sábado, 27 de setembro de 2008

Hoje há derby ...


Benfica e Sporting defrontam-se mais logo.
Em princípio, seria dia para ouvir falar de futebol...
Confesso, porém, que já não tenho pachorra para ouvir o Paulo Bento.
Todavia, quem gostar, clique aqui.

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sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Não passava de um pormenor...

Esta sexta-feira, José Sócrates foi visitar uma escola de Faro.
Via , tomei conhecimento:
“Durante a sua visita, José Sócrates só não respondeu a um aluno com mobilidade reduzida que perguntou ao primeiro-ministro quando é que aquela escola terá um elevador para poder aceder ao primeiro andar.”
O silêncio do primeiro-ministro até é compreensível...
Talvez, por não estar no programa, não estava no guião.
Realmente o importante, é:
“Internet em todas as escolas do país até Abril”.

A toponímia da minha Terra

Um Boletim feito a pulso

Encontra-se em distribuição o número 11, série II, do Boletim do Centro Social da Cova e Gala, referente ao presente mês de Setembro.
Dada a escassez de meios, concretizar cada edição desta publicação, é sempre uma vitória, pois para ultrapassar as dificuldades de vária ordem, é preciso muita dedicação e espírito inventivo da pequena equipa que o confecciona.
Felizmente, se, por um lado, os recursos materiais, técnicos e logísticos são diminutos, por outro, existe um grupo de pessoas que torna possível o autêntico “milagre” que é, de três em três meses, colocar uma edição do Boletim na rua.
Como Coordenador Geral da publicação, por deliberação da Direcção do Centro Social da Cova e Gala, graças à colaboração da equipa, sinto a tarefa, à partida bastante espinhosa, aliviada, pelo que presto o tributo devido aos que, funcionários, ou simples amigos da Instituição, trimestre a trimestre vêm colaborando.
Só assim tem sido possível cumprir a missão.
Por uma questão de justiça, vou deixar um agradecimento especial à funcionária administrativa da Instituição, Cristina Ferreira, não só pela sua competência técnica, mas, sobretudo, pelo seu entusiasmo e dedicação.
Este número de Setembro, sem o seu espírito voluntarista, não teria sido possível.
A Cristina, incarna bem o espírito de uma equipa que, quase sem meios, consegue realizar o “milagre” de, a pulso, colocar cá fora cada edição do Boletim do Centro Social da Cova e Gala.

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quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Por aqui nada de novo

O dia a dia vai passando, sem causas cívicas que mobilizem São Pedro.
O recurso, é ir-se sobrevivendo nestas circunstâncias.
Contudo, todos os dias, confirmo que não estou sozinho.
Apenas presssinto que a maioria dos meus concidadãos, prefere a segurança e o bem-estar dos conformistas, a qualquer aventura ou veleidade do exercício da liberdade.

A toponímia da minha Terra

aF32


quarta-feira, 24 de setembro de 2008

O corpo e a alma

Tempo houve em que São Pedro, Freguesia, não tinha esse nome. Chamava-se Cova, Gala, Cabedelo e Morraceira.
São Pedro, Freguesia, “foi criada em 1985”. Antes, como a maioria certamente se lembra, fazíamos parte da vizinha freguesia de Lavos.

Mas, como começou São Pedro de facto?
Segundo o Cap. João Pereira Mano, não só o maior investigador figueirense vivo, mas também o maior conhecedor da história marítima do nosso concelho, autor de obras como “Terras do Mar Salgado”, com centenas de textos avulso publicados em periódicos, tudo resultado de décadas de investigação aturada em fontes directas, “decorria o ano de 1793, quando Manuel Pereira se descolou a Lavos, com a sua mulher Luísa dos Santos e alguns familiares, para baptizar seu filho Luís, que nascera havia quatro dias, no lugar da Cova. A certidão do recém-nascido passou assim a ostentar como local de nascimento o lugar da Cova, passando a povoação a ver reconhecida oficialmente a sua existência.”

Ainda de acordo com o mesmo investigador, “a povoação da Gala nasceu da deslocação de alguns pescadores mais para nascente, na zona ribeirinha, onde ergueram barracas para recolha de redes e apetrechos de pesca. Igualmente à beira rio, surgiram depois grandes armazéns em madeira para salga, conservação e comercialização da sardinha com origem nas artes de pesca da Cova”...

É possível, que estas miudezas históricas, para alguns, interessem pouco.
Mas, como escreveria Saramago, “a mim interessa-me muito, não só saber, mas ver, no exacto sentido da palavra, como veio mudando São Pedro desde aqueles dias.” Parafraseando Saramago, “se o cinema já existisse então, se as mil e uma mudanças por que São Pedro passou ao longo destes 200 e alguns anos tivessem sido registadas, poderíamos ver essa Cova e essa Gala a crescer e a mover-se como um ser vivo.”
Tal como magistralmente escreve Saramgo sobre Lisboa, “fisicamente, habitamos um espaço, mas, sentimentalmente, somos habitados por uma memória. Memória que é a de um espaço e de um tempo, memória no interior da qual vivemos, como uma ilha entre dois mares: um que dizemos passado, outro que dizemos futuro. Podemos navegar no mar do passado próximo graças à memória pessoal que conservou a lembrança das suas rotas, mas para navegar no mar do passado remoto teremos de usar as memórias que o tempo acumulou, as memórias de um espaço continuamente transformado, tão fugidio como o próprio tempo. Esse filme, comprimindo o tempo e expandindo o espaço, seria a memória perfeita da Cova e Gala.
O que sabemos dos lugares é coincidirmos com eles durante um certo tempo no espaço que são. O lugar estava ali, a pessoa apareceu, depois a pessoa partiu, o lugar continuou, o lugar tinha feito a pessoa, a pessoa havia transformado o lugar.”


A Cova e Gala da minha infância foi sempre a das casas térreas e pobres de madeira, cheias de aberturas nas paredes, por onde no inverno o ar gélido passava como cão por vinha vindimada .
Quando, mais tarde, as circunstâncias me permitiram viver noutros ambientes, a memória que prefiro guardar é a da Cova e Gala dos meus primeiros anos, a Cova e Gala “da gente de pouco ter e de muito sentir”, a Terra pequena e modesta nos costumes e nos horizontes da compreensão do resto do País e do mundo.

São Pedro, entretanto, transformou-se muito por fora nos últimos anos.
Em nome do chamado progresso, alterou-se o perfil e o panorama da Cova e Gala, colocaram-se toneladas de betão onde outrora existiu a madeira das casas antigas.
Tal como Saramago, gostaria de poder continuar a acreditar que, apesar de tudo, “o espírito da Cova e Gala sobrevive”, pois “é o espírito que faz eternas terras”.
Para mim, chegava que a Cova e Gala fosse uma Terra culta, moderna, limpa e organizada – e, se possível, sem perder nada da sua alma.
Será pedir muito?

A toponímia da minha Terra

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terça-feira, 23 de setembro de 2008

A toponímia da minha Terra

A toponímia está intimamente relacionada aos valores culturais das populações, reflectindo e perpetuando a importância histórica de factos, pessoas, costumes, eventos e lugares, que ficarão na nossa memória colectiva como motivo de orgulho para sempre. A toponímia, para além da função cultural, representa também um meio de referência geográfica, que se tem mostrado eficiente, e que importa utilizar e gerir de forma sustentável, sem colocar em causa o seu valor simbólico que veicula a cultura das povoações, imprimindo nos locais marcas indestrutíveis.
De acordo com a Lei vigente, compete às Câmaras Municipais a denominação das avenidas, ruas, travessas, becos, pracetas e largos das povoações, bem como a numeração dos seus edifícios.
A partir de hoje, vamos publicar fotos das placas que dão nome às avenidas, praças, pracetas, largos, ruas, travessas e becos da freguesia de São Pedro.
A par de algumas curiosidades vamos ter algumas surpresas...

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segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Só estou a falar por mim que devo ter um azar do caraças!...

Foto sacada daqui
O secretário-geral do PS, José Sócrates, do alto da sua imensa sabedoria politica, afirmou, alto e bom som, que “a esquerda do passado, imobilista e conservadora, nada tem para oferecer ao país”.
Se eu fosse político e demagogo, mas sem a imensa sabedoria politica do engº. José Socrates, poderia proclamar o que “a esquerda do presente” me está a oferecer: baixo salário e a perspectiva de uma reforma reduzida, jornada de trabalho de 11 ou 12 horas, trabalho precário, desemprego, transporte e alimentação pela hora da morte; a destruição do “obsoleto serviço nacional de saúde”, pois a modernidade determina que quem quer saúde a deve pagar. E, ainda, outras coisas com repercussão no meu dia a dia: crise económica, dívida externa crescente, aumento do abismo que separa ricos de pobres, perda da independência nacional, pobreza, miséria. Insegurança.
Só estou a falar por mim, que devo ser um gajo com um azar do caraças neste paraíso que é o Portugal rosa, pois “o Governo de Sócrates deu aos trabalhadores portugueses o que nenhum outro governante tinha conseguido: o maior crescimento anual do salário mínimo nacional, uma segurança social financeiramente sustentável, aumentos de pensões de reforma libertos dos ciclos eleitorais e baseados na vida real”!...

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Chegou o Outono ... e as habituais cheias

Todos os anos é a mesma coisa. Assim que caem as primeiras chuvas de Outono é um ver-se-te-avias de chamadas para os bombeiros com alertas de inundações nas zonas mais baixas das cidades. As queixas, curiosamente, são também sempre as mesmas: uma má limpeza das sarjetas e zonas de escoamento nas ruas.
Mais uma vez assim aconteceu. Estamos no fim de Setembro, já toda a gente reparou que as árvores estão a começar a perder as folhas, "inundando" as ruas da cidade, ficando, muitas vezes, caídas no chão a apodrecer, à espera que sejam varridas ou levadas pela chuva. Estranhamente, em muitas cidades, parece que as autarquias preferem que a água da chuva faça o trabalho que deveria ser feito pelos funcionários da câmara.
Depois, admiram-se por acontecer isto.