segunda-feira, 17 de março de 2014

“Mistério de Faro”...

“Um antigo autarca de Faro, Luís Coelho, a quem não se conhecia fortuna antes da liderança da câmara e que, além do cargo político, foi dirigente de uma cooperativa de habitação, lidera a lista de credores da Naval 1º de Maio, instituição desportiva da Figueira da Foz, cidade a cerca de 400 km de Faro.
Num país em que um autarca não leva honestamente para casa mais de três mil euros por mês e não é suposto um dirigente cooperativo ter salário milionário, é surpreendente que consiga emprestar 3,2 milhões de euros a um clube de futebol, onde o principal decisor é Aprígio Santos, o maior investidor imobiliário de Portugal, um dos grandes devedores do BPN.
Provavelmente isto anda tudo ligado.”

Em tempo.
Acabei de ler  a crónica de  Armando Esteves Pereira, que reproduzo acima e, confesso, que se fosse  o Luís Coelho ou o Aprígio  Santos ficava incomodado...
Alguém  gosta de ver assim expostas  as misérias da economia famíliar?..

Entretanto, boas notícias...

Poder acordar às 8.00.
Tomar o pequeno almoço e a seguir  café.
Fazer uns quilómetros de bicicleta.
Tirar fotos pelo caminho e dar conta que, pelos menos na baixa-mar, as praias da freguesia de S. Pedro vão ter areia no próximo verão!
Tudo  isto com Sol.

Rescaldo da vitória de Susana Guerra no Festival da Canção na imprensa regional

Buarcos festejou vitória de Suzy no Festival da RTP.
Um empresário de Buarcos «em conjunto com um grupo de amigos» realizaram ontem à tarde no Jardim Traqueia Bracourt em Buarcos, uma festa «em homenagem à Susana. É uma forma de lhe mostrarmos a nossa gratidão, por nos ter representado, a ela e ao Emanuel (autor da canção)», explicou ao nosso Jornal Alexandre Reis que não escondia «o muito orgulho», por ouvir o nome de Buarcos associado a um festival da Eurovisão. «Foi uma aposta bem sucedida, ela está à altura de representar o país na Dinamarca», sustentou, adiantando que o que se passou ontem (música e baile ao som do Duo SanPedro) «é uma pequena homenagem, porque estamos a preparar uma gran­de festa para 15 de Agosto, com ela e o Emanuel», disse.
DIÁRIO AS BEIRAS
O presidente da Câmara da Figueira da Foz manifestou uma enorme satisfação com o triunfo alcançado.
“Estamos particularmente satisfeitos com a vitória da Suzy”, disse João Ataíde. 
"O triunfo é a prova de reconhecimento do empenho e trabalho da dupla Suzy/Emanuel”, acrescentou o autarca, afirmando que este é o momento da Figueira da Foz “correr o mundo”.

Na Figueira/Buarcos (ou Buarcos/Figueira)  é sempre carnaval!..
“Deixa-te andar por aí, Fernando Tordo!”

O Bairro Novo e a pesada herança do edifício "O Trabalho”... (II)

Joaquim Gil, advogado,  sábado na sua habitual crónica no jornal As Beiras.

“A propósito da situação de degradação do Edifício O Trabalho, que lamentavelmente se acentua sem solução à vista, o vereador Carlos Monteiro… advogou «todos temos de ser proactivos».
Heureca! Proactivos, pois então! Eis definitivamente encontrada a solução para o edifício – a proactividade!
E eu juro que vou treinar para proactivo!”


domingo, 16 de março de 2014

40 mil!..

Milhares de pessoas participaram hoje de manhã na meia maratona de Lisboa, prova de atletismo que começou na praça da portagem da Ponte 25 de Abril e terminou em frente ao Mosteiro dos Jerónimos, em Belém.
Os presidentes das câmaras municipais de Lisboa, António Costa, e de Oeiras, Paulo Vistas, foram algumas das pessoas que passaram a Ponte 25 de Abril a a correr, juntamente com cerca de 40 mil participantes.
Já os ministros da Presidência e dos Assuntos Parlamentares, Luís Marques Guedes, e da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, Pedro Mota Soares estiveram presentes na iniciativa para entregar os prémios aos vencedores, nomeadamente na prova de deficientes motores em cadeiras de rodas.
Felizmente...

Quem diria!.. Santana Lopes: "Sócrates foi um primeiro-ministro com visão"

Santana Lopes, que de anjinho não nada, tem a sua agenda privativa e acaba de  elevar  o cinismo a um novo patamar.
Assim,  segundo o Público, disse o seguinte sobre Sócrates.
“Foi um primeiro-ministro com visão em várias áreas. Ele era vários deuses ao mesmo tempo, depois caiu em desgraça e passou a ser o culpado de tudo. Isso é caricato. Ele foi um primeiro-ministro com várias qualidades, um chefe de Governo com autoridade e capaz de impor a disciplina no seio do seu Governo.
As razões da nova postura de Santana Lopes não são difíceis de adivinhar: sabendo que a sua imagem de playboyzito e de enfant-terrible não é adequada às mais altas funções de Estado, tenta agora cultivar uma pose de estadista.
A ideia é boa.
O resultado...
Veremos, lá para 2015 (penso eu...).

“Deixa-te andar por aí, Fernando Tordo!”

imagem sacada daqui
A Suzy,  com uma espécie de lambada, parece que ganhou...
Acabei de receber uma sms de uma Amiga a perguntar:  "como é?...  não há nada para escrever sobre a vitória da Suzy!.."
São momentos como este, quando recebemos a atenção e a ternura dos nossos leitores e leitoras, que me fazem continuar!.. 
Enfim, que me fazem percorrer, como neste caso, o caminho penoso do  sofrimento intelectual para dar à luz mais uma postagem!...
Mas é por vós, sobretudo por vós, que vamos continuar a lutar contra momentos de angustia e desinspiração como acontece nesta altura...
Apesar de ter sido uma vizinha nossa que parece que ganhou, lamento muito, mas não consigo dizer nada que interesse sobre o que se passou ontem em Lisboa no Festival da Canção...
Eu, se pudesse, fazia como  o Fernando Tordo: também emigrava!..

Faleceu Zé Penicheiro

 O pintor Zé Penicheiro, com uma importante ligação à nossa Terra, pois é o autor dos painéis das paredes exteriores da Junta de Freguesia de S. Pedro, faleceu ontem, aos 92 anos.
Zé Penicheiro nasceu na aldeia beirã de Candosa, Tábua, mas a partir dos 2 anos passa a viver na Figueira da Foz.
Em 30 de Junho de 1978, em entrevista que na altura deu ao semanário “barca nova” dizia o artista: “ter nascido em Candosa foi um mero acidente. Considero-me figueirense de raiz, tão novo para aqui vim”.
Filho de um carpinteiro, de ascendência humilde, portanto, as dificuldades económicas impossibilitam-no de seguir qualquer curso de Artes Plásticas ou Belas Artes.
Como habilitações literárias “tenho apenas um diploma oficial: o da instrução primária. Frequentei é certo a Escola Comercial e a Academia Figueirense, mas quedei-me por aí, pela curta frequência. Tenho é uma larga experiência da Universidade da Rua, onde aprendi tudo quanto sei e onde conheci as figuras que têm inspirado toda a minha obra”, disse ainda Zé Penicheiro em discurso directo, em 1978, ao extinto semanário figueirense citado acima.
Inicia a sua carreira artística como caricaturista e ilustrador.
Colabora em diversas publicações: jornais do Porto, Lisboa e província, "Primeiro de Janeiro", "A Bola", "Os Ridículos", "O Sempre Fixe", "A Bomba" “barca nova” e outros, publicam os seus "cartoons" de humor.
Criador duma expressão plástica original, que denomina de "Caricatura em Volume", inicia o seu ciclo de exposições, nesta modalidade, a partir de 1948.
António Augusto Menano, Poeta e Escritor Figueirense, em artigo publicado em 18 de Outubro de 2001, no jornal Linha do Oeste traça um esboço escrito sobre o Zé:
“A arte é indivisível de quem a produz, da acção do artista, da sua invenção criadora. A obra de Zé Penicheiro, a sua forma, o modo como se desenvolve artisticamente, traduz o seu diálogo com a matéria”.
E mais adiante: “Zé Penicheiro é memoralista, um moralista, um comprometido. Faz-nos recordar tipos arquétipos de actividades quase desaparecidas numa escrita sobre a pureza estética, que estará patente em toda a sua obra. Compromete-se, está ao lado dos mais fracos, do povo, retrata-os, mostra-os como se de uma “missão” se tratasse, obrigação profunda de retorno às raízes, outra forma de pintar a saudade”.
E a terminar o artigo, escreve António Augusto Menano:
“Mas a arte de Zé Penicheiro não esquece o lugar. Os lugares: a infância, as praias, as planícies, as serras, e as cidades da sua vida, “diálogo” de que têm surgido algumas das sua melhores obras.
Nesta sociedade pós industrial, da informática e do virtual, Zé Penicheiro mantém-se fiel aos seus “calos”, que está na base de um percurso tão “sui generis”.
Zé Penicheiro, a Universidade da Rua na origem de um Artista.
Os bonecos, o nanquim, o guache, o óleo – uma vida inteira a retratar as alegrias e tristezas de um povo admirável.
Que é o nosso!
Zé Penicheiro faleceu ontem. Mas a sua obra continua...

Bom domingo

sábado, 15 de março de 2014

Pode ser sempre carnaval

carnaval à portuguesa - foto sacada daqui
Os números ainda não estão fechados, mas é certo que a edição do carnaval deste ano voltou a não cobrir os gastos. Estamos a falar da Mealhada, claro...
As contas da edição deste ano  registaram, mais uma vez,  um saldo negativo. 40 mil euros, é o prejuízo previsto.
Tudo por causa das condições do tempo, que não permitiram que o corso fosse para a rua no Domingo (2 de março), levando a organização a marcar nova data para o corso sair à rua, no domingo passado.
Na Mealhada,  já estão pensar em mudar o carnaval mais para o verão. Fala-se em junho...
Pelos vistos, na Mealhada e em outros locais, pode haver  sempre carnaval, pois existem sempre soluções...
Essa de mudar a data do carnaval mais para o verão, é uma delas...
Mas, há mais. Por exemplo, retomar uma  comissão para organizar o carnaval. Depois, face ao prejuízo, poderá recorrer-se a um peditório público.
Não será nada de espantar. Será apenas mais um...
Num país de pedintes,  contribui quem quer...
Assim, como isto está contribuímos todos,  via Câmara Municipal, através dos impostos que somos obrigados a pagar.
Eu sei que esta coisa de tudo tentar resolver  pelo recurso à caridade,  é assim uma espécie de  menoridade intelectual, mas é o país e o povo que temos  (o dos peditórios para amenizar a  pobreza, para proporcionar alguns cuidados de saúde e  assistência na velhice, para realizar festas com artistas que vêm actuar a peso de ouro, etc...  Por conseguinte, porque não  um peditório para organizar os carnavais?)
Um país com as dificuldades  financeiras que todos conhecemos, por experiência própria, ferozmente escrutinado pelas mais diversas instituições financeira internacionais, continuar a organizar  carnavais com dinheiro emprestado é que não!..
Tudo menos isso.
Nós não somos um pais onde é sempre  carnaval.
Um país assim é outra coisa – seria um país de irresponsáveis e alienados políticos.

sexta-feira, 14 de março de 2014

Tirando um pormenor, concordo com este militante do PSD

A orientação sexual de quem quer que seja não me interessa para nada.
Tirando esse pormenor, concordo com o militante do PSD Carlos Reis...

Sempre os mesmos...

Todos sabemos que, salvo raras excepções, os deputados portugueses do "arco do poder" não são particularmente honestos, trabalhadores, sabedores e competentes...
Todos sabemos que, salvo raras excepções, as deputadas do "arco do poder" portuguesas não são particularmente bonitas...
Naturalmente, tinha que haver uma justificação para o sucesso dos deputados e deputadas portuguesas do "arco do poder" (seja lá isso o que for)...
Portanto, isto não me admirou por aí além...
Afinal, estamos em Portugal!..  Estes nãos são “os mesmos bandalhos que tornam mais baratos os despedimentos ilegais, ilegais, friso, borrifando-se para os direitos de quem depende do seu trabalho para sobreviver...”
Mas, sabem quem me chateia mesmo?.. É a malta que vai continuar a ser masoquista...

Isto já está a arder há muito...

foto Pedro Agostinho Cruz
Começo pelo princípio: a queima dos ecopontos é um acto repugnante e condenável, que deve ser investigado, julgado e punido exemplarmente.
Todavia, aqui pela Cova-Gala, Aldeia onde tem sido norma, de há uns anos  a esta parte, colocar a arder os ecopontos,  não há ainda razões para decretar estado de calamidade pública.
É uma mera Aldeia, uma pequena parcela do território nacional, e só está a ser fustigada por esta anormalidade de há uns anos a esta parte.
Se pensarmos que Portugal continental e mais as ilhas adjacentes,  têm vindo a ser massacrados,  vai para cerca de quarenta anos, por solícitos,  pujantes e vorazes democratas do chamado “arco do poder”, o caso não é assim tão grave...
Além do mais, os ecopontos nem fazem parte  da paisagem.
Sem desculpar o acto gratuito da queima dos ecopontos,  aí pela cidade e aqui pela Aldeia,  nem de perto nem de longe isso constitui a pior catástrofe que já nos aconteceu...
Ao pé dos empreiteiros e autarcas associados, que por aqui e pela Figueira têm passado,  que  construíram a esmo (e queriam continuar a construir em todo lado, desde o Alberto Gaspar até ao campo de futebol do Cova-Gala...) ninguém tenha dúvidas: a queima dos ecopontos, embora tenha a sua gravidade,  são trocos... 

ÁLVARO CUNHAL - VIDA, PENSAMENTO E LUTA: EXEMPLO QUE SE PROJECTA NA ACTUALIDADE E NO FUTURO

No Mercado Engº Silva está patente a mostra "Álvaro Cunhal: Vida, Pensamento e Luta: exemplo que se projecta na actualidade e no futuro”, composta por 15 painéis de grandes dimensões constituídos por textos e imagens, evidenciando aspectos relevantes do percurso de vida do líder histórico do Partido Comunista Português.
No hall do Museu Municipal, podem ser vistos os "Desenhos da Prisão" de Álvaro Cunhal.
As mostras estarão disponíveis ao público figueirense até 26 de abril e são ambas de entrada livre.

"SOS - Licença Para Matar"

Uma Crónica de Miguel Babo, que na minha modesta opinião merece ser lida.
Basta clicar aqui.

O processo está a decorrer na justiça...

Ana Borges, a responsável pela escola de dança do Centro de Artes e Espectáculos que foi dispensada no início do passado mês de novembro, ao cabo de dois anos de colaboração,  quebra o silêncio em entrevista hoje publicada no jornal AS BEIRAS,  que pode ser ouvida na íntegra na antena da Foz do Mondego Rádio (99.1FM), hoje, às 21H00.
Fica uma passagem da versão escrita hoje publicada nas BEIRAS.
Quando a associação foi despedida, recusou-se a abandonar a Quinta das Olaias. Por que razão tomou essa decisão?
Sabendo nós que a acção da câmara era ilegal, nada nos poderia retirar de um espaço sem uma decisão do tribunal. Estava a decorrer uma providência cautelar que anularia a carta da câmara.
Então por que é que saiu?
Senti a segurança posta em causa. Se estou numa casa que foi cedida e um funcionário da câmara abre a porta, com a chave da autarquia, para mudar a fechadura, isso é invasivo. Houve de tal forma uma invasão, que percebi que tinha de salvar os meus bens.