Com que então os sacrifícios eram para todos?...
"O PS já obteve do gabinete de Pedro Passos Coelho os números totais dos nomeados desta legislatura para funções públicas que receberam subsídio de férias em 2012.
Primeiro disse 233. Depois retificou: afinal são 1323."
Quase 1500 'boys' receberam subsídio de férias!..
sexta-feira, 16 de novembro de 2012
Recordando a Cova e Gala dos anos 50 e 60 do século passado - o tempo da caridadezinha…
O
CENTRO SOCIAL DA COVA E GALA comemorou no
passado dia 31 de Outubro o 43º aniversário do início oficial da sua
actividade.
Na
oportunidade, o Pastor João Neto, agora reformado, mas não acomodado (como sempre, continua atento e
interessado ao que se passa em S. Pedro, freguesia de que fazem parte a Cova e a Gala, essas duas povoações tão importantes no
riquíssimo, sob o ponto vista social e humano, percurso de vida do Pastor João
Neto), publicou no jornal "A Voz da Figueira" o trabalho de que transcrevemos grande parte mais abaixo.
Sem
pretender comparar-me com uma figura de referência (e não só a nível local e regional: é uma figura respeitada nacional e internacionalmente), fica aqui
uma singela homenagem a um Homem com quem, pelo menos, ouso ter a veleidade de
afirmar que tenho uma coisa em comum: nem eu, nem o Pastor João Neto, nos
imaginamos a viver longe da Cova e Gala.
Fica
o artigo do Pastor João Neto que me trás recordações da Cova e Gala de há cerca
de 50 anos – o tempo difícil, mas feliz, da minha meninice.
Sous-développement ET COVA, VOUS CONNAISSEZ ?
“Cova é uma pequena aldeia de 2.500 habitantes,
localizada à beira do Atlântico, perto da importante cidade balnear da Figueira
da Foz (Portugal), onde se vive pior que nas localidades vizinhas: a ausência
de esgotos, a corrente eléctrica considerada uma excepção, a miséria material,
as condições de trabalho desumanas, a deterioração das células familiares, a má
nutrição é, lamentavelmente, a situação de toda uma região economicamente
desfavorecida”. Era assim que
começava um artigo no “Journal de Genève”, de 12 de Setembro de 1970. Nesse dia
um grupo de jovens suíços, que tinha participado, nesse verão, em dois campos
de trabalho na Cova, organiza uma marcha silenciosa, partindo do Monumento da
Reforma, percorrendo as ruas daquela cidade helvética, seguindo-se uma
conferência de imprensa. O seu objectivo foi chamar a atenção da população
local de que o subdesenvolvimento não é só um problema de certas regiões da
África e da Ásia, mas que ele também existe na Europa, como era o caso da Cova.
Esses jovens não
estavam longe da realidade. Algum tempo mais tarde, tendo o Centro Social da
Cova e Gala convidado o então presidente da Câmara Municipal da Figueira da
Foz, Eng. Jorge Pinho, a visitar a localidade, ele, acompanhado de vários
técnicos camarários, concluía a sua visita, referindo-se aos muitos problemas existentes : “Cova é como um novelo de lã em
que não sabemos onde está a ponta por onde se deve puxar”. Quem conheceu a Cova
desse tempo sabe que assim era. Foi por isso que a Igreja Evangélica Presbiteriana
de Portugal, baseada na sua pequena comunidade da Cova e Gala, se lançou, em
1969, num Projecto de Desenvolvimento Comunitário. O primeiro passo foi abrir a
aldeia ao exterior, chamar a atenção de quem de direito para ela e seus
problemas. Apesar de Cova e Gala se encontrarem apenas a três quilómetros da
Figueira da Foz, Cova era um lugar isolado, quase que perdido, onde ninguém se
deslocava. Daí o termos organizado ao longo dos anos mais de cem campos
internacionais de trabalho, em que participaram mais de três mil jovens de diversas
nacionalidades europeias, do Canadá e dos Estados Unidos, tornando-se verdadeiros
e singulares embaixadores do Projecto da Cova e Gala nos seus países. Ao mesmo
tempo, foram organizadas, anualmente, viagens de informação pela Europa,
acompanhadas pelo Grupo de Folclore Infantil e Grupo Coral de Adultos do Centro
Social da Cova e Gala, em que se procurava dar a conhecer a situação social e
política, mas também cultural da nossa região. A sua acção foi de um valor inestimável, de tal maneira que, em 1980,
uma editora alemã convida o jornalista germânico Hans Gerhard Gensch a escrever
um livro sobre o Projecto de Desenvolvimento da Cova e Gala, com o título
“Ernte in den Dunen” (Colheita nas dunas). Este livro chegou a ser usado em
muitas escolas suíças e alemãs como livro de texto duma experiência de
desenvolvimento. Também a televisão alemã desloca-se ao concelho da Figueira da
Foz e faz um programa sobre o Centro Social da Cova e Gala. Muitos são os
recortes de jornais europeus e americanos que noticiam e relatam as actividades
da instituição e seu projecto. Dizia alguém, com certa graça : “Cova e Gala é
mais conhecida no estrangeiro do que em Portugal”. E era verdade ! Cova e Gala
tornou-se internacional, abriu as suas
portas e deixou para trás o seu isolamento inicial. Estava atingido o primeiro
objectivo.
Sempre foi seu alvo
prioritário ser um projecto ecuménico, aberto, colaborante e participativo,
independente de ideologias, tendo como alvo servir o próximo, sobretudo, os
mais fracos, mais pobres e desprotegidos, procurando dar voz a quem não tem
voz. A sua máxima “Não fazer sozinho o
que puder fazer conjuntamente” é o princípio orientador de toda a intervenção
do Centro Social da Cova e Gala desde o seu começo. Daí termos trabalhado
conjuntamente com toda a equipa concelhia do então Instituto da Família e Acção
Social, com destaque da assistente social Alzira Fraga, responsável pelo núcleo
concelhio. Criou-se então o Grupo de Apoio à Primeira e Segunda Infância do
concelho da Figueira da Foz, iniciativa inédita e única, num país burocrático e
em que cada um quer ser senhor da sua quinta. Estivemos presentes
em muitas outras iniciativas concelhias, distritais, nacionais
e internacionais e participámos na organização de várias instituições. Sentimos
que ao longo dos anos temos sido enriquecido nas nossas experiências, ainda que
em certos momentos, sobretudo durante a Ditadura, sofrêssemos dificuldades e
reveses. Porém, tudo contribuiu para o fortalecimento da instituição.
O Centro Social da
Cova e Gala surgiu numa época de grandes aberturas internacionais. A acção
libertadora do Conselho Mundial de Igrejas, o II Concilio do Vaticano, a
Teologia da Libertação, o Centro Ecuménico Reconciliação, na Figueira da Foz,
tudo contribuiu para que as pessoas se abrissem ao diálogo e as suas
consciências fossem possuídas pelo espírito de revolta e desejo de libertação e
destruição de todo o tipo de opressão e de injustiça. O Centro Social está nessa
linha e, por isso, funda-se e segue a pedagogia de Paulo Freire (alfabetização,
conscientização e politização), adaptada à realidade portuguesa e a experiência
de desenvolvimento comunitário do Centro Social de Riesi (no interior da
Sicília), dirigido pelo já falecido Pastor Tullio Vinay. O nosso programa
procura responder às necessidades das famílias, das crianças, dos jovens e dos
idosos. Dá atenção ao desenvolvimento da agricultura intensiva através de
estufas. Promove acções culturais e está aberto a outras iniciativas que
estejam de acordo com os seus princípios. Por isso, realizações de avaliação periódicas. Em 1980, com a
colaboração do Instituto Ecuménico para o Desenvolvimento dos Povos (INODEP), com
sede em Paris, realizou-se o primeiro seminário sobre “Elaboração e Avaliação
de Projectos de Desenvolvimento”, porquanto toda a instituição deve reflectir
sobre a sua prática para avaliar até que ponto a sua intervenção está a
contribuir para a transformação da realidade onde se insere e actua, tendo em
consideração o projecto de desenvolvimento que assume e os objectivos que
pretende atingir. Posteriormente outras acções de avaliação tiveram lugar.
Face à crise social,
económica e financeira que se vive no nosso país, instituições como o Centro
Social da Cova e Gala vivem momentos muito difíceis por falta de recursos para
responder a todas as necessidades e apelos. Apesar de tudo, não fossem as
instituições particulares de solidariedade social a tentarem responder, nesta
hora, às necessidades de quem precisa de
apoio e solidariedade, e os dramas seriam muito maiores. Para realizarem o seu
trabalho as IPSS precisam da colaboração das entidades oficiais. Elas não podem
nem querem substituir o Estado nas suas responsabilidades sociais. Elas querem
tão-somente colaborar, mas para isso precisam de ajuda empenhada por parte do
Estado.
CICLO DE PALESTRAS
quinta-feira, 15 de novembro de 2012
Gorduras do Estado ou aumento do desemprego?
É normal uma notícia destas ser apresentada como um
sucesso?..
IMPERDÍVEL!..
6ª Feira, 30 Novembro, 18h30
Inauguração da Exposição "Achados &
Caricaturas" de Fernando Campos
"Esta é a minha primeira exposição de caricaturas - que
assino como fernaocampos e publico desde 2008 no blog
ositiodosdesenhos.blogspot.pt - a que juntei umas quantas peças das que comecei
a construir em 2005, com objectos achados ao acaso.
As 50 caricaturas são retratos políticos sucintos,
sintéticos porém acabados, de alguns rostos da classe dirigente e de alguns
amigos. São impressões em papel trisolv Postart 130 grs. a partir de desenhos
originais que, embora digitais, foram concebidos com recurso a uma ferramenta
gráfica quase tão elementar com um simples pau de carvão. Tratam-se portanto de
múltiplos únicos, por isso mesmo referenciados 1/1 e autenticados com a minha
firma manuscrita.
Quanto aos Achados, são 7 composições com objects trouvés,
vagamente escultóricas porque tridimensionais. Foram construídas pela paciente
e sofisticada técnica da assamblage, com um desvelo lúdico o mais
politicamente-incorrecto possível, o non-sense suficiente e algum humor - umas
vezes negro, outras apenas bastante sardónico.
Além destas é com grato prazer, e supremo deleite, que
apresentarei, em exclusiva première mundial, dois quase-ready-made, cúmulo
artístico das minhas recentes elucubrações no domínio do pensamento mais
puramente conceptual, que são outros tantos “comentários à contemporaneidade”:
uma paráfrase da célebre “Fountain” de Marcel Duchamp (esse filósofo escarninho
e blagueur anti-arte, tido por muitos como o mais influente artista do século
XX) e uma homenagem, modesta ça va de soi, a uma das suas mais dilectas
herdeiras no século XXI: a mui capitosa e não menos iconoclástica porém
portuguesa Joana Vasconcelos.
Esta exposição não pretende ser exactamente “uma bofetada no
gosto do público” que aprecia merdas bonitas. Tampouco pretende agradar-lhe.
Não pretende aliás ser nada mais do que é, ou seja, uma amostra, uma
demonstração ilustrada de que a resignação do artista não significa tédio.
Fastio, ou abulia. Ou recusa de ser testemunha do seu tempo. Muito menos
renúncia ao puro gozo, o mais sério divertimento."
Ponte Galante, um "elefante branco", resultado de uma enorme suspeita de corrupção que varreu a Figueira no início deste século XXI…
Segundo um texto ontem publicado no diário AS BEIRAS, o
presidente da Câmara da Figueira da Foz está moderadamente optimista em relação
à conclusão do empreendimento hoteleiro e habitacional da Ponte do Galante.
"Tenho um optimismo moderado", disse João Ataíde, convidado do
programa "Estado concelho", da Figueira TV.
João Ataíde tem diligenciado a favor da conclusão das obras, o que neste momento depende de um fundo imobiliário liderado pela Caixa Geral de Depósitos.
João Ataíde tem diligenciado a favor da conclusão das obras, o que neste momento depende de um fundo imobiliário liderado pela Caixa Geral de Depósitos.
Recorde-se, que este processo encontra-se rodeado de uma nebulosa desde
a hasta pública para a venda do terreno municipal, com os vencedores a
alienarem o lote, em 24 horas, por um preço várias vezes superior ao da compra.
A venda do terreno destinava-se, apenas, a uma unidade
hoteleira, mas os novos proprietários condicionaram a construção do hotel à
aprovação, pela Câmara Municipal da Figueira da Foz, do empreendimento habitacional.
A autarquia não só o aprovou como alterou planos para o
hotel ganhar mais alguns metros do passeio da marginal oceânica. Travado
durante cerca de um ano por providências cautelares, o projecto arrancou em 2004.
Porém, os problemas financeiros que entretanto surgiram foram atrasando as
obras e a inauguração da unidade hoteleira tem vários anos de atraso.
Entretanto, se as dificuldades financeiras não bastassem,
António Cereja Bastos, sócio da promotora do empreendimento, matou um indivíduo
que lhe roubava combustível das viaturas estacionadas nos armazéns, em Porto de
Mós, decorria o ano de 2009.
«Passar o dia sem fazer nada, só a dizer mal do governo ou da oposição, é o que nós fazemos todos os dias», terá sido o que quis dizer ontem um político?...
Tal como “O Cantigueiro”,
não tenho jeito para balanços…
Porém, estou em condições de garantir, que ao contrário do
que se julgava, a greve afinal não foi geral… É que o Presidente da
República não fez greve!..
Depois de
desconsiderar o cargo e a instituição Presidência da República, ao abdicar da correspondente remuneração em favor da reforma, o Presidente que nos calhou em
sorte mostra um desconhecimento total das instituições e da Constituição da
República...
quarta-feira, 14 de novembro de 2012
Elogio da Dialéctica
A injustiça avança hoje a passo firme
Os tiranos fazem planos para dez mil anos
O poder apregoa: as coisas continuarão a ser como são
Nenhuma voz além da dos que mandam
E em todos os mercados proclama a exploração;
isto é apenas o meu começo
Mas entre os oprimidos muitos há que agora dizem
Aquilo que nós queremos nunca mais o alcançaremos
Quem ainda está vivo não diga: nunca
O que é seguro não é seguro As coisas não continuarão a ser
como são
Depois de falarem os dominantes
Falarão os dominados
Quem pois ousa dizer: nunca
De quem depende que a opressão prossiga? De nós
De quem depende que ela acabe? Também de nós
O que é esmagado que se levante!
O que está perdido, lute!
O que sabe ao que se chegou, que há aí que o retenha
E nunca será: ainda hoje
Porque os vencidos de hoje são os vencedores de amanhã.
Bertolt Brecht
Greve Geral
Outra Margem junta-se ao protesto contra as políticas económicas e sociais que travam o crescimento e
provocam desemprego.
A nosso ver, justifica-se a luta contra as gravosas medidas de
austeridade, em particular a drástica redução dos rendimentos, o enorme
agravamento de impostos e do custo de vida, o desmantelamento dos serviços
públicos e a brutal diminuição da protecção social na doença, na invalidez e na
reforma.
Outra Margem apoia a Greve Geral.
terça-feira, 13 de novembro de 2012
Loira e burra...
Para quem, como eu, nunca teve queda para loiras
("queda", no meu caso, pode e deve também ser lido no sentido da
"desgraça"…), ver a cegueira ideológica do discurso da Merkel, uma loira burra (sim, há loiras
inteligentes – e muito ….) até arrepia.
À semelhança dos
economistas que a aconselham - e infelizmente são a maioria na Alemanha, não
tem consciência de que a política que está a impor à Zona Euro foi a mesma que
criou as condições financeiras, económicas e sociais para a subida ao poder do
Nazismo.
A diferença…
Sabem qual é a diferença entre a crise portuguesa vista pelo
ministro Gaspar e uma licenciatura
tirada pelo ministro Relvas?...
A crise portuguesa, para Gaspar, é uma prova de fôlego e de de fundo, tipo maratona, e as
licenciaturas, para Relvas, são corridas brevíssimas, tipo 100 metros!..
No rescaldo da primeira visita oficial da Senhora Merkel a Portugal...
“Está tudo bem assim e não podia ser de outra maneira” *
Um dia depois, será que
alguém pode explicar o que é que Angela Merkel veio fazer a
Portugal durante 6 horas?..
Em tempo.
«Na Europa, cada manifestação "do orgulho Gay" contou, em média, com 100.000 pessoas. Cada manifestação Contra a Corrupção teve, em média, cerca de 2.500 pessoas! Estatisticamente, fica provado que há mais gente a lutar pelo direito de levar no rabo, do que lutar para não ser enrabado.»
"Dá que pensar", segundo Miguel Esteves Cardoso.
segunda-feira, 12 de novembro de 2012
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