António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
terça-feira, 9 de maio de 2017
Um Mestre: “Baptista Bastos foi jornalista durante mais de 60 anos, foi até ao fim, nunca cedeu a interesses e pressões.”
“Foi o exemplo de um raro amigo solidário e fraterno, um jornalista raríssimo pela sua coragem”, sintetizou, à RTP, Eugénio Alves, do Clube dos Jornalistas.
Morreu o jornalista e escritor português Armando Baptista Bastos.
Baptista Bastos, de 83 anos, estava internado há quase dois meses no serviço de pneumologia do hospital de Santa Maria, em Lisboa.
Entre outros meios de comunicação social, Baptista-Bastos trabalhou nos jornais República, O Século, Diário Popular, onde, na década de 1960, manteve a rubrica semanal "Letra de Repórter". Foi ainda fundador do semanário O Ponto, no qual “realizou uma série de 80 entrevistas que assinalaram uma renovação naquele género jornalístico e marcaram a época”, segundo a biografia disponível na página do Jornal de Negócios, onde o texto mais recente que assinou data de 03 de março.
Baptista-Bastos trabalhou também na Rádio e Televisão Portuguesa, no Rádio Clube Português, na Rádio Comercial e na RDP-Antena 1.
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