terça-feira, 16 de dezembro de 2008
Cova
Como teoria de senso comum, poderíamos avançar com o argumento: a Cova-Gala é o sítio onde vivem os covagaleneses.
É claro que, por si só, esta tese não é válida, pois na Cova-Gala não vivem só covagalenses.
A Cova-Gala é um sítio, portanto, um espaço.
Esta tese merece algum interesse. No entanto, não será só o espaço e o sítio que definirá a Cova-Gala.
A Cova-Gala, é um território que constitui uma unidade cultural e política, espaço demarcado dotado de uma idiossincrasia própria, herdada pelo passado.
"As pequenas povoações piscatórias eram caracterizadas por construções primitivas de madeira, erguidas por estacaria e denominadas de palheiros. A pesca foi a actividade principal destas populações. A necessidade de não se distanciarem do mar obrigava-as a construções adaptadas às condições de instabilidade do terreno para vencerem a dinâmica litoral inerente à acção dos ventos e do mar. A povoação Cova de Lavos foi um exemplo típico desse tipo de aglomerado de palheiros. Hoje apenas denominada de Cova, a povoação lembrava uma aldeia lacustre construída sobre uma depressão dunar, em frente ao mar.
Os palheiros da Cova, disseminados por vezes em arruamentos, foram sempre de forma rectangular e chegaram a totalizar as cinco centenas de habitações."
É claro que, por si só, esta tese não é válida, pois na Cova-Gala não vivem só covagalenses.
A Cova-Gala é um sítio, portanto, um espaço.
Esta tese merece algum interesse. No entanto, não será só o espaço e o sítio que definirá a Cova-Gala.
A Cova-Gala, é um território que constitui uma unidade cultural e política, espaço demarcado dotado de uma idiossincrasia própria, herdada pelo passado.
"As pequenas povoações piscatórias eram caracterizadas por construções primitivas de madeira, erguidas por estacaria e denominadas de palheiros. A pesca foi a actividade principal destas populações. A necessidade de não se distanciarem do mar obrigava-as a construções adaptadas às condições de instabilidade do terreno para vencerem a dinâmica litoral inerente à acção dos ventos e do mar. A povoação Cova de Lavos foi um exemplo típico desse tipo de aglomerado de palheiros. Hoje apenas denominada de Cova, a povoação lembrava uma aldeia lacustre construída sobre uma depressão dunar, em frente ao mar.
Os palheiros da Cova, disseminados por vezes em arruamentos, foram sempre de forma rectangular e chegaram a totalizar as cinco centenas de habitações."
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
Se cada dia cai
Se cada dia cai, dentro de cada noite,
há um poço
onde a claridade está presa.
há que sentar-se na beira
do poço da sombra
e pescar luz caída
com paciência.
Pablo Neruda
domingo, 14 de dezembro de 2008
Grupo Desportivo Cova-Gala
Pensem e digam o que quiserem....
A Naval esteve bem e vai continuar na Taça de Portugal, "ao ter a arte de saber aproveitar".
Bom domingo...
sábado, 13 de dezembro de 2008
Dizem que é Natal...
Foto Pedro Cruz
Hoje é mais um dia, mais um, neste estranho e esquisito mês de Dezembro.
Estes dias, fazem ferver o sangue, com as as notícias do país e do mundo.
Estranho e esquisito tempo, este.
Mais uma vez, andam a dizer que é Natal, tempo de paz.
E eu não acredito .
Estranho e esquisito mês, este...
O governo apresentou mais um plano de combate à crise.
Aliás, este governo não tem feito outra coisa nos últimos meses, além de apresentar planos de combate à crise...
Este, contudo, ao que parece, é ainda mais espectacular...
E se "o Governo, antes de apresentar novos planos de combate à crise, explicasse quais são os progressos alcançados pelos planos anteriores. Por exemplo, o que é feito do plano tecnológico e porque é que ainda não estamos ricos por causa dele? Quais são os resultados daquela ideia de levar a banda larga a todo o país? Quais são os resultados dos Projectos de Interesse Nacional que o governo tem promovido? Quais foram os resultados da paixão de Guterres pela educação? Quais foram os resultados do investimento em obras públicas dos últimos 15 anos?"
Dizem que é Natal!.
Eu não acredito...
Será que alguém consegue acreditar "num plano tão novo como a criação do Mundo"?
Hoje é mais um dia, mais um, neste estranho e esquisito mês de Dezembro.
Estes dias, fazem ferver o sangue, com as as notícias do país e do mundo.
Estranho e esquisito tempo, este.
Mais uma vez, andam a dizer que é Natal, tempo de paz.
E eu não acredito .
Estranho e esquisito mês, este...
O governo apresentou mais um plano de combate à crise.
Aliás, este governo não tem feito outra coisa nos últimos meses, além de apresentar planos de combate à crise...
Este, contudo, ao que parece, é ainda mais espectacular...
E se "o Governo, antes de apresentar novos planos de combate à crise, explicasse quais são os progressos alcançados pelos planos anteriores. Por exemplo, o que é feito do plano tecnológico e porque é que ainda não estamos ricos por causa dele? Quais são os resultados daquela ideia de levar a banda larga a todo o país? Quais são os resultados dos Projectos de Interesse Nacional que o governo tem promovido? Quais foram os resultados da paixão de Guterres pela educação? Quais foram os resultados do investimento em obras públicas dos últimos 15 anos?"
Dizem que é Natal!.
Eu não acredito...
Será que alguém consegue acreditar "num plano tão novo como a criação do Mundo"?
PU vai a votos
O Plano de Urbanização vai segunda-feira a votos na reunião de Câmara.
Se for aprovado, dia 22 chega à Assembleia Municipal da Figueira da Foz...
Talvez seja indigesto, mas neste sábado já natalício, no intervalo do futebol, fado, conversas de café da treta, telenovelas, etc., talvez fosse útil tomar conhecimento do que está verdadeiramente em causa: a distribuição colectiva dos custos de melhoria das localizações, ao mesmo tempo em que há uma apropriação privada dos lucros provenientes dessas melhorias.
Se for aprovado, dia 22 chega à Assembleia Municipal da Figueira da Foz...
Talvez seja indigesto, mas neste sábado já natalício, no intervalo do futebol, fado, conversas de café da treta, telenovelas, etc., talvez fosse útil tomar conhecimento do que está verdadeiramente em causa: a distribuição colectiva dos custos de melhoria das localizações, ao mesmo tempo em que há uma apropriação privada dos lucros provenientes dessas melhorias.
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
ANTÓNIO RAMOS ROSA*
Quem poderá ser fiel como um vegetal silencioso?
Quem tem ainda o ouvido do ócio a indolência do réptil?
* Poeta
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