quarta-feira, 17 de setembro de 2008

O argumento da honra

"A importância ascende a um milhão e trezentos mil euros. É um assunto cujos contornos conformam uma pequena vindicta política. Em 1984, foi criada uma lei "impedindo que o vencimento de um presidente da República fosse acumulado com quaisquer pensões de reforma ou de sobrevivência que aufiram do Estado." O chefe do Governo era Soares; o chefe do Estado, Ramalho Eanes, que, naturalmente, promulgou a lei.

O absurdo era escandaloso. Qualquer outro funcionário poderia somar reformas. Menos Eanes. Catorze anos depois, a discrepância foi corrigida. Propuseram ao ex- -presidente o recebimento dos retroactivos. Recusou. Eu não esperaria outra coisa deste homem, cujo carácter e probidade sobrelevam a calamidade moral que por aí se tornou comum. Ele reabilita a tradição de integridade de que, geralmente, a I República foi exemplo. Num país onde certas pensões de reforma são pornográficas, e os vencimentos de gestores" atingem o grau da afronta; onde súbitos enriquecimentos configuram uma afronta e a ganância criou o seu próprio vocabulário - a recusa de Eanes orgulha aqueles que ainda acreditam no argumento da honra."

Baptista-Bastos, hoje, no DN

X&Q455


Ocasionalidades

Foto: Pedro Cruz

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Situação financeira da câmara municipal preocupa todos, mas...

... apesar da oposição pensar e dizer o contrário,
há obras, há actividade na cidade...
Na apresentação do relatório sobre a situação financeira da autarquia, no que se refere ao 1.º semestre deste ano, enquanto a oposição considera que se “caminha para a ruína em termos financeiros”, o presidente admite que não é fácil a resolução da situação, “mas existe um estudo que poderá vir a apontar alguma solução”.

Entretanto, “as freguesias não recebem o que deveriam, a câmara não faz o que devia”. Segundo o PS, dos 76 milhões orçamentados “estão neste momento executados 18 milhões em termos de receitas e em despesas, 17 milhões”.

António Tavares considera mesmo que se caminha “para uma situação insustentável”.
Não seja tão pessimista senhor vereador: segundo o senhor eng. Duarte Silva, “existe um estudo que poderá vir a apontar alguma solução”.
Isto, é para ir de delírio em delírio até ao delírio final... Em 2009 é capaz de ser assim!...

X&Q447


Ocasionalidades

Foto: Pedro Cruz

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Aeródromo da Figueira: JAMAIS?...

Em Abril de 2001, uma das apostas de Pedro Santana Lopes para os últimos meses da sua presidência na Câmara da Figueira da Foz, foi o anúncio da construção de um aeródromo na zona sul do concelho, em plena Mata Nacional da Costa de Lavos.
O prometido projecto envolvia a construção de uma pista com 1500 metros de extensão e 35 metros de largura, bem como outros equipamentos, e ocuparia uma área de 46 hectares. O investimento total deveria atingir
2,5 milhões de contos.

Porém, a ideia da construção de um aeródromo na Figueira da Foz remonta aos anos 60 do século passado e tem conhecido mais recuos que avanços. Em 1965, a autarquia pediu ao Estado a cedência a título precário de uma área de 20 hectares na Mata da Costa de Lavos ou, em alternativa, na Mata de Quiaios, a norte.
Embora nessa altura, a DGF considerasse inconveniente a localização na Mata de Lavos - por estar aí em construção uma carreira de tiro -, o Estado acabou por ceder aquela área em 1972. Contudo, o aeródromo não avançou.

Durante os anos 90, a edilidade tentaria ainda por três vezes «ressuscitar» o projecto, mas sem sucesso. Recorde-se, que na segunda vez, em 1997, a câmara presidida então pelo eng. Aguiar de Carvalho, propôs também construir uma unidade fabril de montagem de aeronaves ligeiras, mas não só o Ministério da Agricultura indeferiu o pedido, como foi accionado um processo de reversão a favor do Estado da área de 20 hectares cedida em 1972.

Bom, o certo é que, decorridos todos estes anos, o Aeródromo, felizmente do meu ponto de vista, não passa de uma miragem.
Confesso: morando eu na Gala, teria medo (mas medo de verdade) de que um avião me caísse em cima. É, por isso, que com um certo alívio, registo a ineficácia da gestão do dr. Duarte Silva. Pelo menos neste caso concreto.
Portanto, decorridos todos estes anos (felizmente que estas coisas demoram sempre tanto tempo...), ponderados os prós e os contras, proponho que não se queira mais saber do Aeródromo da Figueira da Foz.
Monte Real fica tão perto...

Atenção candidatos, por um voto se ganha e por um voto se perde.
Eu não quero mais ouvir falar do projecto do aeródromo. No pleno gozo dos meus direitos, aqui declaro que só votarei no candidato à Câmara Municipal da Figueira da Foz, que me jure, de preferência com a mão direita solenemente estendida sobre a Bíblia, que construir um aeródromo nos terrenos da Mata da Costa de Lavos, JAMAIS (ler jamais com sotaque afrancesado).

Prefiro o deserto...

X&Q452


Ocasionalidades

Foto: Pedro Cruz

sábado, 13 de setembro de 2008

Grupo Desportivo Cova-Gala

III Torneio Quadrienal
COVA-GALA / MATA MOURISCA

Vamos a isso?...

Para os mais distraídos, teimosos ou mal intencionados, recordo, mais uma vez: comentários anónimos caluniosos não se publicam.
Portanto, se estiver a pensar insultar ou difamar pessoas ou grupos de forma a prejudicar a utilização leal deste espaço, não se dê ao trabalho.
Os comentários não serão publicados.
Na blogoesfera, certamente que encontrará espaços que praticam essa especialidade. Até no concelho da Figueira da Foz...
Por vezes, recebemos queixumes de autores anónimos de comentários impróprios, a protestar de forma desabrida, por não verem publicadas as suas “obras-primas”.
Nada mais fácil: primeiro, há que ter a coragem para as assumir. Depois, logo veremos...
Vamos a isso?...
Bom fim de semana para todos.

X&Q451


A diáspora Portuguesa continua

Foto sacada daqui
“Um total de 27% dos 130 mil novos postos de trabalho que José Sócrates diz terem sido criados desde que chegou ao poder foram, na realidade, empregos arranjados no estrangeiro por residentes em território nacional. Quer isto dizer que a meta de criação de 150 mil novos empregos em Portugal está, não a 20 mil empregos de distância como o primeiro-ministro reclamou em meados de Agosto, mas sim a mais de 50 mil.”

Se bem lembro, desde o século XII que os portugueses se começaram a espalhar pelo mundo.
Primeiro, pela Europa - Flandres, Inglaterra, França. A partir do século XV, por África. Depois, pela América. A seguir, pela Ásia e a Oceania.
Com este governo, a diáspora Portuguesa continua.
Claro que, este, como todos os anteriores governos, tem o seu mérito nisto...