* A votação para a nomeação de Nuno Gonçalves foi adiada
* Caso pode pode ser remetido ao Ministério Público
Na reunião de Câmara de ontem, realizada à porta fechada, foi votada e aprovada por unanimidade, a aceitação da demissão de Anabela Gaspar, administradora delegada da empresa municipal Figueira Domus.
Entretanto, o presidente da
Câmara da Figueira da Foz,
João Ataíde, remeteu para
a administração da Figueira
Domus o dossiê dos
adiantamentos dos vencimentos
da antiga administradora
executiva Anabela
Gaspar e de funcionários
sem o conhecimento dos
restantes administradores.
A administração da empresa
municipal de habitação
social, por sua vez, vai
pedir um parecer jurídico
sobre o assunto. Se houver
motivos que o justifiquem,
o processo será enviado
para o Ministério Público.
Miguel Almeida, da coligação "Somos Figueira" defendeu
que as empresas municipais
deviam ser presididas
por um vereador
executivo. Miguel Almeida e os restantes
vereadores social democratas adiantaram
que vão votar contra a
nomeação do novo administrador
da Domus,
Nuno Gonçalves, porque entendem que só votariam
a favor de alguém
que não fosse funcionário
municipal se, “em matéria
de gestão, o seu currículo
fosse inquestionavelmente
superior a pessoas que
já estejam ao serviço da
autarquia”.
A votação foi
adiada porque a maioria
socialista tinha um vereador
a menos – João Portugal
não participou na
reunião.
Em tempo.
A reunião realizou-se à porta fechada.
O comunicado emitido pelo grupo de vereadores do PSD, eleito na coligação "Somos Figueira", pode ser lido aqui.
terça-feira, 10 de março de 2015
segunda-feira, 9 de março de 2015
Feitos ao bife...
Depois de Santana Lopes, também Marcelo Rebelo de Sousa, de cuja biografia se esperaria mais, não resistiu à leveza dos tempos: também se revê no perfil presidencial traçado por Cavaco.
Se Cavaco Silva "banalizou" o
cargo no qual foi empossado há nove anos, começam agora a saltar alguns dos brincalhões que aspiram a ele!..
Como se diz na Aldeia: «estamos feitos
ao bife»...
Jotinhas, que o mesmo é dizer "aviário de políticos"...
Um dia destes, o ex-jotinha Nuno Gonçalves que foi vice-presidente da Distrital da JS, quando o deputado e vereador figueirense João Portugal liderava esta estrutura socialista, substituiu Anabela Gaspar na administração executiva da Figueira Domus.
Não é só na Figueira que existem aviários de candidatos a "tachos" e a políticos. Portugal, todo ele, incluindo as ilhas adjacentes, é um enorme aviário de candidatos a "tachos" e a políticos. Vasco Pulido Valente, na passada sexta-feira, publicou esta oportuna e actual prosa.
«Como ele, houve centenas de pessoas que, por causa de uma educação perversa nas “juventudes partidárias”, entraram na meia-idade (os 35 anos de que fala Dante) sem um passado profissional e com uma visão do mundo distorcida pela incessante intriga a que se reduzia a actividade interna do PS e do PSD e em que participavam de pleno
direito e, às vezes, como personagens maiores. Pior ainda, esta espécie de currículo dava uma certa autoridade a gente a quem faltava qualquer outra. Não vale a pena falar de António José Seguro. Mas basta lembrar que António Costa proclama por aí com orgulho que se inscreveu no PS aos 14 anos, para se perceber a natureza da aberração que os partidos promovem, julgando manifestar a sua perenidade e a sua força. Como se a perenidade e a força consistissem em enganar inocentes, abaixo da idade do consentimento político. A condição dos membros das várias “juventudes” dos partidos (que vão até aos 30 anos) acaba por ser uma condição de relativa irresponsabilidade, sobretudo para aqueles que exercem cargos no “aparelho”. Os deveres para com a sociedade e o Estado são obscurecidos pelas pequenas lutas domésticas pelo poder e pela grande questão de saber se a seita consegue ou não ocupar o governo e o Estado – fonte de favores,
recompensas, influência e dinheiro. Este mundo fechado sobre si próprio não se importa muito com o mundo exterior e não exige um comportamento cívico exemplar. Pelo contrário, tolera uma imensa quantidade de “erros”, por assim dizer, em nome do interesse superior da facção. Do incidente fiscal de Pedro Passos Coelho só uma coisa se deve concluir: as “juventudes partidárias” precisam de ser abolidas, como primeiro acto para a regeneração do regime. Os jovens que se inscrevam onde quiserem na idade de votar e que sejam tratados como o militante comum. Que os partidos não sirvam mais de educadores da “classe política” e aviário de ministros. Basta o que basta.»
Não é só na Figueira que existem aviários de candidatos a "tachos" e a políticos. Portugal, todo ele, incluindo as ilhas adjacentes, é um enorme aviário de candidatos a "tachos" e a políticos. Vasco Pulido Valente, na passada sexta-feira, publicou esta oportuna e actual prosa.
«Como ele, houve centenas de pessoas que, por causa de uma educação perversa nas “juventudes partidárias”, entraram na meia-idade (os 35 anos de que fala Dante) sem um passado profissional e com uma visão do mundo distorcida pela incessante intriga a que se reduzia a actividade interna do PS e do PSD e em que participavam de pleno
direito e, às vezes, como personagens maiores. Pior ainda, esta espécie de currículo dava uma certa autoridade a gente a quem faltava qualquer outra. Não vale a pena falar de António José Seguro. Mas basta lembrar que António Costa proclama por aí com orgulho que se inscreveu no PS aos 14 anos, para se perceber a natureza da aberração que os partidos promovem, julgando manifestar a sua perenidade e a sua força. Como se a perenidade e a força consistissem em enganar inocentes, abaixo da idade do consentimento político. A condição dos membros das várias “juventudes” dos partidos (que vão até aos 30 anos) acaba por ser uma condição de relativa irresponsabilidade, sobretudo para aqueles que exercem cargos no “aparelho”. Os deveres para com a sociedade e o Estado são obscurecidos pelas pequenas lutas domésticas pelo poder e pela grande questão de saber se a seita consegue ou não ocupar o governo e o Estado – fonte de favores,
recompensas, influência e dinheiro. Este mundo fechado sobre si próprio não se importa muito com o mundo exterior e não exige um comportamento cívico exemplar. Pelo contrário, tolera uma imensa quantidade de “erros”, por assim dizer, em nome do interesse superior da facção. Do incidente fiscal de Pedro Passos Coelho só uma coisa se deve concluir: as “juventudes partidárias” precisam de ser abolidas, como primeiro acto para a regeneração do regime. Os jovens que se inscrevam onde quiserem na idade de votar e que sejam tratados como o militante comum. Que os partidos não sirvam mais de educadores da “classe política” e aviário de ministros. Basta o que basta.»
A recordação pelas brumas da memória da "boa e má moeda"...
«Nos tempos que correm, os interesses de Portugal no plano externo só podem ser eficazmente defendidos por um Presidente da República que tenha alguma experiência no domínio da política externa e uma formação, capacidade e disponibilidade para analisar e acompanhar os dossiers relevantes para o País».
A frase, de Cavaco, que pode bem vir a ficar para a História como o "Presidente do Silêncio", consta do prefácio escrito na IX edição dos "Roteiros" de Belém, publicado hoje pela Presidência da República.
Santana Lopes, que acha que encaixa no modelo de PR defendido por Cavaco
já veio apressar-se a vir à colação, dizendo que cumpre os requisitos do perfil. A memória é curta. Vejamos: é de uma arrogância extrema um Presidente ainda em funções dar-se ao luxo moral de traçar um perfil para o seu sucessor; é imprudente, Santana, para surfar a onda, esquecer-se rapidamente da "boa e má moeda", em que ele próprio foi o destinatário, num artigo de Novembro 2004 no Expresso escrito por Cavaco Silva, então professor.
Recorde-se: em 2006, dois anos depois depois da queda do seu governo, o ex-primeiro-ministro Pedro Santana Lopes chegou a atribui-la a “uma conjugação objectiva de interesses de diferentes origens partidárias” e considerou que Cavaco Silva “foi um protagonista importante” neste período político.
Mais uma ironia do nosso destino: fim da cláusula do IMI traz aumentos de 500%
Os proprietários vão começar a
receber nos próximos dias as notificações para pagarem o Imposto
Municipal sobre Imóveis (IMI). E, desta vez, não vão poder contar
com a cláusula de salvaguarda. Em média, a factura a pagar em 2015
será entre 35% e 40% mais cara. Mas, em alguns casos, os aumentos
vão chegar até aos 500%.
E é para pagar já em abril.
E é para pagar já em abril.
«Depois da reavaliação dos imóveis, o
agravamento médio do IMI deveria rondar 350% a 400%, mas a cláusula
de salvaguarda ajudou a diluir estes aumentos. Agora, prevê-se uma
subida média na ordem dos 35% a 40%», afirmou ao "Dinheiro Vivo" Domingues de Azevedo, bastonário da Ordem dos Técnicos
Oficiais de Contas.
Quer dizer: o aumento do IMI vai onerar ainda mais um orçamento familiar, reduzido pelos sucessivos cortes e taxas e
impostos e o desemprego e, por consequência, vai desincentivar a compra de casa própria.
Reparem a ironia: neste momento em Portugal, para muito proprietário, o sentimento de
propriedade começa a ser pernicioso, penoso e, sobretudo, difícil de suportar...
E vivemos nós numa sociedade que se quer subserviente e respeitadora do património individual, dos valores e das hierarquias - no fundo, uma
sociedade ultra liberal governada por uma direita ultra defensora da propriedade
privada!..
Alguém entende a política promovida por estes fulanos do governo?..
domingo, 8 de março de 2015
Era ali o "ex-libris" da Aldeia...
Autor: Cunha Rocha |
A nostalgia não é boa se não for
acompanhada de lucidez.
Sem lucidez a nostalgia é perigosa. A lucidez é que permite que a memória esteja no sítio que deve ocupar.
Sem lucidez a nostalgia é perigosa. A lucidez é que permite que a memória esteja no sítio que deve ocupar.
A imagem de cima, sacada daqui, mostra
uma realidade da minha infância e adolescência, desaparecida com a
construção da chamada variante da Gala no princípio dos anos 80 do
século passado.
Era ali, o “ex-libris” da nossa Terra ...
Era ali “a beleza do lugar de sonho
romanesco, e inconfundível da borda do rio na Gala.Era ali, o “ex-libris” da nossa Terra ...
Espaço de um
tempo da nossa vida que já não existe, mas que perdurará para
sempre, para quem viveu com ele.”
"O pica-pau que transporta a doninha"...
Quem quiser perceber o título desta postagem, tem de clicar aqui.
O primeiro milhão
Este blogue começou há 8 anos e
picos. Atingiu hoje o primeiro milhão de visualizações. Para um "bloguezinho", é obra!..
Em abono de Passos Coelho
Mais de meio Portugal anda possesso com
Passos Coelho.
Os portugueses foram ao baú de recordações e
descobriram uma frase dúbia, mas agora actual e célebre, de Passos
Coelho, proferida em Outubro de 2012: “Pertenço a uma raça de homens que paga o que deve“.
Agora porquê? Porque só há poucos dias se
ficou a saber que Passos Coelho já então tinha conhecimento da sua
dívida à Segurança Social, paga em Fevereiro de 2015 na véspera
do caso ser divulgado pelos jornais - a frase virou-se contra ele.
É a vida, como diria o outro...
Daí, até a “vox populi” ter-lhe colado
à pele o epíteto de incumpridor e mentiroso, dada a aparente
contradição entre o que diz e o que faz, foi um instante. E, como
sabemos, “vox populi, vox dei”...
Todavia, temos de ser precisos e
justos com o primeiro-ministro.
Passos Coelho, proferiu a frase no
parlamento em resposta a Louçã, que defendera a chamada
restruturação da dívida portuguesa.
Nesse particular e preciso contexto, Passos Coelho não disse que
era de uma raça de homens que pagava sempre as suas dívidas.
Longe dele tal insinuação. Disse, sim, que era de uma raça de
homens que honrava os “compromissos do país” mesmo que não
tivessem sido assumidos pelo seu governo. Como é sabido, as dívidas
do Estado são pagas com o dinheiro dos contribuintes.
Passos Coelho foi, mais uma vez, vítima
das conhecidas dificuldades no manejar da língua de Camões.
Deveria ter dito: “Pertenço a uma
raça de homens que paga dívidas, desde que seja com o dinheiro e o sacrifício dos outros“.
sábado, 7 de março de 2015
A vida não está fácil para os políticos...
Há três dias, António Costa, secretário-geral do PS, recusou-se a comentar a polémica da dívida do primeiro-ministro à Segurança Social.
Confrontado pela SIC, o secretário-geral do PS fugiu a qualquer comentário.
Hoje, calhou a vez a Portas...
Cavaco também não escapou e recusou-se a comentar as recentes notícias sobre a dívida de Pedro Passos Coelho à Segurança Social.
Confrontado pela SIC, o secretário-geral do PS fugiu a qualquer comentário.
Hoje, calhou a vez a Portas...
Cavaco também não escapou e recusou-se a comentar as recentes notícias sobre a dívida de Pedro Passos Coelho à Segurança Social.
"Um governo alemão"... *
"Se o
actual Governo fosse “germânico”,
então teríamos eleições
em breve: Merkel demitir-se-
ia se tivesse dívidas à
Segurança Social."
* frase extraída da crónica do engº. João Vaz, hoje publicada no jornal AS BEIRAS.
* frase extraída da crónica do engº. João Vaz, hoje publicada no jornal AS BEIRAS.
“Cidadão imperfeito, primeiro-ministro mais que perfeito”...
Acabo de ouvir Costa afirmar na televisão, "que o PS deu uma segunda oportunidade ao primeiro ministro"...
Costa deve acreditar que “as dívidas ao fisco e à segurança social são como as pastilhas elásticas: quando se colam aos sapatos é muito difícil arrancá-las. Quando se colam ao carácter, os estragos ainda são maiores. A credibilidade fica para sempre suja e pegajosa e nada volta a ser como era.”
No fundo, Costa limita-se a aguardar que Passos Coelho seja castigado nas próximas eleições!..
Portanto, qual é a pressa?..
Costa deve acreditar que “as dívidas ao fisco e à segurança social são como as pastilhas elásticas: quando se colam aos sapatos é muito difícil arrancá-las. Quando se colam ao carácter, os estragos ainda são maiores. A credibilidade fica para sempre suja e pegajosa e nada volta a ser como era.”
No fundo, Costa limita-se a aguardar que Passos Coelho seja castigado nas próximas eleições!..
Portanto, qual é a pressa?..
Subscrever:
Mensagens (Atom)