domingo, 15 de fevereiro de 2009

Os dias que passam...

Portugal de verdade, por J.M. Coutinho Ribeiro, no .
“A Cavaco Silva bastou a palavra de Dias Loureiro de que nada há a apontar ao seu comportamento enquanto administrador da SLN para que o homem fosse "absolvido". E nem mesmo as mais recentes notícias que dão Loureiro a não ter falado verdade na Assembleia da República parecem demover o PR, que fez notar que não tem mais nada a dizer sobre o assunto que envolve o conselheiro de Estado. Não sei se José Sócrates já falou com Cavaco Silva sobre a «campanha negra» que o envolve. Mas se não o fez, deve fazê-lo, garantindo a sua inocência. Cavaco "absolve-o" a vida continua, poupando-se, assim, uma rima de dinheiro em investigações que, como é sabido, não levam a lado algum.”

sábado, 14 de fevereiro de 2009

O problema é transferido sempre para sul...

Legenda: "Os esporões resolvem o problema pontualmente. No entanto, transferem o problema para sul."
Na foto acima, obtida por Pedro Cruz na praia da Cova, pode ver-se claramente o recuo da linha de costa para sul do quinto molhe.

"A tendência da erosão na nossa costa é para um aumento crescente. Um dos estudos por nós realizado recorreu à análise temporal de fotografias aéreas numa estação fotogramétrica, desde 1958 até 2002. Neste período, entre o Furadouro e a Praia de Mira, registámos nalguns pontos recuos de 230 metros correspondente a uma perda efectiva do sistema praia-duna e um recuo médio da linha de costa de 6 m/ano. Há anos, registou-se em algumas zonas, durante um único temporal com duração de 72 horas, recuos da linha de costa de 15 metros”. O alerta é da Prof. Doutora Cristina Bernardes, investigadora do grupo da Geologia Costeira do Centro de Estudos de Ambiente e Mar do Departamento de Geociências da UA, unidade de investigação que estudo o fenómeno da erosão desde Janeiro de 1996.
A principal conclusão não é animadora: cada vez há menos sedimento disponível para ser transportado pelas correntes da deriva litoral, factor decisivo para o aumento da erosão na Costa de Aveiro. “A tendência na zona de Aveiro é para uma erosão muito séria e continuação do recuo da linha da costa. Os rios trazem cada vez menos sedimentos até à foz. Para esta zona, o Rio Douro é o principal contribuinte de sedimentos, mas devido às barragens uma grande quantidade fica aí retido, factor ao qual se associa as extracções de areias. As correntes estão artificialmente desnutridas de sedimento e se não têm o que depositar, dissipam a sua energia na erosão das praias e das dunas. Por outro lado, os molhes do Porto de Aveiro, os esporões e enrocamentos presentes em todo o sector acabam por ser armadilhas para o pouco sedimento disponível”.

Soluções viáveis pressupõem vontade política


No entanto, esta tendência pode reverter-se, havendo vontade política e condições económicas. Algumas das soluções apontadas passam pela transferência artificial dos sedimentos do molhe norte para o sul ou pela destruição dos esporões substituindo-os pela re-alimentação artificial das praias. “Actualmente, são estas as soluções que se têm vindo a adoptar em outras partes do mundo. Nos EUA, por exemplo, há estados onde é totalmente proibido construir esporões. Os que já tinham sido construídos foram retirados, substituindo estas intervenções invasivas pela re-alimentação artificial e periódica das praias, e realmente verificou-se uma recuperação nítida das mesmas. Estas medidas têm os seus encargos mas se avaliarmos os custos da construção de um esporão e a sua manutenção, acaba por ficar mais barato fazer a re-alimentação. Foi com esta opção que se recuperaram as praias da Costa Nova e da Barra na década de 70/80”.
Os esporões resolvem o problema pontualmente. No entanto, transferem o problema para sul.

Diferentes?.. ou todos iguais!...








Futebol local

Inatel: Alqueidão/ Costa de Lavos
Resultado e fotos aqui.
Seniores: Praia da Leirosa/ S.Caetano
Resultado e fotos aqui.
Juvenis: Cova-Gala/ Sanjoanense
Resultado e fotos aqui.
Seniores: Sepins/ Cova-Gala
Resultado e fotos aqui.

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Ver aqui

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

PS com reservas ao casamento 'gay'!....


Somos SENHORES gajos de esquerda. Aguentámos bem o código de trabalho e o aumento da idade de reforma. Indecências destas é que não!
As distritais do PS não convivem bem com a proposta de legalização do casamento homossexual avançada por Sócrates.
"A contestação só não sobe de tom porque o autor é quem é."
Ai, esta esquerda!...

Vitor Sarmento demitiu-se

Para ler clicar em cima da imagem






Ao Diário de Coimbra de hoje, o "PS diz que Sar­men­to“pres­tou um bom ser­vi­ço". Car­los Mon­tei­ro, recor­dou que o vere­a­dor demis­sio­ná­rio «mani­fes­tou von­ta­de de sair por ques­tões pes­so­ais», uma deci­são que «res­pei­ta­mos total­men­te», e consideraou que «enquan­to este­ve e foi can­di­da­to desem­pe­nhou um papel impor­tan­te para o PS e para a Figuei­ra e, como mili­tan­te soci­a­lis­ta, pres­tou um bom ser­vi­ço, lutou e deu a cara e só temos que o lou­var».

Enquanto por cá o poder político diz: "o mar leva o mar repõe..."


Segundo o jornal Público, de hoje, o "Instituto da Água iniciou intervenção para travar avanço do mar na praia da Barra.


O Presidente do Inag esteve ontem em Ílhavo, Vagos e também na Praia da Granja, já em Vila Nova de Gaia, para verificar os efeitos da erosão na costa."

Ontem mesmo, "teve início a operação do Instituto Nacional da Água (Inag) para tentar travar o avanço do mar na praia da Barra, no concelho de Ílhavo, que tem estado a sofrer um problema de erosão costeira como já não vivia há cerca de três décadas. A intervenção prevê a movimentação de cerca de 50 mil metros cúbicos de areias e irá prolongar-se entre duas a três semanas, estando orçada em 60 mil euros. Trata-se de uma acção "pontual", segundo reconheceu o próprio presidente do Inag, Orlando Borges, uma vez que uma intervenção mais determinante terá que passar por uma concertação com as obras previstas para a barra do porto de Aveiro.
Para já, e com a movimentação de areias agora em curso, o Inag acredita estar a "minimizar aquilo que possam ser os ataques do mar" àquela que é uma das praias mais concorridas da região de Aveiro, de forma a acautelar "o futuro da próxima época balnear, como para salvaguardar os equipamentos e os bens nela existentes", sublinhou Orlando Borges, que acompanhou no terreno o início dos trabalhos.
O responsável máximo do Inag reconheceu que nas últimas semanas a costa portuguesa sofreu um cenário de "excepção", por força dos temporais registados. Refira-se que, ao contrário do que vai sendo comum nalgumas praias vizinhas, como Esmoriz e Vagueira, a praia da Barra há muito que não era ameaçada pelo avanço do mar.
Nas últimas semanas, ficou com o seu areal bastante reduzido, o que levou a Câmara de Ílhavo a reclamar uma intervenção urgente por parte das autoridades competentes.
Confirmado o início das obras, Ribau Esteves, o líder da autarquia, não deixou de se congratular com a resposta do Inag."

A comparação não pode deixar de ser feita, até porque se trata de autarcas do mesmo partido, o PSD: em Ílhavo, Ribau Esteves mexeu-se e teve resultados. Na Figueira, Duarte Silva, não se mexeu e não teve resultados.
Resta-nos aguardar que "o mar tire e o mar reponha"?...

Porque estou na blogosfera ….


Sei que desde o passado dia 25 de Abril de 2006, existe gente inquietada com a minha entrada na blogosfera ….
Para sossegar os espíritos mais inquietos, esclareço que a razão é a mais simples e prosaica possível: para guardar para a posteridade, uma pequena imagem do Portugal, do concelho e da minha Terra.
Porque a memória é importante…

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quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Á procura de poços perdidos nas dunas da Cova-Gala…

Numa altura em que a preocupação principal das gentes de São Pedro é a erosão costeira, há quem ande à procura de poços perdidos.
Não vamos falar, aqui e agora, do poço mais emblemático da Freguesia de São Pedro, vamos falar do que interessa, porque ao contrário do que alguns pensam, é verdade que em tempos idos “o mar tirava, o mar repunha", mas, desde a construção dos molhes da barra da Figueira, o mar continua a tirar, mas já não repõe. Simplesmente, porque o que havia para repor já lá não está: ficou retido na praia da Figueira, está na Morraceira ou foi para as praias espanholas.

A foto acima, tirada a sul da freguesia, onde o mar já entra, prova isso mesmo: “o mar tira mas o mar já não repõe”.
Ao contrário do que diz hoje ao Diário de Coimbra o presidente da junta de freguesia de São Pedro, o poço que parece que vai dar nome à praia (se ainda houver praia…) não “foi encontrado há nove ou dez anos, no âmbito das obras de beneficiação do molhe”.
Quem lida com as pessoas da Cova-Gala, especialmente os mais antigos, sabe da existência deste poço há muito...
E existem mais poços nas dunas da Cova-Gala.

Este, da foto abaixo, encontra-se a cerca de 200, 300 metros a sul do da chamada praia do Orbitur, local hoje fotografado pelo Pedro Cruz.

X&Q588


quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

È altura dos covagalenses saberem estar na linha da frente

O momento que a nossa Terra vive, com a erosão da orla costeira da nossa Freguesia a agravar-se dia a dia, é um momento grave, que exige de todos nós lucidez para ver o que é essencial.
E, no momento presente, o que é essencial, do meu ponto de vista, é exigir de quem de direito que faça o que tem o que tem de ser feito – e urgentemente: defender os covagalenses e os seus haveres.
O momento não é para politiquices.
No entanto, é bom não esquecer que o que está a acontecer tem responsáveis.
Ainda ontem, com pompa e circunstância, esteve na nossa Terra um membro do Governo.
Nas cerimónias a que a Senhora secretária de estado presidiu, estiveram presentes autoridades autárquicas locais - nomeadamente o senhor presidente da Câmara da Figueira e o presidente da junta de freguesia de São Pedro.
Oxalá, alguém tenha tido a lucidez de alertar a Senhora secretária de estado para a gravidade do momento que se vive aqui pela margem sul.

O passadiço está suspenso

Foto de hoje Foto de ontem
O mar continua a “comer” a areia das praias da Cova-Gala.
Neste espaço e em outros meios de comunicação social local, regional e nacional, muito já foi escrito.
Neste momento, apenas solicito que comparem a foto que podem ver clicando aqui e a que está por cima destas indignadas linhas.
Repetimos o que escrevemos no passado dia 7 do corrente: “Medidas urgentes para atacar o problema exigem-se a quem de direito. Já passou tempo de mais.”
Entretanto, a erosão a sul do molhe sul continua a avançar. O tempo passa e ninguém de direito faz nada que se veja.

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terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Mais um projecto de sucesso na Figueira….

Segundo o JN de hoje, "o porto da Figueira da Foz deve aumentar em 50% o volume de carga movimentada no prazo de seis anos, assim como apresentar resultados operacionais positivos. O desafio/alerta foi lançado, esta segunda-feira, pela secretária de Estado dos Transportes.

"Acreditamos ser possível até 2015 passar do actual cerca de milhão e duzentas mil toneladas por ano [cerca de 2,5 milhões de euros de proveitos], para um milhão e oitocentas", disse ontem Ana Paula Vitorino, na cerimónia de apresentação pública da nova administração do porto da Figueira da Foz (APFF)."

Mas, no meio de todo este frenesim em busca de objectivos, alguém parou para pensar no que pode acontecer às pessoas do litoral sul do concelho da Figueira da Foz?...
Será que quando visitaram o molhe sul, alguém sugeriu à Secretária de Estado para olhar para a orla costeira da freguesia de São Pedro para ver, ao vivo, a preocupante erosão?..


Notícia completa do acontecimento no Jornal de Notícias de hoje. Ver aqui.

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