Este é o último post que estou a escrever ainda neste ano da graça socratiana de 2008.
Tenho todos os caracteres no teclado à minha frente e à minha inteira disposição para deixar a última nota deste e neste ano. Está difícil. A data em si não proporciona qualquer inspiração, antes atrapalha a fluência do teclado e dos sentimentos.
Detesto balanços, do melhor e do pior, do menos bom e do menos mau. Balanços, faço-os periodicamente ao longo dos anos. Alguns deles, partilho-os. Outros ficam só para mim.
Agora, proponho que se esqueça a porcaria que foi o ano que acabou de terminar!..
Já estamos em 2009...
Para o português a festa vai continuar... E não se preocupem: se a cabeça não tiver juízo o corpo é que paga.
quinta-feira, 1 de janeiro de 2009
quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
Para o OUTRA MARGEM, a personalidade do ano de 2008 foi você, caro leitor e contribuinte...
Para o OUTRA MARGEM, a personalidade do ano 2008 não foi Barack Obama, Cavaco Silva, Paulo Bento, Cristiano Ronaldo, José Sócrates, ou Pinto da Costa!...
Foi Você, caro leitor, caro eleitor, caro contribuinte!...
Você, precisamente, Você, QUE NÃO É MEDIÁTICO, mas que, forçosamente, tem de contribuir, é muito importante para o País, que não o trata como um mero algarismo: trata-o como nove algarismos, que é quantos tem o seu número de contribuinte.
Foi Você, caro leitor, caro eleitor, caro contribuinte!...
Você, precisamente, Você, QUE NÃO É MEDIÁTICO, mas que, forçosamente, tem de contribuir, é muito importante para o País, que não o trata como um mero algarismo: trata-o como nove algarismos, que é quantos tem o seu número de contribuinte.
Você, caro e sofredor pagador de impostos, é a personalidade do ano 2008.
Saiba porquê?..
Mas, não deixe de saudar 2009: há champanhe e camarão em saldos.
terça-feira, 30 de dezembro de 2008
Frente de mar na Cova-Gala
Mais fotos aqui
A sul do quinto molhe, entre a praia da Cova e a Praia do Orbitur, estão a desaparecer centenas de toneladas cúbicas de areal.
As zonas litorais são complicadas de gerir, mas não se pode esperar para ver, há que prevenir.
“No caso da Figueira da Foz, a erosão costeira a sotamar dos molhes é, indubitavelmente, devida à retenção da deriva litoral pelo molhe norte. É-o, também, devido à diminuição progressiva, desde o século XVIII, do caudal sólido debitado pelo rio Mondego, diminuição essa provocada pelas múltiplas intervenções efectuadas na bacia hidrográfica, no rio e no estuário.
Os grandes problemas existentes no troço a sotamar da barra localizam-se precisamente nas zonas de implantação dos núcleos urbanos (Gala, Costa de Lavos, Leirosa), o que comprova, uma vez mais, que "só existem verdadeiramente problemas de erosão costeira quando o litoral está ocupado". Aliás, os núcleos urbanos referidos são relativamente recentes. Foi apenas este século que se verificou grande expansão destas povoações e, principalmente, das suas frentes oceânicas (em zona de risco muito elevado).”
A sul do quinto molhe, entre a praia da Cova e a Praia do Orbitur, estão a desaparecer centenas de toneladas cúbicas de areal.
As zonas litorais são complicadas de gerir, mas não se pode esperar para ver, há que prevenir.
“No caso da Figueira da Foz, a erosão costeira a sotamar dos molhes é, indubitavelmente, devida à retenção da deriva litoral pelo molhe norte. É-o, também, devido à diminuição progressiva, desde o século XVIII, do caudal sólido debitado pelo rio Mondego, diminuição essa provocada pelas múltiplas intervenções efectuadas na bacia hidrográfica, no rio e no estuário.
Os grandes problemas existentes no troço a sotamar da barra localizam-se precisamente nas zonas de implantação dos núcleos urbanos (Gala, Costa de Lavos, Leirosa), o que comprova, uma vez mais, que "só existem verdadeiramente problemas de erosão costeira quando o litoral está ocupado". Aliás, os núcleos urbanos referidos são relativamente recentes. Foi apenas este século que se verificou grande expansão destas povoações e, principalmente, das suas frentes oceânicas (em zona de risco muito elevado).”
segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
Recordar um Lutador
Na foto sacada daqui, Joaquim Namorado (o da esquerda),
num colóquio com Manuel da Fonseca e Piteira Santos
Ao fazer a minha visita, habitual e diária, ao aldeia olímpica tive conhecimento que “faz hoje 22 anos que um grande, enorme coração deixou de bater. Um coração feito de ternura, de solidariedade, de generosidade.”
Foi o coração do Poeta Joaquim Namorado, com quem tive o privilégio de conviver durante anos na redacção do Barca Nova, um Poeta para quem a poesia foi sempre uma máquina de produzir entusiasmo.
Façam ruínas
do que me afirmo,
espalhem ao vento as cinzas
do que sou:
na parcela mais remota do que fui
estou.
Dizem que foi Joaquim Namorado, para iludir a PIDE e a Censura, quem mascarou de “neo-realismo” o tão falado “realismo socialista” apregoado pelo Jdanov...
No tempo em que os animais falavam
Liberdade!
Igualdade!
Fraternidade!
num colóquio com Manuel da Fonseca e Piteira Santos
Ao fazer a minha visita, habitual e diária, ao aldeia olímpica tive conhecimento que “faz hoje 22 anos que um grande, enorme coração deixou de bater. Um coração feito de ternura, de solidariedade, de generosidade.”
Foi o coração do Poeta Joaquim Namorado, com quem tive o privilégio de conviver durante anos na redacção do Barca Nova, um Poeta para quem a poesia foi sempre uma máquina de produzir entusiasmo.
Façam ruínas
do que me afirmo,
espalhem ao vento as cinzas
do que sou:
na parcela mais remota do que fui
estou.
Dizem que foi Joaquim Namorado, para iludir a PIDE e a Censura, quem mascarou de “neo-realismo” o tão falado “realismo socialista” apregoado pelo Jdanov...
Entre muitas outras actividades relevantes, foi redactor e director da Revista de cultura e arte Vértice, onde ficou célebre o episódio da publicação de pensamentos do Karl Marx, mas assinados com o pseudónimo Carlos Marques. Um dia, apareceu na redacção um agente da PIDE a intimidar: “ó Senhor Doutor Joaquim Namorado, avise o Carlos Marques para ter cuidadinho, que nós já estamos de olho nele”...
Joaquim Namorado, considerava-se um figueirense de coração e de acção. Cidadão que teve uma vida integra, de sacrifício e de luta, sempre dedicada à total defesa dos interesses do Povo. Nos dias 28 e 29 de Janeiro de 1983, por iniciativa do jornal Barca Nova, a Figueira prestou-lhe uma significativa Homenagem, que constituiu um acontecimento nacional de relevante envergadura, onde participaram vultos eminentes da cultura e da democracia portuguesa. Na sequência dessa homenagem, a Câmara Municipal da Figueira, na altura presidida pelo eng. Aguiar de Carvalho, instituiu um prémio literário, que alcançou grande prestígio a nível nacional.
Santana Lopes, na sua fugaz passagem pela Figueira, como Presidente de Câmara, decidiu acabar com o “Prémio do Conto Joaquim Namorado”. Mas, não acabou com a mensagem que o Lutador de toda uma vida legou:
Santana Lopes, na sua fugaz passagem pela Figueira, como Presidente de Câmara, decidiu acabar com o “Prémio do Conto Joaquim Namorado”. Mas, não acabou com a mensagem que o Lutador de toda uma vida legou:
No tempo em que os animais falavam
Liberdade!
Igualdade!
Fraternidade!
domingo, 28 de dezembro de 2008
E o Pai Natal existe?..
Seria muito bom que os figueirenses descobrissem isso rapidamente!..
Mas, é fantástico como nesta época ele está em toda a parte!....
Mas, é fantástico como nesta época ele está em toda a parte!....
É esta a cidade em que vivemos, onde, ao que parece, muita gente não se importa de continuar a viver desta maneira.
sábado, 27 de dezembro de 2008
Pouca história já com estórias
Dois meses, mesmo para uma ponte já com estórias para contar, é ainda pouco tempo de história.
Por isso, nunca é demais olhar para esta bela foto do Pedro Cruz, mesmo que, por momentos, tenhamos de esquecer que esta ponte tem pormenores que não deveria ter.
Subscrever:
Mensagens (Atom)