Este, não foi o único...
Há mais quem seja "suavemente avisado".
Assim, será possível "jogar" limpo? ...
Liberdade. Liberdade .... Se fosse em Cuba, caía o Carmo e a Trindade ...Aí este neoliberalismo retrógado ...
Quase 34 anos depois do 25 de Abril de 1974!(O 25 de Abril foi um acontecimento incómodo. Ele vem encontrar-nos em perfeita sintonia com a rotina instalada, gerada por anos de vivências impostas, de pressões interiorizadas, de frustrações fomentadas, de vidas vigiadas, de negação da cidadania, de silêncios, de prisões. O regime era proibitivo, castigador, ameaçador, violento, desumano, castrador. Por isso, apenas nos era permitido estar de acordo. Daí, a incomodidade de um acontecimento que nos despertou para uma outra realidade emergente, para uma realidade por fazer, para uma realidade a exigir o nosso compromisso com uma participação activa e reflexiva na construção de um outro País, que havia sido suspenso há muitos anos. A
Revolução dos Cravos foi, neste sentido, um gesto histórico incómodo pelo
“desassossego provocado”. Fomos chamados à discussão, às análises críticas, à participação activa e esclarecida, à militância política ou ideológica, à opção, à adesão ou à rejeição, ao combate, à mobilização em torno de um projecto nascente. E isto incomoda, porque nos força à reflexão e à vigilância permanentes, porque nos exige um olhar atento e descobridor de intenções e caminhos. Teria sido “mais gratificante”, “mais confortável”, a permanência na submissão e no silêncio, talvez. Teria sido mais cómodo o nosso pensamento ter continuado a sua ausência, a sua aposentação compulsiva e “consentida”. Sartre exprimia-se deste modo:
“O quietismo é a atitude das pessoas que dizem: os outros podem fazer aquilo que eu posso fazer”).