terça-feira, 10 de outubro de 2023

Um militar na Presidência?

Gouveia e Melo em primeiro na sondagem SIC/Expresso

«Nomes fora do pódio

Catarina Martins, Mário Centeno, Ana Gomes, Pedro Passos Coelho e Durão Barroso fecham a lista dos eventuais candidatos com mais de 3 pontos. Para encontrarmos o Presidente da Assembleia da República temos que descer à 11ª posição: Augusto Santos Silva tem 2.8 pontos, o que o coloca uma décima abaixo de Rui Rio. Francisco Louçã, André Ventura, Santana Lopes, Paulo Portas, João Cotrim de Figueiredo e João Ferreira são os que parecem ter menos hipóteses de ganhar as eleições presidenciais, que devem ser marcadas para o início de 2026.»

Montenegro sob pressão...

 "Apesar de má avaliação ao Governo e de tendência decrescente do PS, sociais-democratas continuam a marcar passo"...

segunda-feira, 9 de outubro de 2023

Mar Maior" mergulha na história e na cultura da pesca à linha do bacalhau, destacando a dedicação e a coragem dos pescadores portugueses que enfrentavam os desafios de uma actividade extremamente dura e perigosa

Título Original: Mar Maior

Realização: Rui Bela.

Autoria Guião: Rui Bela, Senos da Fonseca.

Ano: 2023.

Duração: 56 minutos.

Para ver, clicar aqui.

A tragédia da Palestina

Via Expresso

«Há três meses escrevi nesta mesmo coluna um artigo a que dei o título da “ignomínia de Israel na Palestina”. Nesse artigo exprimi a indignação com a impunidade com que o regime de apartheid vigente em Israel espezinha todos os direitos do povo da Palestina, privado, não apenas do Estado a que tem direito, mas do mais elementar direito à existência.

Todos os dias, militares de Israel e colonos fanatizados controlam, humilham e assassinam fria e impunemente, homens, mulheres e crianças da Palestina, na sua própria terra. A ocupação da Palestina pelo Estado de Israel, desde 1948, tem sido um desfile de expulsões forçadas, de anexações militares, de ocupações ilegais, de prisões em massa, de assassinatos seletivos ou indiscriminados, de incumprimento arrogante de todas as resoluções das Nações Unidas que reconhecem os direitos do povo palestino.

Os colonatos israelitas que têm sido instalados nos últimos anos em territórios palestinos constituem uma das mais selváticas formas de colonização de que há memória recente. Em territórios internacionalmente reconhecidos como devendo estar sob autoridade palestina na Cisjordânia, o estado de Israel procede à demolição forçada das casas dos palestinos, destrói as suas culturas e expulsa-os para instalar colonos fanatizados e armados que semeiam o terror entre as populações palestinas. Apesar da condenação retórica da chamada “comunidade internacional” os colonatos somam e seguem.

A ocupação militar israelita tornou a Palestina uma prisão a céu aberto. Cercada, privada de recursos, de empregos e de direitos, a população da Cisjordânia e da Faixa de Gaza vive uma das maiores tragédias dos nossos tempos, e apesar do reconhecimento retórico do caráter corrupto, autoritário, racista e belicista do regime de Benjamin Netanyahu e da inclusão no seu Governo dos partidos mais extremistas de Israel, nada disso perturba as boas almas “ocidentais”. Os sionistas podem ocupar territórios, violar como querem o direito internacional, expulsar e assassinar à vontade as populações, que nada disso põe em causa o apoio inquebrantável do chamado ocidente ao governo de Israel.

O que está a ocorrer por estes dias em Israel e na Palestina é mais um triste capítulo desta tragédia. Condenar os atos de violência praticados pelo Hamas e esquecer a violência quotidiana exercida diariamente por Israel contra a Faixa de Gaza é de um relativismo moral inaceitável.

Não vale a pena referir as responsabilidades de Israel na criação do Hamas, enquanto elemento útil de divisão do povo da Palestina e de enfraquecimento da Autoridade Palestina. Neste aspeto, o Hamas, tal como os talibãs e o estado islâmico, é criatura que se virou contra o criador. Não é isso que me interessa.

Não nutro a mínima simpatia em relação ao Hamas. Todavia, só alguém muito distraído poderia pensar que a abominável violência que se abate diariamente contra o povo dos territórios palestinos ocupados por Israel não poderia, mais dia menos dia, desabar numa reação violenta, quase suicida, de quem já nada tem a perder.

O que se impunha da parte da tal “comunidade internacional” seria uma ação decidida no sentido da exigência de cumprimento das resoluções das Nações Unidas, do reconhecimento dos dois Estados (Israel e Palestina) com fronteiras seguras e da adoção de medidas de mediação que garantissem o fim das hostilidades e trabalhassem para que esta tragédia pudesse ter um fim.

Ao invés, o que vemos dos Governos dos países da NATO e da UE é o apoio incondicional a Israel para que a tragédia prossiga. Por isso, o chamado “ocidente”, está cada vez mais de costas voltadas para o resto do Mundo.»

Governos PS/Costa investem menos na Educação que o Governo PSD/CDS

"NO ÚLTIMO ANO PORTUGAL CRIOU PRINCIPALMENTE EMPREGO PARA TRABALHADORES COM O ENSINO BÁSICO, DE BAIXAS QUALIFICAÇÕES E BAIXOS SALÁRIOS, E DESTRUIU EMPREGO DE TRABALHADORES COM O ENSINO SUPERIOR. O GOVERNO DESINVESTE NA EDUCAÇÃO APESAR DA SITUAÇÃO GRAVE DESTA E DO ATRASO DO PAÍS"

Por EUGÉNIO ROSA

Município tem em curso a empreitada de conversão do complexo molinológico em centro interpretativo e núcleo molinológico

 Via Diário as Beiras

Um carro que não é só um carro....


Os Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz, com o apoio do Município da Figueira da Foz e com parceria da Liga Portuguesa Contra o Cancro, iniciaram, no fim de semana, as campanhas de prevenção contra os cancros da mama e da próstata "Outubro Rosa" e "Novembro Azul".
Para dar nas vistas e alertar a população, os BVFF pintaram uma viatura dos seus serviços administrativos com as cores rosa e azul, que ao longo de dois meses, irá circular pela cidade e pelas restantes freguesias do concelho.
Primeiro esteve frente à Câmara, ontem em Buarcos, hoje no Paião, terça-feira no Alqueidão. E por aí fora...

"O Mar é a nossa Terra" continua até 25 de Maio

 Via Diário as Beiras


domingo, 8 de outubro de 2023

Prémio Nobel de Saramago aconteceu há 25 anos

Prémio Nobel da Literatura 1998

“Os meus pais sacrificaram-se muito e deram-me estudos para ir para a universidade? Não, tive estudos que estavam ao meu alcance e ao alcance da bolsa da família: estudei para ser serralheiro mecânico. Fui serralheiro mecânico. Depois fui várias coisas ao longo da vida. Li muito. Livros meus só os tive quando tinha 19 anos, quando pude comprar, com dinheiro que um amigo me emprestou. Em 47 escrevi um romance, escrevi outro logo a seguir que ficou inédito, que se chama Clarabóia, e que ficará inédito enquanto eu viva. Podia chamar-se oportunismo comercial, publicar agora esse livro escrito há 50 anos ou 60 anos. Aceitei que Terra do Pecado fosse publicado. Houve dois momentos importantes na minha vida que decidiram tudo. Um deles, não muito consciente, foi o facto de ter deixado de escrever depois de ter escrito esses livros. Durante 20 anos, quase não escrevi. Só voltei a publicar em 1966.

O segundo momento foi em 1975, quando, depois do 25 de Novembro, fiquei sem trabalho e sem esperança de o conseguir. “E agora, o que é que eu faço? Tenho aí alguns livros, mas não tenho uma obra, é agora ou nunca”. Durante cinco ou seis anos, talvez sete, vivi de traduções, ao mesmo tempo que ia escrevendo o Manual de Pintura e Caligrafia, e o Objecto Quase. A sorte foi que o Círculo de Leitores me tivesse convidado para escrever uma Viagem a Portugal, em 1979-80. Foi bem pago, deu-me uma estabilidade económica que me permitiu afrontar durante um ano ou dois o trabalho [da escrita], sem estar a pensar que tinha que ganhar dinheiro – ele já estava ganho.”

E tudo estava para vir numa vida que, como resumiu Eduardo Lourenço, foi um milagre.

Mar Maior, amanhã, segunda-feira, pelas 23 horas na RT1

 «Mar Maior», documentário de Rui Bela & Senos da Fonseca, é uma jornada cinematográfica emocionante, que mergulha na história e na cultura da pesca à linha do bacalhau, destacando a dedicação e a coragem dos pescadores portugueses que enfrentavam os desafios de uma actividade extremamente dura e perigosa.

É um documentário que mergulha nas profundezas dos mares da Terra Nova e da Gronelândia retratando a fascinante tradição da pesca à linha do bacalhau, mantida pelos pescadores portugueses ao longo de cinco séculos de história, bem como as relações entre portugueses e canadianos e ainda a construção naval em madeira. São revelados alguns dos segredos da pesca, plasmando a luta quotidiana dos pescadores enquanto embarcavam nos seus frágeis dóris, nas suas jornadas extremamente perigosas, em busca do cobiçado bacalhau, e a imponência dos famosos lugres bacalhoeiros concebidos por afamados mestres construtores navais portugueses.

Esta obra pretende ser um tributo não apenas à pesca à linha do bacalhau, mas também ao espírito de perseverança e resiliência dos pescadores portugueses, que enfrentavam tempestades e condições adversas, mantendo viva uma tradição secular.

Tem testemunhos do pescador figueirense Adelino Agostinho, gravados no Núcleo Museológico do Mar.
Adelino António Pereira Agostinho é irmão do meu Pai - dos cinco, o único vivo. Portanto, meu tio. Adelino Agostinho, tem 88 anos de idade e é oriundo de uma família tradicional da Cova-Gala ligada ao mar e à pesca. Ainda frequentou a Escola Industrial na Figueira, mas desde a adolescência que a sua vida foi o mar. Teve uma longa carreira de mar, repartida pela pesca longínqua (14 anos) e pela marinha mercante (24 anos). Está reformado desde 1992. Dono de uma rara capacidade para trabalhos manuais, é um estudioso das coisas marítimas, sua vivência e cultura, sobretudo das embarcações tradicionais, artes, redes e nós de todo o tipo – isto é, tudo o que tenha a ver com a marinharia. Os seus modelos de barcos, caracterizam-se por serem fiéis às embarcações que os originam. Afinal, "o mais importante na vida é ser-se criador - criar beleza".

Nota:
Entretanto, a RTP1 antecipou o início do programa para as 22 horas e 53 minutos.

O PSD e a coligação pré-eleitoral com o CDS e a IL

Santana Lopes em entrevista ao jornal Sol
Quanto aos problemas... 
1. O CDS, foi sempre um Partido artificial sem aparelho e bases fixas. Daí, nunca ter conseguido comunicar com o eleitorado. 
Nos bons velhos tempos do CDS, aquilo que Portas sabia é que existiam meia dúzia de coisas que o seu eleitorado tradicional não suportava. 
Sabemos o que aconteceu ao CDS depois de Portas: eclipsou-se do parlamento, vítima da sua própria hipocrisia. 
2. A IL, a Nova Direita, não está consolidada: por enquanto não passa de um mito. 
As propostas ditas fracturantes, apenas serviriam para tentar abrir portas a alguns políticos com ambições presidenciais em 2026 - quiçá a Santana? - pelo espectro político do "centro direita" e com pretensões a captar o eleitorado descontente com o "centro esquerda"

Quanto à necessidade da coligação... 
As coligações, como seria o caso desta, fazem-se para fazer alguma coisa: neste caso, "para ganhar ao PS".
Quase sempre, também contra alguma coisa: neste caso, "contra o PS"
Nesta coligação em concreto, não se vislumbra em Montenegro, no Rocha e nem no Melo, uma visão abrangente para o desenvolvimento global de Portugal. Depois, não haveria dinheiro para satisfazer todas as clientelas...

E o futuro...
E se o dito "centro direita" (depois deste governo PS, dito de "centro esquerda"), tornar a falhar, como tem acontecido desde 1978, com as sucessivas alternâncias entre o PS e o PSD/CDS, teríamos a seguir o quê?
Ou, de novo o PS: "centro esquerda"?
O "centro direita", não quer ser a direita conservadora: Salazar morreu.
Resta ao "centro direita" ser liberal?
Mas, então como lidar com a histórica indigência de Portugal e dos portugueses?
Sobra a crise permanente?
E o povo aguenta?

TRAGÉDIA SOBRE A FAIXA DE GAZA E ISRAEL

Via blogue Interesse Privado, Acção Pública
"(A inesperada ofensiva, surpreendentemente não antecipada pelos serviços secretos e de segurança israelitas, perpetrada pelo Hamas sobre o território de Israel, com a já recorrente lançamento de rockets e a estranha novidade de infiltração de forças especiais palestinianas em território israelita, pode ter duas interpretações, ambas trágicas para o povo palestiniano. Primeiro, a ofensiva de grande escala do Hamas pode ser entendida como o reflexo da impotência sentida por aquele movimento para estancar e ultrapassar o desumano processo de isolamento e de bloqueio mantido há quinze anos pelo governo de Israel, apostado na sua composição de direita mais radical na destruição do povo palestiniano e na capitulação do desejo de um Estado internacionalmente reconhecido. De facto, depois da vitória do Hamas nas eleições de 2006, nada de positivo ocorreu para a faixa de Gaza e Cijordânia, podendo desse ponto de vista considerar-se o consulado do Hamas como um desastre total. Nessa perspetiva, a violência e envergadura do ataque, que só tem elemento de comparação nos acontecimentos de 1948, pode ser entendido como um sinal de desespero do movimento face à irredutibilidade da violência israelita. Uma outra interpretação pode, entretanto, ser considerada, que não é mais do que um segundo fator a apontar para a impotência do movimento do Hamas. Estou a referir-me ao avanço, com patrocínio dos EUA, da mais que estranha aproximação entre o governo de Israel e a Arábia Saudita.)"
Fim de citação.

Palestinianos celebram o ataque do Hamas contra Israel em cima de um jipe israelita, ontem, nas ruas de Gaza. 

EPA/HAITHAM IMAD

Maior de vários grupos integristas palestinianos, o Hamas - cujo nome é o acrónimo em árabe para "Movimento de Resistência Islâmica" - foi fundado em 1987 como uma ala política da Irmandade Muçulmana egípcia, na sequência da primeira Intifada, a revolta palestiniana contra a ocupação israelita da Cisjordânia e da Faixa de Gaza. A sua carta fundadora garante que o seu objetivo é destruir Israel.
Ganhou influência tanto pela luta armada contra Israel como pelos programas de apoio social à população. Protagonista de uma campanha de atentados suicidas contra Israel nos anos 90, governa na Faixa de Gaza desde 2007. 
Ontem lançou a sua maior operação de sempre contra o Estado hebraico.
"Se o mundo já estava complicado, com o Médio Oriente em alarme total, isto já não está para velhos nem para novos."
Haverá que responsabilizar a ventania que sopra dos lados da política, actividade tão bem caracterizada há quase um século por Groucho Marx: “A política é a arte de procurar problemas, encontrá-los em todo o lado, fazer um mau diagnóstico e receitar os piores remédios” .

sábado, 7 de outubro de 2023

Município apoia Bombeiros Voluntários em campanha de alerta e prevenção dos cancros da mama e da próstata

Via Município da Figueira da Foz

«Outubro Rosa» tem como finalidade consciencializar para a prevenção e diagnóstico precoce do cancro da mama, nomeadamente através do Rastreio, e divulgar informação e formas de apoio à mulher e família.

«Novembro Azul» tem como foco a consciencialização para a saúde do homem, muito em especial, a prevenção e diagnóstico precoce do cancro da próstata.

A apresentação da campanha de prevenção do cancro da mama e do cancro da próstata decorreu na manhã deste sábado, 07 de outubro, na Praça da Europa, frente aos Paços do Município.

PARTICIPAÇÃO DOS MORADORES FOI REDUZIDA

Via Diário as Beiras 

25 de Novembro — O nanico tem razão na celebração

Carlos Matos Gomes

"Moedas sabe porque deve anunciar a comemoração do 25 de Novembro de 1975, de que na atual geração ninguém (ou muitos poucos) sabe o que foi. Moedas sabe duas coisas: o seu mercado eleitoral é o dos neoliberais, dos adeptos do individualismo, do sucesso dos mais agressivos e sem escrúpulos, dos que acreditam na bondade e virtude da ditadura do mercado e que estão em transumância do PSD para a Iniciativa Liberal. Moedas quer ser o federador, o pequeno grande homem, o nanico dessa massa eleitoral de direita. Depois, Moedas sabe o que foi a essência do 25 de Novembro de 1975. Basta ler um pouco do seu currículo.

Moedas é, antes de um tudo, um boy da grande banca de investimentos, um Goldman Sachs boy. Trabalhou em Londres na área de fusões e aquisições do Goldman Sachs, e no Deutsche Bank para montar o Eurohypo Investment Bank. No regresso a Portugal dirigiu a consultora imobiliária Aguirre Newman Cosmopolita, e criou a empresa de gestão de investimentos Crimson Investment Management. Sempre debaixo do guarda-chuva do Goldman Sachs, uma das principais empresas globais de banco de investimento e gestão de valores mobiliários. O único dos grandes bancos que sobreviveu à crise de 2008 e também aos enormes escândalos financeiros de desvio fraudulento de fundos e de corrupção política no sudoeste asiático.

Num artigo de Mafalda Anjos, na revista Visão de 4.8.2016, o Goldman Sachs materializa o que há de pior e mais imoral no capitalismo e na maior praça financeira do mundo. «A história do banco de investimento inclui ganância e jogos de poder, dinheiro a rodos, escândalos e escrúpulos q.b., arrependidos, denunciadores, cassetes secretas e até prostitutas contratadas para sacar negócios. A história do Goldman é feita com os mesmíssimos ingredientes da maior praça financeira do mundo e centro do capitalismo global: inteligência, trabalho e ambição, mas também imprudência e ganância, juntas num caldo de princípios éticos convenientemente deixados em “banho-maria”. Desde a sua fundação, em 1869, que a Goldman se tem visto envolto em escândalos financeiros de espécie vária, quase sempre no centro do furacão de bolhas especulativas e crashs estrondosos, e quase sempre com o mesmo desfecho: somar e seguir, maior e mais forte, depois de ajudar a evaporar milhões de euros dos bolsos dos investidores.»

É esta a escola de Carlos Moedas. A que pertencem outros portugueses ilustres: Durão Barroso, José Luís Arnaut e o falecido António Borges. “Goldmanites” é o epíteto pelo qual são conhecidos os altos quadros do Goldman Sachs, por vezes usado em tom de impropério, que ajudaram a fazer dele a mais desejada e vilipendiada instituição financeira do mundo.

Desde sempre que o Goldman Sachs se deita na cama com o poder político. Carlos Moedas não é o menino de coro que afirmou estar disposto a fazer tudo o que a Igreja Católica e o presidente da República (o patrono da sua carreira) lhe dissessem para fazer na preparação da Jornada Mundial da Juventude! Ele é um sabujo consciente e informado que está a fazer carreira política. Ele é um ativo da banca na política!

Ele sabe qual foi o objetivo principal do 25 de Novembro de 1975: desnacionalizar a banca! Abrir a banca, o coração do “sistema”, à iniciativa privada. A reprivatização da banca portuguesa teve como resultado a emergência de corsários bancários: BPN, BANIF, BPP, mas também o BPI, a espanholização da banca — isto é a colocação da banca portuguesa sob direção espanhola — e a eliminação dos bancos tradicionais, incluindo o Banco Português do Atlântico, o maior. Sobreviveu o BES até há pouco. O BES de Ricardo Salgado, que em desespero terá dito: Temos de pôr o Moedas a funcionar. Isto é, a fazer uns recados e a mover umas influências.

Ora, o Moedas está a funcionar, como sempre esteve, mas para ele. Vai celebrar o 25 de Novembro de 1975 e, sem qualquer pudor, referir os perigos da guerra civil, da substituição de uma ditadura por outra de sinal contrário. É um reportório mais do que estafado, mas o que interessa isso ao Moedas? Para ele a verdade é uma esponja! Ele é um faxina que está a funcionar com um balde e uma esfregona. Agora funciona por conta de Marcelo Rebelo de Sousa, que o tirou da manga como o seu jóker federador da direita, fiador dos grandes bancos, do clube Bildeberg, pau mandado do FMI e do Banco Central Europeu. Um homem acima de qualquer suspeita!

O 25 de Novembro de 2023 de Carlos Moedas é a celebração da vitória dos grandes banqueiros em 25 de Novembro de 1975. De fora ficará a memória dos tempos da troika, e também a memória de Ricardo Salgado, o que queria colocar o Moedas a funcionar antes de ser apunhalado. Talvez, no intervalo da sua doença, Ricardo Salgado repita a frase de Júlio César: Também tu, Brutus!

O Moedas, o nanico, está a funcionar, mas para ele próprio, servindo de tarameleiro de Marcelo Rebelo de Sousa, o verdadeiro pai da ideia de esvaziar as comemorações do 25 de Abril. Está montada mais uma farsa. Moedas é o truão da serviço. A comunicação social vai encarregar-se de soprar trombetas a anunciar o espetáculo!"

Para ler na íntegra "25 de Novembro — O nanico tem razão na celebração", clicar aqui.

sexta-feira, 6 de outubro de 2023

"Hotelaria e restauração fecharam o verão com elogios à dinâmica incutida na cidade destinada a captar turistas"

«A hotelaria, segundo o vice-presidente da Associação Comercial e Industrial da Figueira da Foz (ACIFF) para o setor do turismo, Jorge Simões, faz balanço “muito positivo” do mês de setembro. Já o havia feito em relação a agosto. “O mês de setembro foi muito positivo. A primeira quinzena teve predominância de turistas. A segunda quinzena, com menos turistas, viu o mercado corporate crescer. Em algumas unidades hoteleiras, a taxa de ocupação chegou aos 85 por cento”, afirmou o dirigente setorial ao DIÁRIO AS BEIRAS. Jorge Simões realçou, por outro lado, que “o preço médio [das dormidas] foi um pouco mais elevado, face a 2022”. E acrescentou que “o turista internacional também subiu”. O vice-presidente da ACIFF destacou ainda “a dinâmica da cidade e o excelente impacto que as piscinas de praia tiveram”. A este propósito, defendeu: “Temos uma oportunidade única de ampliar esse produto e sermos uma referência a nível europeu”

Sobre o impacto das piscinas de praia também falou o presidente da Associação Figueira com Sabor a Mar (vocacionada para o setor da restauração), Mário Esteves. “O pormenor das piscinas foi notório. Este trabalho foi extraordinário”, afirmou, destacando, também, o aumento do número de meios de transporte de banhistas entre o extenso areal urbano, junto à marginal, e a zona de banhos. “Correu muitíssimo bem” Mário Esteves, por outro lado, vaticinou que a anunciada cobertura das piscinas pelo município será “mais uma opção excelente”. E frisou: “Não podia deixar de salientar que [a boa época balnear] deve-se à dinâmica que está a ser aplicada pelo município, nomeadamente animação e captação de mercados. Tudo isto atrai turistas e dá motivos acrescidos para que as pessoas não venham apenas pela praia”

Imagem  via Diário as Beiras

"... atravessa os mandatos de Santana Lopes (1997 - 2001, PSD), Duarte Silva (2001 - 2009, PSD), João Ataíde (2009 - 2019, PS) e Carlos Monteiro (2019 - 2021, PS)"

 Via Diário as Beiras

Moedas na peugada de Ventura...

Direita elogia Moedas por celebrar 25 de Novembro: 
PSD, Chega e IL aplaudem
Lisboa vai ter "grande iniciativa" para celebrar, anuncia Moedas.

"Carlos Moedas, presidente da Câmara de Lisboa, garante a comemoração do 25 de Novembro, mas continua estranhamente sem prestar contas sobre o balanço da Jornada Mundial da Juventude, depois do patrocínio dos contribuintes de centenas de milhões de euros."

O objectivo foi atingido: hoje, em vez de se falar dos discursos das comemorações dos 113 anos da implantação da República, fala-se de Carlos Moedas por ter apresentado um tema fraturante na sociedade portuguesa.

Nem Ventura faria melhor...