sábado, 26 de janeiro de 2019

Estrada do "enforca cães", num mês passámos do "arranjar" ao "sinalizar"...

"A Cimpor reclamou em tribunal o título de propriedade dos terrenos junto ao mar do Cabo Mondego e perdeu. Entretanto, desistiu de recorrer da sentença. O presidente da Câmara da Figueira da Foz, João Ataíde, adiantou, na reunião de câmara, que a cimenteira desistiu da reivindicação da área em questão, passando, assim, os terrenos para o domínio público. Com aquela decisão, a autarquia tem via aberta, ou mais aberta, para realizar obras na zona em causa para valorizar o interesse turístico, geológico e ambiental do Cabo Mondego. A inclusão daquele monumento natural na candidatura a geoparque da UNESCO também deverá beneficiar da desistência da titularidade dos terrenos pela Cimpor, empresa que explorou cal hidráulica durante várias décadas naquele sítio. A intenção da autarquia requalificar da estrada que liga o Cabo Mondego a Quiaios, através da Murtinheira, via panorâmica em terra batida construída pela cimenteira e designada como “estrada enforca cães”, também deverá ser facilitada. A empreitada, de resto, está incluída no orçamento da câmara para 2019. O mesmo acontecerá com o troço ciclável que liga Mira a Pombal, integrando uma ciclovia europeia." 
DIÁRIO AS BEIRAS, 26 de dezembro de 2018, via OUTRA MARGEM 

Um mês depois, no DIÁRIO AS BEIRAS.
Edição 26 de Janeiro de 2019

"A autarquia vai colocar sinalização nas entradas da estrada “enforca cães” a informar que se tratar de uma via rodoviária particular, da antiga Cimpor. Entretanto, caso venha a confirmar-se que a cimenteira desistiu da acção judicial na qual reivindica a propriedade dos terrenos junto ao mar, na zona onde durante várias décadas extraiu cal hidráulica, e a zona seja declarada direito público marítimo, a câmara deverá transformar aquela acessibilidade numa estrada municipal panorâmica. 
“Temos de ter a garantia de que o espaço é público. Poderá vir a ser uma estrada municipal, se depois deste processo que está em discussão entre espaço público e privado. Em princípio, a Cimpor desistiu da acção e o Estado terá de definir o que é público e o que é privado”, esclareceu o presidente da câmara, João Ataíde. Entretanto, adiantou o edil, a autarquia vai colocar sinalização a informar que se trata de uma estrada privada. O autarca respondia a um munícipe, na reunião de câmara, que voltou a alertar para o perigo de derrocada naquela estrada particular, com vistas para o mar, que liga Buarcos e a Murtinheira."

2 comentários:

CeterisParibus disse...

Que choque! ;)

E a sentença?

Lérias disse...

Já agora porque não uma portagem em cada lado?
Quem quiser ver a paisagem tem que pagar e entra mais uma "massa" nos cofres do condado.