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domingo, 2 de março de 2025

Do "manhoso" Montenegro à "falta de jeito" de Nuno Santos...

Durante uma semana, o Primeiro-ministro fez a oposição e o país esperarem por explicações. Agora, mais fragilizado politicamente, puxou do fantasma de uma crise política que sabe que nenhum partido (nem o Presidente) deseja. 
Uma semana depois de tentar estancar a polémica no debate da moção de censura, dramatizando sobre as intenções pessoais para criar a empresa Spinumviva, ter descrito a facturação anual e de se elevar ao estatuto de impoluto em termos de transparência, garantindo que a partir desse dia só responderia “a quem for tão transparente” como ele, mas recusando responder a perguntas fulcrais, o primeiro-ministro acabou por ceder. 
Perante a confirmação da Solverde, grupo hoteleiro de Espinho concessionário de casinos, ao Expresso, de que, desde 2021, paga uma avença mensal de 4500 euros à empresa familiar de Luís Montenegro por “serviços especializados de compliance e procedimentos na área dos dados pessoais”, a Spinumviva fez ontem um comunicado a identificar os seus clientes, os serviços que presta e os dois colaboradores que tem. 
Horas antes, porém, o primeiro-ministro insistira na recusa da existência de qualquer conflito de interesses e agitara o fantasma de uma crise política ao empurrar para um pouco mais tarde o resultado da “avaliação profunda das condições” da sua “vida pessoal, profissional e política”: convocou, para o efeito, um Conselho de Ministros extraordinário para a tarde de ontem e uma comunicação ao país para as 20h. 

O primeiro-ministro fugiu a perguntas dos jornalistas.
Uma coisa é certa e é um facto decisivo e capital: nos 10 meses como Primeiro-Ministro acumulou o respectivo vencimento com os rendimentos das avenças (Solverde, etc.) da sua empresa (porque é casado com comunhão de adquiridos.) 
O primeiro-ministro, ontem à noite, falou como se neste caso o seu comportamento tivesse sido sempre impecável. 
Ao permitir, porém, a revelação dos clientes da sua empresa, depois de a ter recusado, e ao passar só agora a empresa apenas para os filhos acabou por reconhecer que algo não estava bem.

Acabou aqui o estado de graça de Montenegro, apenas por sua culpa e responsabilidade.
Para já sabemos duas coisas.
Uma: que o PCP respondeu com uma moção de censura. 
Outra: que a iniciativa não contará com a viabilização do PS.
O PSD acredita que caso a moção de censura anunciada pelo PCP caia por terra pela mão do PS, o Governo assumirá que há "confiança" para permanecer em funções. Quem sinalizou a situação, na noite deste sábado, em entrevista à RTP, foi o ministro de Estado e das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento.

Há gente que nunca aprende.
Esta moção de censura anunciada pelo PCP já permitiu ver o óbvio.
Pedro Nuno Santos fez a mesma coisa ontem, que tinha feito em relação ao Orçamento: falou antes de tempo. 
Que falta de jeito... 
Quanto ao resto. 
Montenegro caiu"Quem conhece os bastidores sabe que as dúvidas sobre Luís Montenegro eram do conhecimento dos barões do PSD e do CDS/PP, basta lembrar 2016, com o escândalo das viagens dos deputados para ir ver a bolaAgora têm a paga, com os portugueses a pagar a factura, qualquer que seja a solução."

sábado, 30 de novembro de 2024

Em 2025 existem 100 mil euros disponíveis para o by pass...

"Os partidos do Governo viram aprovada, na Assembleia da República, a proposta para o projeto de execução da transposição aluvionar (bypass) da barra da Figueira da Foz, com financiamento de 100 mil euros do Fundo Ambiental. A aprovação aconteceu na votação do Orçamento do Estado." 
Entretanto: ... passing by?

sexta-feira, 29 de novembro de 2024

... passing by?

Gostava de estar optimista, mas não estou...
O ano passado, a maioria absoluta do PS, inviabilizou esta pretensão da comunidade figueirense que vive o problema da erosão a sul da barra do Mondego.
As obras na linha costeira da Figueira da Foz criaram um desequilíbrio brutal na costa do nosso concelho, que se tem vindo a agravar anos após ano. 
O concurso público para a concepção e construção do BYPASS voltou a ser votado na Assembleia da República, nas alterações ao Orçamento de Estado 2025.
A proposta do Livre, igual à do ano passado, voltou a não passar no crivo da AR. Este ano com os votos contra do centrão, que aprovou a proposta abaixo.
Para ler melhor clicar na imagem.
Está à vista de todos a necessidade da implementação do by passs. Mais 10 anos de espera, como pretende a APA, é algo pouco realista face à dramática situação existente a sul do Mondego, na praia da Figueira e em Buarcos.
A Figueira da Foz tem um problema de sedimentos: acumulam-se em frente à cidade, a Norte da foz do rio Mondego, e estão em falta nas praias a sul. A solução para resolver o problema existe: a solução passa por instalar um sistema fixo que transponha as areias do Norte para Sul, concluiu em 2021 um estudo encomendado pela Agência Portuguesa do Ambiente.
“by-pass” para transferir areias da praia, que devido a um acidente ambiental provocado pelo homem, tem o maior areal da Europa, como Nélson Silva salientou, é a solução para a costa sul do concelho. Mas, só deverá estar no terreno dentro de “10 anos”!..
Gostava de estar optimista, mas não estou.
Entretanto,  “o mar trabalha todos os dias e nunca se cansa”. 
E de by pass em by pass, vamos andando cá pela Aldeia: do by pass do Cabedelo ao by pass da merda da ETAR DE S. PEDRO...
Oxalá que este meu pessimismo militante seja desmentido pela realidade. 
Estou disponível e completamente aberto a surpresas e a originalidades figueirenses. A ideia de utopia está sempre presente em nós e funciona como uma válvula de escape...

sexta-feira, 8 de novembro de 2024

Quem está contra o BYPASS?

Manuel Traveira, 07.11.2024

«Hoje faz precisamente 10 anos que defendi a minha tese de mestrado intitulada: [Figueira da Foz: Do Cabaret ao Deserto (Evolução urbana da frente marítima/fluvial da Figueira da Foz, do século XIX à actualidade: O Mar no projecto da Cidade)], na Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto.

Foi o culminar de 2 anos de estudo, onde demonstrei cabalmente que as dificuldades quer do consecutivo assoreamento do Porto da Figueira, quer da brutal erosão costeira a sul do rio Mondego e acumulação de areias a norte com que nos deparamos nos dias de hoje, não só eram conhecidas pelos técnicos do LNEC, como tinham sido estudadas exaustivamente (há mais de 60 anos).
E o que é que os técnicos concluíram de mais relevante em 1958, no primeiro relatório do “Estudo em Modelo Reduzido do Porto da Figueira da Foz”?:
1-Que seria impossível resolver a questão do assoreamento da Barra apenas com a construção dos molhes exteriores;
2-Que o excessivo crescimento da Praia da Figueira da Foz, em todas as soluções ensaiadas era altamente prejudicial à manutenção de boas profundidades no canal da barra;
3-Que seria necessário recorrer a meios artificiais de bombeamento de areias de norte para sul do rio Mondego, a fim de evitar que estas entrassem no canal da barra e, consequentemente, o assoreassem.
“3.Os problemas levantados pela existência dos bancos(de areia) exteriores e interior são,
em princípio, inevitáveis. Para os atacar e resolver, a pré-eliminação das
areias é, sem dúvida, a solução mais eficaz, além de ainda resolver o grave
problema das erosões que fatalmente se irão verificar na praia sul.
4.Afigura-se ao Laboratório que, qualquer que fosse a solução adoptada, e desde
que não se faça qualquer espécie de eliminação de areias, nada há que faça
esperar que as profundidades, a longo prazo, do futuro banco da barra exterior
sejam muito diferentes da do actual.”
Tudo isto antes de terem iniciado sequer a construção dos molhes exteriores do Porto (1960-1966).
Passaram-se 10 anos após a defesa da tese…10 ANOS…, e após inúmeras participações em colóquios, debates, tertúlias, entrevistas, programas de rádio, exposições etc. com o Movimento cívico SOS Cabedelo a ser a entidade aglutinadora desta nova visão para a cidade, muita coisa mudou…, no entanto, teima em perdurar “o irritante” da não inclusão do BYPASS no próximo Orçamento de Estado.
Vejamos:
Depois das recomendações urgentes do Grupo de Trabalho do Litoral para a costa Portuguesa em 2014, só mesmo em 2021 é que o Ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes do Partido Socialista assumia:
[..que a transferência de areias para combater a erosão costeira a sul da Figueira da Foz com recurso a um sistema fixo (“bypass”) é a mais indicada, e será realizada.
“Avaliada esta solução (da transferência de areias) não há qualquer dúvida de que o ‘bypass’ é a mais indicada e, por isso, vamos fazê-la”, disse à agência Lusa João Pedro Matos Fernandes.
O “Estudo de Viabilidade de Transposição Aluvionar das Barras de Aveiro e da Figueira da Foz”, esta quinta-feira apresentado pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), avalia quatro soluções distintas de transposição de areias e conclui, para a Figueira da Foz, que embora todas as soluções sejam “técnica e economicamente viáveis”, o sistema fixo é aquele “que apresenta melhores resultados num horizonte temporal a 30 anos”.
O estudo situa o investimento inicial com a construção do “bypass” em cerca de 18 milhões de euros e um custo total, a 30 anos, onde se inclui o funcionamento e manutenção, de cerca de 59 milhões de euros.]
Ou seja, passados 63 anos a comunidade científica e o poder político não só chegava à mesma conclusão técnica preconizada pelo LNEC em 1958, como comprovavam ser a solução mais viável.
Porém em Novembro de 2023, perante a proposta do partido Livre de inclusão do BYPASS para o Orçamento de Estado de 2024, o Partido Socialista que tinha a maioria absoluta decidiu votar contra, com todos os outros Partidos da oposição a votarem a favor menos o PAN que se absteve…
O Partido Social Democrata perante tal paradoxo, decidiu colocar nas praias do Sul do Concelho cartazes com a pergunta:
“Os deputados do Partido Socialista votaram contra o BYPASS PORQUÊ?”
Tendo mesmo, a Concelhia do PSD, conseguido aprovar por unanimidade na Freguesia de São Pedro uma “moção de repúdio pela não aprovação, em sede de Orçamento do Estado para 2024, da proposta de lançamento do concurso concessão/construção do sistema fixo de transposição sedimentar na barra da Figueira da Foz"
A 12 de Outubro o armador de pesca figueirense António Lé, publicava um grito de revolta nas redes sociais pedindo por SOCORRO face ao estado da Barra da Figueira da Foz e consequente perigosidade para os seus pescadores.
Perante tal posição, e estando a Aliança Democrática no poder com o Partido Social Democrata na liderança, seria de esperar que no dia 31 de Outubro na discussão geral do Orçamento de Estado para 2025, a Ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho viesse apresentar finalmente a inclusão do BYPASS no OE2025. Mas não foi o caso…interpelada pela deputada socialista figueirense Raquel Ferreira sobre a proteção do litoral, limitou-se a responder:
“…Nós temos 140 milhões de euros no PO Sustentável para 25 para a protecção do litoral, como já fizemos este ano com 27 milhões para a zona da Figueira da Foz…”
E nem uma palavra sobre o BYPASS, e a pergunta que resta é: Afinal, quem está contra o BYPASS?
-Será que serão os armadores de pesca que estão contra uma solução que evite a morte dos seus Pescadores à passagem da Barra mais fatal do país?
-Será que são os operadores do Porto Comercial que estão contra uma solução que lhes permita ter a barra mais vezes aberta e com condições para receber Carregueiros de maior calado, e assim movimentar um maior número de mercadorias?
-Será que são os figueirenses que estão contra a possibilidade de recuperar as características da melhor praia urbana do país que tanto os seus antepassados a relembram com saudade?
-Será que são as populações entre o sul do Mondego e a Nazaré que estão contra a uma solução que lhes permita enfrentar o inverno sem a constante angústia sobre se o Mar lhes levará as suas casas?
Mas afinal que raio falta para se inscrever o BYPASS no próximo Orçamento de Estado?
É por falta de dinheiro…NÃO!
É por falta de consenso científico…NÃO!
É por falta de vontade das populações…NÃO!
Falta o quê? Que Partido político terá a coragem de votar contra uma proposta de inclusão do BYPASS na especialidade do OE2025?
Numa altura em que a Europa se encontra numa posição geoestratégica extremamente delicada e enfrenta, cada vez mais, fenómenos climáticos extremos, é hora de, de uma vez por todas, resolver o maior atentado ambiental da costa portuguesa, proporcionando o natural desenvolvimento desta região e honrando as mortes e as famílias em luto que a falta de ação do Estado tem, tão dolorosamente, provocado.
QUEM ESTÁ CONTRA O BYPASS?»

Nota.
OUTRA MARGEM, na postagem A barra da Figueira está assim por vontade dos homens, publicada em 18 de outubro de 2015, citou sub- capítulos desta tese do arquitecto figueirense Manuel Traveira, sobre a questão dos molhes.  

sexta-feira, 15 de março de 2024

A realidade move-se e Montenegro já definiu quem é o "inimigo" e quem é o "adversário"...

Numa postagem OUTRA MARGEM de 12 do corrente pode ler-se o seguinte: O Chega, espera pela "sorte grande" (depois da "ejaculação precoce", ao Chega resta-lhe o quê?. "Vejamos: para o governo não vai, acordo parlamentar não vejo como. Festeja o quê? Ah, sim, tem uma bancada gigante, tem. E quadros? E políticas que não andem ao sabor da espuma dos dias e do ressentimento? Apesar dos 48 deputados obtidos na eleição de domingo, ao Chega resta-lhe sonhar que a legislatura dure muito pouco e possa culpar os outros do que não fizeram pela maioria estável de direita"...)

A realidade, porém, move-se. Como sublinha Filipe Tourais na sua página do facebook o "PSD não fica por aqui. Terá que decidir qual dos dois, PS ou Chega, será o inimigo e qual dos dois será o adversário. São lógicas completamente distintas. O adversário é para ir vencendo no jogo das diferenças ao longo do tempo.  O inimigo é para aniquilar o mais rapidamente possível. Tivemos disto muito recentemente. O PS esmagou os inimigos PCP e Bloco em 2021 após o chumbo do Orçamento e poupou o adversário PSD, que também o chumbou.
Teremos notícias muito brevemente sobre qual será a escolha do inimigo e do adversário do PSD na eleição dos vice-presidentes da AR. O Chega voltará a tentar eleger o seu pela primeira vez. O PSD não poderá disfarçar. Se votar a favor e garantir a eleição de um fascista para a vice-presidência  da casa da democracia, o Chega será o adversário. Se votar contra e não o permitir, o Chega será o inimigo. Ambas as escolhas terão o seu preço e comportam riscos e dificuldades garantidas."

A escolha está feita: de acordo com o jornal ECO, a Aliança Democrática (AD) e a Iniciativa Liberal (IL) votarão a favor do nome indicado pelo Chega e, por isso, o voto contra do PS não será suficiente para o chumbo.

terça-feira, 12 de março de 2024

A realidade move-se e Montenegro vai ter de definir em breve quem é o "inimigo" e quem é o "adversário"...

Contudo, a vida para Ventura pode complicar-se. 
O Chega, espera pela "sorte grande" (depois da "ejaculação precoce", ao Chega resta-lhe o quê?. "Vejamos: para o governo não vai, acordo parlamentar não vejo como. Festeja o quê? Ah, sim, tem uma bancada gigante, tem. E quadros? E políticas que não andem ao sabor da espuma dos dias e do ressentimento? Apesar dos 48 deputados obtidos na eleição de domingo, ao Chega resta-lhe sonhar que a legislatura dure muito pouco e possa culpar os outros do que não fizeram pela maioria estável de direita"...)
A realidade, porém, move-se. Como sublinha Filipe Tourais na sua página do facebook o "PSD não fica por aqui. Terá que decidir qual dos dois, PS ou Chega, será o inimigo e qual dos dois será o adversário. São lógicas completamente distintas. O adversário é para ir vencendo no jogo das diferenças ao longo do tempo.  O inimigo é para aniquilar o mais rapidamente possível. Tivemos disto muito recentemente. O PS esmagou os inimigos PCP e Bloco em 2021 após o chumbo do Orçamento e poupou o adversário PSD, que também o chumbou.
Teremos notícias muito brevemente sobre qual será a escolha do inimigo e do adversário do PSD na eleição dos vice-presidentes da AR. O Chega voltará a tentar eleger o seu pela primeira vez. O PSD não poderá disfarçar. Se votar a favor e garantir a eleição de um fascista para a vice-presidência  da casa da democracia, o Chega será o adversário. Se votar contra e não o permitir, o Chega será o inimigo. Ambas as escolhas terão o seu preço e comportam riscos e dificuldades garantidas."

sexta-feira, 29 de dezembro de 2023

BYPASS: Assembleia de Freguesia de S. Pedro aprovou por unanimidade "moção de repúdio da tomada de posição dos deputados do Partido Socialista eleitos pelo círculo eleitoral de Coimbra"

"No dia 17 de Novembro do corrente ano, fomos surpreendidos pelo voto contra dos deputados do Partido Socialista a uma proposta de aditamento em sede de Orçamento de Estado para 2024: “lançar o concurso de concessão/construção e respectiva obra do sistema fixo de transposição sedimentar (Bypass) da barra da Figueira da Foz”

Recordamos que a três meses das eleições autárquicas de 2021 o Ministro do Ambiente em funções, João Pedro Matos Fernandes, acompanhado pelo candidato e ex-presidente de Câmara da Figueira da Foz, Carlos Monteiro, assumiram publicamente que o sistema supracitado era a solução mais indicada e mais viável para a mitigação do grave problema que invade o nosso concelho, os efeitos da erosão costeira. 

Tal como o actual Ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, considerou o “bypass” de areias “um projeto inovador” e de “extraordinária importância”

Posto isto, e sem colocar em causa a legitimidade dos Senhores Deputados na votação que entenderam fazer, não podemos aceitar ou deixar passar em branco, a falta de explicação à população, por parte dos mesmos, para tal mudança de opinião. Daí acharmos ser imperativo que os Senhores Deputados do Partido Socialista, em particular os eleitos pelo circulo eleitoral de Coimbra, nos expliquem qual a razão que os levou a tal mudança de opinião que vai contra à anterior tão afincadamente defendida e promovida pelo Governo Socialista e o seu candidato à Câmara Municipal da Figueira da Foz nas últimas eleições autárquicas. 

Pondo assim em causa os interesses e segurança da nossa comunidade e da nossa Terra. 

Aprova esta Assembleia de Freguesia uma moção de repudio sobre a tomada de posição dos Senhores Deputados do Partido Socialista."

Nota de rodapé.

A sessão da Assembleia de Freguesia onde esta moção foi aprovada, realizou-se no passado dia 28 (ontem), pelas 21 horas na Junta de Freguesia de S. Pedro.

quinta-feira, 21 de dezembro de 2023

A luta pelo BY PASS continua

"Querem o BYPASS mas votam contra. Justificam o chumbo da implementação do BYPASS com o facto de não terem o projecto e o modelo de gestão que não fizeram. Não explicam porque o processo do BYPASS está parado desde Março de 2021 - data do estudo que o valida como a melhor solução para a transposição sedimentar."
Em 8 de Dezembro próximo passado, a propósito do voto contra do PS, publiquei uma postagem no OUTRA MARGEM que pode ser lida clicando aqui.

Sempre tive a esperança de ver algo vindo da Assembleia Municipal da Figueira da Foz, da Câmara Municipal da Figueira da Foz ou da Junta de Freguesia de S. Pedro.
Até à data de hoje, nada vi oriundo destas entidades.
Hoje, deparei-me com o seguite:
"O PSD Figueira da Foz lançou 4 “Outdoors” que se vão localizar junto às praias da Figueira da Foz, S. Pedro, Costa de Lavos e Leirosa. 
Em causa estão os votos contra, em sede de orçamento de estado, dos deputados do Partido Socialista relativamente a uma proposta de aditamento “lançar o concurso de concessão/construção e respetiva obra do sistema fixo de transposição sedimentar (bypass) da Barra da Figueira da Foz”.
A mensagem exposta por nós reforça a pergunta: “Porquê o voto contra do PS?” 
Relembrando que a 3 meses antes das eleições autárquicas/2021, o candidato e ex-Presidente de Câmara, Carlos Monteiro e o anterior Ministro do ambiente, Matos Fernandes, numa ação de campanha(propaganda), assumiram que o “Bypass” era a solução para a diminuição dos efeitos da erosão costeira no nosso concelho. 
Enquanto esta irresponsabilidade do Partido Socialista continuar, o mar avança ameaçando as populações. 
O PSD da Figueira da Foz recusa-se a compactuar com estas opções políticas que colocam em causa a segurança das nossas comunidades."

Pus-me em campo e ficam as fotos dos  4 “Outdoors” colocados no terreno pelo PSD Figueira. 
A luta pelo BYPASS continua...
QUINTO MOLHE
FIGUEIRA DA FOZ
LEIROSA
COSTA DE LAVOS

quarta-feira, 6 de dezembro de 2023

Estruturante

Em 23 de Novembro de 2018, ao iniciar uma colaboração como cronista no Diário as Beiras, publiquei o seguinte texto:

Passados 5 anos, o texto no esssencial continua actual.
Apenas precisa de 2 actualizações. A saber:
1ª. 
"Entre 1958 e 2020,  Portugal continental perdeu 1313 hectares de costa, o equivalente a 1313 campos de futebol, com recuos da linha de costa entre 0,5 e 9 metros por ano", segundo informações da Agência Portuguesa do Ambiente.
Na década de 2010/2020, "o agravamento das taxas de erosão foi de um terço entre a Costa Nova (Ílhavo) e Mira, duas vezes entre Castelo do Neiva e Esposende, Ofir (Esposende) e Estela (Póvoa de Varzim), Cortegaça e Furadouro e a sul do Torrão do Lameiro (Ovar) e, pior, três vezes entre Cova-Gala e Lavos (Figueira da Foz)."

Recorde-se que o estudo do by pass foi adiado durante anos.
De palpável e positivo, temos o estudo que situa o investimento inicial com a construção do bypass em cerca de 18 milhões de euros e um custo total, a 30 anos, onde se inclui o funcionamento e manutenção, de cerca de 59 milhões de euros.
“Obviamente que o que temos, para já, é um estudo de viabilidade, económica e ambiental. Temos de o transformar num projecto, para que, depressa, a tempo do que vai ser o próximo Quadro Comunitário de Apoio, [a operação] possa ser financiada”, conforme disse o ministro do Ambiente em Agosto de 2021.

Passados mais de 2 anos, nada mais aconteceu.
Assim ficámos: o sistema fixo de transposição mecânica de sedimentos, conhecido por bypass, cuja instalação o movimento cívico SOS Cabedelo defende, há mais de uma década, que seja instalado junto ao molhe norte da praia da Figueira da Foz continua a ser uma miragem.
E assim vai continuar. A prova disso é que, há poucos dias, O Livre viu “chumbada” a proposta sobre a inscrição da instalação do bypass (sistema mecânico de transposição de areia) na barra da Figueira da Foz no Orçamento do Estado de 2024. 
Penso que presumem quem evitou isso: os votos contra da maioria absoluta do PS na Assembleia da República. O PAN absteve-se e os restantes grupos parlamentares votaram a favor.

Voltando à minha crónica publicada no Diário as Beiras em 23 de Novembro de 2018.
No terreno, de concreto nada se avançou.
A ferida está cada vez mais aberta a sul do Quinto Molhe.
É triste, mas parece que nesta cidade, isso é encarado como normal. 
É triste, mas é daquelas coisas tristes que entraram no dia a dia dos figueirenses.
E era fácil de resolver. 
Resolvia-se com cidadania. Resolvia-se com solidariedade entre todo o concelho: o do norte e do sul do estuário do Mondego. Resolvia-se com sentido de responsabilidade, educação e valores morais sólidos. Resolvia-se com respeito pela liberdade, pela segurança e pela  dignidade de todos os habitantes do concelho: os que habitam a norte e a sul do estuário do Mondego. Resolvia-se  com amor por nós próprios e pela vida de todos os figueirenses.
Ser Homem ou Mulher livre, quer dizer ser responsável.
Liberdade é isto. 
O resto é medo, covardia e dependência.

quinta-feira, 30 de novembro de 2023

Entre o aprofundanto do rio e a invasão há muito anunciada do mar

Ao que parece, mesmo em fim de linha, o ex-ministro das Infraestruturas João Galamba deixou uma grande notícia aos figueirenses: "o concurso público para o aprofundamento do canal de navegação do porto comercial e da barra deverá ser lançado em Janeiro do próximo ano."

“É uma obra importantíssima para a economia da Figueira da Foz e da região”, sublinhou ontem no decorrer de uma reunião de câmara o presidente de câmara da Figueira da Foz, manifestando-se “muito contente” por avançar uma das suas reivindicações desde que iniciou o mandato.

Aos jornalistas, o autarca lembrou que se trata de uma obra “com dinheiro desde o período anterior à pandemia da covid-19” e que tinha sido retirado. 

“É dinheiro que volta à Figueira da Foz”, sublinhou.

O aprofundamento do canal de navegação vai permitir a atracagem de navios de maior calado no porto, que nos primeiros nove meses deste ano movimentou 1.535.500 toneladas, menos 9,1% relativamente ao período homólogo de 2022.

A intervenção prevista vai permitir a entrada de navios até 140 metros de comprimento e oito metros de calado, quando actualmente só permite a acostagem de navios com 120 metros de comprimento e 6,5 metros de calado.


No mesmo concelho da Figueira da Foz, uns 4 ou 5 quilómetros para sul, existe um enorme desastre ambiental, que faz andar com o "coração nas mãos", há muitos anos, os moradores da zona.

Sim estou a referir-me ao "Quinto Molhe" que, até Março, vai ser local de peregrinação dos políticos que certamente irão a andar por aí em campanha eleitoral.

Todos sabemos, que a ocupação desordenada do litoral contribuiu para situações de desequilíbrios e fenómenos de erosão costeira que têm vindo a pôr em causa a segurança de pessoas e bens.

Foi o que aconteceu,  a sul do porto da Figueira da Foz, depois das obras do prolongamento do molhe norte em 400 metros, onde nos últimos anos se agravaram os efeitos erosivos.

A obra, considerada fundamental pelas cabeças pensadoras da tutela e da comunidade portuária, visava a melhoria das condições de acessibilidade ao porto da Figueira da Foz.

Porém, isso não aconteceu. Os acidentes entretanto ocorridos à entrada da barra, depois de 2011, provam isso. A agravar, desde o prolongamento em 400 metros do molhe norte do porto comercial, um investimento de 14,6 milhões de euros, inaugurado em 2011, a erosão nas praias a sul acentuou-se, com destruição da duna de proteção costeira em vários locais, com especial ênfase na praia da Cova, alvo de duas intervenções de emergência nos últimos anos.


O prolongamento do molhe norte e a erosão a sul tem sido um brutal sorvedouro de dinheiros públicos. Com o aprofundamento do canal de navegação do porto comercial da barra, que deverá ser lançado em Janeiro do próximo ano, lá irão mais uns milhões.

Entretanto, ao que parece, a panaceia para atenuar sustentavelmente a erosão a sul existe, já foi estudada e alvo de consenso: chama-se bypass.

Sabe-se, porque foi estudado, que a transferência de areias para combater a erosão costeira a sul da Figueira da Foz, com recurso a um sistema fixo (bypass) é a mais indicada.

“Avaliada esta solução [da transferência de areias] não há qualquer dúvida de que o bypass é a mais indicada e, por isso, vamos fazê-la”, veio dizer aos figueirenses o então ministro João Pedro Matos Fernandes, em meados do mês de Agosto de 2021, curiosamente a mês de umas eleições autárquicas que se advinhavam difíceis para o PS, o que acabou por se concretizar.

Carlos Monteiro foi derrotado por Santana Lopes.


De palpável, passados mais de dois anos, tirando o estudo que situa o investimento inicial com a construção do bypass em cerca de 18 milhões de euros e um custo total, a 30 anos, onde se inclui o funcionamento e manutenção, de cerca de 59 milhões de euros, nada mais aconteceu.

“Obviamente que o que temos, para já, é um estudo de viabilidade, económica e ambiental. Temos de o transformar num projecto, para que, depressa, a tempo do que vai ser o próximo Quadro Comunitário de Apoio, [a operação] possa ser financiada”, disse o ministro em Agosto de 2021.

E assim ficámos: o sistema fixo de transposição mecânica de sedimentos, conhecido por bypass, cuja instalação o movimento cívico SOS Cabedelo defende, há mais de uma década, que seja instalado junto ao molhe norte da praia da Figueira da Foz continua a ser uma miragem.

E assim vai continuar. A prova disso é que, há poucos dias, O Livre viu “chumbada” a proposta sobre a inscrição da instalação do bypass (sistema mecânico de transposição de areia) na barra da Figueira da Foz no Orçamento do Estado de 2024. 

Penso que presumem quem evitou isso: os votos contra da maioria absoluta do PS na Assembleia da República. O PAN absteve-se e os restantes grupos parlamentares votaram a favor.

Passadores de moeda falsa... "São a favor do Bypass mas votam contra a sua implementação..."
Imagem via Sos Cabedelo

Se o Orçamento da República para 2024, com tantos milhões da Europa, não teve estofo para acomodar a solução proposta, que “já foi avaliada pela Agência Portuguesa do Ambiente como a melhor solução, quer a nível técnico quer a nível económico, considerando um horizonte temporal de 30 anos”, quando é que isso poderá acontecer?


Como parece que ninguém se importa com o assunto, como morador a sul do Mondego, resta-me a tristeza de constatar que a merda grossa, merda da boa, a bela cagada obrada pelos cagões da Figueira e de Lisboa, não vai ser limpa.

A enorme borrada (que a foto mostra) vai continuar a poder ser vista. 

É triste presumir que, maioritariamente,  ao votar em Março próximo, os eleitores do sul, com o seu voto, como tem acontecido, vão continuar a comprometer um bocado a possibilidade de resolução do problema, que o mesmo é dizer, vão perpetuar a enorme cagada que torna este País difícil de habitar, tal é o cheiro.

Apesar deste texto terminar um tanto ou quanto brejeiro e brincalhão, o assunto é sério.

E, sobretudo, inquietante.

terça-feira, 28 de novembro de 2023

A irrelevância do concelho da Figueira da Foz para o PS

Vão decorridos quase dois anos (15 de Janeiro de 2022), que expliquei no OUTRA MARGEM o que aconteceu ao PSD Figueira, de 2007 para cá, que desembocou no miserável resultado autárquico de 26 de Setembro 2021.

Dois dias depois depois, em 17 de Janeiro de 2022, com a ajuda da entrevista de Raquel Ferreira à Figueira TV, procurei ajudar a compreender a realidade da política figueirense.
A entrevista dada à Figueira TV pela  Raquel Ferreira, uma deputada do PS, passada e futura, que a estrutura partidária local e distrital fez flutuar no vácuo, demonstrou que nos chamados partidos do poder, não há, nunca houve em 47 anos de eleições democráticas, uma visão global para a Figueira, nem da parte do PS, nem da parte do PSD.

O importante são as lógicas pessoais de poder. 
Interessa é o contolo estratégico do Partido. 
Carlos Monteiro, quando chegou a presidente de câmara, deslumbrou-se. Só tarde e a más horas - depois de ter perdido as eleições de 26 de Setembro de 2021 - percebeu que estava a lidar com um monstro. Verificou que sem poder autárquico para poder distribuir as prebendas, era muito difícil e complicado controlar um aparelho partidário interesseiro e voraz, que o via e utilizava - a ele, Carlos Monteiro - apenas como um meio de atingir os seus fins.

Em Janeiro de 2022, o PS  Figueira de Carlos Monteiro encontrava-se na situação em que Duarte Silva, em 2009,  "matou"  o PSD Figueira, com um aparelho partidário controlado por Lídio Lopes, hiper-voraz, mas já sem poder autárquico.

Na Figueira, hoje, temos Santana Lopes no poder, sem ter necessitado dos aparelhos partidários para lá chegar. Santana mostrou que os aparelhos partidários do "centrão", na Figueira, valem pouco e são descartáveis.
Nas próximas eleições, por ser mais confortável, estou em crer que Santana Lopes (se for candidato) vai voltar à "barriga da mãe".

Vou arranjar mais uns "inimigos" no PS figueirense, a juntar ao rol. Mas é o que penso, por isso não vai ficar por dizer.
O PS Figueira, por enquanto,  encontra-se (quase) num beco sem saída.
Este chumbo do PS nacional da inscrição da instalação do bypass (sistema mecânico de transposição de areia) na barra da Figueira da Foz no Orçamento de Estado de 2024, mostrou o quanto o nosso concelho é irrelevante para o PS. Espero que saia caro a quem é responsável político por isso.

O eleitorado tem de abrir os olhos. A reconquista da credibilidade dos políticos e partidos do "arco do poder", na Figueira, tem de passar por uma porta estreita - que é a da coerência com que praticam aquilo que proclamam.

PS chumba proposta sobre a inscrição da instalação do bypass (sistema mecânico de transposição de areia) na barra da Figueira da Foz no Orçamento de Estado de 2024

 Via Diário as Beiras

Nota de rodapé. 
Outra Margem, sexta-feira, 13 de agosto de 2021, véspera de eleições autárquicas.
Para ler melhor, clicar na imagem

sexta-feira, 23 de setembro de 2022

Bom Sucesso, um Centro Escolar que teve um arranque algo polémico

O Centro Escolar do Bom Sucesso foi inaugurado ontem. 
Porém, o processo iniciou-se no mandato autárquico de 2009/2013, quando o presidente da junta à época, Dário Acúrcio, lançou o repto ao presidente da Câmara da Figueira da Foz, na altura, João Ataíde. Contudo, a situação financeira da autarquia remeteu a obra para o mandato de 2017/2021.
No entanto, em Janeiro de 2019, o processo politicamente não foi pacifico.
A "medida 55 do programa eleitoral do PS, foi aprovada em reunião de câmara com os votos da maioria socialista e dos vereadores independentes Tenreiro e Babo."
O Centro Escolar do Bom Sucesso, no lançamento do concurso público aprovado na reunião de câmara, tinha um orçamento de um milhão de euros.
Na sessão camarária, o único vereador social-democrata, Ricardo Silva, pediu a retirada daquele ponto da agenda de trabalhos, alegando falta de dados sobre o investimento, mas a maioria socialista rejeitou a proposta. Acabou por ser o único a votar contra.
Na altura, a Câmara da Figueira da Foz, dona da obra, garantiu que o Centro Escolar do Bom Sucesso não seria construído com o intuito de encerrar escolas nas freguesias vizinhas. No entanto, Célia Oliveira, presidente da única junta do PSD no concelho, Moinhos da Gândara, não comungava da mesma opinião: “Faz-se o investimento e se calhar não se fez um estudo sobre o número de crianças. Há escolas na zona gandaresa com muito boas infraestruturas e com poucas crianças que podiam ser aproveitadas”.  O seu receio era que se essas escolas não forem valorizadas, “mais tarde ou mais cedo irão encerrar”.
Os então vereadores independentes Carlos Tenreiro e Miguel Babo, não partilharam a posição do vereador PSD e da única presidente de junta do mesmo partido, ao reclamarem um estudo sobre o problema.
“Não somos contra que se melhorem as condições no Bom Sucesso. Mas gostávamos que nos apresentassem dados, um estudo que sustente o investimento no centro escolar”, ressalvou Célia Oliveira.
Por sua vez Carlos Batata, na altura presidente da Junta do Bom Sucesso, disse  ao DIÁRIO AS BEIRAS que estava “ansioso” pelo início das obras do centro escolar, já reclamado pelos seus antecessores. 
Entretanto, a obra está concretizada e foi inaugurada ontem. Foram investidos cerca de 1,2 milhões de euros, 85 por cento assegurados por fundos europeus, cabendo à autarquia figueirense suportar a restante verba.
Imagem via Diário as Beiras

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

Santana: cerca de 6 meses depois do regresso...

Cerca de seis meses depois do r
egresso, permanecem algumas interrogações...
- tarefa difícil? 
- tarefa possível? 
- tarefa maior?
- depois de tudo, em 2022, a Figueira ainda está cá e tem hipóteses?

Foi há cerca de seis meses, vinte anos depois, que Santana Lopes líder do movimento "Figueira a Primeira" voltou a ser presidente da Câmara da Figueira da Foz, um lugar onde "foi feliz" entre 1997 e 2001, e de onde saiu a "chorar" para novos desafios políticos, como recordou numa entrevista à SIC, a 19 julho de 2021.
"O resto é a vida, cair e levantar. É essa a mensagem, há que ter esperança e ter força e se Deus proteger" e acreditar que todos, mesmo aqueles em dificuldade, "podem reerguer-se".

O Enforca Cães está a mexer, o que restou do Jardim Municipal está em manobras de reanimação, o Bento Pessoa já tem sintético (para quando a utilização?), o do Campo do Cabedelo está a vestir-se (mais 2 mesitos?..), o Galo de Ouro está em velocidade de cruzeiro, há ideias concretas para Seiça e Maiorca, enfim, a herança do passado recente vai sendo resolvida. É certo que em Buarcos, circular ao fim de semana é um suplício (e vai continuar a ser), mas aí, como disse o figueirense João César Monteiro, «temos que aprender a gastar a infelicidade que nos resta.»

Sem direito, desta vez, ao estado de graça - cerca de um mês depois de tomar posse, foi apresentada a proposta do Orçamento do Município, com a oposição (PS e PSD) a condicionar a viabilização a alterações, que o executivo camarário aceitou, Santana "não precisa que o deixem trabalhar, porque ele trabalha na mesma". 
Um dia destes ainda vamos ter os resultados da auditoria, "a formação superior completa, também a licenciatura", "a margem sul a sair do atraso", sem necessidade do "Cabedelo passar a ser uma nova Troia", investindo no conceito "cidade do mar", sem esquecer o centro de investigação florestal em Brenha e o "objectivo fabuloso do Cabo Mondego".
Por este andar, projectos ainda vai ser uma palavra banida da Figueira. 
Santana "gosta mais é de falar em obras."
Contudo, cuidado. "A Figueira está cansada de obras mal feitas. Temos de ter muito cuidado". 
Veja-se o que fizeram em Buarcos - "a obra que foi feita, com a devida vénia, não serve". 
Sem esquecer o que fizeram ao Cabedelo...

domingo, 23 de janeiro de 2022

"Fraca iluminação parou surf noturno na Figueira da Foz", dizem agora os surfistas...

Em Setembro passado, a poucos dias da realização das eleições autárquicas, a Praia do Cabedelo, ficou a contar com iluminação à noite para permitir a prática de surf e ‘bodyboard’ para lá do pôr-do-sol.
A iluminação da praia situada na margem esquerda do Mondego, junto ao molhe sul, foi ligada pela primeira vez, no dia 6 de Setembro de 2021, entre as 20h00 e as 00h00, para garantir a prática de “diferentes desportos de deslize” à noite, afirmou na altura o município da Figueira da Foz.
A instalação de iluminação, investimento de 75 mil euros, surgiu de uma proposta no Orçamento Participativo da Figueira da Foz, que não venceu, mas que o município decidiu aproveitar, “pelo número de participantes e de votantes tão significativo”, disse o então presidente da Câmara da Figueira da Foz, Carlos Monteiro.

A iluminação inaugurada em Setembro passado, segundo foi dito na altura, iria funcionar das 20:00 até às 00:00 todos os dias, pelo menos até “outubro ou novembro”. O que não aconteceu.
“Neste período experimental, estamos a articular com o comandante do Porto e com as associações e escolas de surf que funcionam no Cabedelo, até criarmos um regulamento”, foi dito na altura pelo anterior presidente da câmara. Ainda segundo o anterior presidente, no futuro seria a Capitania que daria o aval, mediante as condições do mar, sendo apenas o sistema ligado “mediante solicitação de escolas de surf ou de alguma associação que surja para esse efeito”“Não queremos que esteja ligado para nada, quer por questões económicas, quer por questões ambientais”, frisou Carlos Monteiro.
Passados quase 6 meses, via Jornal de Notícias, ficamos a saber que a iluminação é insuficiente e necessita ser reforçada com mais dois ou três postes: "retoma da prática na praia do Cabedelo, na Figueira da Foz, está dependente da colocação, pela Câmara, de mais postes"
Segundo o mesmo jornal, "a iluminação da praia do Cabedelo, na Figueira da Foz, para a prática de surf durante a noite foi interrompida poucas semanas depois de ter sido inaugurada, no início de setembro. A decisão foi tomada depois de os praticantes da modalidade considerarem insuficiente os postes de iluminação. Os surfistas têm já agendada uma reunião com a Câmara para retomarem o projeto"
Eurico Gonçalves, proprietário de uma empresa de surf no Cabedelo e um dos promotores da iniciativa disse ao Jornal de Notícias. "Na altura, a iluminação foi inaugurada de forma experimental. Ao fim de algumas semanas, chegámos à conclusão que eram necessários mais postes de iluminação, sobretudo para o período de inverno, e demos parecer negativo"
Admite que a mudança do Executivo Municipal, com a saída de Carlos Monteiro e a entrada de Pedro Santana Lopes para a presidência, pode ter atrasado o processo. Segundo o surfista, não é totalmente seguro a prática de surf à noite enquanto o equipamento não estiver todo completo. "Com mais dois ou três postes já haverá segurança suficiente para retomarmos a prática noturna sem problemas", sublinha. 
Os promotores acreditam que após a reunião com a Câmara, a situação será resolvida. Eurico Gonçalves não tem ainda uma data para a retoma do surf noturno, mas acredita que este regressará no início da primavera.