quinta-feira, 25 de julho de 2013

Não havia necessidade...



Ontem, Pires de Lima deixou  “uma palavra de muito apreço” ao seu antecessor no cargo, Álvaro Santos Pereira, que não esteve presente na cerimónia de tomada de posse dos novos membros do Governo, naquela que foi a sétima alteração à composição do executivo PSD/CDS-PP liderado por Pedro Passos Coelho.
Não havia necessidade de mais  este exercício de hipocrisia -  aliás, cortesia...

"Rabos de palha", quem os não tem no arco do poder?..

Ontem, depois de ter tomado posse como ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Rui Machetenovo elemento do Governo, reagiu assim aos que criticam a sua entrada para o Governo, devido às ligações que teve aos bancos BPN e BPP: são reflexo da “podridão dos hábitos políticos.
Conclusão e moral da "estória" - se esta "estória, porventura, tem alguma conclusão ou moral... 
Em última análise, quem passou pelo BPN ou pela SLN, no mínimo, deve ter direito a ser devidamente recompensado pelo incómodo.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Marisa Matias na Figueira


Na próxima sexta, dia 26 de Julho pelas 18:30, a eurodeputada Marisa
Matias estará presente no café do Centro de Artes e Espectáculos para divulgar o seu trabalho no Parlamento Europeu, integrado na série de sessões do BE: "O Deputado Presta Contas".
De seguida será apresentado o cabeça de lista de à junta de Buarcos/São Julião .

Novos ministros do Governo de Portas acabam de tomar posse...

Que nos acompanhe sempre a resiliência para a travessia que hoje recomeça.

Pouca vergonha..

Já tinha sido informado aqui"novo ministro dos Negócios Estrangeiros com fortes ligações ao BPN e ao BPP". 
Segundo o Público, o Governo diz que da biografia constam apenas as funções públicas. 
É a segunda vez que uma biografia de um membro deste governo é omissa quanto a ligações ao BPN: o primeiro caso foi o de Franquelim Alves, secretário de Estado da Inovação e do Empreendedorismo.
Será que não tem interesse a opinião pública saber o que é que os governantes andaram a fazer no intervalo preenchido entre desocuparem cargos públicos e ocuparem cargos e públicos, ocupado em funções privadas, cujo relatório e contas, coluna "Deve", é para ser depois nacionalizado pelo Estado, que temporariamente administram antes e depois da passagem pelo privado, e suportado com dinheiros públicos. E até porque quando se "candidatam" a cargos no privado omitem no currículo a sua passagem pelos cargos públicos, e nem sequer foi devido a essa passagem pelo público que deram o salto para o privado. Nada disso. Foi pelos seus lindos olhos, no anonimato privado, à sombra do dinheiro público.

Para desenjoar...

daqui

A RENDIÇÃO

"O Governo que agora acaba dará lugar a outra coisa. Presumivelmente até justificaria uma posse renovada de alto a baixo  porque ultrapassa largamente o contexto de uma simples "remodelação". Recorda o Governo Balsemão II, de 1982 (que terminou como se sabe) e, politicamente, corresponde a uma rendição do maior partido da coligação ao seu parceiro minoritário. Este deixou, assim, de ser o Governo com o qual colaborei. Primeiro ajudando na redacção do seu programa, no gabinete de Miguel Relvas e em sintonia com o gabinete do ainda Primeiro-Ministro e, depois, com Álvaro Santos Pereira cuja seriedade, lealdade e decência, levadas a um extremo por fim inútil, pude testemunhar durante quase sete meses. Talvez o último gesto com a cintilante envergadura do fracasso tenha sido a carta de demissão de Vítor Gaspar já que o que se passou a seguir é demasiado amoral para o meu gosto. Todavia, importa uma renegociação séria do memorando com os credores - esse, sim, o único "compromisso" que teria valido a pena - e tentar uma "reforma do Estado" para a qual nunca chegou a haver guião algum. O novo Governo, cuja liderança carrega agora outro fardo - o da falsa gravitas da "coesão" e da "solidez" -, só adia, apodrecendo, o inevitável. Para além disso, trata-se manifestamente de um Governo mais vulnerável aos interesses e à esperteza saloia que mandam "transversalmente" no regime. As primeiras "reacções" às escolhas neófitas são, aliás, inequívocas a esse respeito. Agradeço, com amizade, ao Miguel Relvas e a Álvaro Santos Pereira. E com a consciência tranquila de ter dito em total liberdade, em todos os momentos e a cada um, o que entendia que devia dizer, aconselhar ou contrariar. É a melhor homenagem que lhes posso fazer."

JOÃO GONÇALVES 

Bué de fixe...

"Novo ministro dos Negócios Estrangeiros com fortes ligações ao BPN e ao BPP"

Como convém e a prudência aconselha,  "a passagem do ministro nomeado dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, pela SLN, sociedade gestora do BPN, não consta na biografia enviada aos órgãos de comunicação social pelo gabinete do primeiro-ministro."
Na biografia elaborada pelo Expresso, Rui Machete já foi tudo e mais alguma coisa, só não foi presidente do Conselho Superior da Sociedade Lusa de Negócios, com poderes de fiscalização, nem membro do Conselho Consultivo do BPP, liderado por Francisco Balsemão, do Expresso...
O vice-primeiro-ministro Portas coordena as áreas económicas. E negoceia com a troika. Pires de Lima é ministro da Economia e vice do vice-primeiro-ministro. Paulo Núncio ensanduicha a ministra das Finanças nos Assuntos Fiscais. Lobo Xavier lidera a reforma fiscal. Mota Soares fica na Segurança Social, Cristas na Agricultura. E Nuno Fernandes Thomaz assume a vice-presidência da Caixa. Enquanto esfregávamos os olhos, perplexos com a crise política, o CDS ficou a mandar nisto. Passos Coelho é o primeiro primeiro-ministro a ficar para segundo.

terça-feira, 23 de julho de 2013

"Governo corta no valor dos exames no SNS e paga mais a privados"...


Ao que dizem,  de todos os ministros que integram o Governo, Paulo Macedo é o mais competente. 
Paulo Macedo pode ser muito competente, mas existe um pormenor importante, que convém não esquecer:  ao serviço de quem está ele?

Figueira da Foz quer transferir milhares de toneladas de areia para a outra margem...

"Transferir areia da margem direita do rio Mondego para a outra margem, na Figueira da Foz, é um projecto que o presidente da Câmara Municipal, João Ataíde, adopta como seu. O autarca defendeu hoje a realização de um estudo técnico e económico para um “bypass” de areias de norte para sul do rio Mondego, projecto lançado por um movimento cívico da cidade.

O projecto do movimento cívico SOS Cabedelo / Cidade Surf preconiza a construção de um canal de areias entre as margens do rio para fazer face à crescente deposição de sedimentos na praia da Figueira da Foz – o maior areal urbano da Península Ibérica – e, paralelamente, compensar a falta de areia nas praias a sul e manter a onda da praia do Cabedelo." - Via AS BEIRAS

Em tempo.
Não se esqueçam que estamos a cerca de 2 meses da realização de eleições autárquicas...

O que me consola é que não me lembro de ter gasto um tostão por uma edição deste jornal… Depois, espantam-se por perder leitores… Com tantos blogues de qualidade por aí, quem é que paga para levar com estes montes de lixo?..

Perante isto, alguém tem moral para criticar as primeiras páginas do JN?...

Salve-nos o humor!

Man: decida-se!..
Afinal, gastámos muito, ou gastámos pouco?
Man:  porque não aproveita e vai brincar também para as Selvagens...
Pode ser que as cagarras gastem mais que nós…

Em tempo.
Assim, não há coligação que resista: "CDS vai chumbar subida do salário mínimo"!..

Coesão e solidariedade governamental...

A partir de agora, todas as reuniões do conselho de ministros vão iniciar-se com uma colecta a favor de Assunção Cristas e Álvaro Santos Pereira ( até ser substituído por Pires de Lima)
Marques Guedes irá dizer, no final da próxima reunião ministerial, que esta é uma forma de mostrar aos portugueses que o governo está coeso e é solidário.


Via crónicas do rochedo

Cavaco, o "amigo" a médio prazo…

Cavaco,  a médio prazo, depois de dez  dias completamente inúteis, acabou por dar, certamente sem o querer,  o euromilhões  ao PS.
Vejamos:

1 – neste momento, prevê-se que  este governo vai continuar até ao fim dos dias que lhe foram destinados por Cavaco, embora com a bênção contrariada do mesmo Cavaco!
2 -  com a  incompetência conhecida e que lhe é genética, o governo (e o PSD e o CDS-PP…) vão continuar a fritar em lume brando até às próximas  eleições.
3 - os votantes, cansados dos partidos que agora governam e achando que a política caseira é bi-partidária  (se não é o PSD tem de ser o PS…), vão  votar nos socialistas,  só para castigar quem tanto os causticou nos últimos e próximos dois anos…
4 -  assim sendo, não é muito arriscado vaticinar, que em 2015, os socialistas podem obter uma maioria absoluta, mesmo com Seguro, se lá chegar...

Será que só pode ser assim e não pode ser de outra maneira?..

A salvação nacional é a democracia

"... a divergência, em questões essenciais, entre diferentes partidos, diferentes políticos e diferentes cidadãos, não é apenas normal em democracia. Não é apenas saudável. Não é apenas importante. É a justificação para considerarmos a democracia a melhor forma de organizarmos a nossa convivência política. A democracia só é necessária porque as coisas são assim. E as coisas são assim porque o ser humano é dotado de inteligência e liberdade de pensamento. A democracia resolve estas divergências com a liberdade de expressão, organização e reunião, com a organização do conflito social e com eleições. Fora dela, estas divergências resolvem-se com armas e prisões.

Quem olha para estas divergências como um problema, e não como uma enorme vantagem, não se limita a não compreender a democracia. É, no essencial, antidemocrático. Porque é nesta incompreensão que se baseiam todas as ditaduras. Dão-se nomes diferentes ao que deve prevalecer à divergência: os nacionalistas chamam-lhe Pátria, os teocratas chamam-lhe Deus, os comunistas chamam-lhe vanguarda, os sonsos chamam-lhe "salvação nacional". Mas todos acreditam no mesmo: que a sua posição é indiscutível. E que quem dela discorda apenas se pode mover por interesses mesquinhos, sejam eles pessoais ou partidários."

Daniel Oliveira

Plano de ajustamento de Gaspar, de Passos, de Portas, de Cavaco e da Troika é isto...

Psicólogo Daniel Kahneman, "Pensar, Depressa e Devagar"

Uma pequena loja de fotocópias tem um empregado que lá trabalha há seis meses e ganha 9 dólares por hora. O negócio continua a ser satisfatório, mas houve uma fábrica na zona que fechou e o desemprego aumentou. Outras lojas semelhantes contrataram agora empregados de confiança a 7 dólares à hora para desempenharem tarefas semelhantes às realizadas pelo empregado da loja de fotocópias. O proprietário da loja reduz o salário do empregado para 7 dólares. 

O país despolitizado e não ideológico sonhado por Cavaco...

Ontem, enquanto viajava de carro, ouvi António Jorge Pedrosa, num programa de rádio da Figueira da Foz, ter este comentário a propósito de não ter havido acordo para a tal  “salvação nacional” .
Vou citar de memória: “claro que se tivesse havido acordo sentia-me mais confortável”, deixou escapar AJP.
Cavaco teria dito doutra maneira: «Mais cedo ou mais tarde, um compromisso interpartidário alargado será imposto pela evolução da realidade política, económica e social do País.»
E teria acrescentado: «Estou igualmente convicto de que os cidadãos se encontram agora mais conscientes da necessidade de um consenso entre os partidos que subscreveram o Memorando de Entendimento.»
António de Oliveira Salazar, teria comentado assim.
«E na unidade resultante da sua integração e da concordância profunda dos seus interesses, ainda que às vezes aparentemente contrários, não há que separá-los ou opô-los, mas que subordinar a sua actividade ao interesse colectivo. Nada contra a Nação, tudo pela Nação.»

Em tempo.
Claro que não estou a afirmar ou a insinuar que o António Jorge Pedrosa  é cavaquista ou fascista. Estou apenas a alertar para o facto de que esta coisa de comentar em público tem muito que se lhe diga, mesmo numa rádio local.
Não podemos esquecer o difícil contexto cultural e a triste e preocupante realidade social e política que vivemos em Portugal, que, aliás,   se agravou nos últimos tempos. António Guerreiro retratou-a bem, no Ípsilon do passado dia 19:

«A política, naquilo que dela ainda existe, já não são os partidos que a fazem: são os comentadores os magistrados, os jornalistas etc.  Veja-se, aliás, como os homens de partido se tornam comentadores para saírem do espaço despolitizado e entrarem no espaço – exíguo, mas o único que resta – da política. Algum governo, nos últimos anos, se formou com base num projecto de sociedade? Os governos são cada vez mais técnicos e cada vez menos políticos. Maiorias políticas parlamentares elegem e apoiam conselhos de administração da empresa-país, que por sua vez nomeiam burocratas (sempre com uma grande aura de "competência", nem sempre confirmada) para gerir a coisa pública.»

Já há Palácio?..

Acabei de ver na RTP1, o primeiro-ministro anunciar uma remodelação no Governo "muito em breve".
Passos Coelho confirmou que Paulo Portas será vice-primeiro-ministro, ficando, por delegação de competências suas, com a coordenação das pastas económicas e com a coordenação das relações com a troika.
Será que  Portas  já encontrou moradia digna para o gabinete de vice-primeiro-ministro?