terça-feira, 5 de agosto de 2014

Energia positiva...

O serviço de Turismo foi tão eficaz a promover a Figueira como destino de férias, que até a “limpeza” decidiu vir passar o verão na Praia da Claridade em 2014...

Uma história com barbas...

“Não vai custar um tostão aos contribuintes”... 
Mesmo sob a capa de romance, surpreende-nos este Portugal rasteirinho, sinuoso, complexo e  muito mais violento do que poderá parecer. 
Bad bank e good bank...
Valia a pena, sobretudo, conhecer as relações demasiado próximas que se estabelecem entre sectores da sociedade que, à primeira vista, não deveriam ter qualquer ligação entre si. 
Como por exemplo esta, sacada daqui. 
«Cavaco Silva e Ricardo Salgado tiveram um encontro em 1989, quando o então primeiro-ministro se estreou no Fórum Mundial de Davos. O bar de um pequeno hotel suíço chegou a ser encerrado para Ricardo Salgado e Manuel Ricardo Espírito Santo falarem com Cavaco. Manifestaram vontade de o grupo regressar a Portugal para assumir a seguradora Tranquilidade e o banco da família, que tinha sido nacionalizado em 1975. O que aconteceria em 1991.
Passaram-se os anos do cavaquismo e do guterrismo. Em Janeiro de 2004, Ricardo Salgado convidou para jantar em sua casa, no Estoril, três casais: Durão Barroso (então primeiro-ministro) e Margarida Sousa Uva, Aníbal e Maria Cavaco Silva e Marcelo Rebelo de Sousa, com Rita Amaral Cabral, que viria a ser administradora não executiva do BES. 
«O encontro serviu para pressionar Cavaco a candidatar-se às próximas eleições presidenciais", escreveria o 'Expresso' na primeira página. Salgado teria argumentado que, com a difícil situação económico-financeira do País, era benéfico o papel estabilizador de Cavaco em Belém.»  
Impressiona, claro, o desfecho sangrento de várias das situações que vão sendo conhecidas, a fazer lembrar um caso bem recente da noite figueirense
Alguém falou em brandos costumes? 
Quem quiser continuar a viver numa ilusão, é capaz de ser melhor não clicar aqui e ler o post na totalidade…

Para ler...

"Coleccionar links no Verão quente do Ano da Graça de 2014".

«Um funeral, dois nascimentos e um na corda bamba»...

Ainda bem que o Benfica nada tem a ver com o BES...
«A solução tem o carimbo de Frankfurt e é a primeira vez que se estreia na Europa. Matou-se um banco e nasceram dois irmãos: um está destinado a ter vida curta mas nasceu em berço de ouro; o outro será sempre um pária, que se vai arrastar por muitos e bons anos. (...)

A solução gizada e que tem a chancela do Banco Central Europeu e assenta no fundo de resolução, que todos os países da zona euro foram obrigados a criar, para que futuras insolvências de instituições financeiras não venham a ser pagas pelos contribuintes mas sim pelo sistema bancário como um todo. Contudo, o facto desse fundo só ter arrancado no final de 2012 faz com que tenha em caixa pouco menos de 400 milhões de euros. Ora o lindo e novo banco que hoje abriu portas ao público necessita de um capital inicial de 4,9 mil milhões de euros. Os 4,5 mil milhões que faltam virão do fundo de resgate, no valor de 12 mil milhões (dos quais ainda resta um pouco mais de metade), instituído no âmbito do programa de ajustamento de Portugal com a troika e deverão ser taxados a 8,5%, a mesma taxa de juro paga por BPI, BCP e Banif quando recorreram a esta linha de crédito. (...)

Parafraseando Durão Barroso e a sua popular expressão, agora só falta que alguém (ou vários 'alguéns') dê "uma pipa de massa" pelo Novo Banco, para que o Estado (ou melhor, os contribuintes) não acabem a pagar parte dos 4,9 mil milhões de dinheiros públicos que lá foram metidos para o pôr a funcionar. Sim, porque não haja ilusões. Isto é uma nacionalização. Esta magnífica solução privada só funciona porque há milhões de euros do domínio público lá metidos. Veremos, no final, se o Novo Banco é mesmo um lindo cisne, se o banco mau é mesmo mau, se o governador resiste à procela e se os contribuinte se safam de pagar mais um grande exemplo da excelência da gestão privada.» 

De um texto de Nicolau Santos, publicado  no Expresso diário. Via  Entre as brumas da memória.

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Três perguntas que ninguém parece querer fazer sobre o “novo banco”...

Aqui.

Podia exigir-se mais?... Podia, mas não era a mesma coisa...

O Banco de Portugal nomeou hoje Luís Máximo dos Santos como presidente do ‘bad bank’, que assumiu os activos problemáticos do BES...

Parabéns D. Dora...


86 já cá cantam!..

Postal de férias





Obrigado portugueses...
As férias aqui pela Manta Rota estão a correr bem. 
Isto vai. 
Foi numa noite de domingo como outra qualquer...
Eu sei que vocês não me vão desiludir e vão continuar a aguentar...

De que morrem os patos?..

De acordo com a história que nos andam a contar há anos,  "o Estado a gerir bancos é um  desastre" ...
Ontem, já a noite ia adiantada, Carlos Costa veio dizer aos portugueses que "o Banco Espírito Santo morreu e nasceu o Novo Banco"..
Não explicou - ou eu, limitado como sou, não percebi - foi como isso será possível!.. 
Não informou - ou terei sido eu que estive distraído - foi qual o juro que irá ser pago pelo capital investido pelo Estado no "Novo Banco"!.. 
Ficou por conhecer - ou talvez, mais uma vez, o defeito seja meu - quais são os activos que vão transitar para o "Bad Bank"
Carlos Costa não disse - mas isso é fácil de adivinhar  - que se o filme não correr bem os contribuintes cá estão para continuar a pagar tudo...  
Ricardo Salgado, aliás, a esta hora já deve  estar descansado: nunca será preso, os putativos processos prescreverão e ele e a família continuarão a ter uma vida tranquila e sem necessidade de chular o subsídio de desemprego ao Estado... 
E ainda existe a possibilidade de daqui a uns anitos reaver o "Novo Banco", limpinho de dívidas e activos tóxicos...
Bom, mas vamos ao que me inquieta hoje...
Na passada terça-feira, 29 de julho, morreram os patos do Oásis.
Segundo o que fonte da autarquia disse na altura, a causa da mortandade iria ser divulgada após conhecimento do resultado das autópsias, o que aconteceria no dia seguinte, 30, quarta-feira.
Já passou quinta e sexta (sábado e domingo, não contam...), hoje é segunda dia 4 e, que se saiba, nada!..
Coitados dos patos...
Este caso não mete gente famosa, a sua mediaticidade foi momentânea e não garante audiências prolongadas.
Pior, envolve patos - e daqueles  que nem nem sequer votam e não têm influência ou políticos na família...
Portanto, nada me admira que, mais uma vez, a culpa venha a morrer solteira!..
Mais uma vez vamos ficar sem saber de que morrem os patos!..
Os bons e os maus...

"Não o prazer, não a glória, não o poder: a liberdade, unicamente a liberdade."

Fernando Pessoa, Livro do Desassossego.

Que bela e original maneira de começar!..

BES passa a chamar-se «Novo Banco» a partir desta 2ª. feira...

Não está na hora de Ricardo Salgado passar do banco para o campo?..

domingo, 3 de agosto de 2014

Toda a gente entende e concorda, não é verdade?..

O governador do Banco de Portugal vai anunciar a solução para o BES às 22h30.

Figueira tem comboios há 132 anos

Foto Figueira na Hora
A 3 de Agosto de 1882, um comboio composto por onze carruagens, partiu da Figueira da Foz a meio da tarde, com a comitiva da família real.
Nele seguiam D. Luís, D. Maria Pia e os Infantes D. Carlos e D. Afonso. O comboio era antecedido por uma máquina isolada para prevenir algum acidente.
Mesmo ao fim da tarde, o comboio chegou a Mangualde onde se notou algum entusiasmo e a família real pernoitou até de madrugada.
O comboio partiu de madrugada e chegou à estação da Guarda perto das 10 horas. Nos apeadeiros, por onde passou, muita gente se ajoelhou à passagem da família real.
Após uma pequena paragem na Guarda o comboio seguiu viagem a caminho de Vilar Formoso.
Na recepção aos ilustres visitantes juntam-se também alguns Espanhóis.
Foi servido um almoço comemorativo da visita da família real, estando presente Fontes Pereira de Melo, num lugar de destaque.

Cá está a "encomenda" de Marques Mendes...


Em tempo.
Frase de Alberto João Jardim, olhando para trás, à procura de Marques Mendes, na Festa do Chão da Lagoa, em agosto de 2007...
"Onde é que se meteu o sacana?"

Recordando o meu avô Domingos Marçalo a propósito da passagem dos 100 anos do começo da Primeira Grande Guerra Mundial

Chamava-se Domingos Marçalo  e 
participou neste grande  conflito  
mundial como cozinheiro e combatente

Fez no passado dia 28 de julho 100 anos que começou a Primeira Guerra Mundial.
Teve inicio a 28 de julho de 1914 e terminou quatro anos depois, a 11 de Novembro de 1918. 
O conflito foi desencadeado pelo assassinato do arquiduque Francisco Fernando da Áustria, o herdeiro do trono da Áustria, por um nacionalista jugoslavo. 
A Casa da Áustria fez um ultimato à Servia.
As alianças militares foram chamadas ao conflito. 
Semanas depois as grandes potências mundiais estavam em guerra. 
A propósito deste conflito mundial, recordo uma postagem de 5 de Abril de 2008: “Um trabalho da minha sobrinha Beatriz*, sobre a ida do bisavô à I Guerra Mundial”. 
Na altura, a Beatriz que, neste momento, está a terminar a Licenciatura em Biologia Marinha na Universidade do Algarve, em Faro, tinha 13 anos, e era aluna do 9º ano na Escola Cristina Torres.

Em tempo.
"De bem longe não esquecemos a nossa amiga querida Naval! 
França, 17-3-918"
Esta foto, sacada daqui, faz parte de um livro que foi escrito pela falecida Drª. Natércia Crisanto onde é enaltecido o sentimento de alguns figueirenses com alma navalista que combateram na I Grande Guerra e que sempre se fizeram acompanhar pela Bandeira da Associação Naval 1º de Maio.
Lá está o meu avô Domingos Marçalo, com o seu bigode, mesmo por baixo da palavra "França".

Tempos de penúria...

Eu sei que não devia falar destas coisas. 
Primeiro, pode parecer de mau gosto. 
Depois e pior do que isso: pode expor-me a remoques azedos, vingativos ou ofendidos. 
Sou o primeiro a reconhecê-lo: pode dar a ideia de que é uma impertinência inqualificável da minha parte, um despautério de todo o tamanho, uma falta de respeito descarada pela brutalidade reinante e pela alarvidade campeã. 
Eu sei... 
Mas, que querem?.. 
Não consigo conter-me...
Tenho enormes defeitos: leio livros e jornais, vejo televisão, escuto rádio, navego pela internet.
E, depois, tenho um blogue que é lido, o que incomoda gente intelectualmente desonesta... 
São tempos difíceis, os que atravessamos: Jesus anda a ser “cilindrado”; o espírito santo há muito que anda a viver acima das possibilidades...
Como não sou fidalgo, nem padre (a minha mãe não deixou...), continuarei, sabendo que estão mais actuais do que nunca as palavras de Maquiavel: "como é perigoso libertar um povo que prefere a escravidão..."

Bom domingo