos aqui, «não sou adivinho. Não tenho grandes fontes privilegiadas. Portanto, resta-me andar o mais atento possível e tentar ler os sinais. A Ana já explicou alguma coisa. A ideia é "perder características de praia", para "se poder fazer lá alguma coisa".
O António explicou muita coisa. "Esta é a única praia que conheço que era lavrada", disse o vereador, que considerou "positivo o surgimento de condições naturais no solo que possam vir a permitir à autarquia reclamá-lo para equipamentos, já que está a «deixar de ser praia". Complementado o que escreve o eng. João Vaz, hoje, no jornal AS BEIRAS, apesar de saber que estamos num momento delicado, porque a Figueira está em plena travessia do deserto, no que a ideias políticas diz respeito, e eu como figueirense estou a suportar um calor quase insuportável, mesmo assim, vencendo o medo, fica o meu desinteressado contributo: e porque não disponibilizar os espaços verdes da praia outrora da Claridade, agora da "Calamidade", para a desejada expansão das hortas urbanas?.. Os tomates já lã estão... Plantem alfaces para complementar a salada...
"As miúdas mereciam um enxerto de porrada, as miúdas já tiveram a sua dose e estão arrependidas, os pais das miúdas é que são os culpados porque não lhes deram educação, os pais das miúdas é que são os culpados porque não lhes deram porrada, os pais das miúdas não têm culpa nenhuma e são gente de bem e estão de rastos, as miúdas deviam ir para um internato, as miúdas deviam ter uma nova oportunidade, se o miúdo fosse meu filho eu ia à Polícia, se o miúdo fosse meu filho eu ia atrás das miúdas para lhes dar uma coça, o miúdo fez bem em não se defender, o miúdo nem se tentou defender, o miúdo alguma coisa deve ter feito, as miúdas não tinham noção da gravidade do que faziam, as miúdas sabiam bem como era grave e até paravam a porrada quando pressentiam alguém, a escola é que tem a culpa, os pais é que têm a culpa, a sociedade é que tem a culpa, as redes sociais é que têm a culpa, eu nem consegui ver mais que dez segundos que quase tive um afrontamento, eu não vi mas contaram-me." Tudo isto, apenas, porque os telemóveis têm câmara de filmar!.. Em nosso redor a degradação humana avança e o travão não funciona. Hoje, o que interessa a dignidade de uma vida, que valor têm os princípios ou as ideias? Hoje, o que conta é o telemóvel que usas e as filmagens que consegues fazer com ele...
"70% dos jovens entre os 15 e os 24 anos admitem ir trabalhar para o estrangeiro"... Na mesma faixa etária, 57% dizem não se interessarem “nada” por política. Via jornal Público
Cuidado com a anarquia (já todos associámos a anarquia à falta de tomates...), pois um pouco mais abaixo há tomates a crescer na praia... Recordemos, a propósito, as palavras do vereador António Tavares. «Esta é a única praia que conheço que era lavrada», disse então o vereador, que considera positivo o surgimento de condições naturais no solo que possam vir a permitir à autarquia reclamá-lo para equipamentos, já que está a «deixar de ser praia»". O vereador, como sabemos, é um intelectual conceituado... E há uma poesia, um cinema, uma pintura que são um itinerário místico... Todavia, fica o alerta, os maiores disparates, as maiores tragédias, começaram quase sempre com as melhores das intenções!.. Portanto, cuidado com a anarquia patente pelas ruas, pelas praças, pelas Aldeias e, sobretudo, pelas praias... Quem sai de casa, logo pela manhã, não tem necessidade de tropeçar em trabalhos inesperados...
Depois de na primeira tentativa a exposição ter sido censurada, ALERTA COSTEIRO14/15, em novo formato, vai estar em breve aberta ao público, num espaço perto de si.
O português é assim: só sabe chorar sobre o leite derramado. Fazer aquilo que deve, em tempo útil, não é com ele... Está sempre à espera que outros o façam. Já agora: atenção às eleições que aí vêm. E atenção às alternativas políticas... A palavra democracia, apesar do acordo ortográfico, ainda quer dizer o mesmo: "o dia inicial inteiro e limpo", que chegou num dia de Abril, numa primavera de 1974, onde os pássaros cantaram cantigas sorridentes. Neste momento, a democracia anda escondida num sítio medonho, por um governo vestido com a cor da democracia, que leva mais de 3 anos a legislar tristezas que a Constituição tem rejeitado...
A maioria das pessoas não diz o que pensa. Talvez, por se sentirem retraídas, com medos que nem sequer consigo imaginar. Ou, quiçá, por saberem que o mundo em que vivem não está preparado para conviver com a verdade. Ou, simplesmente, porque gostam de viver na mentira. Pelos vistos, as verdades imaculadas apenas se encontram nos livros…
O 31 que vai pelo 31 da Armada!.. Tudo porque José Maria Barcia escreveu: “uma alucinação de meninos com fome e frio que se tornou num dos maiores produtos de marketing da Igreja Católica“. A caixa de comentários está de gritos...