domingo, 6 de abril de 2008
Há coisas que são mesmo para não esquecer
sábado, 5 de abril de 2008
Um trabalho da minha sobrinha Beatriz*, sobre a ida do bisavô à I Guerra Mundial
Carta postal que o bisavô enviou de França à bisavó Rosa de Jesus "Maia" em 1917
A bisavó Rosa Maia em 1972, com 81 anos de idade.
A bisavó Rosa Maia em 1972, com 81 anos de idade.
Chamava-se Domingos Marçalo e, segundo a minha avó Dora, sua filha, participou neste grande conflito mundial como cozinheiro e combatente.
Por volta de 1916 o meu bisavô deveria terminar a sua comissão militar.
Tal, porém, não aconteceu, dado que o governo português dessa época “vendeu” portugueses para a guerra.
No dia a dia da guerra, uma das suas funções era ir buscar o pão e restantes alimentos para os seus camaradas de luta. Isso, só era possível quando os combates estavam menos acesos. O caminha era percorrido com sacrifícios vários ( muita lama, cadáveres, etc).
Além do meu bisavô participaram mais sete pessoas da Cova Gala, um deles, no regresso dos campos de batalha, morreu na viagem de comboio perto de Alfarelos.
Na guerra tinham de permanecer em túneis e trincheiras com gases, o que foi fatal para o meu bisavô. Depois da vinda para Portugal, só durou mais 8 anos, o que fez com que a minha avó não conhecesse o pai, que morreu quando a mina bisavó Rosa de Jesus estava grávida de 5 meses.
Segundo me contou a minha avó Dora, a morte do meu bisavô, segundo o médico que atestou o óbito, ficou a dever-se aos gases apanhados na guerra, “que lhe subiram à cabeça o que deu origem a um ataque mortal”.
* Uma estória da famíla, escrita por Beatriz Cruz, 13 anos, aluna do 9º ano na Escola Cristina Torres
No dia a dia da guerra, uma das suas funções era ir buscar o pão e restantes alimentos para os seus camaradas de luta. Isso, só era possível quando os combates estavam menos acesos. O caminha era percorrido com sacrifícios vários ( muita lama, cadáveres, etc).
Além do meu bisavô participaram mais sete pessoas da Cova Gala, um deles, no regresso dos campos de batalha, morreu na viagem de comboio perto de Alfarelos.
Na guerra tinham de permanecer em túneis e trincheiras com gases, o que foi fatal para o meu bisavô. Depois da vinda para Portugal, só durou mais 8 anos, o que fez com que a minha avó não conhecesse o pai, que morreu quando a mina bisavó Rosa de Jesus estava grávida de 5 meses.
Segundo me contou a minha avó Dora, a morte do meu bisavô, segundo o médico que atestou o óbito, ficou a dever-se aos gases apanhados na guerra, “que lhe subiram à cabeça o que deu origem a um ataque mortal”.
* Uma estória da famíla, escrita por Beatriz Cruz, 13 anos, aluna do 9º ano na Escola Cristina Torres
Camões existe?
Foto Pedro Cruz
O PSD defendeu no Parlamento, que a democracia portuguesa "está em agonia".
Na oportunidade, acusou o PS de ter instalado uma cultura de medo na sociedade portuguesa e de ter restringido o exercício dos direitos fundamentais.
O Governo, por sua vez, respondeu através do ministro dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva, que quem está "em agonia" não é a democracia mas sim "a actual liderança bicéfala do PSD".
Enfim, conversa da treta.
Penso que, todos nós, em algum momento das nossas vidas, já tivemos o desconforto de pensar que chegámos tarde de mais a algum lugar.
Porém, tirando o caso de nos esquecermos de registar o totoloto num sábado de jack-pot, nunca sabemos bem a que chegámos demasiado tarde.
Se, ter a sensação de chegar atrasado a algo, não é agradável, ter o sentimento que se chegou demasiado cedo, não é confortável.
2009, ano de todas as eleições, poderia ser o tempo certo para a mudança.
Só que, aposto, o País vai continuar anestesiado.
Portugal, é um país absolutamente circular. A História vai repetir-se. A mesma água vai voltar a passar debaixo da mesma ponte.
Este “país à beira mar plantado” é composto de permanência.
Somos um Portugal alcatifado, bebedor de vinho, amante de futebol, devoto de fátima e cantador de fado.
Em 2009, para desgraça da maioria de nós, Camões continuará a não existir.
Na oportunidade, acusou o PS de ter instalado uma cultura de medo na sociedade portuguesa e de ter restringido o exercício dos direitos fundamentais.
O Governo, por sua vez, respondeu através do ministro dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva, que quem está "em agonia" não é a democracia mas sim "a actual liderança bicéfala do PSD".
Enfim, conversa da treta.
Penso que, todos nós, em algum momento das nossas vidas, já tivemos o desconforto de pensar que chegámos tarde de mais a algum lugar.
Porém, tirando o caso de nos esquecermos de registar o totoloto num sábado de jack-pot, nunca sabemos bem a que chegámos demasiado tarde.
Se, ter a sensação de chegar atrasado a algo, não é agradável, ter o sentimento que se chegou demasiado cedo, não é confortável.
2009, ano de todas as eleições, poderia ser o tempo certo para a mudança.
Só que, aposto, o País vai continuar anestesiado.
Portugal, é um país absolutamente circular. A História vai repetir-se. A mesma água vai voltar a passar debaixo da mesma ponte.
Este “país à beira mar plantado” é composto de permanência.
Somos um Portugal alcatifado, bebedor de vinho, amante de futebol, devoto de fátima e cantador de fado.
Em 2009, para desgraça da maioria de nós, Camões continuará a não existir.
sexta-feira, 4 de abril de 2008
Mar devolveu corpo do espanhol desaparecido no mar da Figueira
Imagem sacada daqui
O corpo do espanhol de 43 anos de idade, que se encontrava desaparecido há quatro dias, foi descoberto ontem junto às praias de São Pedro de Moel.
Segundo informação do capitão do Porto da Figueira da Foz, Malaquias Domingues, o cadáver, sem qualquer roupa, foi retirado da água depois de ter sido detectado na zona de rebentação pelas 16h00. O homem, que trabalhava para um sub-empreiteiro espanhol na Vidreira do Mondego, desapareceu no domingo passado junto à Praia do Relógio, na Figueira da Foz, pelas 9h00.
Uma época da lampreia para esquecer
Este ano, a escassez e o preço deixaram os pescadores desalentados.
“A pesca já conheceu melhores dias”, é o que já se sabia aqui na Cova-Gala.
O trabalho de reportagem da jornalista Bela Coutinho, hoje publicado no Diário de Coimbra, que pode ser lido aqui, confirma-o.
quinta-feira, 3 de abril de 2008
Será que o homem tem saído de casa?..
... ou andará, simplesmente, a precisar de mudar de óculos:
“ao fim de um ano de saídas do ensino superior”, não existe “ninguém desempregado”.
Jorge Coelho é o futuro presidente executivo da Mota-Engil
... Porventura, "a pensar nos concursos públicos vindouros"?...
Será que já nem se tenta disfarçar!..
Entretanto, "o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, António Costa, vai substitui Jorge Coelho no programa «Quadratura do Círculo» da SIC Notícias. A informação foi confirmada pelo gabinete de comunicação da estação.
Esta alteração surge na sequência da saída de Coelho, que vai presidir à construtora Mota-Engil".
Claro que, o director-geral adjunto da SIC Notícias, Ricardo Costa, irmão de António Costa, nada teve a ver com o asssunto.
quarta-feira, 2 de abril de 2008
Figueira, terra perigosa para jornalistas
Este, não foi o único...
Há mais quem seja "suavemente avisado".
Assim, será possível "jogar" limpo? ...
Liberdade. Liberdade ....
Se fosse em Cuba, caía o Carmo e a Trindade ...
Aí este neoliberalismo retrógado ...
Quase 34 anos depois do 25 de Abril de 1974!
(O 25 de Abril foi um acontecimento incómodo. Ele vem encontrar-nos em perfeita sintonia com a rotina instalada, gerada por anos de vivências impostas, de pressões interiorizadas, de frustrações fomentadas, de vidas vigiadas, de negação da cidadania, de silêncios, de prisões. O regime era proibitivo, castigador, ameaçador, violento, desumano, castrador. Por isso, apenas nos era permitido estar de acordo. Daí, a incomodidade de um acontecimento que nos despertou para uma outra realidade emergente, para uma realidade por fazer, para uma realidade a exigir o nosso compromisso com uma participação activa e reflexiva na construção de um outro País, que havia sido suspenso há muitos anos. A Revolução dos Cravos foi, neste sentido, um gesto histórico incómodo pelo “desassossego provocado”. Fomos chamados à discussão, às análises críticas, à participação activa e esclarecida, à militância política ou ideológica, à opção, à adesão ou à rejeição, ao combate, à mobilização em torno de um projecto nascente. E isto incomoda, porque nos força à reflexão e à vigilância permanentes, porque nos exige um olhar atento e descobridor de intenções e caminhos. Teria sido “mais gratificante”, “mais confortável”, a permanência na submissão e no silêncio, talvez. Teria sido mais cómodo o nosso pensamento ter continuado a sua ausência, a sua aposentação compulsiva e “consentida”. Sartre exprimia-se deste modo: “O quietismo é a atitude das pessoas que dizem: os outros podem fazer aquilo que eu posso fazer”).
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