O Vigor está indignado com a forma como tem sido tratado
pela Associação de Futebol de Coimbra e seu Conselho de Arbitragem e não foi de modas: pediu a demissão do presidente e do vice-presidente
da direcção da AFC e também do CA.
Recorde-se: tudo começou no jogo Vigor-Poiares, que terminou com a expulsão de seis jogadores locais.
Entretanto, no sábado, no jantar
de aniversário do Vigor, tudo se agravou.
Mário Fernandes, presidente do emblema de Fala, dirigiu-se à
AFC “não a agradecer, antes pelo contrário”, por entender que o Vigor “deve
merecer mais respeito e tem sido mal tratado pelo CA e pela própria direcção da AFC”.
As críticas do presidente Mário Fernandes não caíram bem
junto de Fernando Ferreira, vice-presidente da AFC, que se encontrava presente no
jantar.
No dia seguinte, o dirigente da associação que tutela o
futebol distrital escreveu no seu facebook a seguinte mensagem: “A ingratidão. Foi
como fui brindado numa noite que devia ser de festa, mas substituída por
atoardas e falta de respeito com a instituição que represento”.
Apolino Pereira, o eterno presidente do CA, comentou: “Pois não sei do
que se tratou, mas eu infelizmente sou pequenino, mas com umas enormes costas,
e os comentários dos ignorantes esbarram na couraça da minha indiferença. Há
abutres e mal intencionados em todos os quadrantes. Os cães ladram e a caravana
avança! Força Fernando”.
No mesmo dia, a AFC enviou um faxe ao Vigor, terminando a
reserva de utilização do pavilhão para a realização dos treinos de árbitros de
futsal, mas não sem antes de Horácio Antunes ter enviado um sms a Mário
Fernandes ainda na noite do jantar, com o seguinte texto: “Não tens vergonha nenhuma,
nem educação”.
Confrontado pelo jornal AS BEIRAS com as declarações do Vigor, Horácio Antunes, presidente
da Associação de Futebol de Coimbra, esclareceu: “na altura, transmiti a Mário Fernandes,
sempre com máximo de amizade, porque, além da figura institucional sempre
existiu forte relacionamento de amizade, que não era possível qualquer actuação
por parte da direcção da AFC, porquanto havia relatórios assinados, quer do árbitro
quer de um observador, e que só o Conselho de Arbitragem e o Conselho de Justiça, em sede própria,
poderiam intervir”.
Foi, aliás, o que sucedeu, disse ainda Horácio Antunes, lembrando os castigos aos “jogadores
expulsos, treinador e dirigentes no banco, todos com a pena mínima aplicável,
porque insultos ao árbitro têm pena de dois a seis jogos”...
Perante isto, que acabei de ler no jornal AS BEIRAS, apenas
tenho a dizer o seguinte: anda para aí muita algazarra e as coisas estão a
correr mal. Mas, nunca se esqueçam, que
ainda podem vir a correr pior...
A promiscuidade entre o futebol e a política é grave, mas,
mais grave que isso, é a própria promiscuidade e a falta de coragem...