segunda-feira, 15 de julho de 2019

O atraso da Figueira

Via Diário as Beiras

Promessas, promessas e, até agora, nada... Mas, nunca é tarde!


Setembro de 2009. O Esperança inaugura o novo piso do Campo Comendador Eduardo Brito.
Depois de Adémia, Brasfemes, Eirense e Souselas, chegou  a vez da equipa de S. Martinho do Bispo beneficiar do "pacote" dos sete campos sintéticos que estão a ser implementados no concelho de Coimbra.
Quanto à utilidade do dinheiro investido pela Câmara de Coimbra, neste e nos outros recintos, essa é inquestionável. Os atletas do Esperança – um Clube que tal como o Grupo Desportivo Cova-Gala tem uma obra a todos os títulos meritória na formação - vão ter melhores condições e mais qualidade para poderem evoluir como futebolistas e como homens.
Por outro lado, as novas condições de trabalho constituem importante incentivo para atrair novos atletas para os diversos escalões do Clube, o que facilita e alarga as possibilidades de recrutamento.
Na Figueira, é o que sabemos. Os dois Clubes que vão disputar a Divisão de Honra, a prova máxima da AFC – Cova-Gala e Praia da Leirosa – vão receber os seus adversários nos seus campos de piso de terra batida. O que é caso quase único entre as formações que disputam a prova, pois para além das equipas do concelho da Figueira da Foz, apenas o Carapinheirense (até Dezembro próximo) e o Moinhos têm “pelados”.
E, isto, não se deve ao acaso. É assim, porque no concelho da Figueira, nunca existiu uma politica desportiva planeada, nem fomento desportivo. Em todas as modalidades.
Para além do obsoleto Estádio José Bento Pessoa, onde a Naval realiza os jogos e alguns treinos, é o deserto no que diz respeito a espaços desportivos. O que se passa no atletismo figueirense, até faz doer a alma …
São Pedro, freguesia e vila, por enquanto, tem o campo do Cabedelo, que apesar de todas as lacunas e carências que apresenta, está como está, graças ao empenho e carolice dos seus dirigentes e sócios.
São Pedro, “a vila modelo”, só existe na imaginação do actual presidente da junta, e nas campanhas publicitárias nos jornais distritais, pagas com o dinheiro da junta, isto é, de todos nós.
Recorde-se: nesta altura, em 2009, o PSD estava no poder há 12 anos. Neste momento, o PS está há 10. A esperança é que resolva o problema nos próximos dois!..

1 comentário:

Lérias disse...

Agostinho;
Essa "crónica" de Setembro 2009 era uma morte anunciada, porquê? Porque a AFC via FPF ou vice versa tinha anos atrás emitido um Comunicado Oficial onde descrevia o cronograma da extinção dos campos pelados.
Como sempre e porque os clubes de futebol vivem sempre na linha de água o assunto foi sendo empurrado com a barriga lá para diante.
Até porque existem outras formas de financiamento sem ser com o patrocínio camarário.
Mas fazendo uma análise rápida aos campos de futebol do concelho, quase todos abandonados, chegamos na (triste) conclusão que são pertença da(s) autarquia(s), talvez com excepção do Alqueidão, Ateneu e Quiaense. Daí termos chegado no (triste) panorama de ter (em competições sénior) só a Naval e o Cova Gala na AFC, e o Alqueidão, CP Lavos, Chã e Maiorca na Inatel.
Enquanto outros concelhos vizinhos foram modernizando seu parque desportivo, nós fomos deixando ao abandono.
Agora fala-se demais na piscina municipal, mas qual faz mais falta? A piscina, ou a pista de tartan? ou um Pavilhão Municipal?
Mas preferem patrocinar escolas de samba, brincadeirinhas de surf e Sunsets.
Paz ao desporto na Figueira.