quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Foto: Pedro Cruz

Um rosto que é um livro pronto a ser lido.

Medo

"O medo", é o sentimento que faz vibrar as almas e que lhes aflora o ódio indisfarçável à pele.
"O medo" é o que os faz passar por cima de qualquer veleidade democrática quando se trata de silenciar o outro lado.
"Esse medo", e uma terrível inexistência de escrúpulos e de dignidade. Só isso pode justificar, ou pelo menos tornar compreensível, os boatos e as mentiras que se contam sobre os que estão do outro lado.
É por "medo" que o individualismo deles venha a ser substituído pelo nosso humanismo.
É por "medo" que o empreendedorismo deles seja substituído pela nossa solidariedade.
É por "medo" que a modernidade deles seja substituída pelo futuro.
É por "medo" que a competitividade deles seja substituída pela nossa cooperação.
É por "medo" que as suas teses velhas sejam destruídas pelo progresso.
É por "medo" de que o homem, transformando o mundo, se transforme a si próprio.

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A toponímia da minha Terra

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

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A toponímia da minha Terra

Obrigado Capitão João Pereira Mano

Por um equivoco histórico, que nunca entendi, nem sei explicar, houve tempo em que apelidavam os covagaleneses de esgueirões.
Felizmente, o Cap. João Pereira Mano, sem sombra de dúvida, o maior investigador figueirense vivo e o maior conhecedor da história marítima do concelho da Figueira da Foz, autor de livros fundamentais para o conhecimento das nossas raízes, como “Lavos, Nove Séculos de História” e “Terras do Mar Salgado”, tudo resultado de décadas de investigação aturada em fontes directas, desfez o imbróglio e hoje já ninguém nos apelida de esgueirões.
A minha eterna gratidão ao Cap. João Pereira Mano, pois o seu labor e dedicação de quase toda uma vida, evitou que pudessem continuar a atribuir as origens dos covagalenes à terra
"deste rapaz pobre , que acabou por subir a pulso a corda da vida. Termina o liceu, licencia-se em Economia e, em meados da década de 70, entra para o Banco de Portugal, onde se torna amigo de Cavaco Silva. No rol das distintas amizades está ainda Miguel Cadilhe, que conhece na Faculdade de Economia do Porto.
A partir de 1979 faz carreira na alta finança: é presidente da Sociedade Financeira, vice-presidente do Banco Nacional Ultramarino e vice-presidente do Banco Pinto & Sotto Mayor.
Quando Cavaco Silva forma o primeiro Governo, em 1985, Miguel Cadilhe é ministro das Finanças e Oliveira e Costa secretário de Estado dos Assuntos Fiscais.
Abandona funções governativas em 1991. Mas o primeiro-ministro, Cavaco Silva, oferece-lhe um lugar na Europa – como vice-presidente do Banco Europeu de Investimentos. Regressado a Portugal, funda, em 1993, o Banco Português de Negócios (BPN) – do qual foi presidente até Fevereiro deste ano.”
Os nossos antepassados covagalenses vieram do distrito de Aveiro, mas – está provado e fundamentado historicamente - embora do distrito de Aveiro, de outra Terra: Ílhavo.