A poluição anda no ar

Em 2024 o PS deixou passar o programa de Governo. Em 2024, o PS resolveu a trapalhada em que o PSD se envolveu ao não conseguir, sequer, eleger o Presidente da Assembleia da República. O PS deixou passar o OE 2025. Recentemente, o PS salvou o Governo ao não viabilizar a Moção de Censura que o Chega apresentou. Mais recentemente ainda, o PS não deixou passar a Moção de Censura que o PCP apresentou, tornando a salvar o Governo.
Entretanto, o PS avisou que não deixaria passar uma Moção de Confiança, avisando que era sensato que o Governo não fosse por aí. 
E que fez o PSD. O PSD, quem sabe na tentativa patética de evitar uma Comissão de Inquérito, apresentou uma Moção de Confiança.
O PS veio publicamente sugerir ao Governo que retirasse a Moção Confiança.
Montenegro veio a terreiro garantir que “nada, nada, nada” o fará desistir da moção de confiança.  Marques Mendes veio, pateticamente, pedir a Marcelo que interceda para evitar eleições. José Pedro Aguiar-Branco, Presidente da Assembleia da República e deputado do PSD, insiste que os portugueses não querem novas eleições e faz apelos para que seja escolhido o "interesse nacional".
Pinto Luz responsabiliza PS por eleições antecipadas e citando Cavaco Silva, pede: “Deixem-nos trabalhar”!.. (QUEM?, pergunto eu…)  Paulo Portas, comentador da TVI, abusivamente falando em nome dos portugueses (pelo menos no meu), diz que «os portugueses não percebem e não querem eleições»!

Entretanto, no País real, com o governo a 24 horas da queda, enquanto Montenegro anuncia a construção de 14 barragens, "vítima de AVC foi ignorada nas urgências do hospital de Vila Real".
As sondagens já estão a surgir e a desempenhar o seu papel habitual. A poluição anda no ar. 

Luís Montenegro, segundo disse «não fez nem mais nem menos do que faz qualquer português». O que é verdade, como Vital Moreira explicou, «aquilo que muitos profissionais liberais fazem - que é criar empresas pessoais/familiares para prestarem os seus serviços em nome delas, serem pagos através delas e beneficiarem de redução de impostos e da imputação de despesas pessoais - podia ser feito pelo advogado Luís Montenegro, mas não podia ser continuado pelo PM, sob pena de violação da exclusividade a que está obrigado e de conflito de interesses, entre o interesse público que lhe cabe de prosseguir e os interesses económicos dos clientes que lhe pagam as generosas avenças.  Ao contrário do que defende Montenegro, o PM não pode fazer o que "qualquer português" pode fazer, quanto mais não seja por uma questão de ética política, que neste caso foi manifestamente posta na gaveta.»

Ver televisão não vale a pena. Os canais repetem-se a si póprios.

A programação passa apenas pela difusão da estratégia que a equipa de comunicação do PSD está a divulgar até à exaustão, para tentar salvar um cadáver político.

Tenham respeito por um País velhinho e pela intelugência dos portugueses. Deixem de confundir a Spinumviva, uma ficção de sociedade comercial e um alter ego de Montenegro, com uma realidade chamada Portugal.