Aquele período de tempo, entre Julho e Agosto, a que chamam “silly season”, no decorrer do qual abdicamos ainda mais de pensar, terminou.
A nível nacional, as televisões anunciam novos programas, o futebol já cá canta, os políticos um dia destes voltam ao parlamento, mas, sobretudo, finalmente, a Dona Manuela Ferreira Leite vai falar no próximo domingo de manhã...
Pronto: chegou o tempo dos políticos começarem a fazer “coisas sérias” a sério.
“NENHUM SILÊNCIO É INOCENTE”.
A Dona Manuela Ferreira Leite vai, finalmente, falar.
quarta-feira, 3 de setembro de 2008
terça-feira, 2 de setembro de 2008
Esta casa!...
A nostalgia não é boa se não for acompanhada de lucidez.
Sem lucidez a nostalgia é perigosa. A lucidez é que permite que a memória esteja no sítio que deve ocupar.
Esta, é uma casa com memória.
Sem lucidez a nostalgia é perigosa. A lucidez é que permite que a memória esteja no sítio que deve ocupar.
Esta, é uma casa com memória.
A foto de cima, desta montagem, é de 1992 e pertence a Carlos Freitas.
Ainda se lembram do enquadramento da foto de baixo?
Nessa altura, ainda não tinha sido construída a chamada variante da Gala.
Era ali, o “ex-libris” da nossa Terra ...
Era ali, o “ex-libris” da nossa Terra ...
“Tanto, tanto ainda por fazer!”
“Dizem que os reis não têm memória. Parece que os povos têm muito menos ainda”, sabia Salazar já em 1930.
Mas, apesar de tudo, alguns de nós, “lemos, ouvimos e vemos na televisão”, como vamos conseguir ignorar?
Isso, complica-nos a existência, pois “vivemos tempos em que o combate pela memória exige doses suplementares de lucidez e coragem, não só para derrubar muros de ignorância, mediocridade e indigência mental, mas também para resgatar a densidade humana e ética de quantos no passado, mais distante ou mais próximo, fizeram das suas vidas lições de resistência e dignidade.”
Mas, apesar de tudo, alguns de nós, “lemos, ouvimos e vemos na televisão”, como vamos conseguir ignorar?
Isso, complica-nos a existência, pois “vivemos tempos em que o combate pela memória exige doses suplementares de lucidez e coragem, não só para derrubar muros de ignorância, mediocridade e indigência mental, mas também para resgatar a densidade humana e ética de quantos no passado, mais distante ou mais próximo, fizeram das suas vidas lições de resistência e dignidade.”
segunda-feira, 1 de setembro de 2008
São Pedro e as obras do molhe norte
Segundo o diário as Beiras de hoje, as “alterações na costa figueirense preocupam alguns autarcas”.
Se, por um lado, se presume que a entrada na barra e navegabilidade na zona portuária vão ser facilitadas, há quem tema os efeitos da nova geografia costeira na zona a sul do estuário do Mondego.
Se, por um lado, se presume que a entrada na barra e navegabilidade na zona portuária vão ser facilitadas, há quem tema os efeitos da nova geografia costeira na zona a sul do estuário do Mondego.
Entretanto, a pergunta que colocámos neste espaço em 11 de Abril do corrente ano mantém-se sem resposta, o que é preocupante:
“será que alguém sabe, porque estudou, as REPERCUSSÕES QUE MAIS 400 METROS NO MOLHE NORTE terão na zona costeira na margem a sul do Mondego?”
Para avivar a memória, recordemos o que já em 22 de Dezembro de 2006 postámos aqui no Outra Margem: “Portugal, é a nação da Europa mais vulnerável às alterações climatéricas.Desde logo, porque tem uma área marítima superior 18 vezes à superfície terrestre. Depois, porque 70% da população está concentrada no litoral, uma zona que, nos últimos 30 anos, ficou completamente desarrumada e caótica, onde foram cometidas autênticas atrocidades urbanísticas.Muitos mandam e ninguém é, verdadeiramente, responsável, nem responsabilizado.A sobreposição de competências é uma realidade na gestão do litoral. Basta dizer que, salvo erro, são 12 (doze) as instituições que têm competência sobre o litoral!..Todos nos apercebemos que a costa portuguesa está a recuar. As consequências são conhecidas: casas, estradas, habitats naturais, tudo está em risco, a par com a insegurança sentida pelas pessoas que vivem nas zonas perto do mar.”
Porque nos preocupa, levantámos o problema neste espaço, por diversas vezes, como por exemplo, aqui, aqui e aqui. Ainda bem, que alguns autarcas figueirenses partilham estas nossas inquietações.
Para avivar a memória, recordemos o que já em 22 de Dezembro de 2006 postámos aqui no Outra Margem: “Portugal, é a nação da Europa mais vulnerável às alterações climatéricas.Desde logo, porque tem uma área marítima superior 18 vezes à superfície terrestre. Depois, porque 70% da população está concentrada no litoral, uma zona que, nos últimos 30 anos, ficou completamente desarrumada e caótica, onde foram cometidas autênticas atrocidades urbanísticas.Muitos mandam e ninguém é, verdadeiramente, responsável, nem responsabilizado.A sobreposição de competências é uma realidade na gestão do litoral. Basta dizer que, salvo erro, são 12 (doze) as instituições que têm competência sobre o litoral!..Todos nos apercebemos que a costa portuguesa está a recuar. As consequências são conhecidas: casas, estradas, habitats naturais, tudo está em risco, a par com a insegurança sentida pelas pessoas que vivem nas zonas perto do mar.”
Porque nos preocupa, levantámos o problema neste espaço, por diversas vezes, como por exemplo, aqui, aqui e aqui. Ainda bem, que alguns autarcas figueirenses partilham estas nossas inquietações.
Fica a pergunta a quem de direito, Câmara Municipal da Figueirta da Foz e Junta de Freguesia de São Pedro: “porquê então insistir em continuar o programa de expansão urbanística do actual executivo camarário figueirense, numa zona depauperada, DE RISCO ELEVADO, com os cordões lunares ameaçados pelo avanço do mar”.
Será assim tão difícil prever o que é previsível?
Será assim tão difícil prever o que é previsível?
A vida não tem de ser obrigatoriamente a preto e branco
Portanto:
Não aceito o autoritário: "quem não está contra mim, está a favor de mim".
Repudio o totalitário: "quem não está a favor de mim, está contra mim".
domingo, 31 de agosto de 2008
sábado, 30 de agosto de 2008
De novo a realidade
Foto de Pedro Cruz, obtida esta tarde
Agosto, mês que a maioria privilegia para fazer férias, está no fim.
A partir de segunda-feira é o regresso à realidade.
Mas, com estas condições climatéricas, Setembro até parece que se antecipou.
As longas filas de trânsito, ao fim da tarde, em todas as saídas da Gala, depois da praia, desapareceram, logo no último sábado de Agosto, mês em que a actividade dos comerciantes covagalenses, resultante do único pólo de interesse turístico que atrai pessoas a S. Pedro - a ocupação do metro quadrado das nossas praias - poderia ter alguma expressão.
Para os comerciantes locais, este, foi mais um azar, num Verão para esquecer...
Acabou o sonho.
Entretanto, a vida vai ter de continuar.
Mais uma vez, de novo, ficamos com a nossa realidade.
A Cova-Gala somos nós, os covagalenses.
Não são apenas eles, os iluminados, os que temem as vozes irreverentes dos que não são moldáveis pela unidimensional força do statu quo.
Quem me dera poder constatar que esta era a era de uma Cova-Gala mais livre e mais unida, enraizada no direito à Terra e já descolonizada das tentações hegemónicas...
Agosto, mês que a maioria privilegia para fazer férias, está no fim.
A partir de segunda-feira é o regresso à realidade.
Mas, com estas condições climatéricas, Setembro até parece que se antecipou.
As longas filas de trânsito, ao fim da tarde, em todas as saídas da Gala, depois da praia, desapareceram, logo no último sábado de Agosto, mês em que a actividade dos comerciantes covagalenses, resultante do único pólo de interesse turístico que atrai pessoas a S. Pedro - a ocupação do metro quadrado das nossas praias - poderia ter alguma expressão.
Para os comerciantes locais, este, foi mais um azar, num Verão para esquecer...
Acabou o sonho.
Entretanto, a vida vai ter de continuar.
Mais uma vez, de novo, ficamos com a nossa realidade.
A Cova-Gala somos nós, os covagalenses.
Não são apenas eles, os iluminados, os que temem as vozes irreverentes dos que não são moldáveis pela unidimensional força do statu quo.
Quem me dera poder constatar que esta era a era de uma Cova-Gala mais livre e mais unida, enraizada no direito à Terra e já descolonizada das tentações hegemónicas...
sexta-feira, 29 de agosto de 2008
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