António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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2 comentários:
Mais um “chico-esperto”
Vara descobriu mais cedo que alguns, que sendo um “chico-esperto” poderia chegar mais longe neste país. Prova disso é a sua chegada ao Governo depois de muito cacique dentro do PS, a licenciatura em Relações Internacionais na famosa Univ. Independente 3 dias antes da nomeação para a administração da CGD, ou a promoção ao escalão máximo de vencimento 6 semanas depois de ter entrado na administração do BCP.
Em Portugal, infelizmente, casos como este eram raros e agora são mais que muitos. E são este tipo de coisas que nos estão a levar para o abismo. Os níveis de corrupção e pouca vergonha estão prestes a chegar aos sul-americanos.
O pior é que nenhum de nós mexe uma palha ou se indigna com este tipo de situações. Porquê? Porque o que queremos não é acabar com isto, é simplesmente fazer parte. Para disfarçar, vamo-nos indignando com Vale e Azevedos e companhia. Esquecemo-nos é que estes nunca tiveram um cargo público e aqueles estão fartos de os ter e de se aproveitar deles para enriquecer iliciatamente e brincar com o nosso dinheiro e futuro.
E é também por isso que não querem acabar com o sigilo bancário.
Como se vê, não lhes convém.
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