domingo, 5 de abril de 2015

Construir dá trabalho. Destruir é fácil e rápido. A destruição - sobretudo em direitos humanos, em coesão social e na economia - é o legado do governo...

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Coimbra...

Páscoa

"... a palavra Páscoa já tem um sentido diferente do inicial ... 
De facto a palavra começa por ter no hebraico - p'hesachh - o significado de passagem, trânsito (cf. Morais). E a festa da p'hesachh comemorava jubilosamente a travessia do Mar Vermelho pelos Hebreus. 
A coisa porém não principia aqui. Vem já de trás, dos pagãos que celebravam nos ágapes em que imolavam o carneiro, não a passagem do Mar Vermelho, mas a passagem do Inverno para a Primavera que se realiza no signo de Áries: trata-se pois inicialmente duma festa astrológica e é neste signo do Áries=Carneiro, que deve principiar a nossa história ..." 
(Américo Cortez Pinto, in Meditações Filológicas em Volta do Termo «Páscoa», sep., 1965)

sábado, 4 de abril de 2015

Da série, as palavras que hei-de recordar um dia....

Qual a diferença entre o Super-Homem e o vereador Tavares?
Apenas um se aguentou em cima do cavalo...  

Se assim acontecer vai ser um passeio para Marcelo Rebelo de Sousa...

"Candidatura de Sampaio da Nóvoa pronta a avançar"...

O salvador

“O menos que se pode dizer da operação que levou António Costa a secretário-geral do PS e a candidato a primeiro-ministro é que não foi “elegante”.
Nessa altura, muita gente desculpou ou justificou a grosseria e a brutalidade da coisa, porque esperava de António Costa uma nova oposição ao governo lúcida e compreensível e, sobretudo, com princípio, meio e fim. A discrição e as meias-frases na Quadratura do Círculo davam a impressão de esconder um pensamento sólido e um plano político original, que nos tirasse do lugar-comum e da pura irrelevância do debate instituído. Infelizmente, não aconteceu nada disso. Nem nos rituais do Congresso Socialista, nem a seguir em meia dúzia de entrevistas de uma “prudência” claramente exagerada e de uma ambiguidade extrema, António Costa saiu da mastigação das velhas lamúrias da esquerda e da extrema-esquerda.
Esperança não trouxe nenhuma; e extinguiu depressa o entusiasmo das “primárias” do PS, em que não se sabe ao certo quem votou. Apareceu então um putativo salvador que se calava ou, quando se mexia, era como se andasse a pisar ovos. O que, de resto, não o salvou de erros sem desculpa. Prometeu baixar o IVA da restauração para 13% (como se os 23% não tivessem também o objectivo de melhorar a qualidade dos serviços prestados); prometeu a “reposição total” dos salários (do Estado, claro) e das pensões, sem explicar onde iria buscar o dinheiro para essa extravagância; prometeu que os municípios passariam a reter uma indeterminada percentagem do IVA, gerado localmente; e prometeu um “programa nacional” de “requalificação urbana”, aparentemente financiado pela “Europa”. Ora isto por um lado é muito, e por outro lado muito pouco. Meia dúzia de medidas não faz um plano estratégico; e um plano estratégico precisa de uma inspiração unificadora, capaz de ser adoptada e compreendida pelo cidadão comum.
Mas, para nossa desgraça, António Costa, talvez por falta de inspiração própria, não mostrou até agora capacidade para inspirar ninguém. No governo foi um razoável ministro; na câmara um administrador sofrível; e no partido um ambicioso hábil. O que não chega para um país sem futuro certo ou destino visível. Tropeçando de papel em papel e de comissão em comissão, António Costa vai fatalmente desaparecer, já desapareceu, no cansaço e no desespero dos portugueses.”


sexta-feira, 3 de abril de 2015

Cavaco Silva - e bem - foi ao funeral de Manoel de Oliveira...

Estou a ver em directo na televisão a chegada de Cavaco Silva ao funeral de Manuel de Oliveira...
No facebook tenho vindo a deparar-me com indignações várias ao facto de Cavaco ter ignorado a morte de Saramago...
Por uma vez, vou tomar partido pro Cavaco!..
Já imaginaram: “se ele tivesse de ir ao funeral de todos os portugueses que ganharam um Nobel não tinha feito mais nada na vida.”
E, para além do mais, “Saramago era comunista. E ateu”...

Zé - 15 anos depois continuas vivo na memória de alguns...

Morreu em 28 de Abril de 2000. Tinha nascido a 17 de Fevereiro de 1941. Nome completo: José Alberto de Castro Fernandes Martins. Para os Amigos, continua a ser simplesmente o 
Com a sua morte, a Figueira perdeu uma parte do seu rosto. Não a visível, mas a essencial.
Andarilho e contador de histórias vividas, o Zé Martins passou em palavras escritas pelo Notícias da Figueira, Diário de Coimbra, Diário Popular, Jornal de Notícias, Diário de Lisboa, República, Opinião, Vértice, Mar Alto (de que foi co-fundador), Barca Nova (de que foi fundador e Director) e Linha do Oeste. 
Como escreveu Hamlet, “o mundo está fora dos eixos. Oh! ... Maldita sorte! ... Porque nasci para colocá-lo em ordem! ...”. 
D. Quixote considerou que  “era  o seu ofício e exercício andar pelo mundo endireitando tortos, desfazendo agravos”. 
O  Zé considerava essa também a sua principal missão: “também a lança pode ser uma pena/também a pena pode ser chicote!” 
Hoje, António Augusto Menano, na sua crónica habitual das sextas-feiras no jornal AS BEIRAS, ao escrever “Sobre o esquecimento” lembra a determinado passo o ZÉ: “Os deveres, sim, isso é coisa de somenos. E quase fico a pensar que tudo é esquecível. Mas há coisas que não se esquecem. Recordarei pessoas, a maior parte delas humildes: o sr. Santos, que na biblioteca, à época situada por cima de onde hoje estão os Bombeiros Municipais, me ia “recomendando” livros, muitos dos quais eram mesmo maus, mas a verdade era que se interessava por mim. Recordarei os meus amigos Sousa Cardoso e António Jorge da Silva, obreiros, com outros, do Mar Alto, do Zé Martins, um grande esquecido (embora não pareça) desta terra; do Catitinha, que alguns “terrores” me provocou; do Mário, que me salvou de ser levado pelo temporal arrastado por cima do muro da Santa Casa da Misericórdia, democrata, antifascista, para mim, por essa altura, um amigo da família que era carteiro.” 
Meu caro e irreverente Zé - Amigo e Mestre: confesso que por vezes me assola a  maldita sensação de que se a pena é uma arma – e é,  também é pouco para o combate desigual contra quem, sem pudores ou escrúpulos de qualquer espécie,  nos combate com as mãos enfiadas nos nossos bolsos agredindo-nos até às entranhas.

Brincadeira do 1 de abril

Estive para não escrever nada. Porém, pensando melhor, por rigor, fica o registo: a nossa brincadeira do 1 de Abril, este ano, foi esta.
Como isto vai neste cantinho à beira mar plantado, nada adianta a explicação, pois a “postagem em causa” poderia perfeitamente ser verdadeira. 
Quase 41 anos depois do 25 de Abril, conquistámos direito a um novo lema, graças aos sucessivos governos dos últimos anos – mas, por uma questão de justiça democrática, convém sublinhá-lo bem: sobretudo, graças à actuação decisiva e determinada deste.
- Um de Abril sempre, verdade nunca mais.

Manuel Luís Pata e Alfredo Pinheiro Marques novos sócios honorários do CEMAR

Por deliberação datada de 29.03.2015, por ocasião da celebração dos vinte anos da fundação (Janeiro de 1995), foi feita a atribuição dos títulos de "Associados Honorários" do Centro de Estudos do Mar (CEMAR) a Manuel Luís Pata (autor dos livros sobre a Figueira da Foz e a Pesca do Bacalhau) e a Alfredo Pinheiro Marques (presidente, coordenador científico, mecenas, etc., desta associação, desde a sua fundação). 

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Começou...

... "duas pessoas morrem afogadas no mar na Figueira da Foz".

O pais está tão melhor... não está?..

Reproduzo um texto de Sofia Covas:
Queridas pessoas que mandam,

Acabo de ver uma velhinha a apanhar comida do chão. Uma velhinha assim como as avós que nós temos na aldeia, ou como aquelas que imaginamos.
Dei-lhe um litro de leite. Era a única coisa que tinha comigo. E foi como se lhe tivesse dado uma fortuna, ou o mundo dentro de um pacote.
E tudo - desde vê-la a agarrar um quarto de palmier que alguém deixou cair até ao olhar de gratidão quando lhe estendi o leite - fez deste um dos momentos mais tristes que me lembro de ter vivido.

O legado de Manoel de Oliveira

Morreu Manoel de Oliveira e está instalado o drama nacional.
Do meu ponto de vista, o drama não foi ter morrido Manoel de Oliveira: o drama foi ter morrido um jovem de 106 anos, chamado Manoel, filho de alguém, neto de alguém, amigo de alguém.
Do meu ponto de vista, o drama foi ter-se constatado o óbvio - há pessoas que julgamos imortais: tal como disse um dia Manoel de Oliveira,  "a vida é uma derrota".
Foi o que ensinou a vida a um homem centenário, que atravessou quase todo o século XX e os primeiros 14 anos do século XXI: nascemos contra vontade e não somos senhores do nosso destino.
Era um homem solidário.
Em 2010, num artigo para o PÚBLICO, em "defesa do cinema português", mostrou que pensava nas condições cada vez mais difíceis dessa coisa de fazer filmes em Portugal. Que pensava nos seus colegas.
"Eles, como eu, sempre viveram na precariedade e na insegurança, sem reforma nem subsídio de desemprego, e sem nunca sabermos se não estaremos a fazer o nosso último filme. Eles, como eu, só temos um desejo: todos ambicionamos morrer a fazer filmes." 

A poucos dias da comemoração dos 41 anos do 25 de Abril de 1974...

Um documento cuja leitura recomendo vivamente...
Recurso da Candidatura da CDU referente às Eleições para a Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira de 29 de Março de 2015.
Para os mais preguiçosos fica um extracto:
«(...) Apontam-se como exemplos que não podem deixar de ser verificados, por terem repercussão direta na atribuição de mandatos, os casos seguintes: - Na Secção L da freguesia de Santa Maria Maior, concelho do Funchal, o PSD obteve 48 votos, como consta da respetiva ata. Porém, do edital constam 218 votos no PSD. Na assembleia de apuramento geral, solicitada a recontagem dos votos pelo mandatário da CDU, procedeu-se à abertura da urna, mas foi indeferida essa recontagem, tendo sido inserido como resultado final os 218 votos sem qualquer verificação.(...)»

Morreu Manoel de Oliveira

O jardim "bizarro"...

Alberto João Jardim não está morto... 
Perante a possibilidade do Tribunal Constitucional promover uma recontagem (apoiada, agora, por quase todos os partidos), proferiu declarações absolutamente lamentáveis, abrindo guerra à CNE... 
Os objectivo são claros: 
1) tentar desacreditar e  fazer da CNE o “bode expiatório”
2) tentar uma "manobra de diversão" para desviar as atenções do verdadeiro problema - que é o das chapeladas que acontecem em certos locais (diga-se, em abono da verdade, não só na Madeira...).

Vão estudar malandros...

O Relvas também precisa de aulas de canto...

História e Cultura Marítima da Foz do Mondego (Buarcos) disponível em formato digital...

O Curso de História e Cultura Marítima de Portugal, da Beira Litoral e da Região da Foz do Mondego (Buarcos) publicado por Alfredo Pinheiro Marques, director do Centro de Estudos do Mar, no âmbito da celebração dos Vinte Anos da Fundação do CEMAR (Figueira da Foz - Montemor-o-Velho - Praia de Mira, 1995-2015), foi disponibilizado para o público, em memória magnética(formato PDF). Para o efeito clicar aqui
Esta publicação do Centro de Estudos do Mar inclui, como anexo, o texto "Síntese da História de Buarcos, Foz do Mondego, nos Séculos XIV-XVIII", um texto escrito no ano de 2011 a pedido da Junta de Freguesia de Buarcos (Figueira da Foz).
O trabalho é uma síntese sobre a História Local dessa antiga póvoa marítima portuguesa, e sobre a importância que nessa História tiveram, desde o século XV, as figuras históricas do Infante Dom Pedro (1392-1449) e do seu neto, herdeiro pessoal (também Senhor de Buarcos), e herdeiro político, o "Príncipe Perfeito" de Portugal, Rei Dom João II (1445-1495), "próprio e verdadeiro coração da República". 
Neste Curso de História e Cultura Marítima, fica expressa a posição do seu autor, absolutamente diferente, contraditória, e radical, na Historiografia Portuguesa, acerca da importância e verdadeira dimensão - absolutamente determinante, decisiva, e esmagadora (mas, sempre, silenciada, censurada, menorizada e diminuída…) -, do Norte e Centro de Portugal (e, nomeadamente, da Beira Litoral, com as regiões da Foz do Mondego/Buarcos/Montemor, e as regiões de Aveiro/Ílhavo/Sá…) no cômputo geral da História Marítima, da História dos Descobrimentos Geográficos, das Navegações, Comércios e Pescas, da Etnografia e Cultura Naval, do Património Cultural Marítimo, deste país que é Portugal.