A nova Ponte dos Arcos, pelos vistos, no essencial, limitou-se a facilitar a vida ao trânsito motorizado.
Das dificuldades dos peões para a atravessarem, podem os leitores dar-se conta
clicando aqui e lendo com alguma atenção as explicações do
cova d´oiro.
Mas, para além das deficiências e perigos enfrentadas pelos peões, outras lacunas existem que, talvez, também possam ser rectificadas, pois uma ponte construída de raiz, nos dias de hoje, deveria ter sido pensada e planeada para se inserir naturalmente no meio envolvente, e não ser colocada no local a martelo...
Adiante, pois falar agora do atribulado e acidentado processo de gestação desta obra, seria chover no molhado.
Foquemos então um assunto que, do nosso ponto de vista, poderia ser interessante, se a mobilidade fosse um assunto equacionado e pensado a sério no concelho da Figueira da Foz.
Em Setembro passado, foi noticiado que as cidades de Coimbra e Figueira da Foz vão passar a estar ligadas por uma ciclovia, para a qual já está aprovada uma verba de dois milhões de euros, no âmbito do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN).
Sinal dos tempos, pois a procura de alternativas ao automóvel é cada vez mais premente.
Felizmente, há quem privilegie , como forma de estar na vida, a saúde, a sua e a dos outros, em detrimento do conforto automóvel.
Em Coimbra, a ciclovia deverá incluir dois percursos: do Largo da Portagem, em Coimbra, até Montemor-o-Velho/Figueira da Foz; e, em Coimbra, da Portela até à zona do Choupal.
Na Figueira, tirando alguns percursos avulso, nada se sabe de definitivo.
A expansão da ciclovia para sul, apesar do obstáculo da Ponte da Figueira, não me parece impossível. Creio, que num futuro arranjo da margem esquerda do estuário do Mondego, ficaria perfeitamente bem enquadrada uma ciclovia, que poderia passar também pelo salgado da Morraceira, com ligação à Gala e a todo o sul ciclável, pela nova Ponte dos Arcos.
Será, que uma ponte tão espaçosa e airosa (
e funcional para todos é?...), que enche o olho, praticamente acabadinha de estrear, apesar da ideia não ter sido contemplada no projecto inicial (
como é que poderia ser, se nem os peões mereceram atenção?...) , ainda poderá vir a comportar um corredor ciclável?...