segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Boas entradas...



Sobre mim, que eu saiba, há quem pense: «não gosta de ninguém».
Sobre mim, que eu saiba, há quem pense:  «gosta demasiado das pessoas».
Apenas tenho a dizer: todos têm razão.
Como diria o Solnado: façam o favor de ser felizes.
Todos.

domingo, 29 de dezembro de 2013

Novas Edições CEMAR 2013 já disponíveis na internet


"Vistos Gold"

Ao abrigo do programa – que, segundo Portas, excedeu largamente os objectivos – foram concedidos 471 vistos gold, que se traduziram em mais de 300 milhões de euros investidos na compra de casas, que animaram o segmento de luxo do imobiliário.
E eu que pensava  que isto é simplesmente um sinal de que o país se transformou numa república das bananas, que o quer é dinheiro, venha ele donde vier.
Cresci num Portugal onde o dinheiro tudo comprava. 
Depois, veio o 25 de Abril de 1974 e comecei a pensar que  passávamos  a ser um país com valores, onde não seria  fácil, por exemplo,  lavar dinheiro.
Mas, agora temos os Vistos Gold.
Eles são a aceitação, por parte do Estado, de que há cidadãos de primeira e de segunda: aqueles que podem residir em Portugal, apenas e só, porque têm dinheiro para o fazer – seja através da compra de um imóvel de meio milhão de euros ou de um depósito bancário de um milhão – e aqueles que não o têm e, por isso, não podem ficar cá.
Os primeiros, os ricos, podem até nem cá viver. Têm apenas que passar um determinado número de dias por ano em Portugal. Mas podem trazer a família com eles e viajar livremente pela União Europeia. Os segundos, os pobres ou remediados, até podem querer viver realmente em Portugal. Podem ter planos para trabalhar, criar empresas e emprego, casar, ter filhos e ajudar o país a crescer. Mas não têm automaticamente direito a um visto. Seja gold ou de latão.
Nesta contabilidade há maioritariamente chineses. Mas, também, vieram da Rússia, Brasil, Angola e África do Sul.
Todos têm uma coisa em comum: nenhum deles obteve o visto gold através da criação de emprego em Portugal. Só um, que se saiba,  terá investido realmente num projecto hoteleiro (que já tinha adquirido anteriormente). Os restantes, obtiveram-no graças à compra de imóveis (a maioria) ou ao depósito bancário de um milhão de euros. Grande parte procura em Portugal um ponto de abrigo para o caso de as coisas lhes correrem mal nos seus países.
Claro que isto beneficia alguma gente: as imobiliárias, os construtores civis, os escritórios de advogados que servem de intermediários, os bancos que vêem os seus depósitos aumentar, o Estado que, indirectamente, recolhe benefícios e a própria economia. 
Numa época de crise,  os investimentos são bem-vindos. Mas isso não significa que a forma como estes são captados seja aceitável, sem discussão.
Pelo menos por enquanto...

Bom domingo

sábado, 28 de dezembro de 2013

Rápidas melhoras...

Em 27 Junho 2010, estádio novo e academia  eram  as prioridades de Aprígio...
O encontro do CN Seniores entre a Naval 1.º de Maio e a AD Manteigas foi cancelado por solicitação da equipa da Figueira da Foz, que decidiu não comparecer ao jogo por falta de atletas. 
O jogo, que estava agendado para as 15h00 de amanhã, domingo, dia 29 de dezembro,  era referente à 16.º jornada do Campeonato Nacional de Seniores. 
A Naval 1.º de Maio justificou a opção pela falta de comparência devido ao avultado número de jogadores indisponíveis devido a lesão, facto que impossibilitou apresentação de uma equipa com atletas suficientes para entrar em campo neste fim de semana. 
Assim sendo, a Naval 1.º de Maio será punida com uma derrota por 3-0 frente à AD Manteigas, pena que terá ainda de ser ratificada pelo CD da FPF.

“Mensagem de Natal atrasada e para atrasados”...

Viva o espírito de Natal...
É melhor ser feliz,  por decreto,  do que ser apanhado por uma  vaga do mundo real.

Divisão de Desenvolvimento Económico e de Turismo, Serviços Municipalizados de Turismo, João Portugal, João Ataíde, PS Figueira...

foto sacada daqui
A criação da Divisão de Desenvolvimento Económico e de Turismo, afastou, definitivamente, a constituição dos Serviços Municipalizados de Turismo.
Recentemente, a coligação que concorreu à Câmara nas últimas eleições autárquicas, liderada pelo PSD Figueira, veio lembrar que João Portugal, líder local do PS desde há quatro anos e vereador desde setembro, mudou de opinião,  pois defendia a segunda solução, questionando as razões da mudança.
Eis a resposta de João Portugal, que li no Diário As Beiras, publicado no dia de Natal: “Durante o processo eleitoral tive uma conversa com o presidente da câmara sobre o assunto e ele pediu a minha compreensão. Quem integra uma equipa, tem de saber respeitar a vontade do colectivo”.
Agora mesmo, via Andreia Gouveia facebook, fiquei a saber que na Assembleia de Freguesia de Buarcos “foi aprovado, com uma abstenção da bancada socialista e nenhum voto contra, o protesto - apresentado por Carlos Tenreiro em nome da bancada do movimento Somos Figueira - relativamente à intenção da autarquia de não concretizar a criação dos Serviços Municipalizados de Turismo, optando por uma divisão, sem autonomia administrativa. Recorde-se que os Serviços Municipalizados de Turismo, aprovados no anterior mandato de João Ataíde, então sem maioria absoluta no executivo, deveriam suceder à empresa municipal Figueira Grande Turismo, extinta por imperativo legal. A entidade agora rejeitada pelo executivo, maioritário, de João Ataíde, contou, à época, com o aval e a defesa da então vereadora pelo PS, Isabel Cardoso, ex- administradora da FGT e actual presidente da Assembleia de Freguesia de Buarcos. Do protesto será dado conhecimento à Câmara Municipal da Figueira da Foz e à Assembleia Municipal da Figueira da Foz.”
Tentar compreender a existência do dia a dia de um partido como o PS Figueira, é como tentar compreender a contabilidade de uma empresa mal organizada...
A meu ver, para tentar colocar alguma ordem na casa, seria assim... 
O PS,  sensível e vivo, deveria ser registado nas contas do activo imobilizado corpóreo (contas 42 do POC); por sua vez,  o PS, carreirista e inanimado, seria registado no activo circulante (contas 31); a alma, se porventura ainda existe no PS Figueira, ficaria registada nas imobilizações incorpóreas (contas 43); finalmente,  as ideias – partindo do princípio que existem -  nas disponibilidades (contas 15). 

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Olhem que crítica mais fofinha!..

Caso TAP...

Em tempo.
Sim senhor... Com que então, "Cavaco precipitado e infantil"!...
E, eu, já naquela fase em que a segunda  coisa para onde olho numa mulher é para o dedo anelar da mão esquerda, e começo a sentir que o melhor é esperar pela "segunda ou terceira vaga", porque, nesta, as melhores já foram... 

O Natal trouxe uma promoção nos preços de estacionamento do HDFF...

E tudo por causa «do uso indevido da via de acesso ao hospital bem como da utilização da zona de estacionamento hospitalar por não utentes, designadamente por utilizadores das praias próximas»!..
Como prova a foto acima, desde 4 de novembro passado, o parque que serve a praia próxima tem tido esta utilização... 
Mesmo em dias de rigoroso e genuíno inverno, como o de hoje!..

Morreu um Homem da área política do PSD que viveu sempre de harmonia com a sua consciência

Não levem a mal, estamos em Portugal...



O ano de 2013 registou a criação de 21,8 mil empregos líquidos entre Janeiro e Setembro, segundo os dados disponíveis mais recentes. O valor fica bem longe dos "120 mil novos empregos líquidos" que Passos Coelho garantiu terem sido criados até Setembro deste ano na mensagem de Natal desta semana. Para o valor do primeiro-ministro ser correcto, o ano de 2013 teria de ter começado em Março, ignorando-se assim a sua parte mais negativa: entre Janeiro e Março perderam-se 100 mil empregos.
Para que o valor de Passos Coelho batesse certo com a realidade, Portugal teria de ter chegado ao final de Setembro com 4,65 milhões de pessoas empregadas, o que significaria que teríamos menos 98 mil desempregados que aqueles que existem hoje em Portugal.


Jornal i

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Mensagem de Natal de Sua Excelência o Senhor Primeiro-Ministro de Portugal (II)

 “Os melhores anos estão para vir”, disse Sua Excelência o Senhor Primeiro-Ministro de Portugal, dr. Pedro Passos Coelho...
Desta forma,  leve e despretensiosa, foram atirados para o lixo 900 anos de história deste País à beira mar plantado. 
Presumo que o primeiro-ministro tente agora cultivar uma pose de estadista. A ideia é boa. O resultado, para já, é que não.

Mensagem de Natal de Sua Excelência o Senhor Primeiro-Ministro de Portugal

Portugal empobreceu.
Portugal sofreu.
Portugal ressacou.
Portugal ressuscitou!..
Vai haver:
Crescimento económico em Portugal.
Políticos honestos em Portugal.
Lugares de estacionamento não pagos em Portugal e no Hospital.
Bons jogos de futebol em Portugal.
Justiça célere em Portugal para quem se portar mal...
Optimismo em Portugal.
Gajas boas e simpáticas em Portugal.
Gajas boas e inteligentes em Portugal. 
Gajas boas, inteligentes e simpáticas em Portugal...
Portugal enlouqueceu?..
Ou 2014 vai ser um ano anormal?...
(Porém, o Primeiro-Ministro, na sua mensagem de Natal, ao bom povo de Portugal, avisou que vai usar "todos os instrumentos" à sua disposição para cumprir o programa de resgate. 
O mesmo é dizer, que vai valer tudo até junho de 2014. 
Em resumo: não se sabe, em concreto, o que aí vem, mas as perspectivas são mesmo muito sombrias...)
Não levem a mal.
Estamos em Portugal.

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Um retrato de alguns dos responsáveis da situação a que isto chegou...

Como presumo que muitos  leitores  não partilham este meu sentimento pouco positivo e optimista, em relação à quadra que atravessamos, e tendo em consideração que o Outra Margem é - e sempre será  um blogue pluralista -, deixo-vos aqui o meu presente para este dia de Natal, que obedece ao princípio "oferece aos outros aquilo que gostarias que os outros nunca te tivessem oferecido a ti". Bom dia.

Fiquem bem

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Erosão a sul da barra do Mondego avança "a olhos vistos"... Era assim tão difícil prever o que era previsível?

foto Pedro Agostinho Cruz
Estávamos em  11 de abril de 2008, uma sexta-feira.
O prolongamento em 400 metros do molhe norte do porto da Figueira da Foz foi adjudicado nesse dia, um ano depois do lançamento do concurso público que sofreu reclamações dos concorrentes e atrasos na análise das propostas.
A obra, considerada fundamental pela tutela e comunidade portuária, visava permitir a melhoria das condições de acessibilidade ao porto da Figueira da Foz.
Cerca de dois anos depois de concluída a obra, a barra, para os barcos de pesca que a demandam está pior que nunca e a erosão, a sul, está descontrolada. 
Neste momento, pode dizer-se, sem ponta de demagogia, que é alarmante: o “mar continua a “engolir” sistema dunar em S. Pedro”.
Repito a pergunta que fiz neste Outra Margem, nesse dia 11 de abril de 2008, pois ainda não obtive resposta:
Será que alguém sabe, porque estudou, as REPERCUSSÕES QUE MAIS 400 METROS NO MOLHE NORTE terão na zona costeira na margem a sul do Mondego?
A faixa litoral constitui uma peculiaridade no território, quer na perspectiva da sua ocupação antrópica, quer pela sua dinâmica natural.


Na realidade, é fácil constatar que à escala global o crescimento demográfico é assimétrico, com variantes sociológicas bem marcadas, mas com uma componente geográfica em que as regiões costeiras registam sistematicamente valores elevados.
O litoral constitui, assim, um espaço de interface onde se travam os maiores conflitos, entre modelos de ocupação, entre as várias actividades em desenvolvimento, e entre estes e os valores de conservação ambiental.
É neste território, escasso, que têm de coexistir interesses vários: urbanos, industriais, comerciais e turísticos.
É precisamente o que se está a passar no litoral do nosso concelho. O prolongamento do molhe norte em mais 400 metros é disso exemplo.
E o grave da situação, para nós, habitantes do sul do concelho, é que as “obras no Molhe Norte, têm precisamente impacte maior nas praias a sul”.

Tal como escrevemos há poucos dias, andamos a alertar há vários anos neste espaço para o problema. Temos andado a pregar no deserto, mas a realidade, infelizmente, está a dar-nos razão.
Para poupar tempo e trabalho, destacamos apenas algumas postagens que temos feito ao longo dos anos de existência deste espaço, sobre o tema da erosão costeira na Figueira, para tentar alertar os diversos  "quens" de direito.
Por exemplo, estaestaestaesta, estaesta.
Mas há mais. Basta escrever no canto superior esquerdo a palavra erosão e clicar.

Mais fotos aqui.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Espero que gostem da vossa prenda! Bom Natal!

Bom Natal, pobrezinhos
Esta maldita crise está a dar cabo da vida de muita boa gente!  
Américo Amorim, o famoso Rei da Rolha, perdeu, só no primeiro semestre de 2013, 67 milhões de euros, ficando apenas com 1 989 078 921 euros, coitado!…
Mas há mais a lamentar.
O pobre do Berardo só conseguiu sacar 27 milhões nos primeiros 6 meses deste ano, o Belmiro não foi além dos 62 milhões e mais uns trocos e até o Alexandre Soares dos Santos – aquele benemérito que faz descontos de 100% no Pingo Doce – só arrecadou 561 684 694 euros no primeiro semestre deste ano.
Apesar de ser Natal, continuamos verdadeiramente enrascados!
A mim, cortaram-me 10% do subsídio de desemprego e depois mais 6%. Devolveram-me esses 6%, mas voltaram a cortar em julho, mas só me avisaram em outubro que tinha de fazer a devolução.
Espertos, em setembro houve eleições!..
Sorte tenho eu, apesar de já me estar a assoar ao papel higiénico – acabou a verba para lenços de papel.
Imagino o que não estarão a passar o Soares dos Santos e o Belmiro, coitados, obrigados como devem estar a assoar-se aos folhetos promocionais do Pingo Doce e do Continente…
Não sou destas coisas, mas como é Natal, pobrezinhos, tomem lá prenda.
Consegui encontrar um Pai Natal para a distribuição. Basta clicar aqui, esperar que o relógio pare e, assim que aparecer o Pai Natal, seguir as instruções que ele vai dando. 

Passos Coelho já não manda

Por maior que seja a evidência, é preciso tentar compreendê-la, desde logo colocando a questão principal: por que razão Pedro Passos Coelho insiste num caminho que o povo não quer seguir e que o Tribunal Constitucional não vai permitir que seja percorrido?

A resposta é simples: O primeiro-ministro já não manda.

Só assim é possível interpretar, racionalmente, a estratégia de perdedor que o chefe do governo teima, teima, teima, em tentar levar por diante, por mais tombo em cima de tombo, qual líder esgotado e sem soluções que insiste em bater com a cabeça contra a parede.

A tentativa de ganhar tempo é evidente. Porém, há uma outra razão a montante deste comportamento politicamente suicida que não deve ser escamoteada: Pedro Passos Coelho já percebeu que não vai conseguir reformar o país pelo ataque aos privilégios de uma corte demasiado poderosa e habituada a estar sentada à mesa do orçamento.

Por isso, arrepiou caminho e optou por rapar o mais possível nos mais pobres e reformados, criando a ficção que os sacrifícios são para todos.