quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

"Burlão" que engana "burlão" merece cem anos de perdão!..

Via jornal Público

Assessores...

Cada um faz o que quer.
Porém, quando alguém faz uma coisa muito estúpida, só com muito custo aceitamos que seja capaz de um acto inteligente.
O anonimato não é motivo para desqualificar argumentos. O cerne do problema é que ao longo dos anos o anonimato tem servido para se saltar do argumento para o insulto vil e cobarde.
Por aqui, há muito que apertámos a malha ao fartar vilanagem que são as caixas de comentários abertas aos anónimos.
Consequência: milhares de “comentários” foram para o lixo.
Curiosamente, apesar de não ser esse o nosso objectivo primacial, disparou o contador...

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Diz-me, espelho meu, quem é mais democrata do que eu?..

para ler melhor clicar na imagem
Cá pela Figueira, continuamos com “o mesmo ar bafiento”, e a porta continua por abrir...
Em termos futebolísticos, não temos um Sporting- Benfica, mas temos um Sporting-Belenenses...
Tentando elevar a polémica e passando para o ramo cultural, o teatro avant-garde, ou mesmo uma opereta, têm uma coisa em comum: o conteúdo significava nada, a mascarada tudo...

No País do carnaval...

"Estado fica com dívida de patrões 
Crédito bancário de 33 milhões de euros do centro de congressos do Europarque passa para a esfera pública."

Lá por ser Carnaval, ninguém leva a mal?..

Os números ainda não estão fechados, mas presumo que a edição do carnaval deste ano, mais uma vez, volte a não cobrir os gastos.
Tudo por causa das condições do tempo, que não permitem que o corso decorra com a normalidade desejada.
Daí, continuar a pensar que mudar o carnaval lá mais para o verão, talvez não seja assim tão má ideia...
Na Figueira, e em outros locais do nosso País, pode haver  sempre carnaval, pois existem sempre soluções...
Essa de mudar a data do carnaval mais para o verão, é uma delas...
Mas, há mais. Por exemplo, retomar uma comissão para organizar o carnaval. Depois, face ao prejuízo, poderá recorrer-se a um peditório público.
Não será nada de espantar. Será apenas mais um...
Num país de pedintes,  contribui quem quer...
Assim, como isto está contribuímos todos,  via Câmara Municipal, através dos impostos que somos obrigados a pagar.
Eu sei que esta coisa de tudo tentar resolver pelo recurso à caridade, é assim uma espécie de  menoridade intelectual, mas é o país e o povo que temos (o dos peditórios para amenizar a  pobreza, para proporcionar alguns cuidados de saúde e  assistência na velhice, para realizar festas com artistas que vêm actuar a peso de ouro, etc...  Por conseguinte, porque não  um peditório para organizar os carnavais?)
Um país com as dificuldades  financeiras que todos conhecemos, por experiência própria, ferozmente escrutinado pelas mais diversas instituições financeira internacionais, continuar a organizar  carnavais com dinheiro emprestado, isso tenham santa paciência, é que não pode continuar a acontecer!..
Tudo menos isso.
Eu não quero acreditar que vivo numa cidade - que tal como o País - é governada por irresponsáveis e alienados políticos.  
Hoje, é um dia à imagem deste governo: "dois terços do país não trabalha e um terço finge que está a trabalhar. Os privados, enquanto gozam a folga, aproveitam para dizer que é muito bem feito que os funcionários públicos (praticamente só os da administração central, porque dois terços das autarquias marimbaram-se para as ordens do governo) estejam a trabalhar, porque são uns calaceiros, pouco produtivos e têm salários exorbitantes.
A Terça feira de Carnaval deveria passar a ser o Dia Nacional da Inveja. 
Ou da estupidez tuga."

Carnaval e dia dos namorados...

Este ano, carnaval e dia dos namorados ocorreram  no mesmo fim de semana.
Nada contra.
Para quem está de fora, é tudo mais ou menos a mesma palhaçada...

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Ontem, foi o dia dos namorados...


- Pedrito, apetece-me algo...
- Claro, senhora, os vossos desejos são ordens para mim... 
- Traz-me um copo de água!.. 
- Sim, senhora, vou já privatizar!


daqui

E foi assim que, de porreirismo em porreirismo, caímos neste atoleiro cheio de gajos porreiros...


"Os homens do aparelho fazem sempre as mesmas perguntas: quem é que eu devo apoiar para manter o lugar que tenho (deputado, vereador, assessor, gestor, etc.); quem é que devo apoiar para ter o lugar que quero (no partido, na administração, na autarquia, no governo, etc.), quem é meu “amigo”, quem é o meu “inimigo”, quem é que parece mais capaz para defender os interesses do meu grupo, da minha estrutura, A mim e aos “meus”, amigos, amantes, família, companheiros fiéis, parceiros de negócio. Quem perturba esta lógica, é atirado para as trevas exteriores, seja qual for a sua mais-valia social. Quem não a põe em causa, mesmo que seja um absoluto medíocre, está em casa. Uma vez entrado no sistema, fica lá sempre se se comportar como se espera, se for “confiável”, se não fizer ondas, se mostrar a camisola, se reagir pavlovianamente a tudo o que afecte os interesses do aparelho. 
É assim que se fazem as carreiras, é assim que tudo se move. É assim que estamos."
Isto tem nome: é a "A PARTIDOCRACIA NO SEU ESPLENDOR"…

... o Mar continua a invadir a freguesia de S. Pedro

A protecção da Orla Costeira Portuguesa continua a ser uma necessidade de primeira ordem...
Como escrevemos em 11 de dezembro de 2006,  o processo de erosão costeira, a nosso ver, era uma prioridade.
Como, entretanto, quem de direito nada fez, a duna a  Sul do 5º. Molhe da praia da Cova está devastada...

Na Figueira é sempre carnaval...

foto de Pedro Agostinho Cruz 
Ontem, domingo, o Carnaval de Buarcos saiu à rua.
Porém, a chuva acabou por obrigar ao fim antecipado do desfile na Avenida do Brasil.
Uma escola de samba e o carro dos reis não desfilaram.
Merche Romero e o figueirense Fernando Maltez, porém, não privaram os seus súbditos do convívio e, a meio do corso, decidiram abdicar do trono para se juntarem ao povo.
Na Cova-Gala o Carnaval  trapalhão decorreu com alegria e animação.

Em tempo.
Se o samba veio para ficar no carnaval de Buarcos, porque não alteram o dia de entrudo para meados de Agosto, quando a temperatura atinge os valores do Carnaval do Rio? 
Além do mais, evitava que a Câmara tenha de conceder tolerância de ponto. 
Em Agosto, Portugal está de férias.  

domingo, 15 de fevereiro de 2015

A LEVEZA DO SER...

... a ler, aqui.

Miguel Almeida, um dos figueirenses mais porreiros que conheço...

foto sacada daqui
Conforme comunicado publicado aqui, a Concelhia da Figueira da Foz do PCP recebeu com “espanto” a notícia que os deputados do PSD e do CDS haviam apresentado, na Assembleia da República, uma proposta para a alteração do nome da Freguesia de Buarcos, passando a designar- se Freguesia de Buarcos e São Julião. O PCP acusa que o PSD “rompeu oportunisticamente o consenso gerado” na Assembleia de Freguesia de Buarcos, ao não esperar que a deliberação aprovada neste órgão chegasse primeiro ao Parlamento. “Este chico- espertismo do PSD” local, “ao que consta protagonizado por Miguel Almeida, visa branquear as responsabilidades que teve na extinção das freguesias”, acusa o PCP. 
Confrontado pelo jornal AS BEIRAS com esta tomada de posição pública do PCP, Miguel Almeida limitou-se a responder: “Não respondo a disparates”.
Cá está o Miguel Almeida que eu conheci: o Miguel Almeida, o figueirense, antes de ser o Miguel Almeida, o político
O peso da identidade, desde a década de 90 do século passado, sempre afectou o seu percurso individual na política e ajudou a degradar o espaço público da política figueirense. 
O excesso de identidade conforta – mas, imobiliza... 
Somos o que somos e isso desculpa-nos, exime-nos do debate, protege-nos do conflito e empurra-nos para o queixume. 
A liberdade colocou problemas de identidade, que levaram a que os portugueses - e isso vê-se a olho nu na Figueira - se refugiem em “antigos moldes que forneciam segurança e paz interior”
Décadas de salazarismo não só afastaram os portugueses do espaço público de debate mas, também, criaram uma identidade avessa ao conflito e à discussão. 
Somos quase todos porreiros aqui pela Figueira. E o Miguel, em abono da verdade, é um dos figueirenses mais porreiros que conheço. 
Na Figueira, prefere-se um tratamento de cosmética a encarar a realidade. 
Daí, à institucionalização do chico-espertismo é um pequeno passo. 
As tácticas de sobrevivência quotidiana que constam do manual do chico-esperto foram consagradas pelo próprio Estado Novo e continuam em Portugal mais de 40 anos depois do 25 de Abril. Reconhece-se o direito à liberdade de expressão e manifestação, mas retira-se-lhe qualquer significado político... 
“Assim começa a interiorização da obediência” no país do respeitinho, onde, na opinião do professor José Gil, “estamos ainda longe de praticar a democracia”.
E a Figueira, neste campo, é uma das cidades mais portuguesas que conheço.

sábado, 14 de fevereiro de 2015

Os alemãezinhos (de calcinhas na mão), ou o país dos aldrabões...

Afinal, segundo o jornal Público, "Portugal está entre os países da zona euro que concederam até agora um menor volume de empréstimos à Grécia, quer em percentagem do PIB, quer levando em conta a dimensão da sua população. Isso acontece pelo facto de Portugal, a partir do momento em que lhe foi aplicado também um programa da troika, ter ficado dispensado dos custos associados à ajuda financeira à Grécia. Os números disponíveis parecem, assim, contrariar a ideia defendida por Pedro Passos Coelho esta quinta-feira de que Portugal é “de longe o país dentro da União Europeia que, em percentagem do seu produto, maior esforço fez de apoio e solidariedade em relação à Grécia”.

Via O país do Burro

Na Figueira é sempre carnaval...

foto sacada daqui

Recordando o trauma do Carnaval passado... 

Este ano, foi diferente...

Os "povos" que não querem trabalhar

Ler aqui.

O último crime de Salazar

"O assassinato de Humberto Delgado é um crime hediondo perpetrado por um regime anacrónico,   já em contra ciclo histórico consigo próprio.

Só o desespero de um regime encurralado no beco sem saída em que se enfiou "orgulhosamente só" ajuda a compreender a ordem de Salazar para matar o general.
A trama urdida pela Pide é uma sucessão de práticas mafiosas, cuja tentativa de esconder o corpo do general sem medo num campo  da estremadura espanhola prova que nem o fascismo, nem a polícia que o suportava, olhavam a meios para atingir os seus tenebrosos objectivos.
A ética do fascismo era esta, tal como é a dos saudosistas que pululam por aí..."

Algo alternativo para o dia de hoje....

Sim, eles — as pessoas com diversidade funcional, vulgo deficientes — fodem. Ou, para "os ouvidos e mentes mais sensíveis", eles amam, namoram, desejam, fazem amor, excitam-se e, por isso, "têm direito a uma sexualidade digna e adequada"
Palavras do Sim, Nós Fodemos, movimento que tem como objectivo abordar e desmistificar a sexualidade dos deficientes, e que a 14 de Fevereiro nos quer pôr a falar, lá está, de Sexualidade e Deficiência.

A data não é inocente. 
"Queríamos fazer uma coisa diferente para o Dia dos Namorados", explica Rui Machado, um dos organizadores. "E algo que desse visibilidade ao tema." 
Isto porque, mesmo quando se realizam conferências sobre deficiência, raramente "é abordada a questão da sexualidade".

A jornada arranca às 10h e prolonga-se até meio da tarde (ainda dá tempo para os jantares românticos com direito a peluches pirosos). Em cima da mesa, conta Rui, estão os mais variados temas: a psicóloga Ana Garrett aborda a reabilitação da sexualidade em pessoas com alterações sensitivas ("Será uma intervenção virada para soluções e alternativas"), enquanto que as investigadoras Lia Raquel Neves e Ana Lúcia Santos, do projecto Intimidade e Deficiência, reflectem sobre estereótipos discriminatórios ("Um dos nossos cavalos de corrida") e sobre a existência de diferentes orientações sexuais e identidades de género dentro da deficiência.

a outra margem

«A corrente era forte, mas na outra margem havia pássaros, toiros bravos a pastar e valados desconhecidos. À noite, esperava-o a tareia do costume, em vez de ceia, e na manhã seguinte regressava ao telhal pelas orelhas.» 

 Soeiro Pereira Gomes, Esteiros (1941)