Quando chegou a casa, Manuel Godinho tinha vários familiares e amigos à sua espera, mas foi para as netas que correu e abraçou. "Tinha muitas saudades delas, embora já me tivessem visitado na cadeia", confessou ao Correio da Manhã o principal arguido do processo "Face Oculta", um dia depois de ter deixado o Estabelecimento Prisional de Aveiro, onde esteve preso 16 meses.
A emoção do regresso a casa foi muita e, à noite, não conseguiu dormir. "Passei a noite abraçado às minhas duas netas", contou o empresário de Ovar. Ontem, pelas 08h50, o sucateiro de 55 anos, acompanhado da esposa, Maria de Fátima, do filho mais novo, João, e da nora, foi levar as crianças à escola, que fica a poucos metros da casa. "Não sabem como estou feliz", disse o empresário.
Antes, a família foi tomar o pequeno-almoço a uma pastelaria, mesmo em frente ao Ginásio Club de Esmoriz, o clube do seu coração. Godinho pediu apenas um café e uma água, porque o nervosismo ainda é muito.
"Sinto-me complexado, porque nunca antes tinha estado envolvido em nada deste género, nem sequer entrado num tribunal", explicou ao Correio da Manhã, enquanto amigos e populares o cumprimentavam e abraçavam, dando-lhe palavras de incentivo.
Pelas 10h00, Manuel Godinho chegava ao posto da GNR de Esmoriz para fazer a sua apresentação diária às autoridades, saindo cinco minutos depois.
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