domingo, 15 de setembro de 2013
sábado, 14 de setembro de 2013
Para mim o perdedor do debate foi Miguel Almeida
foto sacada daqui |
Sobre quem perdeu estava na disposição de fazer uma postagem mais fundamentada.
O Limonete evitou-me o trabalho...
"Miguel de Almeida falou e disse que falta tratar dos jardins, da cultura, das colectividades, do turismo... Só não disse que falta dinheiro e quem o gastou, porque nesse particular alguns presidentes de Câmara que o Miguel muito bem conhece(u) e ele próprio, enquanto vereador, esbanjaram e que agora faz falta. Estou a lembrar-me dos milhares de euros que custaram o pórtico da cidade, da compra do Convento de Seiça que continua em ruínas, do ruinoso negócio que foi a compra do Paço de Maiorca, das festas para vip's, onde com pompa e circunstância se evaporaram alguns milhares de euros.
Que me desculpe o mentor do "Somos Figueira" e putativo salvador do Concelho, mas depois do debate e da sua intervenção, ninguém de bom senso e conhecedor destas andanças, ficou convencido que valha a pena votar em quem já demonstrou tanta "habilidade" para desbaratar os dinheiros públicos com tão pouca parcimónia e tão pouco proveito para os figueirenses."
Miguel Almeida, neste debate, apesar da "ajuda" dos moderadores e dos convidados especiais para realizar as perguntas (escolhidos cirurgicamente...) limitou-se a estar igual a si próprio.
Por outras palavras: "parece caricatural, e dá vontade de rir, Miguel Almeida dar a entender que se afasta do seu próprio partido quando fala em investimento e criação de emprego, sabendo toda a gente a obsessão, doentia, que o seu governo tem pelo desemprego. Como quando fala em escola pública, sabendo toda a gente o ódio que o seu governo tem da "coisa pública", seja educação seja saúde".
Para mim o vencedor do debate foi João Paz Cardoso...
E ainda bem, pois
tive uma agradável surpresa...
Ah, mas vocês querem
é saber "quem venceu o debate".
Respondo sem
dificuldade, pois para mim foi tudo muito claro: foi este senhor quando falou
sobre o PDM...
“Não esqueço que parte da zona marítima da Figueira foi ocupada por casas. Zonas verdes? Isso não interessa para a Câmara. Interessa é descaracterizar o concelho, como tem vindo a acontecer nos últimos anos. Como o caso da Ponte do Galante”, ironizou João Paz Cardoso.
A CDU e o BE também poderiam ter dito isto... Já Miguel
Almeida teria muitas dificuldades em ser levado a sério se dissesse algo
semelhante... Ataíde também não estaria muito à vontade...
sexta-feira, 13 de setembro de 2013
Quando a realidade ultrapassa a ficção... (II)
Depois do nada original “Prá frente Figueira”, cá está o
novo outdoor do PSD fotografado por mim na rotunda da Gala.
É, apenas, isto: Miguel Almeida, ladeado pela sua equipa e um novo slogan - "Figueira, todos os dias, todo o mandato".
Recordo, apenas, que na actual vereação o número dois, o ex-“vereador João Armando Pereira Gonçalves pediu a suspensão de mandato a partir de 01/09/2012, pelo período de 120 dias. Posteriormente renunciou ao mandato com efeito a partir de 23/11/2012. Em ambas as situações foi substituído por Ana Lúcia São Marcos Coelho Rolo.”É, apenas, isto: Miguel Almeida, ladeado pela sua equipa e um novo slogan - "Figueira, todos os dias, todo o mandato".
Caros leitores, este
anúncio prova que ainda existem agências de publicidade cujo lema é “there’s no
such thing as bad publicity”.
Mas, é preciso lembrar: este
cartaz foi certamente aprovado pela candidatura
“Somos Figueira”.
Terá
havido, pelo menos, uma pessoa que visionou o cartaz e terá dito, isto, ou algo
de semelhante...
“Sim, senhor, era isto mesmo que pretendíamos...”
Descansem as almas penadas, "tudo pode voltar ao normal"!..
Isto, claro, se os figueirenses quiserem... Descansem as almas penadas, "tudo pode voltar ao normal"!..
Basta votarem Miguel Almeida em 29 de setembro próximo.
A beleza da memória
“Portugal é o país mais pessimista da União Europeia”, pode ler-se na edição de hoje do DN.
E os portugueses, pelo presente e pela memória do passado,
têm razões para serem pessimistas, como muitos de nós sabemos...
Um país velho e de velhos, como Portugal, pode ser
equiparado a uma mulher que já perdeu a
beleza da juventude, mas nunca perdeu a eterna memória da imagem da sua
juventude.
Isso, é algo exclusivo e restritivamente nosso.
Daí, a meu ver, a naturalidade de sermos o país mais
pessimista da União Europeia.
Um país, onde os seus habitantes estão no pelotão da frente entre aqueles que creem na existência do inferno!..
A memória sempre serve para alguma coisa.
Um país, onde os seus habitantes estão no pelotão da frente entre aqueles que creem na existência do inferno!..
A memória sempre serve para alguma coisa.
Relvas insultado em homenagem: emigrantes portugueses chamaram "ladrão" e gritaram "vai estudar"
O ex-ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, já saiu do Governo em abril, mas não se livra dos protestos. No dia 11 de setembro, por ocasião do 102º aniversário da Câmara Portuguesa do Rio de Janeiro, Relvas foi brindado com palavras de ordem de "aldrabão", "vai estudar", ou epítetos como "ladrão". Foi no Rio de Janeiro, à entrada para a cerimónia que o homenageava.
As imagens estão publicadas no YouTube num filme com quatro minutos e que começa com Miguel Relvas a chegar ao evento e a pensar que os jovens o queriam felicitar. Ainda parou, mas logo percebeu que os emigrantes estavam em protesto. "Queríamos agradecer o que fez pelo País", frisou a jovem Linda Miriam, de 28 anos, em tom irónico, para depois lhe recordar o currículo, sem direito a licenciatura. Os seguranças bem tentaram afastar os manifestantes, mas não conseguiram calar os emigrantes portugueses, Linda Miriam, António Ferreira e Nuno André Patrício.
"Este senhor está a roubar o meu País", foram algumas das frases proferidas em grito. "Não se engasguem com os canapés", dizia Linda Miriam, a viver no Brasil desde 2011.
Via Correio da Manhã
GRANDE, ESPECTACULAR E ABONATÓRIO CURRÍCULO...
Domingues Pires ficou neste estado depois da agressão pela qual Rodrigo Gonçalves vai ser julgado |
Rodrigo Gonçalves, o vice-presidente da concelhia de Lisboa do PSD que preside à Junta de Freguesia de São Domingos de Benfica, vai começar a ser julgado a 8 de Novembro, no 6.º Juízo Criminal de Lisboa, por "ofensa à integridade física" do anterior presidente da vizinha Junta de Benfica, também do PSD e 36 anos mais velho do que ele.
quinta-feira, 12 de setembro de 2013
Bem lembrado
Faria hoje 89 anos.
Foi assassinado, em 20 de Janeiro de 1973, pelo fascismo português em desespero de causa.
O mandante, por ironia do destino, e da vergonha de um povo, foi o primeiro presidente da república portuguesa após o 25 de Abril.
Amílcar Cabral pela sua dimensão humana, pelas suas ideias e pela sua acção, tem um estatuto ao nível de um Nelson Mandela ou de um Patrice Lumumba.
No PSD, toda a gente sonha ter um pequeno Marcelo Rebelo de Sousa perto de si...
Jantar de Campanha com Prof. Dr. Miguel Poiares Maduro
"Na noite de domingo, promovemos um jantar no CCR OUCOFRA, na freguesia do Paião, na companhia do Prof. Dr. Miguel Poiares Maduro, Figueirense e eleitor na Figueira, que quis prestar o seu apoio e dar o seu incentivo aos candidatos da nossa coligação. Com a casa totalmente cheia, tive o prazer de contar com muitos dos nossos candidatos aos órgãos autárquicos e tive oportunidade de agradecer a sua dedicação, bem como da estrutura de campanha. Pedi também ao Prof. Dr. Poiares Maduro para ter em conta investimentos fundamentais para o futuro da Figueira que é necessário fazerem parte da estratégia do Governo..."
"Na noite de domingo, promovemos um jantar no CCR OUCOFRA, na freguesia do Paião, na companhia do Prof. Dr. Miguel Poiares Maduro, Figueirense e eleitor na Figueira, que quis prestar o seu apoio e dar o seu incentivo aos candidatos da nossa coligação. Com a casa totalmente cheia, tive o prazer de contar com muitos dos nossos candidatos aos órgãos autárquicos e tive oportunidade de agradecer a sua dedicação, bem como da estrutura de campanha. Pedi também ao Prof. Dr. Poiares Maduro para ter em conta investimentos fundamentais para o futuro da Figueira que é necessário fazerem parte da estratégia do Governo..."
Como estou a ficar velho...
Nasci em 1954.
Tenho bem presente, ainda, a Cova e Gala dos anos 50 e 60 do século passado - o tempo da caridadezinha...
Tenho bem presente, ainda, a Cova e Gala dos anos 50 e 60 do século passado - o tempo da caridadezinha...
Nesse tempo, passaram apenas cerca de 50 anos, apesar de Cova e Gala se encontrarem apenas a três quilómetros da Figueira da Foz, a Cova era um lugar isolado, quase que perdido, onde ninguém se deslocava.
Logo, a realidade contada neste texto do Daniel Oliveira,
que li com atenção, está bem viva na minha memória.
“Nos anos 60, Portugal não era pacato. Era obediente. Como são obedientes
todos os povos que vivem em ditadura. E quem não o era, fugindo à norma
nacional, era vigiado, perseguido, preso, torturado e até morto.
Portugal não era apenas trabalhador. Era escravo. O trabalho infantil era
uma banalidade, os horários, as férias e os fins de semana um luxo
inalcançável. E, no entanto, apesar de se trabalhar para lá da decência humana,
em 1961 a nossa produtividade era, como recorda Raquel
Varela , muitíssimo inferior à de hoje.
Portugal não era poupado. Era miserável. Morria-se cedo, comia-se mal, não
se tinha nem saúde nem educação. Era analfabeto, doente, subdesenvolvido. Quem
sabe como era a vida da esmagadora maioria dos portugueses, sobretudo fora das
grandes cidades, sabe que é um tempo que não pode deixar saudades. As despesas
sociais correspondiam a 4,4% do total do PIB, enquanto no resto da Europa
estavam acima dos 10%. O indicadores de saúde eram de um País do terceiro
mundo. O número de analfabetos era muitas vezes superior ao dos licenciados.
Portugal não era prudente. Era obstinado no seu conservadorismo. Ao ponto
de julgar que poderia continuar a viver como se o mundo estivesse na mesma. O
que o levou, entre tantas outras asneiras que nos deixaram para trás, a desperdiçar
e destruir milhares vidas e a gastar, em média, metade do orçamento de Estado
numa guerra que inevitavelmente acabaria como acabaram todos as lutas pela
independência em África: com uma derrota militar ou política do colonizador.
Depois veio o 25 de Abril. O País "criou autarquias e dinamização
cultural, comprou frigoríficos e televisões, fez planeamento económico, exigiu
escolas e hospitais". Enfim, resume César das Neves, "Portugal
gastou". Sim, de 1973 a 1999 as despesas sociais passaram de 8,7 por cento
para 26,1 por cento e os impostos de 18,6 por cento do PIB para 34 por cento. E
numa e noutra coisa apenas nos aproximámos do resto da Europa. Porque, sem
isso, cinco milhões de portugueses continuariam a não ter cobertura médica, a
mortalidade infantil continuaria na estratosfera e o analfabetismo continuaria
a condenar o País ao atraso. Sim, compraram-se frigoríficos e televisões,
coisas banais em qualquer país europeu. Sim, exigiram-se e construíram-se
escolas e hospitais. Não foi falta de ponderação. Foi o que fez Portugal dar um
dos mais rápidos e extraordinários saltos sociais e económicos na Europa, que
qualquer estrangeiro que tenha cá vindo antes e depois notava com espanto e
admiração. Foi o que nos permitiu consolidar a democracia e entrar na CEE. Foi
das coisas mais ponderadas e inteligentes que fizemos.”
Como estou a ficar velho...
Cá está, possivelmente, a razão de ser de toda a minha actual indignação pelos dias lamacentos que, neste momento, estamos a viver em
Portugal.
“Se é imprudente tudo o que, como povo, exigimos
e fizemos nos últimos 39 anos, talvez seja disso mesmo que estamos a precisar.
Talvez a ideia de que o que conquistámos nunca estaria em risco nos tenha
tornado demasiado pacatos. Ao ponto de aceitarmos, sem uma pinga de indignação,
que nos digam que devíamos ser como "os nossos avós": resignados,
obedientes e pobres.”
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