sexta-feira, 1 de maio de 2015
Liberdade - mesmo que a justiça não seja realizada, a liberdade preserva o poder de protesto contra a injustiça e ainda pode contribuir para salvar a Aldeia...
Na passada quinta-feira, 30 de de
Abril, como faço quando posso, subi até ao salão nobre dos paços
do concelho para assistir à Assembleia Municipal.
Tive uma enorme surpresa, ao deparar com a discussão de uma moção apresentada pela deputada municipal Ana Oliveira, com o
seguinte teor:
"No passado mês de Fevereiro do presente ano, o fotojornalista Pedro Cruz foi convidado pelo Presidente da junta de freguesia de São Pedro a realizar uma exposição da Freguesia de são Pedro, tendo o autor atribuído lhe o nome de “Alerta Costeiro 14/15”.
Esta exposição mostrava imagens que documentam a erosão do litoral costeiro, em especial a zona da freguesia de S. Pedro.
Nas vésperas da inauguração, a exposição do fotojornalista foi cancelada, alegando o presidente de junta do partido socialista, que a mesma estava politizada, mostrando, no nosso ponto de vista, uma verdadeira barreira à liberdade de expressão.
O que é certo, é que, com este infeliz desfecho e tal como o artista comunicou numa rede social, “O alerta foi dado” e mais do que nunca a população e as várias entidades com responsabilidades sobre o assunto “Olharam com olhos de ver” para o real problema que aquela freguesia e que o concelho da Figueira da Foz está a sofrer com esta constante devastação da zona costeira.
Neste sentido propunha à Assembleia Municipal, que pelo impacto e para mantermos viva a nossa preocupação sobre a solução deste assunto, que convidassem o fotojornalista Pedro Cruz a realizar a exposição “Alerta Costeiro 14/15” nos Paços do Concelho."
"No passado mês de Fevereiro do presente ano, o fotojornalista Pedro Cruz foi convidado pelo Presidente da junta de freguesia de São Pedro a realizar uma exposição da Freguesia de são Pedro, tendo o autor atribuído lhe o nome de “Alerta Costeiro 14/15”.
Esta exposição mostrava imagens que documentam a erosão do litoral costeiro, em especial a zona da freguesia de S. Pedro.
Nas vésperas da inauguração, a exposição do fotojornalista foi cancelada, alegando o presidente de junta do partido socialista, que a mesma estava politizada, mostrando, no nosso ponto de vista, uma verdadeira barreira à liberdade de expressão.
O que é certo, é que, com este infeliz desfecho e tal como o artista comunicou numa rede social, “O alerta foi dado” e mais do que nunca a população e as várias entidades com responsabilidades sobre o assunto “Olharam com olhos de ver” para o real problema que aquela freguesia e que o concelho da Figueira da Foz está a sofrer com esta constante devastação da zona costeira.
Neste sentido propunha à Assembleia Municipal, que pelo impacto e para mantermos viva a nossa preocupação sobre a solução deste assunto, que convidassem o fotojornalista Pedro Cruz a realizar a exposição “Alerta Costeiro 14/15” nos Paços do Concelho."
Na votação verificou-se um empate:16 votos a favor, 16 contra e 1
abstenção.
O Presidente da Assembleia Municipal teve de decidir com o seu voto de qualidade.
Sobre as ilações políticas a tirar, não me vou pronunciar: deixo isso a quem de direito.
O Presidente da Assembleia Municipal teve de decidir com o seu voto de qualidade.
Sobre as ilações políticas a tirar, não me vou pronunciar: deixo isso a quem de direito.
Sobre este assunto, recordo que as fotos da “A EXPOSIÇÃO CENSURADA PELO PRESIDENTE DA JUNTA DE FREGUESIA DE S. PEDRO”, em finais do
passado mês de fevereiro, podem ser vistas clicando aqui. O comunicado emitido pelo presidente da Junta de S. Pedro, António Salgueiro a propósito do cancelamento da exposição fotográfica ALERTA COSTEIRO 14/15, emitido na altura, pode ser lido clicando aqui. A estória é curta e está contada
aqui.
Portanto, quem estiver de boa fé, tem os elementos para construir uma opinião fundamentada.
Esta estória exemplar, a meu ver, demonstra,
quarenta e um anos depois da queda da ditadura de Salazar e Caetano,
como este país continua afinal igual a si próprio e ao que sempre
foi: um pobre e bisonho paraíso paroquial para pequenos chefes
labregos que - no seu boçal entendimento, certamente inebriado pelo
esplendor do mando - pensam que podem apagar figuras de uma paisagem.
Mas, também, demonstra que há algo -
para além do talento, claro - que um artista consciente, ainda que
pobre, nunca admite que lhe seja escamoteado: o orgulho e o
amor-próprio.
O senhor presidente da junta de S.
Pedro, pelo que disse na passada quinta-feira na Assembleia Municipal
da Figueira da Foz, passados mais de 2 meses, continua sem perceber o
óbvio.
A exposição era do artista: na
totalidade - no talento e nos custos.
A Liberdade é isto, senhor presidente.
“Seu” era o espaço do Mercado
de São Pedro.
O senhor presidente, por não gostar de uma
fotografia que fazia parte da narrativa do fotojornalista, entendeu
interditar o acesso ao espaço. Problema seu, caro presidente da junta.
Neste momento, a exposição do Pedro
Cruz já foi mais longe do que o senhor pensa. E não vai ficar por
aqui.
Já passaram 41 anos do 25 de abril de
1974.
Quem mora em S. Pedro e recorda Abril,
sente que celebra um acontecimento já longínquo - daqueles
que começam a ressoar a liturgia morta. Essa é, infelizmente, a
realidade. Mas a memória tem de ser avivada,
sempre que estiver em causa a questão da
Liberdade. A dignidade não tem preço e, em
democracia, a comunidade não pode perdoar a indignidade de quem
governa.
V. Exa., na sessão da Assembleia
Municipal da Figueira da Foz, realizada no passado dia 30 de Abril de 2015,
mesmo descontando que não tem vocação para discursar, falou sem dizer nada perceptível, nem, ao menos uma
palavra autêntica de arrependimento. Na Assembleia Municipal da
Figueira da Foz, V. Exa. foi aos limites da náusea, sem carisma,
nem dignidade institucional – e estava lá, como deputado
municipal, por ser presidente, com maioria absoluta, da freguesia da
minha Aldeia.
Senti-me muito mal representado como
freguês de S. Pedro.
Admito que o momento foi difícil para V. Exa. Contudo, a grandeza dos homens emerge nos momentos difíceis.
Admito que o momento foi difícil para V. Exa. Contudo, a grandeza dos homens emerge nos momentos difíceis.
V. Exa., pelo que disse na Assembleia Municipal, desconhece a
palavra grandeza, só conhece a palavra poder. Desconhece a palavra
dignidade, só conhece a palavra arrogância. Desconhece a palavra
humildade, só conhece a palavra vingança.
Depois do que aconteceu na Assembleia
Municipal da Figueira da Foz, parece-me que no mais alto forum político de debate concelhio, a recuperação da imagem do presidente da junta de freguesia de S. Pedro – que é
V. Exa. - não tem retorno.
Antes tivesse permanecido calado.
Num palco da política – e a
Assembleia Municipal da Figueira da Foz é o maior palco político do
nosso concelho - os discursos valorizam-nos ou desvalorizam-nos. E a postura, as palavras e a falta de ideias dele, na qualidade de presidente da junta de S. Pedro, não foram
um bom sinal.
E, depois, como acontece com todos os
fracos, a sua atitude foi boçal, imprevidente e insensata.
Tive pena de V. Exa., principalmente
quando disse – ou deu a entender - que a exposição tinha
legendas, o que, como sabe, é uma completa e real mentira. Ponto.
Como escreveu um dia Albert Camus: “É
horrível ver a facilidade com que se desmorona a dignidade de certos
seres. Vendo bem, isso é normal visto que a dignidade em questão
apenas é mantida por eles através de incessantes esforços contra a
sua própria natureza.”
1º. de Maio na Figueira da Foz
Da comemoração do Dia do Trabalhador na Figueira da Foz, recordo o 1 de Maio de 1974 - o mais memorável dia do trabalhador da história figueirense que eu vivi.
O povo desceu à rua para celebrar a Liberdade.
As fotos dão conta da adesão em massa da população do concelho aos festejos.
Tal como na nossa cidade, o primeiro 1.º de Maio, depois do 25 de Abril, levou milhões de portugueses às ruas.
Celebravam a liberdade e uma mudança económica e social que, afinal, nunca se concretizou.
Esses milhões de portugueses - figueirenses incluídos - foram os verdadeiros protagonistas do primeiro 1.º de Maio em Liberdade vivido pela minha geração.
O povo desceu à rua para celebrar a Liberdade.
As fotos dão conta da adesão em massa da população do concelho aos festejos.
Tal como na nossa cidade, o primeiro 1.º de Maio, depois do 25 de Abril, levou milhões de portugueses às ruas.
Celebravam a liberdade e uma mudança económica e social que, afinal, nunca se concretizou.
Esses milhões de portugueses - figueirenses incluídos - foram os verdadeiros protagonistas do primeiro 1.º de Maio em Liberdade vivido pela minha geração.
quinta-feira, 30 de abril de 2015
Frente ao mar, no último dia de Abril de dois mil e quinze
neste último dia do mês de Abril,
de dois mil e quinze,
frente ao mar
da Cova d´Oiro
dou comigo a perguntar:
quando é que na Terra da fraternidade,
que tem como primeira figura uma
esfinge,
quando é que, enfim,
acorda esta gente
e manifesta vontade urgente
de mudar?..
Isso, sim
seria para todos nós,
incluindo os avós,
o verdadeiro tesoiro...
Em tempo.
incluindo os avós,
o verdadeiro tesoiro...
Em tempo.
Cresci, tornei-me adulto e estou a
envelhecer, a ouvir dizer que aquilo que não nos mata torna-nos mais
fortes.
Começo a acreditar o contrário:
aquilo que não nos mata torna-nos muito mais fracos...
Não te pões a milhas e continuas a ser alvo do meu escárnio...
“É como digo, o senhor de esquerda
não tem nada. O senhor bloguista é um REACIONÁRIO mascarado de
vermelho para descrédito da verdadeira esquerda.”
Este elevado e corajoso naco de prosa, faz parte – é a parte
que me contempla, por isso a única que publico – de um comentário anónimo que procura
atingir de forma vil e cobarde uma
figura pública figueirense.
Tal como já o informei aqui, pode
telefonar-me para uma amena cavaqueira sobre o que lha vai na alma.
Quanto ao resto, eventualmente para seu sossego e descanso, asseguro-lhe duas
coisas:
1ª. - mesmo que eu fosse careca e
ruivo, jamais usaria um capachinho vermelho.
2ª. - nunca
jogo na roleta russa. Portanto, nunca irei apostar no rosa à espera
que saia o vermelho.
Raios partam esta abulia que nos cerca...
As “nossas” elites sempre foram uma
vergonha.
No último século, aos anos do negrume
seguiram-se anos de euforia.
Aos anos de euforia seguiram-se anos de
quebra.
Aos anos de quebra seguiram-se anos de
mediania.
Aos anos de mediania seguiram-se anos
de mediocridade.
Aos anos de mediocridade seguiram-se
anos de abulia.
E aqui chegados, com a cabeça entre as
orelhas, mais espantalhos do que gente, aceitamos tudo.
Tudo!..
E ninguém nos vai acudir.
Nem nós próprios, que continuamos a
vegetar, quais carneiros mal mortos...
Estamos no país que, no início deste
ano, regateou um aumento do salário mínimo nacional de € 20
brutos - de € 485 para € 505!..
E foi porque estamos em ano de
eleições...
O salário mínimo nem devia existir,
porque é prejudicial para a economia e pernicioso para os
desempregados blah-blah-blah, pardais ao ninho, etc. e tal...
E estamos no país em que há quem
receba quase 1,5 milhões de euros!
Apesar de estar "tudo ao contrário", que bom para eles.
Nota breve:
- para ler melhor a crónica de Rui Curado da Silva, publicada no jornal AS BEIRAS, basta clicar em cima da imagem.
quarta-feira, 29 de abril de 2015
A rede de transportes que já foi privatizada...
foto sacada daqui |
A reportagem da TVI sobre o grupo
Barraqueiro, que detém a Rede Nacional de Expressos e a Rodoviária,
pode ser vista clicando aqui.
Tive oportunidade de vê-la em directo:
desde motoristas a conduzirem durante mais de 20 horas ininterruptas,
dias seguidos (quem recusar é ameaçado de despedimento), a fraudes
com o sistema de fiscalização e controlo, o grupo Barraqueiro
pratica um manancial de irregularidades que podem colocar em risco a
segurança e a vida das pessoas.
Ainda bem que prosseguem as
privatizações no sector dos transportes...
Para perceber como funciona isto a que chamam imaginação: a seguir, coiso e tal e no fim, vocês vão ver, acaba tudo bem...
"DESTRUIÇÃO CONFIDENCIAL DE DOCUMENTOS", é nome de EMPRESA!..
Abril, não é só uma palavra
Durante algum tempo, muitos acreditaram que era possível cumprir Abril.
Só por isso, valeu a pena a vida de muitos da minha geração, incluindo a minha.
Considero-me, também por isso, um felizardo. Tive a felicidade de viver esse tempo exaltante e histórico e continuar a ter a capacidade de acreditar.
Considero-me, também por isso, um felizardo. Tive a felicidade de viver esse tempo exaltante e histórico e continuar a ter a capacidade de acreditar.
Em quê? - perguntarão.
Desde logo, em mim - sempre consegui
recomeçar depois de falhar as tentativas anteriores.
E tem sido isso, no fundamental e
sobretudo, que me ajudou a ser, dentro do que é possível ser a cada
um de nós, o que sempre quis ser: livre.
No sábado passado, à noite, estive em
Buarcos, no Teatro do Grupo Caras Direitas para “Respirar Abril”.
No final, depois da actuação dos
artistas, esperei que alguém se lembrasse de cantar Grândola, o que não aconteceu.
Não se cantou. E foi pena. Cantar
a Grândola, seja em que dia for, nunca pode ser encarado como
uma coisa de gente senil ou tontinha.
No fundo, para a maioria dos que
estiveram sábado passado à noite no Grupo do Teatro Caras Direitas,
o espírito do 25 de Abril é uma
nostalgia, nada mais.
Não quero com isto dizer, que para a
maioria dos que lá estiveram, nos quais até me incluo, o 25 de
Abril não continue a ser uma data especial, um símbolo do que
este país poderia ter sido.
Contudo, aos momentos de exaltação
colectiva, como aconteceu a seguir ao 25 de Abril de 1974, a história
mostra que se seguem sempre momentos perversos, favoráveis, como sublinha o eng. Daniel Santos na crónica publicada no jornal AS BEIRAS, aos que para quem "a política deixou de ser a arte de governar para decair num jogo ... de palavras".
É nestes momentos que a natureza humana revela todo o
seu esplendor e sabemos que na Terra não existem paraísos.
Aos tristes, como eu, que também não
conseguem acreditar na possibilidade de outros paraísos, resta-lhes
fazer das fraquezas forças e, tanto em actos como em
intenções, comemorar o 25 de Abril todos os dias.
Os dados são de 2009 e 2010... Que interessante não seria conhecer os valores de 2014, depois de 3 anos e picos de Passos e Portas!..
1% dos portugueses tem 21% da riqueza do país |
A fonte é a insuspeita Rádio Renascença:
Se a riqueza em Portugal representasse 1 euro, 1% da população tinha 21 cêntimos e 99% tinham os restantes 79 cêntimos. Esta é uma das conclusões da tese de mestrado do jornalista da Renascença Paulo Ribeiro Pinto.
"Uma pequena parte da população portuguesa detém muita riqueza, muito património. Essa pequena parte – 1% – detém mais de 21% da riqueza líquida das famílias. Não é que isso esteja fora da média da União Europeia, por exemplo, mas a questão é perceber se essa média é a média que nós, enquanto sociedade, gostaríamos que fosse".
É, segundo o autor, a primeira tentativa para estudar a riqueza das famílias portuguesas.
O estudo foi feito com base no Inquérito à Situação Financeira das Famílias, realizado pelo Banco Central Europeu, com dados de 2009 e 2010.
"Uma pequena parte da população portuguesa detém muita riqueza, muito património. Essa pequena parte – 1% – detém mais de 21% da riqueza líquida das famílias. Não é que isso esteja fora da média da União Europeia, por exemplo, mas a questão é perceber se essa média é a média que nós, enquanto sociedade, gostaríamos que fosse".
É, segundo o autor, a primeira tentativa para estudar a riqueza das famílias portuguesas.
O estudo foi feito com base no Inquérito à Situação Financeira das Famílias, realizado pelo Banco Central Europeu, com dados de 2009 e 2010.
Projecto de requalificação do areal urbano: afinal, era areia a mais para a camioneta da câmara...
A vereadora Ana Carvalho. Foto AS BEIRAS |
Já não se consegue esconder mais
aquilo que está à frente dos olhos de toda a gente e que foi previsto pelo Laboratório de Engenharia Civil nos anos 60 do século passado: “a erosão costeira da duna, a sul do 5º. Molhe entre o
5º. Molhe e a Costa de Lavos”.
Segundo o que a vereadora Ana Carvalho
revela hoje em declarações ao jornal AS BEIRAS, “estão a
decorrer contactos com a APA para a transferência de areia da praia
urbana para sul". A proposta da câmara "aponta para cerca de 500
metros cúbicos por ano". Para Ana Carvalho, "quanto mais
depressa o processo se iniciar, melhor, lembrando, por outro lado,
que existem apoios europeus disponíveis para o efeito.”
Na mesma entrevista, a vereadora Ana
Carvalho informa "que a Câmara da Figueira da Foz deixou cair a
segunda fase da beneficiação do areal urbano para uma próxima e
eventual oportunidade. Esta etapa incluía o Anel das Artes, um
anfiteatro redondo, e uma piscina".
A intervenção que está na ideia da
Câmara realizar, "fica reduzida à ciclovia, via pedonal, pista de
atletismo, reparação dos espaços desportivos e dos passadiços (e
construção de outros) e intervenção nas valas de Buarcos que
atravessa o areal".
Tudo leva a crer que chamada “segunda
fase” caiu. “O touril está muito próximo e, apesar de ser
privado, pode vir a ter uma utilização mais pública”, disse Ana
Carvalho ao jornal. E acrescentou: “Se calhar, o Anel das Artes não
faz sentido”.
Sobre a piscina afirmou: “Já temos a
piscina mar, mas acho que há necessidade de haver uma piscina com
todas as condições na cidade, mas não é obrigatório que seja no
areal”.
Porém, a realidade é que a câmara se viu
confrontada com o “convite” da APA para esquecer as duas
estruturas, cujos materiais de construção que teriam de ser
utilizados, além da volumetria dos imóveis, não se enquadravam nos
apertados requisitos deste organismo do Estado.
Caso insistisse no anfiteatro e na
piscina, a câmara corria o risco de nem a primeira fase – e, pelos
vistos, única – ver aprovada.
Ana Carvalho confirmou ao jornal AS BEIRAS que
as obras de valorização do areal urbano deverão arrancar até ao
final do ano.
Entretanto, a vegetação que a
autarquia está a deixar crescer na antepraia vai manter-se, não
obstante a contestação de muitos figueirenses. Aliás, até deverá
ser reforçada, com a “plantação de algumas árvores”.
Para a vereadora, “a vegetação –
só Ana Carvalho deve acreditar nisto!.. - vai permitir que não
haja areia nos campos de jogos e na ciclovia”.
terça-feira, 28 de abril de 2015
Na comidinha, a Figueira é um destino de sucesso garantido...
A Figueira com Sabor
a Mar vai realizar, de 8 a 10 de
maio e de 4 a 6 de setembro,
a Feira Sabores Terra e Mar,
no pavilhão do parque das
Gaivotas.
O serviço de restauração é assegurado por cinco dos 15 restaurantes que participam nos festivais gastronómicos da associação. A animação do espaço, as diversas demonstrações, degustações e os “preços promocionais” das ementas justificam a entrada de um euro, com direito a um café ou uma água. No entanto, para Mário Esteves, presidente da Figueira com Sabor a Mar, a justificação é outra: “são cobradas entradas para fins estatísticos”.
Uma espécie de estacionamento pago no parque do Hospital!
Confrontado com a interrogação - "duas feiras sobre o mesmo tema no espaço de quatro meses não serão feiras a mais?" - Mário Esteves respondeu que “é um ensaio, é um teste que estamos a fazer”.
Pela notícia que li no jornal AS BEIRAS, fiquei a saber que a primeira serve jantar no dia inaugural, almoço no último e as duas refeições no segundo.
Para sublinhar e destacar a qualidade e o sucesso dos certames realizados na Figueira da Foz, o presidente da Junta de Buarcos, José Esteves, arruma a questão com esta simplicidade: “não devemos nada a outras cidades que também fazem festivais”.
Já para João Ataíde, presidente da Câmara da Figueira da Foz, “o sucesso garantido do evento” passa pelo modelo de “auto-organização”.
“A Figueira da Foz tem características muito próprias, vai consolidando o seu espaço. Estas iniciativas vêm no momento certo. Estamos a apresentar o que de melhor temos”, sublinhou o autarca, depois de ter falado sobre o crescimento do turismo em Portugal.
Sobre sucessos gastronómicos, por experiência própria, apenas posso garantir aos leitores deste espaço, que a parte boa de ter a roupa a cheirar a sardinhas é o sucesso que faço junto dos gatos aqui da minha avenida.
O serviço de restauração é assegurado por cinco dos 15 restaurantes que participam nos festivais gastronómicos da associação. A animação do espaço, as diversas demonstrações, degustações e os “preços promocionais” das ementas justificam a entrada de um euro, com direito a um café ou uma água. No entanto, para Mário Esteves, presidente da Figueira com Sabor a Mar, a justificação é outra: “são cobradas entradas para fins estatísticos”.
Uma espécie de estacionamento pago no parque do Hospital!
Confrontado com a interrogação - "duas feiras sobre o mesmo tema no espaço de quatro meses não serão feiras a mais?" - Mário Esteves respondeu que “é um ensaio, é um teste que estamos a fazer”.
Pela notícia que li no jornal AS BEIRAS, fiquei a saber que a primeira serve jantar no dia inaugural, almoço no último e as duas refeições no segundo.
Para sublinhar e destacar a qualidade e o sucesso dos certames realizados na Figueira da Foz, o presidente da Junta de Buarcos, José Esteves, arruma a questão com esta simplicidade: “não devemos nada a outras cidades que também fazem festivais”.
Já para João Ataíde, presidente da Câmara da Figueira da Foz, “o sucesso garantido do evento” passa pelo modelo de “auto-organização”.
“A Figueira da Foz tem características muito próprias, vai consolidando o seu espaço. Estas iniciativas vêm no momento certo. Estamos a apresentar o que de melhor temos”, sublinhou o autarca, depois de ter falado sobre o crescimento do turismo em Portugal.
Sobre sucessos gastronómicos, por experiência própria, apenas posso garantir aos leitores deste espaço, que a parte boa de ter a roupa a cheirar a sardinhas é o sucesso que faço junto dos gatos aqui da minha avenida.
Cuidado com a linguagem, pois o novo acordo ortográfico é muito traiçoeiro... (5)
Neste blogue, nunca se ligou ao acordo
ortográfico.
Por muitas razões. Nomeadamente,
porque prefiro escrever com erros pessoais a fazê-lo com erros
oficiais.
Por exemplo:
Antes do acordo ortográfico
escrevia-se “Alto e pára o baile.”
Significava mais ou
menos deixem-se de merdas, tenham juizinho e vão mas é trabalhar!..
Com o novo acordo ortográfico
escreve-se “Alto e para o baile.”
O que pode ser entendido como deixem-se de merdas, desbundem e gozem mas é a vida!..
segunda-feira, 27 de abril de 2015
Ainda bem que não acredito que podemos viver outra vez: com um estado destes, eu que sempre fui pobre, não iria suportar voltar um dia um dia e sentir-me miserável...
A notícia está no jornal Público.
“Artur Mendes e Manuel Pinheiro
conheceram-se numa reunião no ministério da Economia. No encontro,
que teve lugar no início de 2012, estavam ainda Álvaro Santos
Pereira, o ministro da Economia, de quem Pinheiro era adjunto, e
Miguel Caetano Ramos, neto do fundador do Grupo Salvador Caetano e
gestor de topo do grupo. Na reunião falaram de negócios.
Quer Artur Mendes, quer Manuel
Pinheiro, estavam há muito tempo do mesmo lado, embora só se
conhecessem de nome. O primeiro, do Porto, tinha sido, desde as
campanhas internas do PSD, “conselheiro de imagem” de Pedro
Passos Coelho. O segundo, de Lisboa, era um bloguer activo no apoio
ao actual primeiro-ministro (escrevia no Cachimbo de Magritte).
Pertenciam ao grupo de activistas (quase todos bloguers) mais
empenhados nas batalhas do líder do PSD. Depois da vitória nas
legislativas de 2011, a maioria passou a exercer funções
governativas.
Artur Mendes era a excepção. Acabada
a campanha eleitoral, não integrou nenhum gabinete do Governo.
“Desde essa altura e até hoje não mais houve qualquer tipo de
colaboração que não seja a manutenção de uma relação de
amizade” com o primeiro-ministro, explica ao PÚBLICO. Isso não o
impediu de frequentar, assiduamente, alguns ministérios, onde tinha
amigos e ex-colaboradores da sua empresa de comunicação, a
Elec3city, ou E3C. Marta Sousa, que foi adjunta do primeiro-ministro,
e é a actual mulher de Miguel Relvas, e António Vale, ex-assessor
do ministro-adjunto, e actual quadro da AICEP, eram dois dos
funcionários da E3C contratados pelo Governo. No ministério da
Economia, que vivia eternos “problemas de comunicação”, Artur
Mendes era “uma das vozes conselheiras do ministro [Álvaro Santos
Pereira]”...
São todos do PSD, neste Governo da
maioria PSD/CDS-PP.
Têm uma vida divertida, entre o
Governo e a empresa e a empresa e o Governo, depois do empenhamento
para que o chefe tivesse chegado a chefe do Governo.
Porém, o negócio foi entre "o
Estado e Salvador Caetano"!..
Não é sinal de grande inteligência, mas ainda existem bloggers que não são boys que se transformam em homens ricos, pela via dos negócios pouco transparentes...
O País e a Figueira!.. A Figueira e o País!.. E os discursos de circunstância do 25 de Abril!..
Quem por aqui tem passado, certamente já percebeu que não sou adepto “de todos ao molho e
fé em Deus”, seja na política ou na religião.
No entanto, acredito na bondade, na
generosidade, na tolerância, venero a beleza da natureza, gosto da
vida, sobretudo, procuro olhar para as pessoas com respeito – em
especial, para aquelas que começam por se respeitar a elas próprias
no quotidiano.
Desde muito novo que entendo que é para
contribuirmos para que a vida de todos seja melhor que vale a pena
viver.
Não sei – pelo menos eu ainda não
descobri - se existe alguma linha política ou religião que torne isto
possível. Não sei - nem isso me interessa - pois não tenho
necessidade de fazer parte de nenhum “rebanho”.
Não tenho palavras que me hão-de guiar um dia - que o mesmo é escrever, não tenho guiões... - e não gosto de caminhar por carreiros.
Gosto – sempre gostei - de optar pelo trilho que considero o meu, de fundamentar a opinião com o que aprendo no estudo e com o que vou aprendendo com a experiência vivida.
Não tenho palavras que me hão-de guiar um dia - que o mesmo é escrever, não tenho guiões... - e não gosto de caminhar por carreiros.
Gosto – sempre gostei - de optar pelo trilho que considero o meu, de fundamentar a opinião com o que aprendo no estudo e com o que vou aprendendo com a experiência vivida.
Depois, analiso e comparo a prática de
quem acede ao poder, com o que foi deixando pelo caminho enquanto
preparava o assalto ao cargo político.
Tem acontecido o óbvio: os políticos,
que antes de lá conseguirem chegar, fizeram parte dos meus
conhecimentos, deixaram de me conhecer...
Sem me isentar de defeitos, tenho
constatado que essa gentinha é grotescamente banal. No lugar de uma
consciência moral, muitos possuem uma vertigem narcísica que tudo
absorve e exige aos outros.
Depois, os actos de mentira, logro,
ocultação, são mera predação desprovida de grandeza, causando
dano apenas aos outros. Para eles ficam as mordomias e os
privilégios. Estas criaturas menores pensam que são portadores de
imunidade total e, por isso, não suportam quem não pense
exactamente como eles.
Olho para isso e vejo uma tragédia
moderna, um espectáculo vil e uma miséria sem conceito que está a
penalizar tudo e todos.
O 25 de Abril foi uma coisa boa, disso
não se pode ter dúvidas. O PREC, as nacionalizações, o que se
passou antes do 25 de novembro, era inevitável que acontecesse:
vivíamos um período transitório, com diferentes facções a querer
tomar o poder, é normal que um período desses traga dissabores a
alguns.
De facto e na realidade, para ser politicamente
correcto, antes do 25 de Abril vivíamos numa ditadura.
Nunca tivemos economia a sério, nem uma
verdadeira política de desenvolvimento económico.
Portanto, o gatinhar da democracia e o
que veio a seguir e continuou até aos dias que passam - o
servilismo deslumbrado de uma classe política pouco culta – tinha
de dar nisto...
A seguir ao tempo de um proteccionismo
caduco e em grande parte falido (antes do 25 de Abril) seguimos para
um período de euforia despesista, gerida por gente que não estava
preparada para governar.
O período mais nefasto para o País, pós 25 de Abril, a meu ver, foi o período cavaquista.
O período mais nefasto para o País, pós 25 de Abril, a meu ver, foi o período cavaquista.
A troco de fundos e subsídios, Cavaco
Silva aceitou acabar com o que restava de tecido económico português
e inviabilizou o que podia nascer e prosperar em sustentabilidade.
Fechou a indústria, acabou com a frota pesqueira, pôr os campos agrícolas em pousio... O que é que poderia acontecer de mais negativo a um País que estava a percorrer os primeiros passos no caminho da democracia e do desenvolvimento moderno?...
Fechou a indústria, acabou com a frota pesqueira, pôr os campos agrícolas em pousio... O que é que poderia acontecer de mais negativo a um País que estava a percorrer os primeiros passos no caminho da democracia e do desenvolvimento moderno?...
Um País não tem futuro com políticos
de aviário, tipo pessoal das jotas, amigos de amigos de amigos, pessoal
do avental, ex-autarcas em fim de carreira, funcionários de bancos
puxados para lugares cimeiros nos partidos, advogados ao serviço e
avençados de toda a espécie... Enfim, gentinha que cultiva o chico-espertismo e a demagogia em vez de cultura política.
E como o texto já vai longo, termino
com uma interrogação que, tal como a reflexão acima, me foi sugestionada após a leitura da crónica do vereador Somos Figueira, Miguel Almeida, publicada hoje no jornal AS BEIRAS: olhamos para a Figueira e vemos a tomar
conta dos destinos do concelho, gente com maturidade política, com
sentimento de servir, com cultura política democrática, com competência e com experiência de gestão?
domingo, 26 de abril de 2015
Com super bock é sempre burridade trocar um prato de caracóis por um pires de lima...
"O ministro da Economia faz um excelente exercício daquela prática dupla de enganar em casa e mentir fora."
Numa entrevista publicada há poucos dias num jornal galego, o ministro da Economia fez um excelente exercício daquela prática dupla de enganar em casa e mentir fora.
Mas o exercício de mentir abertamente a um jornal galego, ignorando que no dia seguinte todo o Norte terá conhecimento disso, apenas pode ser fruto da ignorância ou da arrogância.
Ou de ambas.
Numa entrevista publicada há poucos dias num jornal galego, o ministro da Economia fez um excelente exercício daquela prática dupla de enganar em casa e mentir fora.
Mas o exercício de mentir abertamente a um jornal galego, ignorando que no dia seguinte todo o Norte terá conhecimento disso, apenas pode ser fruto da ignorância ou da arrogância.
Ou de ambas.
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