segunda-feira, 16 de junho de 2008

A complicação das contas políticas europeias



“Contas todas feitas, nas urnas, o “não” ao Tratado de Lisboa vai à frente na Europa. Até ver. Pois se querem mesmo fazer contas limpas, não misturando votos de cidadãos com votos por representação (a “batota” a que, frequentemente, se recorre), experimente-se fazer referendos nos 26 países onde os evitaram e teremos, finalmente, “contas limpas”. Até lá, não misturem alhos com alheiras, por favor.”

As coisa são o que são.
Será que os europeus são condiederados o principal empecilho ao projecto europeu?
Ou será que, por outro lado, este projecto europeu o principal empecilho aos europeus?

5 comentários:

Anónimo disse...

É a segunda hipótese, pá.
Mas isto de Europeus, está muito pouco preciso. chamar europes aos turcos, só por conveniência, para fazer deles tampão, é pura conveniência.
Com uma constituição destas, qualquer organização terá um empecilho a si própria.
Tropeça-se.

Anónimo disse...

Entendamo-nos se, de facto, há desejo num projecto europeu, ou a críticazinha irónica não encobrirá o revivalismo dos Estados isolados e ditos soberanos, num mundo bipolar este-oeste, a submissão de africanos e asiáticos, os velhos costumes, combustíveis baratos,reformas para todos, etc...Estas "modernices" de uma Europa unida ainda dá cócegas a alguns observadores, aprisionados no passado que já NÃO HÁ...

Anónimo disse...

A Europa dos patrões
2008-06-11

MANUEL ANTÓNIO PINA

"A semana de trabalho de 48 horas era um direito social com 91 anos. De uma penada, a UE acabou ontem com ele. Agora, a semana de trabalho poderá ir até às 60 horas ou, no caso dos médicos e outros trabalhadores, até às 65.
E, sendo uma média, um trabalhador poderá mesmo ser convencido "livremente" pelo patrão a trabalhar até 78 horas por semana, o que representa mais de 11 horas por dia, domingos incluídos (ou, se o patronato for suficientemente generoso para continuar a "conceder" uma folga ao domingo, 13 horas por dia).
A proposta resulta de pressões antigas do Reino Unido, onde floresce a chamada "3.ª via socialista", e teve durante anos a oposição de França, Itália e Espanha, que constituíam uma minoria de bloqueio.
Com Berlusconi em Itália e Sarkozy em França, o novo "socialismo liberal" conseguiu levar por fim a sua avante e impor definitivamente a Europa dos patrões à Europa social.
Seguir-se-ão agora decerto os salários e as condições de higiene no trabalho. Com defensores dos direitos sociais como alguns partidos ditos "socialistas", para que são precisos partidos de Direita?"

Anónimo disse...

Eu até já pedi ao meu patrão para me colocar um beliche lá no trabalho, assim não perco tempo a deslocar-me a casa para dormir, aumentando desta maneira a produção.
E como o salário é o mesmo, ele aumenta os lucros sem qualquer investimento e vai votando no Partido socialista e tecendo loas ao progresso, à modrnização, enfim, a essas coisas todas.

Guimaraes disse...

Ora cá está o contrário do apregoado aumento da produtividade.
Aumentar a produtividade é o mesmo homem produzir mais no mesmo tempo. É óbvio que implica organização, competência de gestão e meios técnicos.
O excesso de horas de trabalho só pode baixar a produtividade.
Será muito difícil perceber isto?