quarta-feira, 16 de abril de 2014

Quando um jornalista pede desculpa por fazer jornalismo...

“Deu-se ontem, na entrevista de José Gomes Ferreira a Pedro Passos Coelho, um momento de verdade suprema. Durante toda a tarde, em antecipação de uma conversa entre um enamorado pela austeridade e um apaixonado pela austeridade, tinham chovido propostas de perguntas de um a outro: “Porque não foi mais longe?”, era a mais fácil de prever. E claro que apareceu.
A realidade, porém, não só ultrapassou a imaginação como a atropelou e fugiu. No único momento em que José Gomes Ferreira se lembrou de insistir numa pergunta, Pedro Passos Coelho franziu o sobrolho e levou o jornalista a escusar-se: 
“Desculpe, foi um impulso jornalístico”
Quando um jornalista pede desculpa por fazer jornalismo, está tudo dito.”

O verão está à porta e temos mais um problema na outra margem...

Imagem sacada daqui

A entrevista de Passos...

Para mim, o momento da entrevista de ontem de Passos Coelho à SIC foi este: “o perfil do candidato presidencial do PSD aproxima-se de Cavaco Silva”...
Confesso que fiquei na mesma em relação às grandes questões que se prendem com o nosso futuro.
Contudo, confirmei aquilo que pensava  em relação à vontade do líder do PSD sobre quem deseja para Belém.

Em tempo.
Ontem, enquanto via a entrevista de Passos Coelho, vá lá saber-se porquê, recuei ao tempo  em que a gente sabia que não havia pluralismo de opinião em Portugal.
Nada que se compare aos tempos que correm, de Cavaco Silva, presidente da República, tempos da comunicação social privada e da opinião pluralista e livre e isenta!..

PS...

Em Montemor-o-Velho, Emílio Torrão, presidente eleito pelo PS,  "roubou" vereadora ao PSD/CDS! 
Segundo o Diário de Coimbra, Alexandra Ferreira disse ontem “sim”, depois de um longo “namoro” de Emílio Torrão. A vereadora, eleita pela coligação “Mais por Montemor”, que já fazia parte do executivo liderado por Luís Leal, aceitou o desafio e vai assumir um lugar a meio tempo na Câmara. 
Depois de uma estratégia concertada com a CDU, logo no início do mandato, Emílio Torrão reforça agora o espectro político em que assenta a Câmara de Montemor, com um executivo que classifica de «salvação concelhia».
Para Abel Girão, que liderou a candidatura do PSD/PP, trata-se de “uma situação lamentável, mas é o culminar de um «namoro político» que foi iniciado há bastante tempo por Emílio Torrão”.
Para o actual vereador da oposição, o ocorrido é  “ainda é mais lamentável, porque foi dado o segundo lugar da sua lista a Alexandra Ferreira”.
Por seu turno, a Concelhia do PSD, em comunicado, escreve  que Alexandra Ferreira, citando a própria, aceitou o repto de Emílio Torrão por “motivos que se prendem exclusivamente com razões pessoais e salvaguarda de uma situação de desemprego”. E acrescenta: “estamos perante um caso gritante em que o interesse pessoal mediato se sobrepõe às ideias, às causas e convicções que defendeu e apregoou na linha da frente nos últimos cinco anos”.
Como dizia Sá Carneiro, fundador do partido: “a política sem risco é uma chatice e sem ética uma vergonha”.
Recorde-se: o PS, que ganhou as eleições em setembro com maioria relativa, fez um acordo pós-eleitoral com a CDU.
“Tal como disse na reunião de câmara, não compreendo esta tomada de posição, até porque as pessoas têm de ter caráter: se concorrem pelos partidos, devem-lhes respeito e consideração”, reagiu  Jorge Camarneiro, vereador comunista, em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS.
O autarca  estranha esta situação, “uma vez que havia um acordo entre o PS e a CDU que estava a garantir a estabilidade da governação do município”.
A Concelhia da CDU vai reunir-se, para tomar uma decisão. Mas só depois de abordar o assunto com o Emílio Torrão, a quem já solicitou uma reunião.
Entretanto, Jorge Camarneiro adianta que a sua coligação está “disponível para assumir responsabilidades executivas com pelouros”.

terça-feira, 15 de abril de 2014

Carta aberta ao primeiro-ministro

“Passos, escuta... estamos fartos de ver emigrar os nossos familiares, os nossos direitos, os nossos sonhos, e vamos continuar a lutar para que rapidamente entendas que o melhor para todos é que sejas tu, o teu governo, os teus banqueiros, os próximos a partir. Ninguém deixará cair uma lágrima quando tu zarpares. Essa viagem é hoje a condição para as pessoas voltarem a ter esperança num futuro melhor. Não bastará, é certo, mas tudo recomeçará nesse dia inicial, inteiro e limpo.”

Para ler na íntegra, clicar aqui.

Já não há revistas e jornais como antigamente!..


GRUPO DE TEATRO DO CLUBE MOCIDADE COVENSE

A ESTREIA DA PEÇA "QUEM É IGUAL A QUEM ? ou ARESISTÊNCIA HERÓICA DAS MULHERES DA COVA / GALA" VAI REALIZAR-SE NO DIA 18 DE ABRIL, PELAS 21h30.

Profetas da Figueira... (4)

 “O mundo virtual não é terreno de agitação social e não se fazem mudanças ou imposições por este meio. Os poucos casos bem sucedidos, como os do Egipto e de Tunis, tinham peculiaridades que os tornaram diferentes. A maior parte é conversa.”
António Tavares, vereador PS, no jornal AS BEIRAS.

Em tempo.
Ainda bem que, finalmente, estamos todos esclarecidos. 
Detestava estar a perturbar quem não sabe do que falo...
(“Parabéns pelo teu blog. Mais uma vez dás provas do amor que tens pela tua terra e da tua paixão pela escrita e pela comunicação.
Obrigado por lembrares a figura do Zé Martins. Corajoso, honesto, coerente e escriba de fino recorte, o Zé VIVE na nossa memória. Bem o sabes.”

40 anos depois...

"Economicamente, em termos relativos, Portugal continua na cauda Europa. O endividamento externo em termos absolutos é extremo. O crescimento continua anémico. O desemprego, esse sim, duplicou, triplicou, quadriplicou… A emigração forçada voltou.

As famílias para as quais sempre esteve tudo bem, são as mesmíssimas do "antigamente", as outras estão sob um rolo compressor fiscal e o Estado Social a caminha silenciosamente para a iniquidade. A comunicação social tem dono(s) e não arrisca a sobrevivência com vãs denuncias dos abusos de quem pode abusar sem ser verdadeiramente incomodada pela 2ª justiça mais lenta da UE.

Internacionalmente evoluímos de derradeiro império colonial europeu orgulhosamente só, para PIIG bom aluno sob protectorado. Sequestrados pelos nossos credores que nos administram via politicos coolaboracionisas com forças que antagonizam com o interesse nacional.

Politicamente, o regime está falido. A democracia representativa não representa mais do que instituições fechadas à sociedade, que investem a maior parte dos seus recursos na mera manutenção e perpectuação no poder e na prosperidade dos seus protagonistas. O bem comum pode sempre esperar.

Perdoem-me se não celebro o facto de não ser preso amanhã por publicar e assinar este texto. A liberdade de expressão é pífia consolação para tudo o que “inconseguimos”.

40 anos depois o 25 de Abril falhou, senão para todos, pelo menos para 120 mil crianças, e pela fome de 120 mil crianças quem vendeu a alma?"

Feira Medieval Infante D. Pedro


segunda-feira, 14 de abril de 2014

Ao estilo de Miguel Relvas?..

Subliminar

Raio de feitio, o meu...

Sempre que me fazem lembrar  a palavra reputação, o que me vem à mente é algo que tem a ver com prostituição...
“Em nome da sustentabilidade, algumas Misericórdias e instituições de Solidariedade Social contornam a ordem da lista de entrada nos lares e deixam passar à frente quem tem reformas mais altas. Responsáveis negam perversão do sistema, antes um meio de evitar falências e conseguir acolher mais utentes de pensões baixas”...

"UM DIA TODOS FAREMOS JORNAIS"

“O jornalismo é a minha vida, é a minha verdadeira luta”.

A ignorância mata (mais do que o tabaco...)...

 ... e por isso seria tão importante, neste 40º aniversário do 25 de Abril, que se desmascarasse o que foi o fascismo, mas a sério...

Portugal está hoje no plano económico melhor que no período da ditadura. Isso, contudo, não significa que os decisores da actualidade sejam também melhores. Os políticos de agora são menos honestos e não têm a mesma capacidade de liderança. Segundo uma sondagem i/Pitagórica, os portugueses confiam menos na seriedade da classe política de hoje do que na do regime derrubado em Abril de 74.
E os números são expressivos. 46,5% dos portugueses consideram que, numa comparação directa sobre a seriedade dos políticos da ditadura com os actuais, os do "antigamente" eram mais honestos. Em segundo lugar surgem os que não sabem responder ou não responderam, com 35,8%. Ou seja, apenas 17,7% consideram viver hoje num país governado com líderes mais sérios a ocupar os cargos políticos.
Os inquiridos também não têm dúvidas sobre a capacidade de liderança da classe política: 43,2% afirmam que os governantes da ditadura tinham uma preparação e uma capacidade para liderar superiores aos actuais. Nesta comparação, surgem em segundo lugar os que acreditam nos políticos de hoje: 33,1%. Os restantes 23,7% não sabem ou não responderam.
Mas nem tudo era melhor e os portugueses acreditam que, pelo menos do ponto de vista económico, o 25 de Abril de 1974 valeu a pena. Metade dos inquiridos (49,9%) admite que o país está economicamente melhor do que estava no período da ditadura. Uma posição contrária é defendida por 34,9% e 15,2% da população não sabe ou não respondeu.
A liberdade de expressão é outra das mais-valias da democracia. Segundo a sondagem i/Pitagórica, a maioria dos portugueses considera ser livre de expressar hoje o seu pensamento político (63,1%). Ainda assim, há uma grande percentagem que não se sente à vontade para dizer o que pensa. Quase 37% admitem que os portugueses não são livres de expressar opiniões sem sofrer consequências. São os que têm mais de 55 anos, de classe social baixa, e os residentes em Lisboa e Algarve que admitem haver hoje liberdade de expressão. Por outro lado, os jovens de classe média e residentes nas ilhas são os que prevalecem entre o grupo dos que consideram não existir liberdade total. (daqui)

"Os partidos" que não cumpriram Abril

Vasco Lourenço numa entrevista dada recentemente ao jornal i
Sobre "os partidos", que eu sei, tal como os homens,  não são todos iguais, conheço bem como funcionam os que passaram pelo poder na Figueira – PS, PSD e de novo o PS.
"Estes partidos",  na Figueira, funcionam como “clubes”  de personalidades desejosas de assumir poder e influência.
O que lhes interessa debater – se é que debatem – é como chegar ou manter-se no poder. Na oposição, criticam o executivo em funções. Porém,  quando chegam ao governo executam a mesma política única.
Os confrontos internos nesses “clubes políticos”  reflectem, sobretudo, rivalidades entre grupos de interesse, mais que diferenças programáticas ou até estratégicas.
Os seus membros condicionam o seu envolvimento no partido consoante a sua proximidade ao poder.
E algumas das suas personalidades mais destacadas preferem o protagonismo mediático.
Por isso, como aconteceu recentemente, é que “certos independentes”, quando lá chegam, fazem mais do mesmo...
Inscrevem-se "nesses partidos"...
Apesar de tudo, o 25 de Abril representa "orgulho" para a maioria dos portugueses!

Profetas da Figueira... (3)

“Cada vez mais as pessoas se afastam da política partidária, em primeiro lugar por culpa de todos nós – actores políticos - já que muitos não resistem à tentação de ceder nas mais fortes convicções, trocando-as pelas modas mais mediáticas a cada momento, e num segundo estádio de responsabilidades, por um conjunto de “lobbies” que imputam aos políticos os maiores dos males, sendo eles próprios dentro da sua aparente credibilidade os responsáveis por um somatório de circunstâncias que muito contribuem para afastar o cidadão comum das mais prementes discussões públicas.”

Miguel Almeida, vereador Somos Figueira, no jornal AS BEIRAS.

Dantes...

Dantes as pessoas já diziam que dantes é que era bom.