António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
quinta-feira, 24 de agosto de 2017
“24 de agosto, dia de arejar os aventais”
As cerimónias, em 2017, contam com a presença do Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, António Silva Henriques Gaspar, entre outras entidades oficiais e particulares.
Como tem sido hábito, a Associação 24 de Agosto, organização civil, que representa as secretas lojas maçónicas locais (Fernandes Tomás e a loja feminina Claridade), em parceria com a edilidade, são as entidades organizadoras das referidas comemorações.
Numa democracia, não se entende a necessidade de existirem organizações secretas, compostas por elementos afectos, transversalmente, às diversas instituições públicas e privadas. Existem elementos da política, dos partidos, dos poderes judiciais, do poder económico e empresarial, entre outros…
Putativamente, até os cangalheiros, gatos e os periquitos devem estar representados (porque estes também são dignos de defenderem os seus interesses).
Ao longo dos anos, muitos escândalos rebentaram ligados a estas organizações, de gente livre e de bons costumes, como soe dizer-se na linguagem maçónica. Os casos abanam as confrarias, mercearias, regulares, irregulares, mas cair não caiem, aguentam-se nos pilares, ou nas colunas dos templos, como eles dizem.
Os interesses instalados, são muito sólidos e resistentes. Existem muitas coisas, demasiado importantes, que são decididas à luz da vela, sob chão axadrezado, que os profanos (os Zézitos do Povinho), segundo os iluminados, não conseguem ver o alcance da coisa.
Nestes espaços, são escolhidos candidatos a deputados, Presidentes de Câmara, vereadores, dirigentes da administração pública afectos aos partidos de poder (PS, PSD, CDS) e são escolhidos elementos em lugar chave da sociedade dita civil, numa lógica de nacional porreirismo fraterno, onde se trocam favores e a meritocracia é engavetada.
Isto, contraria a bondade dos objectivos desta organização secular e as boas práticas.
Ainda assim, existem bons exemplos, como é o caso do homenageado - Fernandes Tomás, que morreu na penúria, para honrar os altos valores da Liberdade, Igualdade e Fraternidade.
Mas, o que abunda são os beatos, que batem com a mão no peito nas missas...
É caso para dizer: bem prega Frei Tomás, olha para o que ele diz e não para o que faz.
Hoje, rapazes e raparigas, homens e mulheres, figueirenses, migrantes e visitantes, vão arejar os dourados aventais na praça nova, em representação das retrosarias, mercearias e outras lojas que tais, num autêntico desfile de feira de vaidades. Perfilam-se junto à estátua do Patriarca da Liberdade, onde jaz Fernandes Tomás, e este, volta e meia, deve dar pulos dentro do féretro, ao ver a baixa qualidade dos homens que representam o Grémio local, que já não é a mesma dos de antanho.
Alguns preferem ficar meio escondidos nas sombras das árvores, e ainda outros, não colocam lá os pezinhos com receio de serem reconhecidos como merceeiros.
Quem vai ser o orador da Associação 24 de Agosto este ano?
O ano passado, saiu na praça, como palestrante oficial o social-democrata Teo Cavaco, deputado municipal e, habitualmente líder do grupo parlamentar em exercíco na bancada do PSD, em substituição de Pereira da Costa, o líder "oficial", dados os seus constantes atrasos na chegada às sessões, a par de algumas ausências. Será que este ano, vamos ter o líder da bancada parlamentar da AM do PS, o ilustríssimo Nuno Melo Biscaia?
Até podia ser, mas falta-lhe talento e a coragem do pai. O Zé Fernando, o Nuno Cid, e o Luís Ribeiro dão muito nas vistas. O Portugal está sempre ausente. O Presidente é independente e já fala na qualidade de edil. O Paz está chateado. O Alves está reformado. O Adelino do Paião está sempre ocupado com o Presidente dos baldios, e todos os dias morre gente. O Monteiro anda sempre no intervalo dos pingos da chuva.
Então, quem será? Como estamos em ano de eleições, o mais certo, é aparecer um ilustre desconhecido, aparentemente apartidário.
Não parece que seja assim.
Contudo, por vezes acontecem surpresas...
Querem ver, que ainda vai sair o noviço Miguel da Ferreira, funcionário da UGT, e sexto na lista do PS à Câmara?
Tudo é possível...
Aliás nesta terra de liberdade e fantasia, já pouco nos pode surpreender.
É a teatralidade do bem. E ficam tão bem de avental.
É favor arejar os aventais. E, o resto, também, nomeadamente a politica local, bafienta e bolorenta.
Não é preciso mudar já, mas não percam tempo, porque o compromisso é ficar tudo na mesma.
Os profanos figueirenses, não sabem mesmo nada de mercearia, nem de retrosaria.
Notas de rodapé:
1. Este, como pode comprovar quem leu, é mais um grande trabalho da ANC-Caralhete News, que exigiu a consulta exaustiva da melhor bibliografia sobre a matéria "A Maçonaria em Portugal", A.H. de Oliveira Marques; "Segredos da Maçonaria Portuguesa", António José Vilela; "O Fim dos Segredos", Catarina Guerreiro.
2. As "laranjas" e as "rosas", são da mesma mercearia ou loja - Primorosa, passe a publicidade.
3. "24 de Agosto", é uma crónica de José Fernando Correia, economista, hoje publicada no jornal AS BEIRAS. Dada a acuidade e actualidade da matéria, aconselha-se a sua leitura. Passo a citar:
"A Figueira da Foz evocará hoje, uma vez mais, a revolução de 1820 e a memória de um dos seus mais notáveis filhos: Manuel Fernandes Tomás (MFT). Este ano, a efeméride contará com a presença da 4ª figura do Estado, o Presidente do STJ. Esta homenagem de 24/8 foi passando a integrar o património cívico da Figueira da Foz, mesmo se, sobre ela, recaem, de quando em vez, certas críticas que enfatizam a sua natureza meramente litúrgica, bem como a orientação para uma minoria interessada. Essas críticas merecem certo acolhimento e exigem uma reflexão sobre os meios para expandir o conhecimento e o interesse sobre o legado de MFT nas suas múltiplas dimensões. Deixo duas linhas orientadoras que podem conferir uma dimensão outra à dedicação dos figueirenses à vida e à obra de MFT, à importância das ideias liberais no primeiro quartel do século XIX bem como à respetiva atualidade. A primeira delas, já aflorada, respeita à colocação da cidade no mapa das comemorações, em 2020, do bicentenário da revolução. Converter a Figueira da Foz na “capital” dessa celebração será aspiração nefelibata. O Porto é o candidato natural a esse título. Mas ter aqui, nesse ano, um ou dois eventos de alcance nacional, é ambição razoável para a qual importaria começar a desenvolver esforços. A segunda linha respeita à importância que teria, sobretudo para os mais novos, a possibilidade de transformar MFT no patrono de um estabelecimento de ensino do concelho. O Centro Escolar de S. Julião /Tavarede é a escolha óbvia."
sexta-feira, 18 de agosto de 2017
Figueira das Mercearias e dos Merceeiros ou marçanos do avental
A Figueira, a terra natal do maçon e Patriarca da Liberdade Manuel Fernandes Thomaz, tem uma larga tradição histórica de maçons, e de lojas maçonicas, que ainda hoje mantêm a sua actividade.
Ironicamente, também lhe chamam "mercearias", e aos elementos destas agremiações - merceeiros ou marçanos do avental.
Existe uma tendência, para desvalorizar o "poder" destas organizações secretas. ´
Na realidade, as figurinhas que algumas personagens trágico-cómicas fazem, todos os anos, nas comemorações do dia 24 de Agosto, em frente à estátua do Patriarca da Liberdade, na Praça Nova, servem para desacreditar a organização secular, a que Homens como o ilustre figueirense Fernandes Thomaz pertenceu e honrou, ainda que para isso tivesse que morrer na miséria e à míngua.
Tal como o Patriarca, a Figueira está malfadada por maus merceeiros, que a vão retalhando em maldades.
É ver nascer como cogumelos lojas e hipermercearias em zonas ambientalmente proibitivas.
- É o poder! Dizem!
- Qual poder? O politico? O económico? O Secreto? Qual deles?
- Todos! Dizem!
- É o poder do Belmiro? Do Soares dos Santos? Do Continente? Do Pingo Doce? Qual deles?
- Todos! Dizem!
- E, a oposição?
- Todos! Dizem!
- Então, são todos merceeiros do avental? Na Câmara, nas Juntas, nos grupos económicos, nos partidos, são do avental?
- Todos, mais ou menos! Todos são iguais, mas alguns são mais do que outros!
- Como assim?
- Uns são do pingo doce e outros do continente...
Outros, ainda, são de Coimbra, da Figueira, mas os de Montemor são mais iguais, dos que os demais.
Acham, que vão acabar à míngua como o Patriarca?
Jamais! Estes são marçanos dos aventais e dos metais.
- Dizem!
Nota de rodapé.
Qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência, para quem acredita em coincidências.
Aqui é pura ficção.
E, já agora, tem valido a pena ir aos fados na praça 8 de Maio.
Por isso, no dia 24 de Agosto, não faltem a mais uma "missa" anual em honra do Patriarca, que tal como nós, figueirenses, não tem culpa.
Como sabemos, são os franceses, que votam nestes tipos...
O que é uma chatice!..
Tal como a finitude...
UM CONTEÚDO PRODUZIDO PELA ANC-CARALHETE NEWS
terça-feira, 25 de agosto de 2020
CELEBRAR O DIA 24 DE AGOSTO E O LIBERALISMO, CONTRA O FEUDALISMO, NA FIGUEIRA DA FOZ DO MONDEGO
«O dia de hoje, 24 de Agosto, é um dia muito especial. Não somente por outras razões — e a menor delas não é seguramente o facto de ser o dia, de marés vivas (antigamente), que em Portugal é considerado como sendo "o dia de São Bartolomeu" ou "dia em que o Diabo anda à solta"… e por causa disso em São Bartolomeu do Mar, em Ponta da Barca, e em outros locais, as comunidades marítimas e fluviais o festejarem especialmente com rituais antiquíssimos que fazem parte da Cultura Popular Marítima Portuguesa — mas também porque esta data de 24 de Agosto é a data em que neste país ocorre a efeméride da revolução de 24 de Agosto de 1820… através da qual foi aqui instalado o Liberalismo, e assim se começaram a dar os primeiros passos decisivos (que, depois, ainda iriam ser muito demorados, dolorosos, e incompletos), para a ultrapassagem daquele que, desde sempre, e para sempre, foi, é, e continua a ser, o principal problema estrutural deste país que se chama Portugal, e da sua História: o Feudalismo… O regime senhorial-feudal caracterizado pelo senhorialismo económico monopolista e provinciano, pela feudalização jurídico-política, de tipo local, autenticamente vassálico, e que, muitas vezes, anedoticamene, ou tragicamente, chega a situações extremas, e ridículas, de caciquismo mafioso.
terça-feira, 15 de novembro de 2016
Um dia, o presidente Ataíde vai perceber que o pecado capital da "sua" maioria foi "tentar asfixiar uma pessoa" para "poupar oxigénio"...
Aliás, para sermos mais precisos e em abono da verdade, os gestores da coisa pública é que se encarregaram de afastar os cidadãos.
Em nome do pragmatismo, a maioria absoluta conquistada por João Ataíde, em 2013, acreditou no sonho que todos aceitariam a suspensão da democracia, em nome do bem do concelho.
Foi assim: a segunda-feira, dia 4 de novembro de 2013, passou a ser uma data histórica na Figueira da Foz - foi o dia, desde que vivemos em democracia, em que, na nossa cidade, se realizou a primeira reunião da câmara à porta fechada.
Tal, registe-se, ficou a dever-se a uma imposição da maioria absoluta de João Ataíde obtida nas autárquicas do dia 29 de setembro de 2013.
Tamanho desencanto magoa muitos figueirenses - mas, ainda mais do que o desencanto, principalmente a crescente consciência dele...
Mas, se a política, enquadrada nos partidos, desapareceu da vida figueirense, sublinhe-se que toda a revolução começou sempre por ser individual, e está a acontecer no íntimo de muitos de nós, em cada minuto dos dias que passam.
Para as pessoas, as leis e os regulamentos que criam obstáculos à Liberdade, são como o oxigénio. As leis e os regulamentos que criam obstáculos à Liberdade - que foi o que a maioria absoluta de João Ataíde efectivamente fez... - mudam a qualidade e a pureza do oxigénio que permite que as pessoas respirem e vivam...
E as pessoas, nem que seja apenas por uma questão de sobrevivência, hão-de acabar por reagir, pois as pessoas não conseguem respirar com facilidade um oxigénio sem qualidade e altamente poluído.
É pelo pensamento que sempre começa a revolução.
Um dia, os figueirenses, vão acordar.
Quando tal acontecer, não vão aceitar mais a multiplicação de discursos e proclamações de belos e grandes princípios democráticos que redundam, sempre, num profundo imobilismo político.
Os figueirenses, um dia, vão perceber que basta fazer o óbvio – pensar antes de votar.
domingo, 23 de julho de 2017
Apresentação da candidatura do independente e "entusiasta socialista" Ataide à Câmara Municipal da Figueira da Foz, com a presença de António Costa...
Esta apresentação ocorrerá na entrada da Praça Velha - Figueira da Foz (junto da Caixa Geral de Depósitos) e contará com a presença do Secretário Geral do Partido Socialista e Primeiro-Ministro de Portugal, António Costa.
Nota de rodapé.
Esta preciosa informação foi obtida a partir de um mail dimanado da direcção de campanha (não se sabe quem são os ilustres que a constituem, nem o nome de quem a representa, devem querer manter o anonimato para não criar invejas serôdias...) da candidatura do independente e "entusiasta socialista" Ataide à Câmara Municipal da Figueira da Foz.
Ficámos também a saber que o local escolhido para o evento de tal envergadura política é a entrada da praça velha (Praça General Gomes Freire de Andrade), que é bem mais apertada do que a praça nova do patriarca da Liberdade - Fernando Tomaz.
Por certo, neste local, a família dos "entusiastas socialistas", fica mais aconchegada em companhia dos mandaretes, amanuenses e outros mangas de alpaca do municipalismo figueirense.
E quanto aos socialistas?
Sabemos que alguns militantes foram convocados por mail, outros (poucos) por telefone, e ainda outros vão receber mensagem de fumos (se a protecção civil deixar, a menos que seja director municipal do urbanismo e aí até foguetes podem ser lançados).
É importante, que não estejam muitos socialistas, porque afastam o eleitorado do actual edil da Figueira e antigo juiz desembargador - Dr. João Albino Rainho Ataide das Neves.
A reeleição tem que ser garantida a todo o custo, para o objectivo delineado há oito anos ser integralmente cumprido - doze anos de presidência municipal e a seguir a justa reforma.
E, depois, a cereja no topo do bolo - uma prateleira dourada...Nem que criem uma, por exemplo: Presidente da ANCIM - Associação Nacional dos Candidatos Independentes Municipais (principal objectivo desta associação é lutar para que os presidentes das câmaras voltem a ser nomeados, como no antigamente... as eleições são uma chatice...)
PS -
A ANC-Caralhete News conseguiu apurar que o famoso Gato Preto vai estar fechado no dia do evento, para não ser confundido com uma tasca de ébrios das tias de Coimbra.
domingo, 30 de junho de 2019
Via João Pedrosa Russo
Sacado daqui, com a devida e necessária vénia. |
Manuel Fernandes Tomás, "O Patriarca da Liberdade" e a consciência cívica...
Na Figueira, sempre foi proibido questionar convenções.Quem o faz, é imediatamente alvo de campanhas de ostracização.
Se algo ameaça a postura convencional, então é porque é extremista, ou marginal, ou pior.
Assim, não é de surpreender que – talvez na Figueira mais do que em qualquer outra cidade - os génios sejam todos póstumos.
É biografia recorrente aquela que acaba por concluir que, em vida, a excelsa pessoa nunca foi compreendida ou admirada.
Manuel Fernandes Tomás foi preciso morrer na miséria e na amargura para postumamente lhe reconhecerem o devido valor.
Joaquim Namorado: “Tudo existe. O que se Inventa é a descrição”
Joaquim Namorado licenciou-se em Ciências Matemáticas pela Universidade de Coimbra, dedicando-se ao ensino. Exerceu durante dezenas de anos o professorado no ensino particular, já que o ensino oficial, durante o fascismo, lhe esteve vedado.
Doutor (foi assim que sempre o tratei) - também sou um Homem coberto de dívidas.
Consigo e com o Zé, aprendi mais do que na escola: ensinamentos esses que deram sentido à minha vida, onde cabem a honra, a honestidade, a coragem, a justiça, o amor, a ternura, a fidelidade, o humor!
Mas, para Companheiros do barca nova nada há agradecer...
A luta por uma outra maré continua!..
Até sempre e parabéns pelos 105 anos, meu caro Doutor Joaquim Namorado.
sexta-feira, 25 de agosto de 2023
Homenagem a Fernandes Tomás este ano decorreu de forma diferente: teve música, canto e artes plásticas
Via Município da Figueira da Foz
«Manuel Fernandes Tomás, “Patriarca da Liberdade”, foi ontem homenageado, pelas 18h30, na Praça 8 de Maio, numa cerimónia que este ano juntou várias artes.
A cerimónia de homenagem reuniu, várias dezenas de pessoas, entre cidadãos, autarcas e representantes de entidades civis e militares e paramilitares.
Primeiro ouviu-se a «Marcha do Vapor» e depois, perante a guarda de honra dos Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz foi desposta uma coroa de flores junto ao túmulo de Manuel Fernandes Tomás, tendo-se seguido o cumprimento de um minuto de silêncio em sua memória.
Seguiram-se as intervenções, breves, do Grão-Mestre do Grande Oriente Lusitano - Maçonaria Portuguesa, Fernando Cabecinha; do Presidente da Associação Cívica e Cultural 24 de Agosto, Rui Miguel; do Presidente da Associação Manuel Fernandes Tomás, Fernando Cardoso; do familiar do homenageado, Filipe Fernandes Thomaz e do Presidente da Câmara Municipal, Pedro Santana Lopes.
A tónica das mesmas foi posta na importância de continuar a evocar a figura de Manuel Fernandes Tomás e os ideais, valores e princípios pelos quais se bateu ao longo da vida, principalmente junto dos figueirenses mais jovens, que devem compreender o papel que teve na História.
A cerimónia prosseguiu com a leitura de uma súmula do trabalho realizado no ano letivo 2022/2024 Divisão de Cultura do Município e pelos Agrupamentos de Escolas do Concelho que, no âmbito do Plano Nacional das Artes, trabalharam a figura de Manuel Fernandes Tomás e tudo o que ele representa em termos históricos para a Figueira da Foz e para o país.
Seguiu-se um momento musical a cargo de Hilton Costa, violinista e diretor adjunto do Conservatório de Música David de Sousa (CMDS) e Nathalie Gal, coordenadora do Departamento de Classes de Conjunto do CMDS. Os músicos interpretaram a peça «Avé Maria», de Gounod (1859) e o tema "O Amor a Portugal", de Ennio Morricone.
Já no final, o Presidente da Câmara Municipal apresentou cumprimentos aos artistas plásticos das associações Magenta – Artistas Pela Arte e AAAGP- Associação da Amizade e das Artes Galego Portuguesa, que se associaram à iniciativa e promoveram, ao longo do dia, uma sessão de pintura ao vivo com o tema “Manuel Fernandes Thomaz, a sua Vida, Obra e legado”.»
segunda-feira, 30 de junho de 2014
FERNANDES TOMÁS, PATRIARCA DA LIBERDADE
FERNANDES TOMÁS, PATRIARCA DA LIBERDADE, nasceu há 234 anos.
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
Já não há Pombas Brancas
Assisti às cerimónias que decorreram no Museu Municipal e no Cae. De todos os discursos, o que verdadeiramente me tocou, foi um poema, inédito, do eng. António Cândido Alves, Amigo de há longos anos, que a meu pedido cedeu o texto para ser publicado no Outra Margem.
A seguir à leitura do poema, feita pelo autor, foi solta uma pomba branca que esvoaçou pelo céu da Figueira, a cidade de Pedro Fernandes Tomás, o Patriarca da Liberdade:
domingo, 29 de novembro de 2015
A Figueira intelectual deixou de pensar?
foto sacada daqui |
Não me lembro só (mas também...) de colunistas com tribuna fixa na imprensa ou com acesso aos canais intelectuais locais bem-pensantes.
Lembro-me da elite intelectual local em geral, gente com obra feita na literatura, no jornalismo, nas artes plásticas, no ensino, responsáveis por grandes empresas, gente do teatro e do cinema, etc. Com raríssimas excepções, ressalvando os casos do engº. Daniel Santos e Rui Curado da Silva, o silêncio tem sido praticamente total.
Nenhum órgão de comunicação local se lembrou de organizar um debate onde pusesse a discutir o tema, nomes “fortes” como Gonçalo Cadilhe, Nuno Camarneiro, Mário Silva, Domingos Silva, Joaquim de Sousa, Fernando Cardoso, Luis Albuquerque, Silvina Queirós, António Jorge Pedrosa, António Augusto Menano, por exemplo, para lhes perguntar o que pensam de na Figueira se realizarem reuniões de Câmara à porta fechada, há mais de dois anos, num País que conseguiu a democracia desde o 25 de Abril de 1974.
Seria interessante saber o que pensa a intelectualidade local, sobre este assunto.
O silêncio, na cidade do respeitinho, sobre este assunto, continua ensurdecedor.
Será, assim, com a manutenção de decisões destas, que se vai conseguir reforçar a participação dos figueirenses na vida colectiva da sua cidade?
As pessoas, como sabemos, cada vez comparecem em menor número aos actos eleitorais.
Cabe também aos políticos pensarem nisso - principalmente, fora da época das campanhas eleitorais!..
A Figueira é o berço do Patriarca da Liberdade e uma Terra aberta e disponível para a democracia. 244 anos depois do seu nascimento, ainda na sexta-feira passada, no discurso que fez no decorrer da cerimónia de homenagem a Álvaro Cunhal, João Ataíde - e bem - lembrou este grande vulto da Liberdade em Portugal.
Como entender, perceber e aceitar que tivesse sido imposto por um executivo camarário PS, com maioria absoluta, tendo como presidente de Câmara o Dr. João Ataíde, reuniões camarárias realizadas à porta fechada?..
sábado, 24 de agosto de 2013
Hoje, é um dia óptimo para recordar Manuel Fernandes Tomás, "O Patriarca da Liberdade"
Homenagem a Manuel Fernandes Tomás - "O Patriarca da Liberdade"
PROGRAMA:
Praça 8 de Maio 18H00 – Cerimónia Oficial de Homenagem; Deposição de coroa de flores na base do monumento.
Centro de Artes e Espectáculos (CAE - pequeno auditório) 19H00 – Conferência pelo Prof. Doutor António Ventura: “Manuel Fernandes Tomás, a Maçonaria e a Revolução Liberal”
domingo, 10 de setembro de 2017
"300 Anos de Maçonaria - uma família muita unida."
Esta iniciativa contou com a presença do responsável máximo do Grande Oriente Lusitano - Grão Mestre Fernando Lima.
Ti Ataíde parece gostar muito das organizações secretas, e segundo António José Vilela, autor do livro "Segredos da Maçonaria Portuguesa", afirma na página número 211, do referido livro, que o ex-Juiz Desembargador e Presidente da Câmara Municipal da Figueira pertence à maçonaria regular
(GLLP/GLRP - Grande Loja Legal de Portugal - Grande Loja Regular de Portugal).
Neste mesmo livro, o autor faz referência a muitos outros nomes, que pairam na politica figueirense e, certamente, só por mera coincidência, estão ligados à Câmara e ao PS, como são os caso de José Fernando Correia (ex-adjunto de Ataíde), Hélder Rocha (Presidente da Empresa Municipal Figueira Domus), João Portugal (vereador e Presidente da Concelhia do PS), Rui Carvalho (candidato na lista do PS à Câmara), José Manuel Santos Silva (Técnico do Museu Municipal Dr. Santos Rocha), José Iglesias (ex-vereador e dirigente do PS).
Segundo apurou o ANC, existem muitos mais homens e também mulheres do avental, ligados à Câmara e ao PS da Figueira.
Como recentemente o ANC anunciou, a lista à Câmara do PS, para além da lógica partidária é feita sob a influência e manobra da maçonaria, das duas obediências - GOL e GLLP/GLRP, mais concretamente das Lojas Fernandes Thomas e Brasília.
Mas nem tudo é um mar de rosas. Tal como nos partidos, também nas lojas, existem lutas de poder.
A ascensão meteórica de José Fernandes e de Nuno Gonçalves (Cid), na política figueirense e nas lojas, são motivo de grande mal estar e conflitualidade. Estas duas personalidades, estiveram sempre ligadas à política do concelho de Montemor, mas nesta terra não vingaram, ainda que, o seu edil - Emilio Torrão, segundo o autor António José Vilela, também pertença ao avental.
Fernando Cardoso, Paz Cardoso, Vitor Jorge, Cândido Alves, Joaquim Jerónimo e tantos outros socialistas figueirenses ligados à maçonaria, sentem-se preteridos, ultrapassados e já falam em cisões fortes e numa guerra silenciosa, que pode acabar mal, ou não...
Depende do milho que houver para distribuir...
O que dizer deste poder subterrâneo? Em democracia qual é a sua legitimidade? Quem verdadeiramente manda nas instituições representativas do povo? Qual é a finalidade desta exposição? Qual o propósito de ser promovida pela edilidade? Que interesses lhe estão subjacentes?
Como diz a Teresa Guilherme: "isso agora também não interessa nada."
Venha Outubro e o São Martinho, com castanhas, muita água pé, para não se perder o pé, ou para que o chão não fuja...ao pé.
Conteúdo ANC-CARALHETE NEWS
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
Estou a ficar velho...
Um dia destes, casualmente, na rua que vinda da Praça Velha, desemboca na praça dos táxis, quase que à sombra da estátua do Patriarca da Liberdade, encontrei um amigo de há longos anos. Como normalmente acontece, falámos da Figueira e da sua deriva democrática.
Tanto ele, como eu, pertencemos a uma geração que foi rebelde. Há 30 anos atrás, éramos adubados pela "teimosia da esperança" com a crença que, tanto a Figueira, como Portugal, iam mudar.
Tentámos, cada um à sua maneira, ajudar a Figueira e o País a abrir os olhos à sua cegueira. Mas, que nos reservou o futuro, que o mesmo é dizer, o presente?
Uma Figueira e um País à beira do desespero, descrente, um horizonte de nuvens cerradas, em que é com grade dificuldade que se vislumbra algo de luminoso ao fundo do túnel. Na Figueira e no País instalou-se um cansaço doentio e indolente e uma indiferença contagiante.
O meu amigo, a determinada da altura, disse-me: “um gajo cansa-se de remar contra maré...”
Uma Figueira e um País, que se afundam em dívidas de milhões de euros, a cada minuto que passa, e que enterraram o futuro em novas oportunidades dadas a novos e velhos oportunistas?
Pode ser que isto não passe de um ciclo vicioso, e que o Povo cientificamente estupidificado, acorde e ainda consiga sobreviver!..
Estou a ficar velho para acreditar que a Figueira consiga, de novo, interessar politicamente figuras como, por exemplo, Maria Judite Pinto Mendes de Abreu, Joaquim Namorado, Mário Neto, Armando Garrido, João Bugalho, Alzira Fraga, Rui Alves, Gilberto Vasco, Mário Lima Viana, Costa Serrão, Viana Moço, João Severino Neto, Joaquim de Sousa, Melo Biscaia, Abílio Bastos, José Fernandes Martins…
Hoje, ao olhar para a composição da Assembleia Municipal da Figueira da Foz, fica-se cá com uma dor de alma…
sábado, 29 de agosto de 2020
Ana Oliveira e Ana Carvalho, via Diário as Beiras...
"Diz-se que uma cidade moderna é ser inovadora, progressista, é a ideia de que pode tornar-se sempre melhor no que diz respeito à condição humana dos seus habitantes. Nessa perspetiva, diria que a Figueira é uma cidade moderna, consequentemente, e tanto quanto dizem os rankings nacionais, é uma das melhores cidades para viver. Tal deve-se muito às suas gentes! Não fossem os figueirenses sucessores do ilustre Manuel Fernandes Tomás, o patriarca da liberdade e promotor da mudança de todo o país, um legado que passados 200 anos ainda perdura. Esta ânsia de inovar percebe-se em áreas muito transversais à sociedade. Ao nível do desenvolvimento económico a Figueira dá cartas na região, pois detém uma base produtiva industrial sólida com expressão tecnológica inovadora de relevo nacional e até mundial, como é o caso do setor da pasta e papel, das resinas, do setor alimentar das conservas, arroz ou aves, dos componentes técnicos ou do vidro de embalagem. Sinal positivo é também a dinâmica da Incubadora de Empresas do Mar e o Mercado de Ideias, apoiados pelo Marefoz que conta já com mais de 30 investigadores residentes, repletos de novos projetos e empresas iniciantes. Uma aposta ganhadora que irá, certamente, dar origem a negócios de sucesso. Ao nível cultural a Figueira é precursora. Basta perceber o número de associações de artistas plásticos, de escolas e grupos de teatro, dança e música, de eventos culturais, exposições, de espaços museológicos, de salas de espetáculo, de escritores premiados e de prémios literários, de fotógrafos famosos e de festivais de cinema. Face à sua dimensão, é sem dúvida uma das cidades mais influentes! A modernidade também se pode constatar pela diversidade de modalidades desportivas praticadas, pelos espaços públicos disponíveis ao ar livre muito superior à média nacional, pela qualidade do ensino e do acesso aos cuidados de saúde ambos públicos com resultados e provas dadas. Não é por acaso que cada vez mais turistas nos procuram. São surpreendidos positivamente por momentos de animação diferenciadores ou pela nossa oferta hoteleira e de restauração que tem sabido ultrapassar com inovação as dificuldades."