Via O que eu penso
sábado, 9 de março de 2013
"Há muito advogado a beneficiar da política"…
Foi um indivíduo, advogado, de idade adulta, que passou quase toda a vida adulta na política activa e passiva - foi deputado do PSD na Assembleia da República durante 10 anos (entre 1999 e 2009) - que disse isto!..
A cidade das banhadas…
A Figueira gosta é de
levar banhadas...
Em minha opinião, em 1997 levou uma banhada e continua a adorar!..
Em 2012 (foi o que julguei perceber da leitura desta crónica de Rui Curado da Silva…) levou outra
banhada…
A ver vamos se lá para outubro de 2013 não vai levar outra banhada…
A ver vamos, se de tão tão anestesiados e estupidificados, daqui a
vinte anos alguém irá ainda
interrogar-se como é possível a maioria dos figueirenses continuarem a
embarcar em banhadas…
sexta-feira, 8 de março de 2013
Autárquicas 2013 na Figueira... (da série, o que já lá vai e o que ainda aí vem…)
João Portugal, hoje numa entrevista ao diário AS Beiras…
“Da mesma forma que não é correcto impor listas ao
candidato, também não é correto impor listas ao partido”…
E, mais à frente, a uma pergunta do jornalista ("Como é que vai ser a sua coabitação política com João
Ataíde, no executivo ou na oposição, depois deste extremar de posições?"), responde...
“Será pacífica, porque os interesses do munícipio estão em
primeiro lugar”…
Em tempo.
Portugal, na
entrevista deixa implícito (ou, pelo menos, é assim
que eu entendo…) que a actual guerra no interior do PS figueirense foi apenas uma reacção à invasão dos independentes nas
listas autárquicas em detrimento dos militantes…
Pelo que estou a verificar, cá pela
Figueira, a malta do PS leva mesmo a militância partidária a peito e a fundo!..
A mulher
Sinto que as mulheres são, em regra, melhores do que os homens. É como se o homem tivesse renunciado ao ponto de vista viril, marialva, e depois não soubesse muito bem como é que havia de ser. A mulher, ao mesmo tempo que já está a ser, está sempre para ser.
José Saramago
Tempo
De outubro passado para cá, consegui aquilo que ambicionei
toda a vida: tempo - um tempo só para mim...
Tenho-o gasto a fazer aquilo de que gosto e me apetece:
grandes caminhadas à beira mar, a
conviver com pessoas, a ler muito e a tentar escrever alguma coisa…
E a fazer umas fotos, só para minha diversão, como a que acompanha esta postagem.
Mas, ontem, o dia esteve coberto de nuvens que mais pareciam
um enorme telhado sujo.
E, depois, a chuva copiosa
e irritante, acompanhada de um vento que está a tirar às árvores o pudor das
últimas folhas neste inverno, trocou-me
as voltas e o programa do dia.
Poderia ter nascido rico ou com talento. Ou noutro país, ou
noutra cidade, ou noutra aldeia.
Mas, não, além de ter nascido pobre e sem talento , nasci em
Portugal, no concelho da Figueira e, ainda, por cima, na ex- aldeia da Cova-Gala, actual vila de S.
Pedro.
Depois de uma vida, que já leva mais de 40 anos de trabalho, tudo o que agora tenho é tempo.
Tempo e manhãs de vento
e chuva...
E o mesmo tempo é para continuar…
quinta-feira, 7 de março de 2013
Ainda as “Conversas na Bijou”…
Uma frase do Dr. Jorge Tocha Coelho na tertúlia realizada ontem à noite: “a Figueira cometeu suicídio cultural ao acabar com o Festival Internacional de Cinema.”
Passos Coelho disse que medida mais "sensata" contra desemprego seria baixar salário mínimo…
As pessoas viveriam de quê?..
Em tempo.
“Há uns anos, já demasiados,
quando o salário mínimo subiu pela última vez, depois de me bombardear com uma
série de “não pode ser” e “onde é que este país vai parar”, um pequeno
empresário perguntou-me qual era a minha opinião ao respeito. Pensei: se te
respondo com é bom ou com é mau e se te explicar por quê, passado cinco minutos
hás-de esquecer-te de tudo o que te disser e será uma perda de tempo.
Optei, portanto, por começar
por perguntar-lhe quantos empregados tinha. Respondeu-me três ou quatro, já não
recordo, mas também não faz grande diferença para esta narrativa, como se verá
já a seguir.
Disse-lhe então que seria ele
mesmo a responder à sua própria pergunta e perguntei-lhe o que é que seria
melhor para o seu negócio, se ter mais 40 ou 50 euros na folha de salários de
todos os meses e ficar à espera do aumento na facturação provocado pelo
acréscimo de rendimento dos seus muito mais que 3 ou 4 clientes, se manter
inalterada a folha de salários e ficar à espera da diminuição da facturação
resultante dos efeitos da inflação sobre o rendimento desses mesmos prezados
clientes.
Bem me lixou. Respondeu-me que
a segunda, porque os 40 ou 50 euros a menos na folha de salário estariam
garantidos à partida caso o salário mínimo não fosse actualizado e nada lhe
garantia que os seus clientes comprariam menos, até porque a sua distinta
clientela não era desses que recebem o salário mínimo.
Bem se lixou. Há um par de
meses, passei à porta do seu estabelecimento. Estava fechado. Parece que os
empregadores dos seus clientes, os fornecedores desses empregadores e os
fornecedores desses fornecedores tiveram todos a mesma ideia. É realmente uma
pouca-vergonha que os Sócrates, os Passos Coelhos e respectivos Teixeiras dos
Santos e Gaspares não se tenham empenhado na invenção de um consumo que se faça
sem salários, próprio para empreendedores alérgicos ao risco. Resumindo: “o que
eles querem é tacho”, como dizia o meu empresário montado em toda a sua razão.”
Pedro Saboga… (II)
foto sacada daqui |
A opinião publicada está formatada.
No país, isso gira em torno do prof. Marcelo, do Marques
Mendes, do António Costa, do Jaime Nogueira
Pinto, do Nuno Rogeiro, do Luís Delgado, do Santana Lopes e outros que tais.
Isto, há anos e anos…
Na Figueira, um meio mais pequeno o tédio ainda é maior: seja
nos jornais, na rádio, ou na Tv local, a coisa, em termos de opinião publicada,
gira em torno de meia dúzia de figuras que dizem sempre o mesmo todas as
semanas.
Resumindo: no país ou na minha cidade, para emitir e firmar a
mesma opinião, não basta um comentador,
nem dois, a dizer o mesmo. Exige-se que sejam vários, muitos, a dizer o mesmo,
de preferência em locais diferentes, ficando assim garantida a pluralidade de
vozes e a unicidade da mensagem…
Mas, mesmo na Figueira, de vez em quando, surgem iniciativas
“marginais” às doutas, abrangentes, democráticas e pluralistas análises
que os habituais painéis esmiúçam todas
as semanas nos locais do costume, a que
convém estar atento.
Foi o caso de ontem nas «Conversas da Bijou». Pedro Saboga, que tem obra
feita em prol da Cultura na Figueira - OTubo d’Ensaio, um laboratório de
experimentação artística e um centro de trabalho multifacetado, um espaço de
criação e partilha, potencializando a criação e o desenvolvimento de novos
projectos culturais, de forma independente e ao serviço da comunidade, aí está, desde 2006, para o provar – durante
cerca de 3 horas falou da Figueira, falou da Cultura, falou da vida, mas, a meu
ver, demonstrou que, mesmo "em contraciclo", é possível realizar sonhos que à partida parecem utópicos,
mesmo numa cidade como a Figueira, como se as dificuldades, próprias e
colocadas pelos outros, fossem o combustível necessário para se chegar ao
máximo que sabemos e podemos.
Como vemos, mesmo na Figueira, há mais vida para além da
publicada nos jornais, na rádio e na televisão pelos habituais “paineleiros” de serviço…
quarta-feira, 6 de março de 2013
Pedro Saboga...
... hoje, quarta-feira, 6 de março, às 21h00.
No Restaurante Bijou - Bairro Novo.
A entrada, é livre.
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